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Resenha Crítica de ''A Personagem'' - PCC 2° Semestre

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS/INGLÊS 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR – PCC (2° SEMESTRE) 
NOME: GEOVANNA DE ALMEIDA SANTOS 
RA: 206---------- 
POLO GUARUJÁ - 2020 
 
RESENHA CRÍTICA - ‘‘A PERSONAGEM’’ DE BETH BRAIT 
 
‘‘Orienta o leitor a refletir sobre a concepção da personagem e sonda sua variação no decorrer de um percurso 
crítico, desde Aristóteles até as modernas perspectivas teóricas.’’ 
Doutora e livre-docente graduada na École des Hautes Études en Sciences Sociales, assim como USP – 
Universidade de São Paulo, Beth Brait é doutora em Linguística. Colecionando centenas de obras que exploram 
tópicos do ramo do ensino e psicologia, Brait intensificou a busca pela premissa das personagens que estamos 
habituados a encontrar em nossos livros. 
Com base nisso, observamos a jornada criativa até: A Personagem. 
Na obra, a autora nos apresenta uma visão ampliada e específica do processo de concepção e cognição dos 
personagens. O preâmbulo da obra nos leva a analisar a relação de leitor e personagem, como um exemplo 
prefácio, a vida fictícia criada pelo já falecido escritor renomado Arthur Conan Doyle, ‘‘Sherlock Holmes’’. 
A experiência vivida pelos adeptos a história da personagem leva-os a busca por, sequer, uma prova de sua 
existência - fazendo inclusive, com que o surgimento de atrações referentes a obra tenham sido criadas a partir 
das buscas exageradas de fãs por uma prova da existência da personagem Sherlock Holmes, como o cartão de 
visita customizado do mesmo. 
A questão deixada por Brait vem da relação que suscita dentre a realidade e a ficção, e a percepção do leitor 
dentre os dois mundos distintos. 
O primeiro capítulo nos leva até a compreensão do objetivo primário de Brait. Seu livro especifica-se como uma 
espécie de introdução - da maneira literal. Abordando temas simples como percepção e imagem, Brait distingue 
os motivos que levam a popularidade da famosa ‘‘quebra da quarta parede’’ por leitores curiosos. 
A partir do segundo capítulo apresenta-se uma exemplificação teórica sobre a construção primária e simbólica 
da personagem. Já observado anteriormente, o tópico realidade-ficção ainda se reporta com forte presença a 
partir dos parágrafos. 
Os conceitos da autora trazem uma perspectiva utópica mediante as afirmações do filósofo Aristóteles, dentre os 
Séculos XIX e XX. A partir daí, reconhece-se a personagem desenvolvida na história como um projeto único do 
autor, não mais uma característica afora do que, senão, o livro. 
A personagem é tratada como a peça principal, afinal, a estrutura do livro não é a mesma senão a presença da 
mesma, numa estrutura linguística caracterizada. Em um período no decorrer do livro, ainda se observam 
conceitos visuais que se ligam na estruturação do personagem igualmente. 
Voltando ao terceiro capítulo, a partir do Século XX obtemos a exigência de coesão do personagem e seu 
espaço-tempo literário. Histórias que precisam de um leitor que compreenda sua base de locução, não 
descartando a possibilidade de uma leitura interlocutora. 
Brait termina indicando questões narrativas de personagens, terceira pessoa, a primeira pessoa – regras 
básicas da criação de um personagem. Em resumo, conhecemos mais sobre o processo criativo do eu literário 
ao longo dos capítulos. O narrador interrompe uma personagem, assim como uma personagem interrompe um 
narrador, em diversas ocasiões.