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1 Prova 1 - AIS Há especificidades no período neonatal, pois a transição da vida fetal para a pós-natal possui uma série de especificidades com patologias específicas do período. É completamente dependente do cuidador e sofre influências de fatores gestacionais. Sinais de doenças são sutis como dificuldade de ganho de peso, recusa alimentar e hipoatividade. Primeira consulta A primeira consulta deverá ocorrer na 1ª semana de vida. Momento para estimular e auxiliar com aleitamento materno exclusivo, orientar imunização e verificar realização do teste do pezinho. ANAMNESE Condições de nascimento da criança: tipo de parto, local, peso ao nascer, idade gestacional, índice de Apgar, intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos realizados. Antecedentes familiares: condições de saúde dos pais e dos irmãos, número de gestações anteriores e o número de irmãos. EXAME FÍS ICO ESTADO GERAL Postura normal: extremidades fletidas, mãos fechadas e o rosto dirigido a um dos lados. Padrão respiratório: FR basal alta (30-60 irpm), sem sinais de desconforto (batimentos de asas do nariz, tiragem intercostal/diafragmática e sons emitidos). Estado de vigília: sono quieto, sono ativo, alerta, choro Choro excessivo, com acalmar difícil é sinal de irritabilidade anormal. Sinais de desidratação/hipoglicemia: pouca diurese, má ingestão, hipoatividade e letargia. Temperatura: entre 34,6°C e 37,5°C – não precisa ser medida em crianças assintomáticas. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Peso em relação ao peso ideal ao nascer: normal perda de peso de até 10% ao nascer quanto a sua recuperação até o 15º dia de vida. Ganho ponderal: entre 20-40g/dia, de 0-6 meses de vida. Perímetro cefálico: medidas acima ou abaixo de dois desvios-padrão podem estar relacionadas a doença neurológica (microcefalia e hidrocefalia). DESENVOLV IMENTO NEUROPS ICOMOTOR Detectar risco de comprometimento do desenvolvimento neurológico para encaminhar precocemente para reabilitação. Observar atividade global, tônus muscular, postura, mobilidade e reflexos osteotendíneos. Reflexos primitivos: Preensão palmar, plantar e sucção: desaparece até o 6º mês. Cutâneo plantar em extensão: a partir do 13º mês a extensão é considerada patológica. Tônico cervical (Espadachim): rotação da cabeça para um lado, com consequente extensão do membro superior e inferior do lado facial e flexão dos membros contralaterais – presente até o 3º mês. Moro: segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente os braços – incompleto a partir do 3º mês e não deve existir a partir do 6º. Marcha reflexa, Galant (paravertebral) e fuga à asfixia. Cuidados com o neonato ÍND I CE DE APGAR No quinto minuto entre 7 e 10 é considerado normal. Apgar 4,5 ou 6 é considerado intermediário e relaciona-se com prematuridade, medicamentos usados pela mãe, malformação congênita. Índices de 0 a 3 no quinto minuto relacionam-se a maior risco de mortalidade. Baixo índice isoladamente não prediz disfunção neurológica tardia. 2 Prova 1 - AIS Observe reflexos arcaicos: preensão palmo-plantar sucção e Moro – próprios do recém-nascido a termo sadio Tônus normal é de semiflexão generalizada. FACE Assimetria, malformação e deformidade. Aparência sindrômica específicas ou inespecíficas, como Down, Patau e Crouzon. PELE Lesões benignas comuns: são alterações cutâneas transitórias sem significado patológico Mancha salmão: imaturidade do sistema vasomotor autonômico – manchas rosadas de limites mal definidos. Mancha mongólica: acúmulo de melanócitos na derme por defeito na migração dessas células da crista neural – comum negros e asiáticos. Hiperplasia sebácea: hiperplasia das glândulas sebáceas por estimulação dos hormônios maternos androgênicos – resolução 1º mês. Miliária (brotoeja): obstrução das glândulas sudoríparas pela sudorese excessiva – comum em climas quentes e estado febril – evitar aquecimento usando roupas adequadas. Eritema tóxico neonatal: pústula asséptica de etiologia não definida sem sintoma associado – início entre 24 a 72 horas de vida e resolução espontânea no 1º mês. Edema: pesquisar se é generalizado ou local. Se generalizado pensar em doença hemolítica perinatal, iatrogenia por uso de coloides, sepse e insuficiência cardíaca. Se for localizado indica trauma do parto. Palidez: anemia, vasoconstrição periférica, sangramento ou sinal do arlequim (palidez em hemicorpo e eritema no outro). Cianose Se for generalizada pensar em doenças cardiorrespiratórias graves. Se localizada nas extremidades pensar em hipotermia. Icterícia: clinicamente observada no RN quando BT é maior que 5mg/dL. A icterícia pode ser fisiológica no RN devido desbalanço transitório na produção e eliminação da BT. Em geral, resolução espontânea na 1ª semana de vida, a partir da 2ª. Atenção nas que aparecem nas primeiras 24 horas ou depois do 7º dia de vida – caso tenha duração maior que 1 semana no recém-nascido a termo e 2 no prematuro e se a tonalidade for amarela intenso ou até zona III – pesquisar possível presença de assaduras, pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Tratamento: prevenir sequelas da impregnação BI no SNC através de técnicas de fototerapia. CRÂN IO Suturas cranianas podem estar acavalgadas, justapostas ou disjuntas e tem fechamento clínico entre 6 e 12 meses. Examinar fontanelas que não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas. Anterior (bregmática) mede de 1 a 4 cm, tem forma losangular – fecha-se do 9º ao 18º mês. Posterior (lambdoide) é triangular, mede cerca de 0,5 cm e fecha-se até o segundo mês. Bossa serossanguínea e cefalematomas desaparecem espontaneamente. OLHOS Reflexo fotomotor: feixe de luz em posição lateral a um olho – avalia estrutura anátomo-funcional. Teste do reflexo vermelho: realizado na penumbra com oftalmoscópio iluminando ambos os olhos – se avaliada opacidade, catarata congênita, retinopatia de prematuridade e retinoblastoma. Todo prematuro com 32 semanas ou abaixo de 1,5 kg deve ser avaliado na 6ª semana de vida pelo oftalmologista – o teste do reflexo só identifica retinopatia grau 5 com descolamento. Conjuntivites Pálpebras edemaciadas (nitrato de prata 1% pode causar). Se secreção purulenta descartar infecção por gonococo (perfuração ocular em 24h), clamídia e herpes vírus – coletar secreção e solicitar exame bacteriológico – início imediato de 3 Prova 1 - AIS tratamento com colírio (tobramicina ou ofloxacina). Estrabismo e nistagmo lateral: comuns nesta fase, devendo ser reavaliados posteriormente. Antes dos 6 meses de vida, é muito difícil o diagnóstico de estrabismo congênito – encaminhamento a partir dos 4 meses. ORELHAS E AUDIÇÃO Observar implantação, tamanho e simetria das orelhas. “Teste da orelhinha”: triagem auditiva. NARIZ Avalie forma e possível presença de secreção (sífilis). BOCA Alterações morfológicas podem representar dificuldade para amamentação. Úvula, macroglossia, palato, frio lingual e coloração dos lábios. Retirar dente natal não decíduo, flexível cortante. “Teste da linguinha”: triagem do frênulo lingual curto PESCOÇO Avaliar assimetria facial e posição viciosa da cabeça. Torcicolo congênito tem resolução espontânea em 90% dos casos – se persistir correção cirúrgica. TÓRAX Assimetria: sugere malformações cardíacas, de coluna, pulmonares ou arcabouço costal. Clavículas: apalpar para avaliar se há fraturas que poderiam acarretar diminuição ou ausência do movimento do braço – tratamento prende braço ao tórax, formação de calo ósseo em 2/3 semanas. Involução espontânea das mamas que podem ter presença de secreção leitosa devido passagem de hormôniosmaternos. Sofrimento respiratório: tiragens, batimentos de asas do nariz, retração xifoidiana, gemidos e estridor. Frequência cardíaca entre 120 bpm e 160 bpm. Observar cianose, abaulamento precordial, turgência jugular, ictus cordis e sopros cardíacos – verifique os pulsos. “Teste do coraçãozinho”: triagem para cardiopatia congênita critica. ABDOME Respiração abdominal entre 40mrm e 60mrm. Dilatação: presença de líquido, distensão gasosa, visceromegalias, obstrução ou perfuração abdominal. Se estiver escavado pode indicar hérnia diafragmática. Diagnosticar hérnia umbilical (regressão espontânea até 12 meses), inguinal (cirurgia imediata pelo risco de encarceramento), diástase dos retos abdominais e agenesia da musculatura abdominal. Coto umbilical Cuidados: limpeza diária, álcool 70% no coto e na base, fralda abaixo – manter rotina de higiene até que esteja totalmente cicatrizada. Presença de granuloma – nitrato de prata. Se vermelha, edemaciada com secreção fétida indica onfalite – encaminhar emergência. GEN ITÁL IA Palpar bolsa escrotal para identificar presença dos testículos. Se não palpáveis explicar que é comum, especialmente em prematuros – “descem” até os 3 meses de vida. Se aos 6 meses não forem palpados devem ser encaminhados para melhor avaliação e tratamento. Acúmulo de líquido peritoneal ao redor do testículo é hidrocele – regressão lenta com cura espontânea até os 2 anos. Para diferenciar hidrocele de hérnia inguinal colocar luz – verificar se aparece a luz Fimose fisiológica ao nascimento Localização do meato urinário para verificar hipospádia ou epispádia. Pequenos lábios e clitóris mais proeminentes. Pode haver secreção esbranquiçada, devido à passagem de hormônios maternos, se resolve de forma espontânea. ÂNUS E RETO Verificar permeabilidade anal, posição do orifício e presença de fissuras. S ISTEMA OSTEOART ICULAR Examinar membros superiores e inferiores, para avaliar resistência à extensão, a flexão dos membros, a possibilidade de flacidez excessiva e a suposta presença de paralisia. 4 Prova 1 - AIS “Teste de Ortolani e Barlow”: triagem para displasia do desenvolvimento do quadril. COLUNA VERTEBRAL Examine toda a coluna, em especial a área lombo- sacra, percorrendo a linha média. Avaliar a presença de desvios, deformidades, tumorações e alterações cutâneas. AVALIAÇÕES Situações de vulnerabilidade à saúde do recém- nascido: área de risco, peso inferior a 2.500g, prematuridade (menos de 37s – pós-termo também é preocupante a cima de 42s), Apgar menor que 7 no 5º minuto, internações, mãe com menos de 18 anos de idade, mãe com baixa escolaridade e história familiar de morte de criança com menos de 5 anos de idade, aleitamento materno ausente, gestação gemelar (parto múltiplo), malformação congênita, ausência de pré- natal, problemas socioeconômicos e familiares, não realização de vacinas e suspeita de violência. Situações familiares de vulnerabilidade: gravidez de alto risco, presença de conflitos do casal com a descoberta da gravidez, separações e lutos na família, mãe com diagnóstico de doença mental, parto traumático, pais com dificuldade de assumir parentalidade, famílias com problemas múltiplos, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e mais de 3 filhos morando juntos. Sinais de perigo na criança com menos de 2 meses: RN doente: atividade e sucção, cianose, palidez, distermias, dificuldade respiratória, distensão abdominal, vômitos, paralisias e fraturas. RN não vai bem: perda de peso maior que 10%, ganho de peso insuficiente, sinais desidratação e icterícia importante. Em caso de reclamação do choro excessivo avaliar: estado geral, história pré e perinatal, momento de início e duração do choro, tensão no ambiente, alimentação, evacuação, dieta da mãe, refluxo, alergias, resposta dos pais e fatores de alívio. OR IENTAÇÕES Promover aleitamento materno exclusivo: criança alimentada somente com leite materno até os 6 meses apresenta menor morbidade. Estimular amamentação, orientando a livre demanda (frequência e duração) e não prescreva suplementação desnecessária. Lavagem de mãos por todas as pessoas que têm contato com o bebe para evitar propagação de microorganismos que causem doença respiratória. Não permitir que pessoas fumem dentro de casa. Coto umbilical deve cair nas primeiras 2 semanas, para isso deve ser mantido limpo e seco. Posição “de barriga para cima” para dormir e sua relação de proteção contra morte súbita do lactente. Em casos de coleito, alertar maior risco de morte súbita e acidentes não intencionais em menores de 4 meses. Cuidar da temperatura do banho (água a 37ºC é ideal) e não deixar criança sozinha na banheira. Grades do berço inferiores a 6cm e utilização de cobertas ou travesseiros leves para evitar sufocação. É importante verificar se o recém-nascido recebeu a 1a dose da vacina contra hepatite B e da BCG na maternidade e se será necessário indicar a aplicação dessas vacinas na unidade de saúde. Oriente a família sobre o retorno do bebê no 30º dia de vida. Triagens neonatais O programa de triagem é aplicação de testes numa população para detecção de indivíduos com alta probabilidade de apresentarem uma determinada doença. Nesse caso, entre 0 e 30 dias. TESTE DO PEZINHO Coleta de sangue capilar entre o 2º e 7º dia de vida – realizada a partir do 2º dia quando já ocorreu ingestão adequada de proteínas e é possível analisar metabolismo da fenilalanina. Detecção de fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e anemia falciforme. TESTE DO OLHINHO Pesquisa do reflexo ocular vermelho através da pupila – realizada em penumbra através de oftalmoscópio a 30cm de distância. 5 Prova 1 - AIS Realizar: nascimento e mais 3x durante 1º ano. Detecção de catarata congênita, glaucoma congênito e retinoblastoma. TESTE DA ORELHINHA Teste auditivo eletrofisiológico que detecta perdas auditivas – encaminhamento precoce (ideal antes dos 3 meses). Consiste em procedimentos eletrofisiológicos objetivos que não causam dor ou desconforto. Portanto, não necessitam de participação ativa da criança. Realizar após 24-48 horas de vida Critério passa-falha. “Passa” quando ocorre otoemissões indica funcionamento coclear adequado. “Falha” por ausência de otoemissões é porque há funcionamento coclear alterado ou presença de componente auditivo. DISPLAS IA DESENVOLV IMENTO QUADRIL Manobra de Ortolani (redução) e/ou Barlow (luxação) – um lado de cada vez. Realizar ao nascimento, com 15 dias, 1 mês e 2 meses. Diagnostica luxação congênita do quadril. TESTE DO CORAÇÃOZINHO Realiza saturação pré e pós ductal (membros superiores e inferiores) – normal quando a diferença de saturação é menor que 3%. Entre 24 e 48 horas de vida. Diagnóstico de cardiopatia congênita crítica TESTE DA L INGUINHA Avaliação do frênulo lingual para diagnosticar alterações com risco de prejudicar a fala e amamentação – uso de scores (<7 frenotomia) 48 horas de vida até 6 meses. Consultas subsequentes Itens fundamentais: Dar atenção à queixa principal Revisar problemas já apresentados Enfatizar prevenção e promoção oportunas Estimular mudança de hábito na busca por cuidado. No 1º ano de vida são 7 consultas de rotina: 1ª sem, 1º, 2º, 4º, 6º, 9º e 12º mês. Padrão, mas podem ser mais frequentes. No 2º ano de vida são 2 consultas: 18º e 24º mês. A partir do 2º ano de vida consultas anuais. As consultas ocorrem em momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. EXAME FÍS ICO Exame físico completo da criançadeve ser feito na 1ª consulta. A repetição do exame completo em todas as consultas não está justificada. Monitorização do crescimento de forma rotineira: peso, estatura, comprimento e perímetro cefálico em todas as consultas até 2 anos de idade. Rastreamento para displasia evolutiva de quadril: realização das manobras de Barlow e Ortolani nas primeiras consultas (15 dias, 30 dias e 2 meses). Fatores de risco: gênero feminino, crianças com história familiar e parto com apresentação pélvica. Ausculta cardíaca: não há evidências contra ou a favor da ausculta cardíaca e da palpação de pulsos em crianças – sugestão de no mínimo 3 vezes no primeiro semestre de vida. Frequência Cardíaca Normal Idade Variação Média RN 70-170 120 11 meses 80-160 120 2 anos 80-130 110 4 anos 80-120 100 6 anos 75-115 100 8 anos 70-110 90 10 anos 70-110 90 Frequência Respiratória Normal 0-2 meses 2-11 meses 12 meses-5 anos 6-8anos Acima de 8 anos Até 60 mrm Até 50 mrm Até 40 mrm Até 30 mrm Até 20 mrm As causas mais comuns de diminuição da acuidade visual em crianças são ambliopia, seus fatores de risco (estrabismo, anisometropia, catarata e ptose) e os erros de refração. Teste do reflexo vermelho: feito no RN, 4, 6 e 12 meses e na consulta dos 2 anos de idade. Estrabismo: teste da cobertura e teste de Hirschberg – consulta dos 4, 6 e 12 meses. 6 Prova 1 - AIS Acuidade visual: só é recomendada a partir dos 3 anos através de figuras ou letras – encaminhar para oftalmologista se acuidade inferior a 20/40. Triagem auditiva neonatal: diagnóstico definitivo por volta do 4º/5º mês. Importante acompanhar marcos do desenvolvimento. Indicadores de risco para perdas auditivas: história familiar, permanência na UTI por mais de cinco dias, anomalias craniofaciais, síndromes com perdas auditivas associadas, doenças neurodegenerativas, infecções pós-natais, TCE e quimioterapia. Efetividade não depende só do diagnóstico, mas principalmente da intervenção precoce e recursos adequados. Pressão arterial: aferida a partir dos 3 anos de idade nas consultas de rotina. A criptorquidia é a anomalia congênita mais comum ao nascimento. Migração espontânea dos testículos ocorre nos primeiros 3 meses de vida (70%-77% dos casos) e raramente após os 6 a 9 meses. Se aos 6 meses não forem encontrados testículos palpáveis – cirurgia pediátrica, tratamento precoce diminui risco de câncer de testículo de problemas de fertilidade. OR IENTAÇÕES Nos primeiros 6 meses, orientar que a posição ideal para dormir é de barriga para cima a fim de evitar morte súbita do lactente – cama firme e não deve haver lençóis ou cobertores ao redor. Lavagem de mãos de todos em contato com o bebê a fim de evitar propagação de vírus causadores de doenças respiratórias. Crianças a partir dos 2 anos devem ser aconselhadas para realização de 30 a 60 minutos de atividade física moderada/vigorosa entre 3 e 5 vezes por semana. Importante que condições básicas de saúde tenham sido atendidas. Risco de complicações cardiovasculares baixo, exceto quando existem cardiopatias congênitas ou doenças agudas. Para crianças acima de 7 anos, reforçar educação e prevenção para evitar uso de bebidas alcoólicas. 7 Prova 1 - AIS A qualificação da atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério deve almejar boas condições de saúde para a mulher e o feto e possibilitar experiência de vida gratificante naquele período. O acompanhamento pré-natal exige acolhimento das necessidades da gestante, acompanhante e familiares em relação à gravidez, parto e puerpério. Importante haver disponibilidade para que sejam esclarecidas queixas, dúvidas, angústias, criando um ambiente empático e receptivo, que estimule a adesão ao programa de consultas e ações educativas. O número de contatos de pré-natal foi definido sem evidência e o conteúdo de cada consulta também não é bem estabelecido. A cada 30 dias até 28 semanas, cada 15 dias até 36 semanas e de 7 em 7 até o parto. Adotado no CAISM: até 12ª semana, 20, 26, 30, 34, 36, 38 e 40. O Brasil é um país de grande cobertura pré-natal (99%), 73% com 6 ou mais consultas. A quantidade é ideal, mas não há controle de qualidade. ¼ das gestantes é considerada de risco. A caderneta da gestante é uma publicação dirigida aos profissionais e usuárias do SUS, que contempla as diretrizes de boas práticas na assistência ao pré-natal, parto e nascimento propostas na Estratégia Rede Cegonha e alinhadas à PNAISM. Atenção pré-natal de baixo risco pode ser realizada pelo médico e pela enfermeira, de forma compartilhada, intercalando e/ou dividindo as ações, complementado por atuação de agente de saúde e outros profissionais conforme o caso exigir. A primeira consulta representa uma oportunidade privilegiada de classificar riscos e orientar condutas efetivas que qualificam o cuidado. Atendimento clínico completo, com anamnese e exame físico geral e específico. As consultas subsequentes consistem em uma avaliação contínua de risco por patologias específicas da gestação e intercorrências clínicas. Na anamnese obstétrica, busca-se informações sobre as gestações pregressas perguntando sobre intercorrências na gestação, parto e puerpério e sobre os resultados perinatais. Exame físico primeira consulta: avaliação de peso, medida estatura, FC, temperatura axilar, pressão arterial, inspeção pele e mucosas, palpação de tireoide, ausculta cardiopulmonar, exame abdome, palpação gânglios inguinais, exame de membros inferiores e busca ativa por edema. O peso é importante, pois dependendo do IMC a avaliação do ganho de peso varia. Um ganho de peso súbito (superior a 500g por semana) associado a edema requer cuidado, pois pode ser sinal de pré-eclâmpsia. A maior parte do peso ganho vem do feto, gordura, placenta e líquido amniótico e sangue. Parâmetros de evolução normal da mulher e do feto 8 Prova 1 - AIS Ganho de peso excessivo na gestação está associado a diabetes gestacional, HAS, pré- eclâmpsia, prematuridade, macrossomia, defeitos congênitos e pode levar a necessidade de realização de cesárea. Há comprovação de que tem relação com obesidade, dislipidemia e diabetes na criança, além de obesidade e depressão no pós-parto. Importante sempre orientar nutrição adequada através de alimentação saudável e exercício físico (aeróbico e perineal). Em pacientes subnutridas, orientar aporte calórico e proteico adequado. Rotina consulta de pré-natal: idade gestacional, queixas, exame físico específico queixas e exame obstétrico – solicitar exames, orientar vacinação e suplementação vitaminas. INDISPENSÁVEL consultas pré-natal: cálculo da idade gestacional, medida do peso materno, medida da pressão arterial, medida da altura uterina, ausculta dos BCF, avaliação movimentação fetal, verificação de edema e agendamento de retorno. Importante orientar paciente sobre possibilidade de manutenção da vida sexual ativa ressaltando a importância do uso de preservativos. Ao longo das consultas do pré-natal orientar sempre a paciente sobre seus direitos em relação ao próprio parto (pode ter plano de parto) como: presença de acompanhante, uso de métodos medicamentosos e não medicamentosos (água quente, massagens, deambulação) para alívio da dor, disponibilidade de anestesista 24 hs/dia, liberdade de posição, episiotomia seletiva, não realização de lavagem intestinal, tricotomia pubiana restrita e parto em posição semissentada. EXAME OBSTÉTR ICO Importante para avaliação clínica do crescimento fetal, quantidade de líquido amniótico, situação e apresentação fetal. A medida da altura uterina indica o crescimento fetal e a medida deve ficar dentro da faixa que delimita os percentis 10 e 90 do gráfico de crescimento uterino de acordo com a idade gestacional.Na 12ª semana, útero palpável na sínfise púbica, necessária técnica bimanual. Na 16ª, fundo uterino entre sínfise púbica e cicatriz umbilical. Na 20ª semana fundo do útero encontra- se na cicatriz umbilical. Entre 20 e 30 semanas relação direta com medida da altura uterina. A palpação obstétrica consiste nas manobras de Leopold-Zweifel que é realizada em 4 tempos: delimita fundo uterino, posição fetal, apresentação e exploração da pelve. Ausculta fetal é realizada através do Sonar a partir de 10-12 semanas, enquanto através do Pinard pode ser utilizado a partir de 18-20 semanas. Deve- se avaliar ritmo e frequência (120-160 bpm). EXAMES 1ª consulta: hemograma completo, glicemia de jejum, urina 1, urocultura, sorologias (HIV, sífilis, toxoplasmose e hepatite B), grupo sanguíneo, fator 9 Prova 1 - AIS Rh, bacterioscopia secreção vaginal, citologia oncótica e protoparasitológico fezes. 28 semanas: hemograma completo, glicemia de jejum, urina 1, urocultura, sorologias (toxoplasmose não necessária se paciente já sensibilizada), Coombs indireto (se Rh -) e bacterioscopia da secreção vaginal. Acima de 35 semanas: pesquisa Streptococcus do grupo B. Ultrassom é pedido no 1° e 2º trimestre, a idade gestacional do mais precoce é a que vale. AVALIAÇÃO VITAL IDADE FETAL Métodos clínicos: curva de altura uterina/idade gestacional, estimativa líquido amniótico/palpação obstétrica, ausculta dos BCF, movimentação fetal percebida e registro diário dos movimentos fetais. Realização de mobilograma, após refeição registrar número de movimentações (deve ser superior a 7). O mobilograma é uma medida indireta da integridade e função do SNC, a presença de movimentação fetal rigorosa é tranquilizadora. Percepção da inatividade fetal deve ser investigada sistematicamente e confirmada por métodos complementares. Métodos biofísicos: cardiotocografia, ultrassom (perfil biofísico fetal) e Dopplervelocimetria. VACINAÇÃO Necessário investigar história pregressa de vacinação, confirmada com apresentação do comprovante (cartão de vacina). As vacinas virais vivas de sarampo, da rubéola, da caxumba (SCR) e da febre amarela não são recomendadas durante a gestação devido risco teórico, mas não estão associadas a aborto. Reforço com dTpa (tríplice bacteriana acelular difteria, tétano e coqueluche) entre 27 e 36 semanas de gravidez, se carteira vacinal completa. Na hepatite B, por considerar os riscos da gestante não vacinada de contrair a doença e com o objetivo de prevenir a transmissão vertical, recomenda-se a triagem sorológica durante o pré-natal por meio do HBsAg (antígeno de superfície do VHB). Caso o resultado seja negativo e a gestante não tenha sido vacinada previamente ou tenha realizado o esquema incompleto, recomenda-se a vacinação com 3 doses (0, 1 e 6 meses) ou completar esquema vacinal já iniciado. Se o esquema for completo, não devem ser vacinadas. As vacinas sazonais de influenza são vírus inativados e são recomendadas, pois as gestantes infectadas pelo vírus influenza, principalmente no terceiro trimestre da gestação e no puerpério imediato, tem risco aumentado de doença respiratória grave e pneumonia – contraindicada em casos de histórico de reação anafilática. Suplementação Ácido fólico: iniciar suplementação ao menos 30 dias antes da concepção para prevenção de defeitos do tubo neural e alterações na divisão celular – dose 0,4 mg ao dia. Previne anemia, sepse puerperal, baixo peso ao nascer e prematuridade. Cálcio: manutenção esquelética e função cardíaca. Indicado para mulheres com baixa ingesta alimentar, com antecedente de pré-eclâmpsia, HAS, diabetes, antecedente de doença vascular, obesas e com idade superior a 35 anos – dose 1,5 a 2g ao dia. Previne pré-eclâmpsia Importante lembrar que o consumo de café diminui a biodisponibilidade (ferro também). Ferro: prevenção de anemia e nascimento pré- termo. Dose 30 a 50mg de ferro elementar (150- 300mg de sulfato ferroso). ANEMIA Avaliação inicial da gestante com hemograma, se hemoglobina estiver abaixo de 11g/dL indica anemia. Observar o volume corpuscular médio para identificar se anemia é microcítica (abaixo de 80fL) ou não-microcítica (acima de 80fL). Se Hb for abaixo de 8g/dL encaminhar para pré-natal de risco. ANEMIA NÃO-MICROCÍT ICA Solicitar perfil de ferro, ácido fólico, B12, TSH, ureia e creatinina. 10 Prova 1 - AIS Se volume corpuscular médio for superior a 120fL e/ou hemograma com neutrófilos hiperssegmentados indicar reposição imediata de B12. Deficiências de folato e B12 (veganos, anemia perniciosa e gastroplastia redutora). Medicação, Álcool, Cirrose e Reticulocitose. ANEMIA MICROCÍT ICA Analisar contagem de células vermelhas do sangue (RBC) para realização do índice Mentzer VCM/RBC. Na anemia ferropriva, a contagem de glóbulos vermelhos e o MCV serão ambos baixa, e o índice será maior do que 13. Já nas talassemias, o número de glóbulos vermelhos produzidos é normal, mas as células são menores, portanto a contagem de glóbulos vermelhos é normal, mas o MCV é baixo, de modo que o índice será menor do que 13. Anemia ferropriva – tratar anemia com 120 a 240mg de ferro elementar ao dia. Repetir dosagem entre 30 e 60 dias, se níveis estiverem subindo, manter até atingir 11g/dL, quando deve ser iniciada a dose de suplementação (40 mg). Já se níveis não subirem encaminhar para alto risco. Complicações fetais da anemia ferropriva são aumento do risco de restrição do crescimento, baixo peso ao nascimento, prematuridade e mortalidade perinatal. Se houver possibilidade de hemoglobinopatia, solicitar eletroforese de hemoglobina e encaminhar para a hematologia. Podem ser talassemias (deficiência de produção – problema quantitativo) ou doença falciforme (HbS e HbC – problema qualitativo). Complicações durante gestação da doença falciforme: crises dolorosas vaso-oclusivas, infecções, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico e hepático e agravamento da anemia. Pressão arterial A gravidez normal é caracterizada por um aumento no débito cardíaco, uma redução da resistência vascular sistêmica e um pequeno declínio da pressão sanguínea. Essas mudanças estão associadas com um aumento de 10-15 batimentos por minuto na frequência cardíaca. Os distúrbios hipertensivos associam-se a levada morbimortalidade materna, fetal e neonatal – 1/3 das mortes maternas. A pré-eclâmpsia é a forma mais grave, sendo a eclampsia a complicação de maior mortalidade. A hipertensão na gravidez é definida através de valores iguais ou superiores a 140x90 mmHg, aferidos em duas ocasiões com intervalo de 4 horas. É considerada grave em valores iguais ou acima de 160x110 mmHg, aferida em intervalo curto ou em uma única ocasião. Hipertensão arterial crônica (HAC) é definida pela presença de hipertensão arterial que antecede a gravidez ou ocorre antes da 20ª semana de gestação. A maioria evolui bem durante a gestação. Pré-eclâmpsia sobreposta à HAC é considerada diante do agravamento da hipertensão e/ou o aparecimento de proteinúria Hipertensão gestacional diagnosticada em mulher previamente normotensa, e após a 20ª semana, não associada a outros comemorativos. Pode ser um diagnóstico transitório. Pré-eclâmpsia: aparecimento de hipertensão após 20 semanas de gestação, associada a proteinúria (proteinúria maior ou igual a 300mg/24h ou proteína/creatinina > 0.3), em mulher previamente normotensa. Caso não haja proteinúria, mas aparecimento de qualquer um desses sintomas é considerada grave: Sintomas visuais e/ou cerebrais. Plaquetopenia (abaixo de 100.000) Creatinina sérica superior a 1,1 Disfunção hepática – elevação transaminases Edema pulmonar Eclâmpsia: manifestação de convulsão toniclônica generalizada, nocenário de pré-eclâmpsia. Prevenção: cálcio (500mg) e aspirina (100mg). 11 Prova 1 - AIS Grupo de distúrbios metabólicos comuns que compartilham o fenótipo da hiperglicemia. Distúrbio crônico caracterizado pelo comprometimento do metabolismo da glicose Vários tipos distintos de DM são causados por uma interação complexa de fatores genéticos e ambientais. A desregulação metabólica associada ao DM acarreta alterações fisiopatológicas secundárias em muitos sistemas orgânicos que impõem uma enorme sobrecarga aos indivíduos com diabetes, assim como ao sistema de assistência de saúde. Existem duas categorias amplas, designadas como tipo 1 e tipo 2. Entretanto, há um reconhecimento cada vez maior de outras formas de diabetes. Ambos os tipos são precedidos por uma fase de homeostase anormal da glicose à medida que os processos patogênicos progridem. A hiperglicemia leva a diminuição da secreção de insulina, aumento secreção de glucagon, aumento neoglicogênese, disfunção neurotransmissores, redução ação incretínica, aumento da lipólise, aumento reabsorção renal de glicose e captação de glicose diminuída. A principal questão do diabetes é que está associado a uma série de complicações crônicas (relacionadas à genética) que devem ser sistematizadamente rastreadas. Pé diabético: pulsos podálicos e sensibilidade. Neuropatia: exame neurológico. Retinopatia: fundo de olho. Doença cardiovascular: PA, pulsos podálicos, lipídeos e ECG. Nefropatia: creatinina e microalbuminúria D IAGNÓST ICO O diagnóstico é evidente quando estão presentes sintomas clássicos de poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicada. Nesse caso, uma medida casual de glicose plasmática de 200mg/dL ou mais é suficiente para confirmar diagnóstico. Uma medida de glicose plasmática em jejum é mais conveniente; o diabetes está estabelecido se os níveis de glicose em jejum forem de 126mg/dL ou acima em 2 ocasiões diferentes. Teste de tolerância a glicose oral (após noite jejum carga de 75g de glicose), os níveis de glicose pós- carga em 2 horas, de 200mg/dL, ou acima, confirmam a presença de diabetes. Hemoglobina glicada (HbA1c) é a fração que se liga a glicose da hemoglobina, sendo útil na identificação de altos níveis de glicemia. Quando igual ou acima de 6,5%, o paciente é considerado diabético. A positividade de qualquer parâmetro confirma diagnóstico de Dm. Na ausência de sintomas de hiperglicemia, confirmar diagnóstico através da repetição de exames. Glicose Em jejum Pós teste tolerância Acaso HbA1c Normoglicemia <100 <140 - <5,7 Pré-diabetes >100 <125 >140 e <200 - >5,7 e <6,5 Diabetes >126 >200 >200 sintomas >6,5 TRATAMENTO Enfatizar a necessidade de avaliação contínua e tomada de decisão compartilhada para alcançar as metas de atenção à saúde e evitar inércia clínica. Avaliação de risco cardiovascular: Framingham e UKPDS – aula sobre mais tarde. Os pilares do tratamento são: alimentação, prática de atividade física e medicação. O objetivo é sempre reduzir a hiperglicemia, no entanto, não se espera que alcance os níveis de normoglicemia. Para isso existem as metas glicêmicas: Em jejum 80-130mg/dL Pós-prandial (2h) 180mg/Dl HbA1c <7% O valor da hemoglobina glicada em alguns casos deve ser inferior a 6%, enquanto nos idosos aceita-se entre 7,5-8,5% Grande parte dos pacientes tem um sobrepeso associado a diabetes, sendo necessário mudanças Diabetes na atenção básica QUADRO CL ÍN I CO 50% do reconhecimento da doença é feito através de lesões em órgãos alvo – poliúria, polidipsia e polifagia – acantose nigricans (resistência à insulina ou neoplasia maligna) 12 Prova 1 - AIS no estilo de vida para a diminuição do risco cardiovascular. O foco primário dos cuidados do paciente deve ser as modificações no estilo de vida. Além disso, a redução agressiva de lipídios e da pressão sanguínea deve ser incorporada de rotina ao programa de tratamento. A proteção que o consumo de frutas ou de legumes e verduras confere contra doenças do coração e certos tipos de câncer não se repete com intervenções baseadas no fornecimento de medicamentos ou suplementos que contêm os nutrientes individuais presentes naqueles alimentos. Necessária reeducação alimentar – consumo de alimentos frescos e in natura, evitar os alimentos ultraprocessados, moderação no uso de óleos, gordura, sal e açúcar – não há definição de porções dos grupos alimentares. Alimentação está inserida em contexto afetivo e cultural. Antes de iniciar realização de atividade física é necessária uma avaliação de complicações pré- existentes e do risco cardiovascular. Recomenda-se a realização de 150 minutos de exercício físico aeróbico por semana (3x) e resistido 2 a 3x por semana não consecutivo. Em muitos pacientes diabéticos de tipo 2, dieta e exercícios são as únicas intervenções terapêuticas necessárias para restaurar o controle metabólico. Consequentemente, a tentação de utilizar agentes farmacológicos deve ser contida no início, se o paciente for assintomático e a hiperglicemia leve. DROGAS Reaparecimento da hiperglicemia apesar das doses de eficácia máxima do medicamento é sinal da necessidade de adicionar outra classe de agente oral ou transição para terapia com insulina – para avaliar mudança HbA1c a cada 3 meses. Sulfonilureias (glicazida): “secretagogos” de insulina. A maioria dos pacientes do tipo 2 inicialmente é responsivo às sulfonilureias com melhora do controle glicêmico; entretanto 10-20% mostra pouca resposta. Vantagens: baixo custo, conveniência (1x ao dia) e redução comprovada metas microvasculares. Desvantagens: hipoglicemia e ganho de peso. Biguanidas (metformina): sensibilizador de insulina, atua reduzindo a produção de glicose hepática mediante supressão da gliconeogênese hepática. Vantagens: níveis de insulina caem, leve perda de peso, discretas reduções de LDL e triglicérides, sem hipoglicemia (monoterapia) e reduz complicações microvasculares. Desvantagens: dor abdominal, náusea, diarreia e anorexia. Tiazeolinedionas (pioglitazona): sensibilizadores de insulina Glinidas: secretagogos pós-prandial. Inibidores de alfa-glicosidade (acarbose): retarda absorção intestinal de carboidratos INSUL IN IZAÇÃO Insulina não deve ser utilizada como terapia de primeira linha para pacientes cuja adesão ao tratamento é precária, que não desejam monitorizar os níveis de glicose ou naqueles de alto risco para hipoglicemia – sempre agregar. Insulina ao diagnóstico somente em casos de glicemia superior a 300mg/dL, emagrecimento e cetonúria (corpos cetônicos na urina). Insulina ao longo do tratamento em caso de falência de medicamentos orais (HbAIc superior a 8%), gravidez, momentos de estresse (cirurgias e doenças graves), estado hiperglicêmico não cetótico, insuficiência hepática ou renal. A insulina pode ser: Ultrarrápida: pico 30 a 60 minutos, podem ser injetadas imediatamente antes das refeições, em bôlus similar mecanismo fisiológico insulina – diminui pico pós-prandial da glicemia. Rápida: pico 2 a 3 horas, devem ser injetadas de 30 a 45 minutos antes das refeições – diminui pico pós-prandial da glicemia. Ação intermediária (NPH): pico 4 a 12 horas – melhora glicemia noturna e de jejum. O melhor esquema para iniciar insulina no DM2 é o uso da insulina basal, por dar menos hipoglicemia e menos ganho de peso. Outros tipos de insulinização são noturna (NPH anoite), basal plus e insulinização plena. Na diabetes tipo 1 utiliza-se a insulinização plena, dose fixa com dieta fixa, correção pré-prandial e contagem de carboidratos. FISIOPATOLOGIA: predisposição genética + alimentação inadequada + sedentarismo Resistência à insulina -> hipersecreção insulina -> apoptose células beta-pancreáticas-> insuficiência pancreática -> hiperglicemia A redução da secreção de insulina leva a diminuição da captação de glicose e ação incretínica, enquanto leva ao aumento da lipólise, gliconeogênese, secreção de glucagon, reabsorção renal de glicose e disfunção neurotransmissores 13 Prova 1 - AIS Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos >140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco. Nível de pressão arterial associado ao dobro de risco cardiovascular a longo-prazo PAS PAD Normal <=120 <=80 Pré-HAS 121-139 81-89 HAS 1 140-159 90-99 HAS 2 160-179 100-109 HAS 3 >=180 >=110 No Brasil, atinge 32,5% de indivíduos adultos e mais de 60% dos idosos. É mais prevalente entre as mulheres (no slide está que é igual entre os sexos). Em 95% dos casos a HAS é primária, sem uma causa identificável. Já em 5% dos casos é secundária podendo ser causada por hipertireoidismo, insuficiência renal, medicamentos, problemas vasculares, etc. Herança poligênica, o risco relativo é 3,5x maior se a pessoa tem parente de 1º grau com a doença. Há uma associação direta e linear entre envelhecimento e prevalência de HA. Fatores de risco: obesidade, álcool, estresse, sedentarismo e consumo excessivo de sal. Lesões de órgão alvo: Hipertensão arterial: hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca, hemorragia cerebral, insuficiência renal, dissecção aórtica, encefalopatia hipertensiva e retinopatia. Aterosclerose: trombose cerebral, síndromes isquêmicas do miocárdio e síndromes de claudicação. Hipotensão ortostática deve ser suspeitada em pacientes idosos e diabéticos. Nessa situação, medir a PA com paciente em pé, após 3 minutos, sendo a hipotensão ortostática definida como redução da PAS > 20mmHg ou da PAD > 10mmHg.. Paciente não pode estar com bexiga cheia, não pode ter fumado nos 30 minutos anteriores, sem ingestão de bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não tenha praticado exercícios físicos há pelo menos 60 minutos. Paciente deve estar em repouso há pelo menos 5 minutos Realizar pelo menos 2 medições, com intervalo em torno de um minuto. Diagnóstico: pelo menos 2 leituras em dias distintos Cuidado efeito avental branco: aumento da PA devido ansiedade frente ao médico. Anamnese: duração HAS, tratamento anterior, sintomas de lesões de órgão-alvo ou de causas secundárias, presença de outros fatores de risco, dieta, uso substâncias hipertensoras, história familiar de HAS. Exame físico: medida fidedigna de PA, sinais de lesões de órgão-alvo ou de causas secundárias, avaliação obesidade e pulsos. Exames: creatinina (estimativa RFG), potássio, glicemia, HbA1c, lipídeos, ácido úrico, urina I e ECG. Exames complementares: radiografia de tórax, microalbuminúria e ecocardiografia. TRATAMENTO Diretrizes internacionais recentes têm preconizado metas pressóricas mais conservadoras para idosos e aqueles com alto risco CV, incluindo diabéticos, principalmente pela falta de evidências que suportem recomendações em diferentes perfis de pacientes. Maioria <140/90 mmHg Alto risco CV <130/80 mmHg NÃO MEDICAMENTOSO O tratamento não medicamentoso (TNM) da HA envolve controle ponderal, medidas nutricionais, prática de atividades físicas, cessação do tabagismo, controle de estresse, entre outros. Mudanças alimentares: redução consumo de sódio, ácidos graxos insaturados (ômega 3), fibras oleaginosas, laticínios, vitamina D, alho, café, chá Hipertensão arterial 14 Prova 1 - AIS verde, chocolate amargo e moderação do consumo de álcool. A prática regular de atividade física pode ser benéfica tanto na prevenção quanto no tratamento da HA, reduzindo ainda a morbimortalidade CV. Indivíduos ativos apresentam risco 30% menor de desenvolver HA que os sedentários e o aumento da atividade física diária reduz a PA. Cessação do tabagismo, controle do estresse e cuidado com medicações que podem elevar PA. MEDICAMENTOSO Tiazidicos: hidroclorotiazida – os diuréticos tiazidicos atuam no córtex, inibindo a troca ativa de Cl-Na no segmento cortical da Alça de Henle ascendente. Reduzem a PA e a resistência vascular periférica, diminuindo morbimortalidade cardiovascular. Efeitos colaterais: resistência à insulina e hipercolesterolemia. Diuréticos de alça: furosemida – inibem troca de Cl- Na-K no segmento espesso da alça de Henle. Efeitos colaterais: hipocalemia e hiperuricemia. Poupadores K: espironolactona – inibe reabsorção de Na no túbulo distal coletor. Efeitos colaterais: ginecomastia e hipercalemia. Inibidores de ECA: captopril e enalapril – têm como ação principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, impedindo a transformação em angiotensina II, de ação vasoconstritora. Efeitos colaterais: tosse e angioedema Antagonistas receptor de angiotensina II: losartan e valsartan – os BRA antagonizam a ação da angiotensina II por meio do bloqueio específico dos receptores AT1, responsáveis pelas ações vasoconstritoras, proliferativas e estimuladoras da liberação de aldosterona da angiotensina II. Bloqueadores canais de cálcio: nifedipina e amlodipina – os BCC agem primordialmente proporcionando redução da RVP como consequência da diminuição da quantidade de cálcio no interior das células musculares lisas das arteríolas, decorrente do bloqueio dos canais de cálcio na membrana dessas células Efeitos colaterais: edema, rubor facial, cefaleia, distúrbios de condução e disfunção sistólica. Betabloqueadores: propranolol e atenolol – promovem diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de renina, havendo readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Efeitos colaterais: broncoespasmo, bradicardia Agonistas alfa-centrais: metildopa – agem através do estímulo dos receptores alfa-2 que estão envolvidos nos mecanismos simpatoinibitórios. Efeitos colaterais: tontura, sedação, hipotensão Alfa-bloqueadores periféricos: medicamentos dessa classe agem como antagonistas competitivos dos alfa11-receptores pós-sinápticos, levando a redução da RVP sem maiores mudanças no débito cardíaco Vasodilatadores arteriais diretos: os medicamentos que representam essa classe são hidralazina e minoxidil. Atuam diretamente, relaxando a musculatura lisa arterial, levando a redução da RVP. 15 Prova 1 - AIS Importante ver o paciente como um todo: sexo, idade, morbidades, sintomas típicos e sinais. A queixa de cansaço ou dispneia aos esforços é extremamente comum na população adulta e idosa. Causas: sedentarismo, obesidade, anemia, derrame pericárdico, embolia pulmonar, pericardite constritiva, bronquite crônica, silicose, bronquiectasia, enfisema pulmonar, etc. Pulmonar x Cardiovascular. INSUF IC I ÊNC IA CARDÍACA É uma síndrome clínica complexa na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza- se por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço Alterações circulatórias: Curto prazo: mecanismo compensatório restaurar estabilidade hemodinâmica. Longo prazo: mecanismo competitivo com retenção de Na e H2O com aumento da RVP, lesões em órgão-alvo (coração, endotélio e rim) Para diagnóstico são adotados os critérios de Framingham, em que são necessários ao menos 1 critério maior e 2 menores. Maiores Menores Dispneia paroxística noturna Edema de membrosEstase jugular Tosse noturna Estertores Dispneia de esforço Cardiomegalia Hepatomegalia Edema pulmonar agudo Derrame pleural Refluxo hepatojugular positivo Capacidade reduzida 1/3 do normal Pressão venosa aumentada Taquicardia Galope B3 Após agravo inicial precipitar insuficiência cardíaca, alterações progressivas ocorrem na estrutura e na função miocárdicas devido a danos contínuos pelo processo subjacente, a respostas ao estresse hemodinâmico e à ativação neuro-hormonal. Ventrículo esquerdo dilata progressivamente. Essa “remodelação” é acompanhada por alterações no interstício cardíaco, levando a uma alteração na orientação das miofibrilas e fibrose progressiva resultando em contração mais descoordenada e menos eficaz. Dilatação é uma disfunção. O edema pulmonar é uma condição caracterizada pelo acúmulo de líquido no interior dos pulmões. Ele ocorre com mais frequência quando o coração encontra dificuldade para bombear o sangue, aumentando a pressão do sangue no interior dos pequenos vasos sanguíneos dos pulmões. Para aliviar essa pressão crescente, os vasos liberam líquido para dentro dos pulmões. Esse líquido interrompe o fluxo normal de oxigênio, resultando em falta de ar. A dispneia paroxística noturna é um episódio de falta de ar agudo e grave, que desperta o paciente do sono, geralmente 1 a 3 horas depois de dormir. Resulta de retorno venoso aumentado e da mobilização do líquido intersticial das extremidades e de outras partes, com acúmulo de edema alveolar. A estase jugular é fruto do aumento da pressão do átrio direito que é transmitido também para cava superior e jugular. Semiologia insuficiência cardíaca: Direita: cardiomegalia, taquicardia, arritmias, estase jugular, hepatomegalia, esplenomegalia, refluxo hepatojugular, edema em MMII, cianose. Esquerda: confusão, cefaleia, cardiomegalia, taquicardia, arritmias, oligúria, nictúria, dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna, edema agudo pulmonar, respiração de Cheyne-Stokes, fadiga e astenia. Exames complementares: eletrocardiograma, raio X de tórax e ecocardiograma bidimensional. Dispneia de origem cardíaca DOR CARÁTER ANG INOSO Importante perguntar: caráter, intensidade, duração, localização, irradiação, desencadeantes, fatores aliviantes e sintomas acompanhantes 16 Prova 1 - AIS Puerpério é o período de transformações progressivas de ordem anatômica e funcional em que as modificações no organismo materno, retornam ao estado pré-gestacional. O puerpério imediato inicia-se após a dequitação da placenta até 2 horas pós-parto – 4º período do parto. Complicações hemorrágicas O puerpério mediato tem início 2 horas após o parto até o 10º dia. É quando há início da regressão dos órgãos, loquiação escassa e lactação instalada. Complicações: infecção puerperal Puerpério tardio inicia-se após 11º dia e vai até o reinício dos ciclos menstruais (45 dias nas que não amamentam e 6-8 semanas nas lactantes). É quando ocorre regressão e recuperação dos órgãos. Complicações: depressão, desmame precoce, transtorno de ansiedade e gestação. Puerpério remoto inicia-se após 46 dias do parto até reinício dos ciclos menstruais ovulatórios normais ou até um ano pós-parto. Já deve haver total recuperação dos órgãos. Complicações: depressão, desmame precoce, transtorno de ansiedade e gestação. Consulta de revisão puerperal: anticoncepção com prostágenos até 6ª semana FÊNOMENOS INVOLUT IVOS Útero se contrai vigorosamente em intervalos regulares, originando as cólicas uterinas do puerpério com irradiação para região lombossacral. São mais acentuadas à medida que paridade aumenta e piores quando bebê mama, provavelmente devido secreção de ocitocina. Em geral, diminuem em intensidade e tornam-se brandas ao final do 3º dia. Logo depois do parto, o útero pesa cerca de 1.000g. Dois dias depois do nascimento, o útero começa a involui e, com 1 semana, pesa cerca de 500g. Ao final de 2 semanas, o útero pesa cerca de 300g e desceu para pelve verdadeira. Cerca de 4 semanas depois do parto, órgão readquire as dimensões que tinha antes da gravidez (100g ou menos). O número total de células musculares provavelmente não diminui, mas o volume de cada célula diminui acentuadamente. A subinvolução uterina é caracterizada por uma involução uterina inferior a 1 cm por dia, que pode ser causada por restos ovulares ou placentários, infecção puerperal ou miomas. São necessárias até 5 semanas para que cavidade uterina regrida ao espaço pré- concepcional. Nos primeiros 2 ou 3 dias depois do parto, a decídua restante diferencia-se em duas camadas. A superficial sofre necrose, desprendendo-se na forma de lóquios. A camada basal adjacente ao miométrio continua intacta, dando origem ao novo endométrio. A regeneração é rápida, exceto no sítio de implantação da placenta (totalmente recuperado a partir do 16º dia). Endometrite histológica faz parte do processo de reparação normal. No início, desprendimento dos tecidos da decídua resulta em secreção vaginal com volumes variáveis, conhecida como lóquios que consiste em eritrócitos, decídua desprendida, células epiteliais e bactérias. Nos primeiros dias depois do parto, há sangue suficiente para conferir coloração avermelhada (lóquios rubros). Depois de 3 a 4 dias, tornam- se progressivamente pálidos (lóquios serosos). A partir do 10º dia, adquirem coloração esbranquiçada devido mistura de leucócitos e Puerpério 17 Prova 1 - AIS volume reduzido de líquidos (lóquios brancos – flava), que persistem por até 4 a 8 semanas depois do parto. No parto, o orifício externo é lacerado; na 6ª semana, orifício está impérvio, não readquire exatamente mesmo aspecto de antes da gravidez (em fenda). O orifício cervical contrai-se lentamente, acomodando facilmente dois dedos nos primeiros dias depois do parto. Ao final da primeira semana, esse orifício se estreita, o colo fica mais espesso, e o canal cervical reconstitui-se. Ao final da 2ª semana, tem cerca de 0,5cm de diâmetro. Em consequência da ruptura das fibras elásticas da pele e da distensão prolongada, causada pelo útero grávido, a parede abdominal permanece mole e flácida, sendo necessárias várias estruturas voltem ao normal. Com exceção das estrias, parede volta ao normal (possível diástase de reto e hérnias). No puerpério, a bexiga tem maior capacidade e insensibilidade relativa à pressão intravesical. Por essa razão, a distensão excessiva, o esvaziamento parcial e a urina residual excessiva são comuns. Os ureteres e pelves renais dilatados retornam, ao longo de 2 a 8 semanas depois. Infecções urinárias são preocupantes porque a urina residual e a bacteriúria da bexiga traumatizada, quando somadas à dilatação predispõem a infecção. Proteinúria residual, desaparece glicosúria Na maioria das mulheres o volume sanguíneo retoma ao nível pré-concepcional em torno da primeira semana depois do parto. As alterações dos fatores da coagulação sanguínea induzidas pela gravidez persistem por períodos variáveis durante o puerpério. A elevação do fibrinogênio plasmático é mantida no mínimo durante a primeira semana e, consequentemente, o mesmo acontece com a velocidade de hemossedimentação. Consumo de plaquetas e queda do hematócrito. O hCG diminui a partir do 2º dia após o parto e negativa entre 11 e 16 dias após o parto. Em 30%, a ovulação normaliza em 3 meses. O reinício da ovulação depende de fatores biológicos individuais e da intensidade da amamentação. A estimulação mamaria leva a queda da dopamina e consequente aumento na prolactina levando a amenorreia. A prolactina inibe o hipotálamo que inibe a hipófise anterior fazendo com que ovário não secrete estrógeno e progesterona. Além da perda de 5 a 6 kg atribuídos à evacuação uterina e ao sangramentonormal, geralmente há perdas adicionais de 2 a 3 kg em consequência da diurese no puerpério imediato, e mais 1-4kg no puerpério tardio. As mulheres aproximam-se dos seus pesos pré-concepcionais autorrelatados 6 meses depois do parto, mas ainda assim conservam aumentos médios de 1,4 kg. Ácidos graxos e colesterol se normalizam no 2º dia. A glicemia volta aos valores pré-gestacionais em 3 dias, enquanto as lipoproteínas e triglicerídeos em 6 semanas Na gravidez, o epitélio vaginal tem aspecto pálido, delgado por deficiência de estrógenos. Há uma rápida recuperação do tônus e elasticidade da vagina. Recomendação de exercícios perineais após 6 semanas. As mamas aumentam de tamanho e temperatura, a mulher pode apresentar um aumento de temperatura nas 48 horas – ingurgitação devido a grande vasodilatação AMAMENTAÇÃO Em geral, o colostro pode ser expresso dos mamilos no segundo dia depois do parto; em comparação com o leite maduro, contém mais minerais e aminoácidos; além disso, tem mais proteínas (principalmente globulinas), mas menos açúcar e gorduras. A secreção persiste por cerca de 5 dias, com a gradativa conversão no leite maduro durante as próximas 4 semanas Apojadura é a “descida” do leite maduro que ocorre 2 a 3 dias pós-parto, há ingurgitamento das mamas, aumento da sensibilidade e vascularização (calor local e febre). A prolactina produz o leite que é armazenado nos alvéolos. Ocitocina favorece a ejeção de leite estimulada pela sucção. Contraindicação: HIV, hepatites agudas, carbonato de lítio, substâncias radioativas e medicamentos (ciclofosfamida e tetraciclinas) Fatores que favorecem produção de leite: ausência de fissuras e rachaduras, profissional bem informado, contato físico e emocional com o RN, sucção da mama e puerpério normal sem infecções.
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