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PróteseNews-v 5-n 5_Rodrigo

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516
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31516
Cimentação 
adesiva em 
próteses 
cerâmicas: 
o que 
realmente 
eu preciso 
saber?
517PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31 517
A 
cimentação final de próteses livres de metal é 
sempre motivo de muito questionamento por parte 
de clínicos e especialistas. Tal fato é perfeitamente 
compreensível quando se leva em conta os 
seguintes aspectos: 1) a grande diversidade de 
materiais restauradores indiretos livres de metal existentes no 
mercado odontológico (cerâmicas vítreas, cerâmicas cristalinas, 
cerâmicas infiltradas por polímeros e resinas nanocerâmicas); 
2) a especificidade do tratamento de superfície de cada material 
previamente à sua cimentação; e 3) a imensa variedade 
de agentes cimentantes nas suas mais diversas formas de 
apresentação, composição e indicação.
Apesar da fratura ainda representar a falha mais frequente 
relatada pelos estudos clínicos que avaliam a longevidade de 
restaurações cerâmicas1, a perda de retenção ou descimenta-
ção (debonding) de próteses cerâmicas também está entre os 
principais tipos de falhas relatadas pela literatura2, sendo mais 
prevalente nas cerâmicas cristalinas. Assim como a fratura, a 
perda de retenção é sempre uma falha muito desagradável, 
tanto para o profissional quanto para o paciente, e está dire-
tamente relacionada aos procedimentos realizados durante a 
cimentação final.
Para compreender os protocolos de cimentação adesiva 
em próteses livres de metal, é importante entender a classi-
ficação desses materiais, já que muitas vezes o profissional 
desconhece as características da cerâmica que o laboratório 
utilizou para confeccionar o trabalho protético, bem como suas 
indicações e os procedimentos necessários para a cimentação. 
Com o intuito de facilitar o entendimento das etapas de cimen-
tação dos diversos materiais cerâmicos, vamos inicialmente 
organizar esses materiais em dois grandes grupos (de acordo 
com uma classificação simples e clínica) e, em seguida, dis-
cutir os procedimentos inerentes à etapa de cimentação para 
cada grupo.
Rodrigo Othávio de Assunção e Souza
Professor adjunto da disciplina de Prótese Fixa – Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Marco Antonio Bottino
Professor titular da disciplina de Prótese Dentária – 
Universidade Estadual Paulista (Unesp/São José dos Campos).
Edição Especial
Rodr
Professor
Federal d
Marc
Professor
Universid
518 PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Souza ROA | Bottino MA
Compreendendo os tipos de cerâmicas
As cerâmicas odontológicas podem ser organizadas de 
acordo com diversas classificações. Neste artigo, iremos uti-
lizar uma classificação simples e objetiva, a qual diz respeito 
à sensibilidade da cerâmica ao ácido hidrofluorídrico (HF) 
5-10%: cerâmicas acidossensíveis (condicionáveis) e cerâmicas 
acidorresistentes (não condicionáveis).
As cerâmicas acidossensíveis (vítreas) compreendem 
aquelas com grande quantidade de sílica (matriz vítrea) na 
composição, como as feldspáticas, feldspáticas com leucita, 
fluorapatita, dissilicato de lítio, silicato de lítio reforçado com 
zircônia e as infiltradas por polímero3. Como principais carac-
terísticas dessa classe de materiais cerâmicos, destacam-se a 
elevada adesividade ao cimento resinoso e a alta translucidez4, 
porém, apresentam menor resistência mecânica quando com-
paradas às cerâmicas cristalinas5. Por outro lado, as cerâmicas 
acidorresistentes (cristalinas), como a zircônia, apresentam 
em sua composição uma quantidade alta de óxidos (fase cris-
talina) – por exemplo, o óxido de zircônio – e baixa quantidade 
de sílica. Nesse caso, o condicionamento não é eficiente. Como 
vantagens, são mais resistentes mecanicamente do que as 
cerâmicas vítreas, possibilitando a indicação para próteses 
fixas amplas, inclusive na região posterior. Como desvantagem, 
em geral, são menos translúcidas, o que permite mascarar a 
cor de dentes escurecidos ou com retentores/pinos metáli-
cos3, além de apresentarem resistência de união ao cimento 
resinoso significativamente inferior, quando comparadas às 
cerâmicas vítreas6-7.
Na Tabela 1, estão destacadas as principais cerâmicas 
odontológicas disponíveis comercialmente, de acordo com a 
microestrutura e a marca comercial, bem como as indicações, 
sensibilidade ao ácido fluorídrico e respectivos tempos de 
condicionamento.
No geral, quanto mais resistente é a cerâmica, menor 
é a sua translucidez, e vice-versa. Tal aspecto tem uma im-
plicação direta na indicação de cada cerâmica (Tabela 1). 
TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS CERÂMICAS QUANTO À MICROESTRUTURA, MARCA COMERCIAL, SENSIBILIDADE AO ÁCIDO HIDROFLUORÍDRICO 
5-10%, TEMPO DE CONDICIONAMENTO E SUAS RESPECTIVAS INDICAÇÕES8
Cerâmica 
(Microestrutura)
Nome comercial
Sensibilidade ao 
ácido fluorídrico
Tempo de 
condicionamento
Indicação
Feldspática VM7, VM9, Vita Mark II/Vita
Sensível
60-90s
Inlay (1), onlay (2), 
faceta laminada/lentes 
de contato (3), coroa 
anterior (4), coroa 
posterior (5)  
Feldspática com leucita
IPS Empress CAD/Ivoclar Vivadent, 
IPS Empress Esthetic/Ivoclar 
Vivadent, PM9/Vita
60-90s 1-5
Fluorapatita
E.max Ceram/Ivoclar Vivadent, 
E.max ZirPress/Ivoclar Vivadent
20s 1-5
Cerâmica infiltrada 
por polímero
Vita Enamic/Vita 60s 1-5
Dissilicato de lítio
E.max CAD/Ivoclar Vivadent, E.max 
Press/Ivoclar Vivadent, 
Rosetta/Hass
20s
1-5, PPF de três 
elementos anteriores (6)
Silicato de lítio reforçado 
com zircônia
Vita Suprinity/Vita 20s 1-6
Zircônia tetragonal 
estabilizada por ítria 
(convencional)
Vita In-Ceram YZ Cubes/Vita, 
IPS e.max ZirCAD/Ivoclar Vivadent, 
Lava Frame/3M, Cercon/Dentisply
Resistente
—
Copings de coroas 
unitárias (7), 
infraestrutura de PPF 
de até 14 elementos (8), 
barras para protocolo (9)
Zircônia de alta 
translucidez (HT)
Lava Plus/3M, Prettau/Zirkonzahn, 
Vita HT/Vita
— 7-9
Zircônia cúbica 
ultratranslúcida (UT)
Lava Esthetic/3M, Prettau 
Anterior/Zirkonzahn, Katana 
Zirconia UT, Noritake
—
1-7, PPF de três 
elementos anterior e 
posterior (10)
519PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Na Figura 1 é possível observar que o grupo das cerâmicas 
vítreas é mais estético, por outro lado, elas possuem menor 
resistência (100-400 MPa). Já as cerâmicas cristalinas são as 
mais resistentes (> 900 MPa), porém, são as menos estéticas 
(menos translúcidas). A exceção são as novas cerâmicas à 
base de zircônia cúbica ultratranslúcidas (UT), que apresen-
tam translucidez semelhante às cerâmicas vítreas (embora 
sejam classificadas como cristalinas/acidorresistentes) e 
resistência inferior (500-800 MPa) às cerâmicas de zircônia 
convencionais3,9 (Figura 1).
Como devo cimentar as restaurações em cerâmicas vítreas 
(acidossensíveis)?
As cerâmicas acidossensíveis têm o protocolo de trata-
mento de superfície muito bem definido pela literatura: con-
dicionamento com ácido fluorídrico seguido pela aplicação do 
silano (silanização). Tal tratamento é importante não apenas 
para melhorar a adesão ao cimento resinoso, mas também 
para garantir resistência mecânica adequada às restaurações 
cerâmicas após a cimentação adesiva.
O ácido hidrofluorídrico em contato com as cerâmicas 
acidossensíveis causa uma dissolução seletiva da matriz vítrea, 
em função do tempo de exposição do ácido, modificando a mor-
fologia superficial da cerâmica por meio da criação de micror-
retenções que favorecem a fixação do cimento resinoso, além 
de aumentar a energia de superfície da cerâmica. Já o silano 
é uma molécula bifuncional que promove uma união química 
entre a cerâmica e o cimento resinoso, além de aumentar a 
molhabilidade do cimento nas microrretenções da cerâmica10-11. 
O grupo alcóxi do silano forma uma união química com a sílica 
da cerâmica, tendo a água como subproduto desta reação. 
Já os grupos metacrilatos do silano são copolimerizados com 
os monômeros do cimento resinoso. Dessa forma, é possívelobter uma união química ao cimento resinoso12. Esse trata-
mento de superfície promove um excelente desempenho clínico 
das restaurações cerâmicas vítreas nos mais variados tipos 
de situações clínicas: coroas (93,9% de sucesso após cinco 
anos)13, onlays (92-97% após cinco anos de uso clínico)14-15, 
inlays (92-80% após sete e oito anos, respectivamente)16-17 e 
facetas (96% após 21 anos de uso clínico)18.
No que diz respeito à concentração do ácido fluorídrico, 
estudos recentes19-20 têm demonstrado que diferentes con-
centrações do HF (3%, 5%, 7,5% ou 10%) não influenciam na 
resistência de união das cerâmicas vítreas ao cimento resinoso. 
Comercialmente, as concentrações mais utilizadas são as de 
5% e 10%. Por outro lado, é importante ressaltar que quanto 
maior a concentração do HF, maior a degradação da matriz 
vítrea, podendo chegar a uma profundidade de 0,28 mm a 
0,4 mm para as cerâmicas feldspáticas, e 0,36 mm a 0,61 mm 
para as cerâmicas de dissilicato de lítio, quando são condi-
cionadas com HF a 10% durante 20 segundos e 60 segundos, 
respectivamente21. Nesse contexto, parece ser coerente que, 
para restaurações protéticas ultrafinas (< 0,5 mm), como len-
tes de contato cerâmicas, o HF a 5% seja a concentração de 
eleição para o condicionamento das cerâmicas vítreas. O tempo 
de condicionamento varia de acordo com a microestrutura das 
cerâmicas, sendo de 20 segundos para as de fluorapatita, dis-
silicato e silicato de lítio, e de 60 segundos para as feldspáticas 
e as infiltradas por polímero (Tabela 1).
Com relação aos procedimentos de limpeza da superfície 
da cerâmica após condicionamento, diversas técnicas têm sido 
propostas, como: condicionamento com ácido fosfórico 37%, 
lavagem com água, spray de ar/água, escovação da superfície, 
ultrassom etc. De acordo com a literatura, os precipitados de 
fluoreto de sílica são facilmente removidos após lavagem com 
água durante 30 segundos22 ou quando submetidos ao banho 
em cuba ultrassônica durante cinco minutos23.
Referente à silanização, estudos24-25 têm demonstrado que 
o aquecimento do silano com ar quente (50º-60ºC) ou em forno 
sob altas temperaturas (100ºC) não traz benefícios significa-
tivos à resistência de união ao cimento resinoso, em compa-
ração à aplicação convencional do silano. Também é consenso 
na literatura26-27 que o silano, quando incorporado a sistemas 
adesivos universais, não apresenta a mesma eficiência em ter-
mos de durabilidade da adesão, quando comparado ao uso do 
silano de maneira isolada. Assim, o uso do silano isolado após 
o condicionamento com HF permanece sendo recomendado 
para a obtenção de uma adesão eficiente às cerâmicas vítreas.
Edição Especial
Figura 1 – Esquema representativo da classificação das cerâmicas, destacando a relação da 
microestrutura de cada material com a resistência mecânica, as características estéticas e a 
sensibilidade ao ácido fluorídrico.
1
520
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Após a silanização, muitos clínicos realizam a aplicação 
do sistema adesivo sobre a superfície da cerâmica silanizada. 
Este procedimento parece não trazer benefício no que diz 
respeito à resistência de união da cerâmica ao cimento 
resinoso28, embora não prejudique a interface adesiva. Em um 
estudo recente desenvolvido em nosso grupo de pesquisa em 
cerâmicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(UFRN), observamos também que a aplicação do adesivo não 
melhora a resistência mecânica da cerâmica vítrea após a 
silanização. Sendo assim, esta pode ser uma etapa suprimida 
durante a cimentação adesiva. O próprio silano é o responsável 
por aumentar de maneira significativa a resistência mecânica 
da cerâmica vítrea29.
Recentemente, foi lançado no mercado odontológico 
um silano autocondicionante (Monobond Etch & Prime/Ivo-
clar Vivadent) que tem a função de substituir as etapas de 
condicionamento e silanização em cerâmicas vítreas, sem 
comprometer a resistência adesiva. Segundo o fabricante, este 
material permite o condicionamento superficial da restauração 
cerâmica através de polifluoreto de amônio e silanização com 
metacrilato de trimetoxipropil. Além disso, a rugosidade super-
ficial é menos pronunciada do que a superfície submetida ao 
condicionamento com HF.
Estudos atuais30 têm demonstrado que o silano 
autocondicionante promove resistência de união da cerâmica 
ao cimento resinoso tão elevada quanto o HF seguido da 
silanização, sendo uma alternativa segura para o tratamento 
de superfície de cerâmicas acidossensíveis. De acordo com 
o fabricante, o Monobond Etch & Prime deve ser friccionado 
durante 20 segundos na superfície de cimentação da cerâmica e, 
após esse período, deixá-lo agir por mais 40 segundos, seguido 
de lavagem com água e secagem com ar. Desta maneira, a 
superfície da cerâmica estará pronta para cimentação.
Caso clínico 1 – Lentes de contato cerâmicas em dissi-
licato de lítio
Como devo cimentar as restaurações em cerâmicas cristali-
nas (acidorresistentes)?
Diferentemente das cerâmicas vítreas, ainda não há 
um consenso na literatura com relação ao protocolo para 
cimentação das cerâmicas cristalinas, especificamente as 
de zircônia. Dentre os diversos métodos descritos na litera-
tura para melhorar a adesão da zircônia ao cimento resinoso, 
destacam-se: jateamento de partículas de óxido de alumínio 
(Al
2
O
3
)31, silicatização (jateamento com partículas de óxido de 
alumínio revestidas com sílica/Cojet e Rocatec Soft 3M Espe)7, 
laser (Nd:YAG, Er:YAG)32, infiltração ácida seletiva33, aplicação de 
porcelanas de baixa fusão/glaze6, infiltração de sílica34, deposi-
ção de sílica por plasma35 e a utilização de primers e cimentos 
à base de MDP (10-metacriloiloxidecil dihidrogenofosfato)36.
Dentre os métodos passíveis de serem utilizados no 
consultório, e levando em conta a facilidade e efetividade de 
cada técnica, dois têm se destacado: a aplicação de primers ou 
silano à base de MDP e a silicatização. Estudos atuais publicados 
por nosso grupo de pesquisa36-38 têm demonstrado que esses 
tratamentos são eficientes, especialmente quando são usados 
de maneira combinada9,37,39.
É importante salientar que, ao contrário das restaurações 
em cerâmica vítreas, as coroas com infraestrutura em zircônia 
não necessariamente necessitam de cimentação adesiva ou até 
mesmo de tratamentos de superfície para melhorar a adesão 
ao cimento resinoso. Uma cimentação simplificada, utilizando 
um cimento autoadesivo (ex: RelyX U200/3M; Multilink Speed/
Ivoclar; SeT PP, SDI), pode ser realizada sem a necessidade de 
qualquer tratamento de superfície na zircônia e do preparo den-
tário. Nesse caso, como a adesão desses cimentos à zircônia e 
até mesmo à dentina não é elevada, os princípios mecânicos dos 
preparos coronários passam a ser um ponto importante quando 
se trabalha com esta estratégia de cimentação. Preparos totais 
com altura acima de 5 mm e expulsividade de 6º-10º reduzem 
muito o risco de descimentação de coroas nesses casos. 
A avaliação da altura do preparo pode ser feita clinicamente com 
o auxílio de uma sonda periodontal milimetrada.
Adicionalmente, diversos métodos de limpeza e de des-
contaminação da superfície da zircônia após a prova em boca 
(contaminação com saliva) têm sido pesquisados (por exem-
plo, lavagem com água, ácido fosfórico, álcool, jateamento 
com partículas de óxido de alumínio etc.). Recentemente, um 
produto denominado Ivoclean (Ivoclar Vivadent), composto 
por uma solução hipersaturada de partículas de zircônia, 
tem se mostrado muito eficiente como método de limpeza da 
zircônia40. Os óxidos de zircônio do Ivoclean têm uma grande 
afinidade com os grupos fosfato presentes na saliva, os quais 
ficam aderidos no interior do coping quando em contato com 
a saliva. Devido à elevada concentração e ao tamanho das 
partículas de zircônia no Ivoclean, os grupos fosfato se ligam 
commaior afinidade ao produto, o que permite a desconta-
minação do coping, deixando os óxidos de zircônio livres para 
os procedimentos adesivos41-42.
Ao final deste artigo, estão disponíveis os protocolos com 
todos os passos para a cimentação adesiva de cerâmicas vítreas 
e cristalinas, destacando todas as etapas clínicas inerentes à 
cerâmica e ao preparo do substrato dentário (Quadros 1 e 2). 
É importante ressaltar que os produtos utilizados durante a 
cimentação adesiva idealmente devem ser do mesmo fabricante 
e seguir as recomendações durante o uso. Produtos combinados 
de maneira inadequada podem apresentar incompatibilidade 
química entre si, por exemplo, entre sistema adesivo e cimento 
resinoso, prejudicando de maneira significativa a polimerização 
e, consequentemente, o desempenho clínico das restaurações 
cimentadas com esses materiais (Figuras 2 a 10).
521PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Edição Especial
Figuras 2 – A. Vista aproximada do sorriso. B. Vista em oclusão, evidenciando diastemas na região dos elementos dentários anteriores.
Figuras 3 – A. Lentes de contato cerâmicas em dissilicato de lítio (E.max Press, Ivoclar Vivadent) adaptadas ao modelo. B. Contraste luminoso 
evidenciando a pequena espessura (0,3 mm) das lentes de contato sobre o modelo de gesso.
Figuras 4 – Etapas do tratamento de superfície da cerâmica. A. Aplicação do ácido fluorídrico durante 20 segundos (FGM/Brasil). B. Aplicação 
do silano (RelyX Ceramic Primer, 3M Espe).
2a
3b3a
2b
4a 4b
522
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Figuras 5 – Tratamento das superfícies dentárias após profilaxia 
com pedra-pomes e água, com o auxílio de escovas ICBrush 
(Ultradent). A. Proteção dos dentes vizinhos com tiras de teflon 
e condicionamento ácido fosfórico 37% durante 15 segundos 
(Ultratech, Ultradent). B. Lavagem com água para remoção do ácido 
e secagem da superfície de esmalte. C. Aplicação do sistema adesivo 
fotopolimerizável (adesivo SBMP, 3M Espe) sobre esmalte (não 
fotopolimerizar).
Figura 6 – Inserção do cimento resinoso fotopolimerizável (RelyX Veneer, 3M Espe) na superfície de cimentação das lentes cerâmicas.
5a 5b
5c
6
523PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Edição Especial
Figura 7 – Inserção da lente de contato no elemento 11, 
evidenciando o extravasamento do cimento resinoso ao final do 
assentamento da peça.
Figura 8 – Remoção dos excessos de cimento com o auxílio de 
um pincel.
Figura 9 – Fotopolimerização inicial (40 segundos em cada face).
7 8
9
524
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Figuras 10 – Aspecto clínico final após cimentação das lentes de contato cerâmicas, observando adaptação e translucidez das lentes de 
contato após cimentação. A. Vista intraoral com contraste. B. Em oclusão. C. Vista lateral. D. Vista frontal do sorriso.
(Caso clínico publicado na PróteseNews – Souza ROA, Miyashita E. Lentes de contato cerâmicas como alternativa para correção de giroversões e diastemas 
em área estética. PróteseNews 2014;1(1):36-49).
Caso clínico 2 – Coroas unitárias com coping em zircônia 
Figuras 11 – Vista 
oclusal dos preparos 
para coroas totais nos 
elementos 15 e 16. 
Os preparos 
apresentam pouca 
retenção mecânica 
(são curtos).
10a 10b
10c 10d
11
525PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Edição Especial
Figuras 12 – Coroas totais com copings em zircônia convencional. A. Vista oclusal. B. Vista interna das coroas.
Figuras 13 – A. Etapa de limpeza da zircônia com álcool 92%. B. Posterior secagem com ar.
Figuras 14 – Tratamento da superfície da zircônia. A. Aplicação do 
sistema adesivo universal (Single Bond Universal, 3M Espe), sem 
fotopolimerizar. Neste caso, ele também tem a função de primer 
para zircônia, pois contém MDP na composição. B. Remoção do 
excesso do primer seguida da secagem com ar. C. Manipulação e 
inserção do cimento resinoso dual (RelyX Ultimate, 3M) no interior 
das coroas.
12a 12b
13a 13b
14a
14c
14b
526
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Figuras 18 – Vista oclusal do aspecto clínico final após cimentação das coroas.
Figura 15 – Tratamento da superfície dos preparos. A. Aplicação de 
sistema adesivo universal (Single Bond Universal, 3M Espe), sem 
fotopolimerizar.
Figura 16 – Inserção das coroas nos respectivos preparos, 
evidenciando o extravasamento do cimento ao final do 
assentamento da peça.
Figura 17 – Remoção dos excessos de cimento com o auxílio de um pincel e 
fotopolimerização (40 segundos em cada face).
15 16
17
18
527PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Edição Especial
Conclusão
Devido à grande diversidade dos materiais restauradores 
livres de metal com suas distintas microestruturas, proprie-
dades estéticas e mecânicas, é importante que o protocolo de 
cimentação de cada um seja seguido de maneira rigorosa, a 
fim de obter longevidade do tratamento protético reabilitador 
realizado, com menor possibilidade de falhas em longo prazo.
QUADRO 1A - PROTOCOLO PARA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE CERÂMICAS VÍTREAS
Tratamento das cerâmicas vítreas
Convencional
(HF + silano)
Condicionamento com ácido fluorídrico 5%
Feldspática/Cerâmica infiltrada por polímero: 60s
Fluorapatita/Dissilicato/Silicato de lítio: 20s
Lavagem*(30s) + secagem com ar
*Banho em cuba ultrassônica (5 min) otimiza a limpeza
Silano (agir por 2 min. + secagem com ar)
Ex: RelyX Ceramic Primer /3M; Monobond N/Ivoclar; 
Clearfil Ceramic Primer/Kuraray; Prosil/FGM
Cimento resinoso
Dual: RelyX ARC/3M; RelyX Ultimate/3M; Variolink 
N/Ivoclar; Panavia/Kuraray; Allcem/FGM; 
Multilink N/Ivoclar
Fotopolimerizável: RelyX Veneer/3M; Variolink 
Esthetic/Ivoclar; Allcem Veneer/FGM
Silano autocondicionante
ex: Monobond Etch & Prime/Ivoclar
Fricção por 20s na cerâmica
Feldspática/Cerâmica infiltrada por polímero/ 
Fluorapatita/Dissilicato/Silicato de lítio
Deixar agir por mais 40s na cerâmica
Lavagem (30s) + secagem com ar
Cimento resinoso
Dual: RelyX ARC/3M; RelyX Ultimate/3M; Variolink 
N/Ivoclar; Panavia/Kuraray; Allcem/FGM
Fotopolimerizável: RelyX Veneer/3M; Variolink 
Esthetic/Ivoclar; Allcem Veneer/FGM
V V
V V
V
V
528
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
QUADRO 1B- PROTOCOLO PARA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE CERÂMICAS VÍTREAS
Tratamento do preparo dentário
Convencional
(facetas/lentes/fragmentos/inlays/onlays/coroas) 
-preparos com pouca retenção mecânica
Profilaxia do preparo (pedra-pomes + água)
Lavagem(30s) + secagem*
*esmalte: com ar/dentina: papel absorvente
**quando adesivos universais forem utilizados, 
realizar apenas secagem com ar
Aplicação do sistema adesivo + cimento resinoso
Para facetas/lentes/ coroas com espessura de até 
1,5 mm:
- Sistema adesivo fotopolimerizável 
+ Cimento fotopolimerizável
*Adesivos: Single Bond II/3M; Excite F/Ivoclar; Ambar/FGM; 
Tetric-N Bond/Ivoclar; Single Bond Universal/3M
*Cimentos: RelyX Veneer/3M; Variolink 
Esthetic/Ivoclar; Allcem Veneer/FGM
Para coroas/onlays/inlays:
- Sistema adesivo dual ou químico 
+ Cimento resinoso dual 
*Dual: Excite DSC/Ivoclar *Químico: Scotchbond 
Multi-Purpose (frascos do ativador/primer/catalisador)
*Cimentos: RelyX ARC/3M; Variolink N/Ivoclar; Allcem/FGM ou 
Single Bond Universal/3M + RelyX Ultimate
Simplificada
(preparos de coroa com boa retenção mecânica)
Profilaxia do preparo (pedra-pomes + água)
Lavagem (30s) + secagem com ar
Aplicação do sistema adesivo autocondicionante 
ou universal + cimento resinoso dual
Ex: 
Primer A + Primer B seguido do cimento Multilink N/Ivolar
Primer A + Primer B seguido do cimento Panavia /Kuraray
Single Bond Universal seguido do cimento RelyX Ultimate/3M
Clearfil Universal Bond + Panavia
ou
Cimento resinoso autoadesivo dual*
Dual: RelyX U200/3M; Multilink Speed/ Ivoclar; SeT PP/SDI
*para esses cimentos, não é necessário aplicar sistema 
adesivo no preparo
V V
V
V
V
Condicionamento com ácido fosfórico(37%, 15s)*
*opcional para dentina, quando adesivos 
universais forem usados
Fotopolimerização* (40s em cada face)
*utilizar aparelhos com potência 
acima de 1.000 mW/cm²
Fotopolimerização* (40s em cada face)
*utilizar aparelhos com potência 
acima de 1.000 mW/cm²
V
V
529PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Edição Especial
QUADRO 2A - PROTOCOLO PARA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE CERÂMICAS CRISTALINAS (ZIRCÔNIA)
Tratamento das cerâmicas cristalinas (zircônia)
Convencional
(preparos com pouca retenção mecânica)
Limpeza do coping
Ex: Álcool 92% ou Ivoclean/Ivoclar 
(aplicar por 20s + lavagem 30s+ secagem)
Silicatização + silanização
Cojet ou Rocatec Soft/3M: Jatear por 20s + secagem 
+ silano (deixar agir por 2 min. + secagem com ar)
ou
Primer com MDP para zircônia
Aplicar e deixar agir por 2 min. + secagem 
Ex: Alloy Primer/Kuraray; Monobond N/Ivoclar; Z-Prime Plus/ 
Bisco; Single Bond Universal/3M; Clearfil Ceramic 
Primer Plus/Kuraray
Clearfil Universal Bond/Kuraray
Cimento resinoso
Dual: RelyX ARC/3M; RelyX Ultimate/3M; 
Variolink N/Ivoclar; Panavia/Kuraray; Allcem/FGM; 
Multilink N/Ivoclar
Simplificado
(preparos com boa retenção mecânica)
Limpeza do coping
Ex: Ivoclean/Ivoclar 
(aplicar por 20s + lavagem 30s+ secagem)
Cimento resinoso autoadesivo
Dual: RelyX U200/3M; Multilink Speed/Ivoclar; 
SeT PP/ SDI
V V
V
530
Souza ROA | Bottino MA
PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
QUADRO 2B - PROTOCOLO PARA CIMENTAÇÃO ADESIVA DE CERÂMICAS CRISTALINAS (ZIRCÔNIA)
Tratamento do preparo dentário
Convencional
(preparos com pouca retenção mecânica)
Fotopolimerização* (40s em cada face)
*utilizar aparelhos com potência 
acima de 1.000 mW/cm²
Simplificado
(preparos com pouca retenção mecânica)
Fotopolimerização* 40s em cada face
*utilizar aparelhos com potência 
acima de 1.000 mW/cm²
V V
V V
V
V
Cimentação de cerâmica 
cristalina (zircônia)
Profilaxia do preparo (pedra-pomes + água) Profilaxia do preparo (pedra-pomes + água)
Lavagem (30s) + secagem*
*dentina: papel absorvente
Lavagem (30s) + secagem*
*dentina: papel absorvente
Aplicação do sistema adesivo autocondicionante 
ou universal + cimento resinoso dual
Ex: 
Primer A + Primer B seguido do cimento Multilink N/Ivolar
Primer A + Primer B seguido do cimento Panavia/Kuraray
Single Bond Universal seguido do cimento RelyX Ultimate/3M
Clearfil Universal Bond seguido do Panavia/Kuraray
ou
Condicionamento com ácido fosfórico (37%, 15s) 
+ Sistema adesivo quimicamente ativado 
+ Cimento resinoso dual
Ex: 
Scotchbond Multi-Purpose (frascos do ativador/primer/ 
catalisador) + cimento resinoso dual (RelyX ARC/3M; 
AllCem/FGM)
Cimento resinoso autoadesivo dual*
Dual: RelyX U200/3M; Multilink Speed/Ivoclar; SeT PP/SDI
*para esses cimentos não é necessário aplicar sistema 
adesivo no preparo
531PRÓTESENEWS 2018;5(5):516-31
Edição Especial
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