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TABELA - DOENÇAS GLOMERULARES PRIMÁRIAS 1 FREQUÊNCIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MORFOLOGIA MICROSCOPIA ÓPTICA IMUNOFLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA ELETRÔNICA PATOGÊNESE EVOLUÇÃO GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA (GNDA) PÓS-ESTREPTOCÓCICA Crianças na faixa etária escolar com nítida relação entre doença e infecções estreptocócicas de garganta ou de pele. Síndrome nefrítica após 2 semanas de infecção. *Só cepas nefritogênicas estão associadas, tipo 12 infecções de garganta e 49 nas piodermites. Rins aumentados, petéquias externamente em casos graves. GN proliferativa endocapilar com variável grau de exsudação. IgG e c3 em padrão granular (imunocomplexos) na porção subepitelial (pequenos solúveis - excesso de antígenos). Depósitos subepiteliais em forma de “corcundas” Presença de c3 indica ativação do sistema complemento sendo responsável pela exsudação e queda do complemento sérico. Provável que o antígeno seja um componente do estreptococos 95% dos casos cura, 2% de adultos evolui para GN esclerosante (crônica) GLOMERULONEFRITE CRESCÊNTICA Ocorre nas GN primárias, associadas a moléstias sistêmicas e crescêntica idiopática Síndrome nefrítica rapidamente progressiva, com edema, hematúria, HAS e progressiva perda da função renal. Rins aumentados e petéquias na superfície externa. GN crescêntica Positividade e padrão dependem da moléstia associada. Pode ter padrão granular, linear ou não ter depósitos Achados dependem da moléstia associada. Se GNDA pós-estreptocócica, apresenta “corcunda”. Estímulo para a formação das crescentes é a presença de fibrina no espaço de Bowman. O principal constituinte são macrófagos provenientes dos monócitos do sangue. GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA 85% dos casos são idiopáticos. Síndrome nefrótica pura. Rins aumentados e pálidos GN membranosa Forte positividade para IgG e c3, em padrão granular distribuição ao longo das paredes dos capilares. Depósitos eletrodensos ao longo da porção subepitelial, formação de “espículas” Moléstia por depósitos de imunocomplexos. Admite-se que a idiopática possa ser causada por anticorpos contra antígenos ao nível dos pedínculos. Remissão espontânea ou evolução para GN esclerosante (2 20 anos) DOENÇA DE LESÃO MÍNIMA Causa mais frequente de síndrome nefrótica em crianças Síndrome nefrótica pura, com anasarca e proteinúria altamente seletiva para albumina Rins aumentados e pálidos Lesões mínimas Negativo Perda difusa dos pedículos (fusão) podocitários, lesão inespecífica decorrente de proteinúria maciça. Desconhecida, mas respondem a corticoterapia Prognóstico é bom ESCLEROSE FOCAL Pode ser idiopática ou associada a outras moléstias. Idade média 24 anos Síndrome nefrótica que não responde a corticoterapia e proteinúria não seletiva (perda de globulinas). Também apresenta hematúria e hipertensão arterial. Esclerose focal IgM e c3, aprisionamento passivo nas áreas de esclerose (não imunológica) Perda difusa dos pedículos refletindo a maciça proteinúria Lesões decorrentes de “hiperfluxo” glomerular Remissão espontânea é rara, progressão para IRC, recorrem em rins transplantados TABELA - DOENÇAS GLOMERULARES PRIMÁRIAS 2 FREQUÊNCIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MORFOLOGIA MICROSCOPIA ÓPTICA IMUNOFLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA ELETRÔNICA PATOGÊNESE EVOLUÇÃO GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA Deposição de imunocomplexos. Na forma idiopática (primária) antígenos desconhecidos, quando secundárias derivam de moléstias infecciosas Síndrome nefrítica- nefrótica (mista) Rins aumentados e pálidos, diminuídos em cronicidade Proliferação de células mesangiais e espessamento das paredes “folha de trevo” IgG e IgM em padrão granular. Distribuição acentuada na periferia dos lóbulos “grinalda” Depósitos eletrodensos na porção subendotelial da membrana basal glomerular e no mesângio Tipo 1 primária há evidência de imunocomplexos depositados e ativação do sistema complemento através de via clássica e alternada. No tipo 2 (depósitos muito densos) há ativação via alternada, com diminuição nos níveis de c3 sérico e presença do autoanticorpo fator nefrítico c3 circulante. DOENÇA DE BERGER Média de idade é 20 anos. 3:1 em homens e predominante em países orientais Hematúria macro ou microscópica Rins contraídos na progressão para IRC GN proliferativa mesangial IgA com distribuição glomerular difusa Depósitos eletrodensos no mesângio em regiões paramesangiais Desconhecida. Aumento da síntese de IgA na mucosa do trato respiratório e/ou gastrintestinal Benigna, mas evolui para IRC em 50% dos casos em 20 anos NEFRITE HEREDITÁRIA Causa mais frequente de hematúria recorrente em crianças de até 10 anos de idade Pode ter várias manifestações clínicas, mas a inicial mais frequente é hematúria recorrente Rins diminuídos e granulosos GN proliferativa mesangial Negativo Membrana basal com irregularidades de espessura e contorno – “cesto de basquete” Mutação de um dos genes que codifica colágeno IV. Quando relacionada à surdez corresponde a síndrome de Alport que tem associação com o cromossomo X. Em pacientes do sexo masculino pode evoluir para IRC entre 15 e 40 anos. Transplante
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