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Ergonomia e Segurança do Trabalho Aula 04 Prof.: Carla Brizon Sobre a última aula ... (20 minutos) 1) Qual a importância do estudo da antropometria? 2) Porque as medidas antropométricas variam? 3) O que a NR 17 prescreve para trabalhos de levantamento, transporte e descarga de materiais? 4) Quais as adequações ergonômicas que devem ser observadas em posto de trabalho de escritório? 5) O que é CVS e como pode ser evitada? Revisando ... Registre sua resposta no link abaixo: https://forms.gle/tu3mvMoP949xtrY58 https://forms.gle/tu3mvMoP949xtrY58 CONTEÚDOS (1ª parte): - NR. 17 - Disposições Gerais e Item 17.1 - AET - Trabalho AET 17.1 - AET 17.2 - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais. 17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho 17.4 - Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem ser adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 17.5 - Condições ambientais de trabalho 17.6 - Organização do trabalho Norma 17 - Introdução 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Quem é este ou quem são estes seres humanos a quem vou adaptar o trabalho? Norma 17.1 - Introdução • prefere escolher livremente sua postura; • prefere utilizar alternadamente toda a musculatura corporal; • tolera mal tarefas fragmentadas com tempo exíguo para execução, imposto por uma máquina, pela gerência, pelos clientes ou colegas de trabalho; • acelera sua cadência quando estimulado pecuniariamente; • sente-se bem quando solicitado a resolver problemas ligados à execução das tarefas; • tem capacidades sensitivas e motoras que funcionam dentro de certos limites; Norma 17.1 - Introdução • as perdas eventuais de suas habilidades com o processo de envelhecimento são compensadas por melhores estratégias de percepção e resolução de problemas acumuladas; • organiza-se coletivamente para gerenciar a carga de trabalho, a cooperação é mais importante que a competitividade. A extrema divisão do trabalho e a imposição de uma carga de trabalho individual impedem os mecanismos de regulação dos grupamentos humanos, levando ao adoecimento. Norma 17.1 - Introdução Conforto Para se avaliar o conforto é imprescindível a expressão do trabalhador. O trabalhador deve ser colocado como agente das transformações. Norma 17.1 - Introdução Separação Radical Inadequações do Trabalho Execução Concepção das condições e organização Se o trabalhador deve permanecer por mais tempo na vida ativa, é preciso que suas condições permitam a execução das tarefas até uma idade mais avançada. Querer postergar a idade da aposentadoria sem a melhoria dos postos de trabalho, é condenar uma grande parcela da população ao desemprego ou, na melhor das hipóteses, a uma aposentadoria precoce por invalidez. Norma 17.1 - Introdução 17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho (não mais intocável). Norma 17.1 - Introdução Organização Condições de Trabalho 17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta NR. Norma 17.1 - Introdução AET Condições de Trabalho ? Condições de Trabalho: O entendimento só é possível se decompor o todo completo em partes menores. O relatório deve deixar claro qual foi o problema que demandou o estudo, os métodos e técnicas utilizadas para abordar o problema, os resultados e as proposições de mudança. Norma 17.1 - Introdução DORT Setor Tarefas Partes A análise ergonômica deverá conter, minimamente, as seguintes etapas: AET 1. Análise da demanda e do contexto 2. Análise global da empresa 3. Análise da população de trabalhadores 4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais A análise ergonômica deverá conter, minimamente, as seguintes etapas: AET 6. Determinação de um Pré - Diagnóstico 7. Observação sistemática da atividade 8. Diagnóstico (s) 9. Validação do diagnóstico 10. Projeto de modificações / alterações A análise ergonômica deverá conter, minimamente, as seguintes etapas: AET 11. Cronograma de implementação das modificações / alterações 12. Acompanhamento das modificações / alterações Situar o problema a ser analisado. Verificar a necessidade de reformulação da notificação, um outro posto, ou uma outra situação mais grave foi identificada e merece ser enfrentada prioritariamente em relação àquela notificada. AET 1. Análise da demanda e do contexto 2. Análise global da empresa Grau de evolução técnica, posição no mercado, situação econômico financeira, expectativa de crescimento etc. não se propõe a solução de um novo arranjo físico, sem levar em conta o aumento do efetivo. Setores competitivos. AET Qualidade Materiais História e perspectivas Evolução e dimensão da equipe de produção Tecnologia e organização da produção Metas e capacidades Horários, turnos, cadências Qualificação, terceirização, organogramas Legislação, insalubridade, periculosidade. Produtos Aspectos a serem considerados na análise global da empresa Faixa etária, pirâmide de idades, rotatividade, antiguidade na função atual e na empresa, tipos de contrato, experiência, categorias profissionais, níveis hierárquicos, características antropométricas, pré-requisitos para contratação, nível de escolaridade e capacitação, estado de saúde, morbidade, mortalidade, absenteísmo etc. AET 3. Análise da população de trabalhadores Essa escolha parte necessariamente da demanda dos primeiros contatos com os operadores e das hipóteses iniciais que já começam a ser formuladas. AET 4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas A tarefa prescrita é o objetivo fixado pela empresa. A tarefa real é o objetivo que o trabalhador se dá, caso ele tenha possibilidade de alterar o objetivo fixado pela empresa. Exemplo: a tarefa prescrita é o objetivo fixado pela empresa. “Produzir 420 peças por dia, com tais e tais requisitos de qualidade, dispondo para tanto de tais e tais ferramentas e materiais”. A tarefa real é o objetivo que o trabalhador se dá, caso ele tenha possibilidade de alterar o objetivo fixado pela empresa. “Bem, eu gostaria de fabricar as 420 peças, mas devido ao mau estado de minhas ferramentas ou à gripe de que estou acometido, hoje só vou fabricar 350”. A atividade é tudo aquilo que o trabalhador faz para executar a tarefa: gestos, palavras, raciocínios etc. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Caso exista, deve-se explicar o descompasso (tarefas prescritas x reais). A matéria-prima é de má qualidade? As ferramentas não estão adequadas? O trabalhador sofre interrupções contínuas? Caso, o trabalhador não consiga modificar a tarefa prescrita, ele deve realizar um esforço adicional para atingir os objetivos. Vai redundar em fadiga ou adoecimento. Absenteísmo elevado e alta rotatividade são indicadores indiretos de sobrecarga de trabalho, inadequação a natureza do trabalho. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Por “natureza do trabalho” queremos dizer as exigências das tarefas e os meios disponíveis para realizá-las. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades.AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Formação professional Número de operadores por postos e divisão de tarefas (quem faz o quê?) Regras de sucessão (horários, turnos, rodízio) ... Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Dimensões características (croqui, foto, fluxograma) Órgãos de comando Funcionamento (mecânico, pneumático, etc.) Aspectos críticos evidentes Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Ações não previstas Principais gestos Posturas Deslocamentos Ligações sensorimotoras Decisões tomadas Principais regulações Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Espaços x dados antropométricos Ambiente sonoro Térmico Luminoso Vibrações, concentrações tóxicas Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Esforços dinâmicos: deslocamentos a pé, transportes de cargas, uso de escadas (frequência, duração, força exigida) Esforços estáticos: postura exigida em determinada atividade, duração ... Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Fontes de informações para o operador (sinais úteis). Canais auditivos, visuais, táteis, olfativos ou gustativos. Cor, grafismo, letras. Intensidade, frequência e repetição de sinais luminosos e sonoros. Tempo disponível para percepção. Discriminação dos sinais de um mesmo tipo. Sinais de advertências. Interferências com máscaras, etc. Disposição dos comandos e cronologia de utilização. Correspondências entre as formas dos comandos e suas finalidades. Elementos que podem ser utilizados na descrição das tarefas e das atividades. AET 5. Descrição das tarefas prescritas e das tarefas reais Homem Máquina Ações Meio Ambiente Exigências / Esforços Exigências / Sensoriais Operador Exigências antropométricas: posição dos comandos em relação ao alcance das mãos e dos pés. Posturas ou gestos que interferem na recepção de um sinal. Membros envolvidos pelos diferentes comandos Ações simultâneas e ações encadeadas em gestos sucessivos. Deve ser explicitado às várias partes envolvidas, logo após o que será validado ou abandonado como hipótese explicativa para o problema. Se essa hipótese for plausível, o analista elaborará meios para comprová-la ou refutá-la. Por exemplo, a filmagem da atividade do trabalhador encarregado da tarefa (Ex. DORT em abatedouros). AET 6. Determinação de um Pré - Diagnóstico Os métodos e técnicas poderão figurar em um item específico ou serem explicitados quando da exposição dos resultados para melhor avaliação de sua confiabilidade. O importante é que qualquer afirmação seja acompanhada de uma justificativa de como se chegou a ela. A palavra método, de origem grega (meta = objetivo e ódos = caminho), quer dizer o caminho percorrido para se chegar a tal meta, resultado (Ex.: medição do tempo, mobiliário, lâmina do equipamento). AET 7. Observação sistemática da atividade O diagnóstico não deve se restringir a afirmações gerais como “a empresa cumpre com a NR-17” ou “a empresa deve trocar seus móveis para outros mais ergonômicos”, frases frequentes nos relatórios que chegam à fiscalização. O diagnóstico deve ser composto de uma parte referente ao chamado DIAGNÓSTICO LOCAL e também de um DIAGNÓSTICO GLOBAL, em que o diagnóstico local deve ser relacionado à atividade e ao funcionamento da empresa ou do grupo a que ela pertence e aos determinantes socioeconômicos em que ela está inserida. AET 8. Diagnóstico (s) É apresentado a todos os atores envolvidos que poderão confirmá-lo, rejeitá-lo ou sugerir maiores detalhes que escaparam à percepção do analista. A validação é a única garantia da lisura dos procedimentos e da pertinência dos resultados, pois só aqueles atores detêm a experiência e o conhecimento da realidade e são os maiores interessados nas modificações que advirão do diagnóstico. AET 9. Validação do diagnóstico O analista deve propor melhorias das condições de trabalho tanto no aspecto da produção como, principalmente, no da saúde. Nas recomendações são indicadas as transformações e melhorias efetivas das condições de trabalho propostas, incluindo aí, necessariamente, os aspectos relativos ao desenvolvimento pessoal dos trabalhadores, como a formação e o treinamento para as novas atividades ou os novos postos de trabalho que estarão sendo implantados, se for o caso. AET 10. Projeto de modificações / alterações Os auditores-fiscais têm de ser informados dos tempos necessários a essas modificações para que possam situá-los nos prazos concedidos pela legislação ou renegociá-los com o apoio das organizações sindicais. Os prazos devem ser compatíveis com as transformações propostas, incluindo a implementação de testes, criação de protótipos e processos de modelagem, dentre outras coisas. AET 11. Cronograma de implementação das modificações / alterações O analista deve deixar claro qual o seu papel durante a implementação. De qualquer modo, a ação ergonômica não está terminando com a proposição de soluções, mas apenas começando. Posteriormente, é preciso avaliar o impacto das modificações sobre os trabalhadores, pois qualquer modificação acarreta alterações das tarefas e atividades que deverão ser, novamente, objeto de outra análise. O pessoal da empresa pode ser treinado para utilizar instrumentos simples de avaliação como questionários de opinião dos trabalhadores e grades de observação das posturas. AET 12. Acompanhamento das modificações / alterações ATIVIDADE AVALIATIVA 1.3 (10,0 ptos) Postada do Ulife Em grupo (4 a 6 componentes) Entrega e Apresentação em 28/09/20 – 1º horário Atividade Avaliativa CONTEÚDOS (2ª parte): - LER e DORT - Equação de NIOSH A diferença entre LER e DORT LER: Lesões por Esforços Repetitivos Doença na qual movimentos repetitivos, em alta frequência e em posição ergonômica incorreta, podem causar lesões de estruturas do sistema tendíneo, muscular e ligamentar. LER e DORT A diferença entre LER e DORT DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho Lesões por esforços repetitivos como uma síndrome clínica caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não e alterações objetivas, que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho, podendo afetar tendões, músculos e nervos periféricos.* * Em 1998 o INSS introduziu o termo DORT equiparando-a à LER. LER e DORT A diferença entre LER e DORT Se a doença for caracterizada como em decorrência do trabalho, a equiparação entre LER e DORT depende do fato de se comprovar que o trabalho foi à causa da doença e não outro fator. LER e DORT Dr. Antonio Carlos Novaes (Reumatologista) Especialista em Reumatologia e Medicina do TrabalhoDisponível em: https://www.lerdort.com.br/editorial/87/ler-dort-diferencas https://www.ngsites.com.br/pitico EXEMPLOS Caso 01: Uma criança de 12 anos, é aficionada por vídeo game e possui um joy stick onde é utilizado com grande frequência a alavanca com o polegar. Esta criança em seu período de férias ficou de 4 a 5 horas jogando o seu vídeo game e em um período de 1 semana desenvolveu um quadro de TENDINITE DE ABDUTOR DO POLEGAR. Trata-se de um caso de LER ou DORT? LER e DORT EXEMPLOS Caso 02: Imaginemos que o pai da criança (do caso 01), que atua como operador de painel, ao sair do trabalho, á noite, para uma maior aproximação com seu filho, também vai jogar o mesmo vídeo game. Por possuir uma faixa etária maior, e não estar acostumado com os controles assume uma posição viciosa e desenvolve em curto espaço de tempo a mesma doença do filho. Em virtude do fenômeno doloroso se afasta do trabalho pois, adquire uma dificuldade de operar o painel e neste afastamento é emitido um atestado com CID específico. Trata-se de um caso de LER ou DORT? LER e DORT EXEMPLOS Caso 03: Um engenheiro possui como hobby jogar tênis no final de semana e sua função no trabalho é de gerenciamento. Por ter iniciado no esporte tardiamente, não adquiriu movimentos ergonômicos corretos durante a partida de tênis. Ao disputar um torneio de final de semana no clube passa por uma seletiva, uma semifinal e uma final onde executa inúmeros “back hand” errados. Como consequência desta extravagância desenvolveu um quadro de epicondilite de difícil tratamento e é afastado do trabalho. Trata-se de um caso de LER ou DORT? LER e DORT EXEMPLOS Caso 04: Uma servente da diretoria de uma empresa possui como tarefa básica fazer e servir café à diretoria bem como água, refrigerantes etc. Em virtude do seu salário ela não tem a chance de possuir alguém que lhe auxilie no serviço da sua casa e na roupa dos seus três filhos. Assim sendo, ao sair do seu serviço normal inicia sua segunda jornada que consiste em lavar, passar, cozinhar e arrumar a casa. Pelo fato de exercer a dupla jornada, ter seu varal de casa em uma altura não correta desenvolve um quadro inflamatório em ambos os ombros que lhe acusam incapacidade e a obrigam a afastar do trabalho. Trata-se de um caso de LER ou DORT? LER e DORT Qual é o Limite de Peso Recomendado? Legislação, Conceitos, NIOSH CLT – art. 198 : limite de 60 kg para homens. NR 17 e Convenção OIT n.127 - Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador, cujo o peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. Equação de NIOSH Qual é o Limite de Peso Recomendado? Legislação, Conceitos, NIOSH - Comunidade Européia: limite de 25 kg (consenso) - ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists): limite de tolerância aceitável de 32 kg. - NIOSH (USA): limite 23 kg Equação de NIOSH Qual é o Limite de Peso Recomendado? Legislação, Conceitos, NIOSH Variáveis fundamentais para os limites de carga: 1) frequência do levantamento 2) distância vertical (altura entre a carga e o piso) 3) distância horizontal (distância entre o individuo e a carga). Equação de NIOSH Qual é o Limite de Peso Recomendado? Legislação, Conceitos, NIOSH A equação de NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) defini de forma objetiva e quantitativa qual o limite recomendado para o levantamento manual de uma carga (1981/1994). Cria uma ferramenta para poder identificar os riscos de lombalgia associados à carga física a que esta submetido o trabalhador e recomenda um limite de peso adequado para cada tarefa em questão. Equação de NIOSH LPR: Limite de Peso Recomendado Equação de NIOSH Localização – padrão de levantamento V: 75 cm – Distância vertical da pega da carga ao solo H: 25 cm – Distância horizontal da pega ao ponto médio entre os tornozelos. Equação de NIOSH Estabelecimento da Constante de Carga (Load Constant) LC: 23 kg valor fixado * * Peso máximo recomendado desde que a localização – padrão em condições ótimas, boa pega de carga, levantamento a menos de 25 cm, sem torções ou posturas assimétricas. Equação de NIOSH LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Fator de Distância Horizontal HM (Horizontal Multiplier) HM: 25/H * A força de compressão no disco intervertebral aumenta proporcionalmente à distância entre a carga e a coluna. H: distância horizontal real entre a projeção sobre o solo do ponto médio entre as pegas da carga e a projeção do ponto médio entre os tornozelos. Equação de NIOSH LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Fator de Altura VM (Vertical Multiplier) VM: (1 – 0,003 [V-75]) * São penalizados os levantamentos nos quais as cargas devem ser apanhadas em posição muito baixa ou demasiadamente elevada. V: distância vertical real entre o ponto de pega e o solo. Se V>175cm, considera-se VM=0 Equação de NIOSH LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Fator de Deslocamento Vertical DM (Distance Multiplier) DM: (0,82+4,5/D), onde D = V2-V1 V1: altura da carga em relação ao solo na origem do movimento (inicial) V2: altura no término do movimento (final) Refere-se a diferença entre a altura inicial e final da carga. Se D<25cm, considera-se DM=1 Equação de NIOSH LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Fator de Assimetria AM (Asymetric Multiplier) AM: 1 - (0,0032 A), sendo A = ângulo de giro Se A > 135 graus, considera-se AM = 0 Equação de NIOSH LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Fator de Frequencia FM (Frequency Multiplier) Equação de NIOSH Este fator é definido pelo número de movimento por minuto (1), pela duração da tarefa de levantamento (2) e pela altura os mesmos (3). (3) (2) (1) LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Fator de Pega CM (Coupling Multiplier) Equação de NIOSH Fator de Pega CM (Coupling Multiplier) Equação de NIOSH Esse fator é obtido segundo a facilidade da pega e a altura vertical de manipulação da carga. Estudos psicofísicos demonstraram que a capacidade de levantamento seria diminuída por uma má pega da carga e que isso implicava a redução do peso entre 7% a 11%. LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM Índice de Levantamento Equação de NIOSH Índice de levantamento = Peso da Carga Levantada / Carga Recomendada (LPR) Zonas de Risco: 1. Risco limitado (índice de levantamento < 1) : A maioria dos trabalhadores que realizam este tipo de tarefa não deveria ter problemas; 2. Aumento moderado do risco (1 < índice de levantamento <3): Alguns trabalhadores podem adoecer ou sofrer lesões se realizam essas tarefas. As tarefas desse tipo devem ser redesenhadas ou atribuídas apenas a trabalhadores selecionados que serão submetidos a controle; 3. Aumento elevado de risco (índice de levantamento > 3): Este tipo de tarefa é inaceitável do ponto de vista ergonômico e deve ser modificada. Principais Limitações da Equação • Não considera eventos imprevistos como deslizamentos, quedas, nem sobrecargas inesperadas; • Também não foi concebida para avaliar tarefas nas quais se levanta a carga com apenas uma mão, sentado ou agachado ou quando se trate de carregar pessoas, objetos frios, quentes ou sujos, nem nas tarefas nas quais o levantamento se faça de forma rápida e brusca; Equação de NIOSH Principais Limitações da Equação • Pressupõe um atrito razoável entre o calçado e o solo; • Se a temperatura ou a umidade estiverem fora da faixa – (19oC, 26oC) e (35%, 50%) respectivamente, seria necessário acrescentar ao estudo avaliações do metabolismo para que fosse acrescentado o efeito de tais variáveis ao consumo energético e na frequência cardíaca; • Torna-se impossível aplicar a equação quando a carga levantada seja instável; Equação de NIOSH Exercício de Aplicação: Um trabalhador tem como atividade habitual durante a maior parte de sua jornada de trabalho a descarga de caixas que chegam a seu posto de trabalho em pallets e que devem estar situados em um transporte de 80 cm de altura. Essas caixas pesam 15Kg e suapega é boa. O ritmo de produção e as necessidades de matéria prima obrigam que os trabalhadores descarreguem as caixas 03 vezes por minuto. A distância entre a altura inicial e a final da carga é de 5 cm. A duração da tarefa é moderada (entre uma e duas horas) e a distância horizontal de agarre é de 40 cm. Quanto à assimetria do movimento, se observa que o trabalhador realiza uma torção de 50° quando descarrega as caixas. Qual o risco da tarefa em questão? Equação de NIOSH Exercício de Aplicação: Solução LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM LC = 23 kg H = 40 cm (sendo HM = 25/H) → HM = 0,625 V = 80 cm (sendo VM = (1 – 0,003 [V – 75] ) )→ VM = 0,985 D = 5 cm (sendo DM = ( 0,82 + 4,5/D) ) → Se D<25cm, considera-se DM=1 A = 50º ( sendo AM = 1 – (0,0032A) ) → AM = 0,84 F = 3/minuto → FM = 0,79 Pega Boa e V= 80 cm → CM = 1 LPR = LC x HM x VM x DM x AM x FM x CM LPR = 9,40 kg Peso da Carga = 15 kg Índice de Levantamento = 15/ 9,40 = 1,60 → Risco moderado (1 < índice de levantamento <3) Equação de NIOSH Bibliografia Básica: Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. – 2 ed. – Brasília : MTE, SIT, 2002. 101 p. : il. Inclui bibliografia. A Portaria nº 3.751, de 23.11.1990, estabelece os princípios da Ergonomia da NR – 17. 1. Ergonomia, Normas, Brasil. 2. Saúde ocupacional, Brasil. 3. Inspeção do trabalho, Brasil. I. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). II. Brasil. Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Bibliografia CONTEÚDOS: - Atividade Avaliativa 1.1 (5,0 ptos) - NR. 17 – Item 17.6 A organização do trabalho pode ser caracterizada pelas modalidades de repartir as funções entre os operadores e as máquinas: é o problema da divisão do trabalho (Leplat & Cuny, 1977: 60). Ela define quem faz o quê, como e em quanto tempo. É a divisão dos homens e das tarefas. Organização do Trabalho NR 17 - Item 17.6.1 A análise da organização é algo complexo! Tempo Ferramentas Ambiente Experiência Remuneração Saúde O ser humano para executar um trabalho pode proceder de maneiras diferentes ... Organização do Trabalho A organização científica do trabalho impondo uma hierarquia rígida não conseguiu a necessária cooperação ou motivação dos trabalhadores. Tornou-se necessária a introdução de prêmios de produtividade em tarefas fragmentadas. Um recurso eficiente a curto prazo, mas de efeitos danosos ao longo do tempo, uma vez que as tarefas podem ser prescritas em tempos rígidos e invariáveis para todos, pressupondo uma estabilidade dos homens, das máquinas e das matérias-primas. Organização do Trabalho A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. (pág. 45 a 49) - Grupo 01 NR 17 - Item 17.6.1 A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: a) As normas de produção (pag. 49 a 51) - Grupo 02 b) O modo operatório (pág. 51 a 52) - Grupo 03 c) A exigência do tempo (pág. 52 a 53) - Grupo 04 d) A determinação do conteúdo do tempo (pág. 53 a 54) - Grupo 05 e) O ritmo de trabalho (pág. 54 a 55) - Grupo 06 f) O conteúdo das tarefas (pág. 55 a 56) - Grupo 05 NR 17 - Item 17.6.2 Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) Avaliação do desempenho x remuneração (pag. 56 a 57) - Grupo 07 b) Pausas para descanso (pag. 58) - Grupo 07 NR 17 - Item 17.6.3 Atividade Avaliativa 1.1 (5,0 ptos) Formação de 7 grupos: Grupo 01: Item 17.6.1 (pág. 45 a 49) Grupo 02: Item 17.6.2 a) (pag. 49 a 51) Grupo 03: Item 17.6.2 b) (pág. 51 a 52) Grupo 04: Item 17.6.2 c) (pág. 52 a 53) Grupo 05: Item 17.6.2 d) e f) (pág. 53 a 54) e (pág. 55 a 56) Grupo 06: Item 17.6.2 e) (pág. 54 a 55) Grupo 07: Item 17.6.3 a) e b) (pag. 56 a 58) Trabalho Prático Atividade Avaliativa 1.1 (5,0 ptos) 1º Momento: Discutir em grupo o tema selecionado. (20 min) 2º Momento: Rodada de grupos e explicar o assunto estudado. (35 min) Trabalho Prático Atividade Avaliativa 1.1 (5,0 ptos) 3º Momento: Responder as questões solicitadas (escrito). (30 min) Grupo 01: https://forms.gle/sTFMei7iN3KLi1Yw7 Grupo 02: https://forms.gle/qcuQxqAtcHqh76sJ6 Grupo 03: https://forms.gle/6HthsmbHM9BrBcrN7 Grupo 04: https://forms.gle/MgqrEz3U1ofZ3Cba9 Grupo 05: https://forms.gle/SF9gdtNYMmhuqmcC9 Grupo 06: https://forms.gle/aAMpATJyszZzp3maA Grupo 07: https://forms.gle/j6Ec8UjfmPJRJJrk7 Trabalho Prático https://forms.gle/sTFMei7iN3KLi1Yw7 https://forms.gle/qcuQxqAtcHqh76sJ6 https://forms.gle/6HthsmbHM9BrBcrN7 https://forms.gle/MgqrEz3U1ofZ3Cba9 https://forms.gle/SF9gdtNYMmhuqmcC9 https://forms.gle/aAMpATJyszZzp3maA https://forms.gle/j6Ec8UjfmPJRJJrk7 PARA FIXAR Os próximos slides referem-se aos conteúdos abordados na Atividade Avaliativa 1.1 realizada em sala NR 17 - Item 17.6.2 e 17.6.3 Cronoanálise: Avaliação dos tempos e movimentos (como se deve executar a tarefa e em quanto tempo). • Devem ser realizadas em trabalhadores cujas capacidades são representativas das reais capacidades da população trabalhadora em geral. • Em um intervalo de tempo significativo (ao longo dos dias). • Uma mesma cadência pode não ser tolerada igualmente durante toda a jornada de trabalho. • Deve-se atentar que os trabalhadores se esforçam além do limite quando sabem que estão sendo avaliados. Organização do Trabalho a) As normas de produção São todas as normas, escritas ou não, explícitas ou implícitas, que o trabalhador deve seguir para realizar a tarefa. Exemplo: horário de trabalho, qualidade desejada do produto, utilização obrigatória do mobiliário e dos equipamentos disponíveis. As normas orientam o trabalhador a adotarem os modos adequados para atingir os objetivos das tarefas. NR 17 - Item 17.6.2 a) As normas de produção O atendimento a normas contraditórias está na base de muitas queixas de sofrimento do trabalhador, pois sempre que atende a uma delas tem de infringir a outra. Exemplo: Muitas vezes o trabalhador deixa de cumprir normas de segurança para conseguir atingir metas de produção (telefonista, atendente de lanchonete). NR 17 - Item 17.6.2 b) O modo operatório O modo operatório designa as atividades ou operações que devem ser executadas para se atingir o resultado final desejado, o objetivo da tarefa. Ele pode ser prescrito (ditado pela empresa) ou real (o modo particular adotado pelo trabalhador para fazer face à variabilidade existente). NR 17 - Item 17.6.2 Tarefa: a prescrição, o comando, os objetivos, as metas, e o que a organização oferece para a execução do trabalho. Os meios e condições de execução do trabalho, que compõem a tarefa, são: – espaço de trabalho; – meios materiais: dimensões, manuseio, apresentação das informações; NR 17 - Item 17.6.2 – objeto de trabalho: peças e materiais a transformar, documentos e informações a tratar, serviço a prestar; – ambiente físico: luz, ruído, vibrações, calor, radiações; – tempo: horários, duração do trabalho, rendimento, cadência; – organização do trabalho: divisão do trabalho, sequências operatórias, relação com colegas, hierarquia; – requisitos: éticos, de segurança, de qualidade e de quantidade de produção NR 17 - Item 17.6.2 Atividade: maneira de o trabalhador executar a tarefa a ele determinada. Fruto da integração da tarefa com o homem que a executa. É como o trabalho real acontece, como se dá a realização do objetivo proposto, com os meios disponíveis e nas condições dadas, de parte do trabalhador ou grupo de trabalhadores. NR 17 - Item 17.6.2 A atividade é o modo como o homem (cada um dos indivíduos), em uma situação de trabalho real, relaciona-se com os objetivos propostos, a organização do trabalho, os outros trabalhadores e os meios fornecidos para realizá-los. NR 17 - Item 17.6.2 O processo de regulação é um processo interno de reorientação da ação pelo estabelecimento de compromissoentre os objetivos traçados pela empresa, pela organização (os meios oferecidos para a concretização desses objetivos), pelos resultados alcançados (ou não) e pelo próprio estado interno (biofísico e mental) do trabalhador. NR 17 - Item 17.6.2 A regulação permanente dos diferentes determinantes e condicionantes presentes no processo é feita pelo próprio trabalhador, e o resultado dessa regulação se expressa pela construção de MODOS OPERATÓRIOS. Os modos operatórios são a combinação de diferentes níveis de organização de atividades devido as variabilidades do processo. NR 17 - Item 17.6.2 Quando o processo de regulação é permitido (existe a possibilidade de modificar os objetivos propostos e/ou os meios oferecidos), a construção do modo operatório dá-se em condições ideais, e as chances de acontecer o adoecimento e o acidente do trabalhador durante o processo produtivo são menores (menor carga de trabalho). NR 17 - Item 17.6.2 Em condições reais de trabalho, nas quais pouca ou nenhuma capacidade de interferência e de autonomia dos trabalhadores não é reconhecida, resta pouca margem de manobra para o trabalhador executar a tarefa quando surge qualquer variabilidade no processo. Para regular seu modo operatório, não lhe sendo permitida a interferência nos objetivos e metas, nos meios de trabalho e equipamentos que lhe são oferecidos, resta ao trabalhador utilizar-se daquela fração sobre a qual ainda lhe sobra domínio: o seu próprio corpo (maior carga de trabalho). NR 17 - Item 17.6.2 Isso não significa que não deve haver padronização dos procedimentos. Entretanto, os padrões estabelecidos devem levar em conta toda a variabilidade que se enfrenta no dia a dia. Deve-se atentar para evitar um “engessamento” da produção, a qual é garantida graças às habilidades dos trabalhadores de contornar os diversos incidentes que insistem em aparecer a toda hora. NR 17 - Item 17.6.2 c) A exigência do tempo Expressa o quanto deve ser produzido em um determinado tempo, sob imposição. Uma expressão equivalente seria “a pressão de tempo”. A capacidade produtiva (rendimento) de um mesmo indivíduo pode variar ao longo do tempo (variação intraindividual), assim como variar entre um indivíduo e outro (variação interindividual). NR 17 - Item 17.6.2 c) A exigência do tempo O “ideal” em qualquer situação é que não haja exigências estritas de tempo ou, se as houver, que elas levem em conta a variabilidade e os incidentes. Objetivos podem ser fixados, mas é imprescindível que haja margens de liberdade para que o trabalhador possa gerenciar seu tempo. NR 17 - Item 17.6.2 d) A determinação do conteúdo do tempo É uma metodologia que permite evidenciar o quanto de tempo se gasta para realizar uma subtarefa (muitas vezes não descrita nas funções) ou cada uma das atividades necessárias à tarefa. Exemplo: secretária. NR 17 - Item 17.6.2 d) A determinação do conteúdo do tempo O arranjo físico ou leiaute pode influenciar no conteúdo do tempo. Em análises ergonômicas, redesenhar o arranjo físico pode diminuir o tempo gasto com deslocamento desnecessários. (posto de enfermagem). NR 17 - Item 17.6.2 f) O conteúdo das tarefas O conteúdo das tarefas designa o modo como o trabalhador percebe as condições de seu trabalho: estimulante, socialmente importante, monótono ou aquém de suas capacidades. NR 17 - Item 17.6.2 f) O conteúdo das tarefas A maior ou menor riqueza do conteúdo das tarefas passa também pela avaliação do trabalhador e depende das suas aspirações na vida, bem como, das suas motivações para o trabalho. O que é estimulante para um pode ser estressante para outro. A progressão profissional pode ser percebida como estimulante e como reconhecimento ao bom desempenho das tarefas, ou pode também ser seguida de uma reação de temor quando o trabalhador não se sente perfeitamente capaz de exercer o novo cargo. NR 17 - Item 17.6.2 e) O ritmo de trabalho Cadência: tem um aspecto quantitativo. A cadência refere-se à velocidade dos movimentos que se repetem em uma dada unidade de tempo. Ritmo: tem aspecto qualitativo (dá qualidade / ajuste / arranjo a cadência). Pode ser livre (quando o indivíduo tem autonomia para determinar sua própria cadência) ou imposto (por uma máquina, pela esteira da linha de montagem e até por incentivos à produção). NR 17 - Item 17.6.2 e) O ritmo de trabalho A medida de cadência por si só não me permite fazer um julgamento sobre o que ela representa como carga para o trabalhador. Se o trabalhador pode gerenciar a sua cadência alterando ao longo do dia ou de um dia para o outro, irá tolerar melhor essa imposição. No entanto, se ele estiver operando uma máquina que exige que ele faça o movimento e, portanto, não lhe cabe variar a cadência, pode considerar sua carga com mais dificuldade. NR 17 - Item 17.6.2 a) Avaliação do desempenho x remuneração Não se pode haver avaliação individual de desempenho em tarefas que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica. Se a avaliação é individual, significa sempre que o trabalhador vai ser premiado se atingir ou ultrapassar o patamar desejado ou punido, caso não o atinja. Nessas atividades as avaliações têm que ser coletivas. NR 17 - Item 17.6.3 b) Pausas para descanso. Cada tarefa tem a sua particularidade. Existem tarefas que as micropausas entre um ciclo e outro, permitindo o retorno das articulações à posição neutra, são as mais indicadas para reduzir a incidência de DORT (porém é mais difícil de ser controlada na prática /velocidade esteira). Num outro extremo, há tarefas em que pausas muito frequentes são mais difíceis de serem operacionalizadas, preferindo-se pausas maiores e menos frequentes (caixas de supermercado). NR 17 - Item 17.6.3 Bibliografia Básica: Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. – 2 ed. – Brasília : MTE, SIT, 2002. 101 p. : il. Inclui bibliografia. A Portaria nº 3.751, de 23.11.1990, estabelece os princípios da Ergonomia da NR – 17. 1. Ergonomia, Normas, Brasil. 2. Saúde ocupacional, Brasil. 3. Inspeção do trabalho, Brasil. I. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). II. Brasil. Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Bibliografia
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