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Direito das obrigações São normas que regulamentam as obrigações, que nada mais é do que o vínculo em que uma pessoa (seja física ou jurídica) se propõe a prestar uma obrigação a outra. “Obrigação é o vinculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o cumprimento de determinada prestação. Corresponde a uma relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter transitório (extingue-se pelo cumprimento), cujo objeto consiste numa prestação economicamente aferível”. (Carlos Roberto Gonçalves) Uma orbigação sempre terá um suejti ativo ou passivo, sendo eles credores e devedores, respectivamente. Lembrando que isso não quer dizer que sempre será uma única pessoa como credora e uma única pessoa como devedora. O objeto da obrigação é a prestação do devedor. Essa obrigação pode ser de fazer, não fazer ou dar. Seguem os exemplos: Fazer: para a cerimônia de casamento, João e Fernanda contratam uma cerimonialista (Gabriela). Sendo assim, Gabriela possui a obrigação de prestar os seus serviços, organizar a festa. Lembrando que o não cumprimento da obrigação, gera efeitos na esfera jurídica. Não fazer: Bruna aceita participar de um reality show da emissora X, e em comum acordo, a emissora exige um contrato de fidelidade até três meses após o programa finalizar. Portanto, Bruna não poderá dar entrevistas a outros canais, e a emissora X possuirá essa exclusividade por tempo determinado. Ou seja, Bruna se compromete a uma obrigação de não fazer, não dar entrevistas, etc. Dar: Rafael se interessa por um anúncio de um carro X em determinado canal de vendas online, que pertence a Diego. Rafael então decide realizar a compra e na data marcada Diego leva o veículo até o promitente comprador. Nesse caso, para obter o móvel, Rafael precisa cumprir a sua obrigação de dar a quantia certa para que possa usufruir e ser proprietário do objeto em questão. De quais formas o Poder Judiciário pode se utilizar para fazer com que o devedor cumpra a obrigação? Caso seja uma obrigação de fazer, ele pode fixar uma multa por cada dia de descumprimento; Caso seja uma obrigação de não fazer, ele pode mandar que o negócio seja desfeito (caso possível); Caso seja uma obrigação de dar, como no caso apresentado anteriormente, o juiz pode penhorar valores ou bens do devedor para que a obrigação seja cumprida. Elementos das obrigações Credor (sujeito ativo, quem pode exigir a obrigação) e devedor (sujeito passivo, quem deve prestar a obrigação a que está comprometido): elementos subjetivos Prestação (atividade que vai satisfazer o crédito do credor) e o objeto (própria prestação em si): elementos objetivos; Vínculo jurídico: elemento imaterial. Fontes das obrigações Como o próprio nome diz, trata daquilo que da origem as obrigações. Elas podem ser imediatas ou mediatas. A imeadiata é a lei, pois é considerada a fonte primária das obrigações, as demais derivam dela. Ex.: o art. 1694, CC prevê a obrigação de prestar alimentos. As fontes mediatas se dividem em: ato jurídico em sentido estrito, negócio jurídico e ato ilícito. O ato jurídico em sentido estrito, não possui uma negociação prévia, é simplesmente uma determinação existente na norma. Nesse caso não há declaração de vontade entre as partes, é o caso do reconhecimento de paternidade, o dever de prestar alimentos automaticamente, gera efeitos na esfera jurídica sem necessitar por exemplo de um contrato. Os negócios jurídicos são atos jurídicos que são dotados de autonomia da vontade, segundo Miguel Reale “negócio jurídico é a espécie de ato jurídico que, além de se originar de um ato de vontade, implica em declaração expressa da vontade.” Um exemplo de negócio jurídico é um contrato de locação de um imóvel. Ambas as partes manifestaram seus desejos, e agora se comprometem a todo mês manter o negócio, através do pagamento do locatário. Atos ilícitos violam direitos ou causam danos a outros, sendo assim, aquele que viola a lei, comete alguma ilegalidade, acaba automaticamente tendo a obrigação de reparar o dano.
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