Buscar

Direito Penaliii-uneb-crimescontraahonra

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL III
Professor Dr. Urbano Félix Pugliese
CRIMES CONTRA 
A HONRA
Título I – Capítulo 
V do Código Penal
Crimes contra a honra:
1) Calúnia (Art. 138);
2) Difamação (Art. 139); 
3) Injúria (Art. 140);
 Lista por ordem de importância;
 Institutos aplicadas em cada crime não 
são os mesmos; e
 Há diversos crimes contra a honra na 
legislação especial.
Normas a respeito da honra:
 Convenção Americana dos Direitos Humanos: Art. 11: 
Proteção da honra e da dignidade: 1. Toda pessoa tem 
direito ao respeito da sua honra e ao reconhecimento de 
sua dignidade. 2. Ninguém pode ser objeto de 
ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, 
em sua família, em seu domicílio ou em sua 
correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra ou 
reputação. 3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei 
contra tais ingerências ou tais ofensas; e
 Art. 5º, X/CF: são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação.
Crimes contra a honra:
 A honra é um bem jurídico defendido em 
vários locais do mundo como algo principal 
(até da vida, como no caso dos samurais);
 Conceito de honra: Conjunto de atributos 
dispostos a respeito de uma pessoa capaz de 
valorar a sua auto estima ou consideração 
perante a sociedade (valor social geral); e
 Dificuldade de conceituação por conta da 
questão histórica, cultural (extrajurídica) 
(rapariga, neguinha, denegrir, fascista).
Crimes contra a honra:
 A honra é um bem jurídico de defesa 
circunstanciada (muda de um local para o 
outro, como as expressões baianas: miseravão, 
putão e ordinária); e
 Classificação: a) Objetiva: Consideração 
social a respeito das pessoas (reputação); e b) 
Subjetiva: Consideração pessoal a respeito de 
si mesmo (auto estima, sentimento do próprio 
valor social).
Classificação:
Honra subjetiva: Honra Dignidade [dignitas 
= mérito] (atributos morais, honestidade e bons 
costumes; ex. imoral, ladrão, desonesto) vs 
Honra Decoro (aspectos físicos, intelectuais e 
sociais; ex. desengonçado, gordinho, careca, 
burro, estúpido, desajustado); e
Honra comum (honra da pessoa comum) vs 
Honra profissional (especial) [honra de 
pessoas específicas, como médicos, 
advogados, militares, policiais, juízes, 
promotores].
Legislação especial:
 Há crimes contra a honra em diversas 
legislações especiais:
 Código Penal Militar: Arts. 214 à 221;
 Código Eleitoral: Arts. 324 à 327; e
 Lei de Segurança Nacional (Lei n. 7.70/83): 
Art. 26.
Matéria em comum dos três delitos:
 O dolo nos três delitos deve ser com especial fim de 
agir: animus caluniandi (caluniar), animus difamandi 
(difamar) e animus injuriandi (injuriar);
 Não haverá delito se houver:
 Animus narrandi (narrar/contar os fatos);
 Animus criticandi (criticar de maneira objetiva e 
sincera);
 Animus defendendi (defender alguém ou defender-se);
 Animus corrigendi (corrigir, educar, ensinar alguém);
 Animus retorquendi (retorquir, rebater a argumentação) 
e
 Animus jocandi (brincar, troçar). 
O consentimento do ofendido na 
honra:
 A honra é um bem jurídico de modulação profunda 
na disponibilidade;
 O consentimento do ofendido antes da conduta 
exclui a tipicidade do comportamento (assim, não 
haverá nem mesmo coautoria e participação por 
conta da teoria da acessoriedade limitada; 
esvaziamento da súmula n. 245/STF: “A imunidade 
parlamentar não se estende ao correu”); e
 Caso o consentimento do ofendido seja posterior à 
ação poderá haver a caracterização de uma causa 
extintiva de punibilidade (renúncia). 
Imunidades parlamentares 
materiais:
 Senadores, Deputados Federais, 
Deputados Estaduais, Deputados distritais 
e Vereadores não respondem por delitos de 
opinião (crimes contra a honra [calúnia, 
difamação e injúria], apologia ao crime ou 
qualquer outro cabível através de atos 
comunicativos).
Normas cabíveis a respeito das 
imunidades parlamentares 
materiais:
 Art. 53/CF: Os Deputados e Senadores são 
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer 
de suas opiniões, palavras e votos; e
 Art. 27 [...] § 1º/CF: Será de quatro anos o 
mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- 
sê-lhes as regras desta Constituição sobre 
sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, 
remuneração, perda de mandato, licença, 
impedimentos e incorporação às Forças 
Armadas. (circunscritas aos Estado no âmbito 
local de atuação)
Normas cabíveis a respeito das 
imunidades parlamentares 
materiais:
 Art. 29, VIII/CF: inviolabilidade dos 
Vereadores por suas opiniões, palavras e 
votos no exercício do mandato e na 
circunscrição do Município; e
 O STF indica que dentro da casa legislativa 
respectiva as opiniões, palavras e votos são 
presumidas absolutamente como proptem 
officium e in officium.
Imunidades parlamentares 
materiais:
 Qualquer âmbito espacial (não precisa ser 
somente na Casa Legislativa respectiva). 
Mas, Senadores e Deputados Federais 
(Brasil), Deputados Estaduais e Distritais 
(Estado/DF) e Vereadores (município);
 Precisa ter conexão com o exercício do 
mandato (in officio); e
 Precisa ter sido realizada em razão do 
mandato (proptem officio).
Outras imunidades:
Advogados: Art. 7, da lei 8.906/94 (Estatuto 
da OAB): § 2º O advogado tem imunidade 
profissional, não constituindo injúria, 
difamação puníveis qualquer manifestação de 
sua parte, no exercício de sua atividade, em 
juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções 
disciplinares perante a OAB, pelos excessos 
que cometer; e
 Calúnia e desacato não estão inseridos na 
imunidade advocatícia.
Outras imunidades:
Magistrados: Art. 41 da Lei Complementar n. 35/79 
(LOMAN): Salvo os casos de impropriedade ou excesso 
de linguagem o magistrado não pode ser punido ou 
prejudicado pelas opiniões que manifestar ou pelo teor 
das decisões que proferir; e
Ministério Público: Art. 41 da Lei n. 8.625/93 
(LONMP): Constituem prerrogativas dos membros do 
Ministério Público, no exercício de sua função, além de 
outras previstas na Lei Orgânica: [...] V - gozar de 
inviolabilidade pelas opiniões que externar ou pelo teor 
de suas manifestações processuais ou procedimentos, 
nos limites de sua independência funcional.
Calúnia:
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe 
falsamente fato definido como crime: Pena - 
detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 1º - 
Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a 
imputação, a propala ou divulga. § 2º - É punível a 
calúnia contra os mortos. Exceção da verdade § 3º - 
Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, 
constituindo o fato imputado crime de ação privada, 
o ofendido não foi condenado por sentença 
irrecorrível; II - se o fato é imputado a qualquer das 
pessoas indicadas no nº I do art. 141; III - se do 
crime imputado, embora de ação pública, o ofendido 
foi absolvido por sentença irrecorrível.
Bem jurídico tutelado: 
 Tutela-se a honra objetiva;
 Sujeito ativo = Qualquer pessoa; 
 Sujeito passivo = Qualquer pessoa (a pessoa 
jurídica poderá ser sujeito passivo no tangente 
aos crimes ambientais; 227/STJ: “A pessoa 
jurídica pode sofrer dano moral”);
 Doentes mentais e menores de 18 anos podem 
ser sujeitos passivos; e
 Desonrados, depravados, prostituídos, 
marginais podem ser sujeitos passivos.
 Imputar = assacar, atribuir a alguém a prática 
de um ilícito penal;
 Tem de ser de um fato determinado, específico;
 O fato precisa ser criminoso (contravenção não 
é calúnia, mas pode caracterizar difamação);
 O fato deve ser mentiroso (mentira do fato ou 
mentira do autor do fato); e
 Forma livre. Assim, pode ser de forma verbal 
ou de outra forma (escrita, desenho, símbolo 
como exemplo), sendo, portanto expressas ou 
explícitas. 
Tipo objetivo:
 Explícita ou inequívoca: Quando o ato 
comunicativo é claro, sem rodeios. Ex. Fazer uma 
afirmação falsa que uma pessoa realizou 
determinado fato criminoso; 
 Equívocaou implícita: Quando o ato 
comunicativo não é claro, altaneiro: ex. olhar a 
bolsa da empregada todos os dias, falar em 
metáforas, parábolas; e
 Reflexa: quando se calunia uma pessoa 
pensando em caluniar outra também. Ex. Fulano 
corrompeu os funcionários do cartório! (Ora, 
nesse fato alguém foi corrompido reflexamente)
Espécies de Calúnia:
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo 
falsa a imputação, a propala ou divulga. (o 
fuxiqueiro é punido);
 Propalar: Replica verbalmente a calúnia; 
 Divulgar: Utiliza outros meios para replicar a 
calúnia. Ex. outdoor, panfletos, livros, 
mensagens de texto;
 § 2º - É punível a calúnia contra os mortos; e
 Mas, o morto não é sujeito passivo. Os 
familiares são os sujeitos passivos (honra 
objetiva familiar). 
Forma equiparada de Calúnia:
Elemento subjetivo do tipo penal:
 Dolo com especial fim de agir: animus 
caluniandi (propósito de ofender);
 Não haverá delito se houver intenção de narrar, 
criticar, defender, corrigir e brincar;
 Não há forma culposa;
Consumação e tentativa:
O delito se consuma: Quando um terceiro toma 
ciência da calúnia. Crime formal. Não precisa 
lesionar a honra do sujeito passivo; e
 A tentativa é possível, quando o comportamento 
permitir.
Exceção da verdade (exceptio veritas):
 A regra é a admissão da exceção da verdade. 
Ou seja, em regra se tem a oportunidade de 
provar que o ato comunicado é verdadeiro;
 Incidente processual e prejudicial à ação 
penal;
 Meio facultativo de defesa indireta; e
 Mas, há exceções à regra de prova da 
verdade.
Exceção da verdade (exceptio veritas):
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
I - se, constituindo o fato imputado crime de 
ação privada, o ofendido não foi condenado por 
sentença irrecorrível (A ação privada, quando 
ainda não terminada, não é publicizada, por 
razão do strepitus fori); e
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas 
indicadas no n. I do art. 141 (Presidente da 
República e Chefe de governo estrangeiro; 
pois a função é importante e defendida por 
prerrogativa de foro);
Exceção da verdade (exceptio veritas):
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
III - se do crime imputado, embora de ação 
pública, o ofendido foi absolvido por sentença 
irrecorrível (Caso a pessoa tenha sido 
absolvida não caberá um retorno aos fatos 
pois não existe revisão criminal pro societate; 
dessa maneira, respeita-se a coisa julgada 
penal); e
 Conclui-se que, em tese, pode haver crime de 
calúnia mesmo quando há verdade dos fatos.
Exceção de notoriedade dos fatos:
Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou 
da notoriedade do fato imputado, o querelante poderá 
contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser 
inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras 
indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, 
ou para completar o máximo legal; 
 Fatos notórios são os fatos conhecidos publicamente 
(todos ou muitas pessoas); 
 Caso a exceção da verdade/notoriedade seja deferida 
haverá atipicidade da conduta; e
 Quando opostas ou admitidas no caso de pessoas com 
prerrogativa de foro devem ser julgadas no foro 
competente. 
Ação penal:
 Regra: Ação penal privada;
 Pode ser Pública Condicionada à Requisição e à 
Representação;
 Competência da calúnia pela imprensa: local da 
impressão; 
 Competência da calúnia pela internet: local da inclusão 
da informação (e não do servidor); 
 Súmula 714/STF: “É concorrente a legitimidade do 
ofendido, mediante queixa, e do ministério público, 
condicionada à representação do ofendido, para a ação 
penal por crime contra a honra de servidor público em 
razão do exercício de suas funções.” e
Penas: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e 
multa.
Causa de aumento de pena:
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo 
aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é 
cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra 
chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionário 
público, em razão de suas funções; III - na presença de 
várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da 
calúnia, da difamação ou da injúria. IV – contra pessoa 
maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, 
exceto no caso de injúria. Parágrafo único - Se o crime é 
cometido mediante paga ou promessa de recompensa, 
aplica-se a pena em dobro.
 Chefe de Estado não entra no tipo; e
 Várias pessoas = mais de duas pessoas.
Retratação:
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se 
retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, 
fica isento de pena. Parágrafo único. Nos casos 
em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a 
difamação utilizando-se de meios de comunicação, 
a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, 
pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. 
 A retratação precisa ser peremptória (cabal, 
forte); e
 A retratação é uma causa excludente de 
punibilidade.
Pedido de explicações:
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou 
frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, 
quem se julga ofendido pode pedir 
explicações em juízo. Aquele que se recusa a 
dá-las ou, a critério do juiz, não as dá 
satisfatórias, responde pela ofensa; e
 Não existe possibilidade, em um Estado 
democrático de Direito, de um não fazer 
(silêncio) gerar certeza de um fato existencial.
Ação penal:
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo 
somente se procede mediante queixa, salvo 
quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência 
resulta lesão corporal. (Se a injúria consiste 
em violência ou vias de fato, que, por sua 
natureza ou pelo meio empregado, se 
considerem aviltantes: Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência)
Ação penal:
Art. 145: Parágrafo único. Procede-se mediante 
requisição do Ministro da Justiça, no caso do 
inciso I do caput do art. 141 deste Código (contra 
o Presidente da República, ou contra chefe de 
governo estrangeiro), e mediante representação 
do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo 
(contra funcionário público, em razão de suas 
funções), bem como no caso do § 3o do art. 140 
deste Código (§ 3o Se a injúria consiste na 
utilização de elementos referentes a raça, cor, 
etnia, religião, origem ou a condição de pessoa 
idosa ou portadora de deficiência)
Ação penal da calúnia 
(sistematização):
Artigo 
correspondente
Ação penal
Art. 138 Privada (regra)
Art. 145, parágrafo 
único, primeira figura
Pública condicionada à 
requisição 
Art. 145, parágrafo 
único, segunda figura
Pública condicionada à 
representação 
Difamação (ofensa a boa fama):
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato 
ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e multa. Exceção da 
verdade Parágrafo único - A exceção da 
verdade somente se admite se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao 
exercício de suas funções.
Bem jurídico tutelado: 
 Honra objetiva (quando se conta um fato (mentiroso ou 
não) de fato conspurcador da estima social da pessoa;
 Maledicência; Crime intermediário entre a Calúnia e a 
injúria; 
 Sujeito ativo = Qualquer pessoa; e
 Sujeito passivo = Qualquer pessoa (todas as pessoas 
Jurídicas podem ser sujeitos passivos do delito); O 
inimputável pode ser sujeito passivo. Os desonrados, 
infames, criminosos e prostituídos também têm honra a 
zelar. O consentimento do ofendido quebra o crime, por 
conta do bem jurídico tutelado ser disponível. Os 
mortos NÃO podem ser difamados.
 Difamar (desacreditar publicamente, 
infamar, falar mal, detrair);
 Tecer um fato concreto que macula a 
imagem de uma pessoa levado a terceiros;
 O fato ofensivo não precisa ser mentiroso; 
pode ser um fato verdadeiro; e
 O fato precisa ser específico e determinado 
(caso não seja, poderá ser o delito de injúria). 
Tipo objetivo:
Elemento subjetivo do tipo penal:
 Dolo com especial fim de agir: animus 
difamandi; 
 Não há forma culposa;
Consumação e tentativa:
 O delitose consuma: Quando terceiro toma 
conhecimento da difamação; e
 A tentativa é possível.
Exceção da verdade na difamação:
Art. 139 Parágrafo único - A exceção da 
verdade somente se admite se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao 
exercício de suas funções.
 Exceção da verdade não é a regra (aqui é 
uma exceção);
 Acontece: 1) Se o ofendido for funcionário 
público; e 2) Quando a ofensa for relativa ao 
exercício das funções do ofendido; e
 O momento do fato será o marcado para a 
possibilidade da exceção da verdade.
Exceção da verdade na difamação:
 Não caberá a exceção da verdade contra o 
Presidente da República (item 49 da exposição de 
motivos do CP);
 “A fides veri ou exceptio veritatis é admitida, para 
exclusão de crime ou de pena, tanto no caso de 
calúnia (salvo as exceções enumeradas no § 3º do 
artigo 138), quanto no de difamação, mas, neste 
último caso, somente quando o ofendido é agente 
ou depositário da autoridade pública e a ofensa se 
refere ao exercício de suas funções, não se 
tratando do "Presidente da República, ou chefe de 
Governo estrangeiro em visita ao país“.
Exceção de notoriedade dos fatos:
Fatos notórios são os fatos conhecidos 
publicamente (todos ou muitas pessoas); 
 Caso a exceção da verdade/notoriedade seja 
deferida haverá atipicidade da conduta; e
 Não se aplica o art. 85 do CPP por não serem 
imputados fatos criminosos (Art. 85. Nos 
processos por crime contra a honra, em que forem 
querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à 
jurisdição do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais de Apelação, àquele ou a estes caberá o 
julgamento, quando oposta e admitida a exceção 
da verdade).
Ação penal:
 Regra: Privada;
 Poderá ser Pública Condicionada à requisição e 
à representação; 
 Súmula 714/STF: “É concorrente a legitimidade 
do ofendido, mediante queixa, e do ministério 
público, condicionada à representação do 
ofendido, para a ação penal por crime contra a 
honra de servidor público em razão do exercício 
de suas funções.” e
Penas: Pena - detenção, de três meses a um 
ano, e multa.
Ação penal da difamação 
(sistematização):
Artigo 
correspondente
Ação penal
Art. 139 Privada (regra)
Art. 145, parágrafo 
único, primeira figura
Pública condicionada à 
requisição 
Art. 145, parágrafo 
único, segunda figura
Pública condicionada à 
representação 
Causa de aumento de pena:
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se 
de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o 
Presidente da República, ou contra chefe de governo 
estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de 
suas funções; III - na presença de várias pessoas, ou por 
meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou 
da injúria. IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos 
ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. 
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou 
promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
 Pessoas que não compreendem não entram no cômputo; e
 Basta o perigo de divulgação.
Exclusão do crime:
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação 
punível: I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão 
da causa, pela parte ou por seu procurador; II - a 
opinião desfavorável da crítica literária, artística ou 
científica, salvo quando inequívoca a intenção de 
injuriar ou difamar; III - o conceito desfavorável 
emitido por funcionário público, em apreciação ou 
informação que preste no cumprimento de dever do 
ofício. Parágrafo único - Nos casos dos n. I e III, 
responde pela injúria ou pela difamação quem lhe 
dá publicidade; e
 Não é aplicado o artigo ao delito de calúnia.
Retratação:
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se 
retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, 
fica isento de pena. Parágrafo único. Nos casos 
em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a 
difamação utilizando-se de meios de comunicação, 
a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, 
pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. 
 Não existe na injúria;
 A retratação precisa ser peremptória (cabal, 
forte); e
 A retratação é uma causa excludente de 
punibilidade.
Pedido de explicações:
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou 
frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, 
quem se julga ofendido pode pedir 
explicações em juízo. Aquele que se recusa a 
dá-las ou, a critério do juiz, não as dá 
satisfatórias, responde pela ofensa; e
 Não existe possibilidade, em um Estado 
democrático de Direito, de um não fazer 
(silêncio) gerar certeza de um fato existencial.
Ação penal:
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo 
somente se procede mediante queixa, salvo 
quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência 
resulta lesão corporal. (Se a injúria consiste 
em violência ou vias de fato, que, por sua 
natureza ou pelo meio empregado, se 
considerem aviltantes: Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência)
Ação penal:
Art. 145: Parágrafo único. Procede-se mediante 
requisição do Ministro da Justiça, no caso do 
inciso I do caput do art. 141 deste Código (contra 
o Presidente da República, ou contra chefe de 
governo estrangeiro), e mediante representação 
do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo 
(contra funcionário público, em razão de suas 
funções), bem como no caso do § 3o do art. 140 
deste Código (§ 3o Se a injúria consiste na 
utilização de elementos referentes a raça, cor, 
etnia, religião, origem ou a condição de pessoa 
idosa ou portadora de deficiência)
Injúria:
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o 
decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 
1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o 
ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a 
injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista 
em outra injúria. § 2º - Se a injúria consiste em violência 
ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio 
empregado, se considerem aviltantes: Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente 
à violência. § 3o Se a injúria consiste na utilização de 
elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou 
a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
Bem jurídico tutelado: 
 Objetividade jurídica: Honra subjetiva (não precisa que 
ninguém tenha acesso ao conteúdo);
 A vítima precisa compreender a injúria;
 Precisa ter um caráter de dano na vítima (sofrimento 
moral);
 Sujeito ativo = Qualquer pessoa; 
 Sujeito passivo = Qualquer pessoa dês compreenda o ato 
comunicativo ofensivo;
 Idoso (art. 96, § 1º, da Lei n. 10.741/03 ); 
 A pessoa jurídica não pode ser sujeito passivo do delito; 
 Funcionário público: presente: desacato; Ausente: injúria; 
e
 Não existe injúria contra os mortos.
 Conceito: palavra ou gesto que viole a honra 
subjetiva da pessoa (desrespeito, desprezo, 
ultraje, vilipêndio);
 Honra Dignidade [dignitas = mérito] (atributos 
morais, honestidade e bons costumes) X Honra 
Decoro (aspectos físicos, intelectuais e sociais) 
(elementos normativos do tipo);
 O consentimento do ofendido exclui o delito; e
 caso não haja terceiro, um fato ofensivo resta 
como injúria.
Tipo objetivo:
 Injúria absoluta: Ofensa em todo o Brasil;
 Injúria relativa: Ofensa localmente; 
 Quando se está no calor dos debates não se caracteriza 
injúria; 
 Não há exceção da verdade nem notoriedade dos fatos;
 Incivilidades ou grosserias não são injúrias. Cuidado 
com as colocações locais e culturais; e
 Imediata = feita pela própria pessoa; mediata = feita 
por um terceiro (mecânica, humana ou animal); direta = 
refere-se a vícios do próprio ofendido; indireta = refere-
se a quem o ofendido ama ou estima; explícita (injúria 
clara) ou implícita (a injúria não está tão clara).
Tipo objetivo:
 Irônica (zombaria e sarcasmo) e excludente 
(fazer orações excluindo a pessoa);interrogativa (fazer uma pergunta ofensiva); 
condicionada (fazer oração tecendo uma 
condição ofensiva); truncada (não falar a 
palavra inteira mas dar o sentido ofensivo); 
fingido trocadilho (trocar a palavra de forma 
ofensiva); simbólica (utilizar um símbolo para 
ferir a honra subjetiva).
Tipo objetivo:
Elemento subjetivo do tipo penal:
 Dolo com especial fim de agir: animus 
injuriandi;
 Não há forma culposa;
Consumação e tentativa:
O delito se consuma: Quando a vítima toma 
conhecimento da ofensa; 
 Não é preciso que a vítima se sinta ofendida 
(homo medius); e
 A tentativa é possível.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - 
quando o ofendido, de forma reprovável, provocou 
diretamente a injúria; II - no caso de retorsão 
imediata, que consista em outra injúria.
 A provocação precisa ser direta (partes 
presentes);
 O revide há de ser imediato e com uma nova 
injúria;
 Não há legítima defesa da honra; e
 Na provocação, alcança só o provocado; e
 Na retorsão alcança aos dois.
Perdão judicial:
Ação penal:
 Regra: Privada;
 Pode ser ainda Pública Incondicionada ou 
condicionada à representação;
Penas: 
Caput: Pena - detenção, de um a seis meses, ou 
multa; 
Injúria real: Art. 140, § 2º: Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência; e 
Injúria preconceituosa: Art. 140, § 3o: Pena - 
reclusão de um a três anos e multa. 
Ação penal da injúria (sistematização):
Artigo correspondente Ação penal
Art. 140 Privada (regra)
Art. 140, § 2º (Injúria real) Pública Incondicionada
Art. 140, § 3º Pública condicionada à 
representação 
Art. 145, parágrafo único, 
primeira figura
Pública condicionada à 
requisição
Art. 145, parágrafo único, 
terceira figura
Pública condicionada à 
representação 
Injúria real (forma qualificada):
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, 
que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se 
considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a 
um ano, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
 Protege-se, além da honra subjetiva, a incolumidade 
física; 
Exemplos: bofetada, pisar no pé, corte ou puxão de 
barba, apalpação de certas partes do corpo, cavalgar o 
ofendido, puxar a orelha, bater com o chicote, colocar 
fezes na boca da vítima; e
 A violência será punida somada com a injúria real 
enquanto as vias de fatos são absorvidas.
Injúria racial (forma qualificada):
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos 
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a 
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
 Exemplos: pretão, negrão, judeu, baiano, japa, 
gringo, papa-hóstias, beato, bode, caroço de pinha, 
disco de vinil, múmia, aleijado só dá trabalho, 
matusalém, maneta, perneta, cegueta;
 Aqui não há perdão judicial; e
 Injúria preconceituosa/racismo impróprio (≠ de 
crime de racismo, Lei n. 7.716/89 c/c art. 5, XLII da 
CF/88). 
Injúria vs racismo:
Injúria preconceituosa Racismo
Art. 140, § 3o do CP Lei n. 7.716/89
Ação penal condicionada 
à representação
Ação penal pública 
incondicionada
Afiançável Inafiançável (art. 5, XLII 
da CF/88)
Prescritível Imprescritível (art. 5, 
XLII da CF/88)
Vítima determinada 
(específica)
Vítima indeterminada 
(genérica)
Causa de aumento de pena:
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de 
um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o 
Presidente da República, ou contra chefe de governo 
estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de suas 
funções; III - na presença de várias pessoas, ou por meio que 
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. IV – 
contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de 
deficiência, exceto no caso de injúria. Parágrafo único - Se o 
crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, 
aplica-se a pena em dobro.
 Inciso IV não contempla a injúria por que já há a forma 
qualificada no tipo penal; e
 STJ (não se comunica a causa de aumento ao mandante) e 
STF (comunica-se a causa de aumento de pena ao mandante)
Exclusão do crime:
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação 
punível: I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão 
da causa, pela parte ou por seu procurador; II - a 
opinião desfavorável da crítica literária, artística ou 
científica, salvo quando inequívoca a intenção de 
injuriar ou difamar; III - o conceito desfavorável 
emitido por funcionário público, em apreciação ou 
informação que preste no cumprimento de dever do 
ofício. Parágrafo único - Nos casos dos n. I e III, 
responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá 
publicidade.
Pedido de explicações:
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou 
frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, 
quem se julga ofendido pode pedir 
explicações em juízo. Aquele que se recusa a 
dá-las ou, a critério do juiz, não as dá 
satisfatórias, responde pela ofensa; e
 Não existe possibilidade, em um Estado 
democrático de Direito, de um não fazer 
(silêncio) gerar certeza de um fato existencial.
Ação penal:
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo 
somente se procede mediante queixa, salvo 
quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência 
resulta lesão corporal. (Se a injúria consiste 
em violência ou vias de fato, que, por sua 
natureza ou pelo meio empregado, se 
considerem aviltantes: Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência)
Ação penal:
Art. 145: Parágrafo único. Procede-se mediante 
requisição do Ministro da Justiça, no caso do 
inciso I do caput do art. 141 deste Código (contra 
o Presidente da República, ou contra chefe de 
governo estrangeiro), e mediante representação 
do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo 
(contra funcionário público, em razão de suas 
funções), bem como no caso do § 3o do art. 140 
deste Código (§ 3o Se a injúria consiste na 
utilização de elementos referentes a raça, cor, 
etnia, religião, origem ou a condição de pessoa 
idosa ou portadora de deficiência)
Finalização:
Calúnia Difamação Injúria
Imputação 
falsa de crime
Imputação de 
fato ofensivo
Qualidade 
negativa
Honra objetiva Honra objetiva Honra 
subjetiva
Consuma-se 
quando 3º 
conhece
Consuma-se 
quando 3º 
conhece
Consuma-se 
quando a 
vítima toma 
conhecimento
Finalização:
Calúnia Difamação Injúria
Há retratação Há retratação Não há retratação
Há contra mortos Não há contra 
mortos
Não há contra 
mortos
Não se exclui o 
crime pelo art. 
142
Exclui-se o crime 
pelo art. 142
Exclui-se o crime 
pelo art. 142
Exceção da 
verdade (como 
regra)
Exceção da 
verdade (como 
exceção)
Não há exceção 
da verdade

Continue navegando