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Patologias do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé ✓ Asma →A asma é uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas que causa episódios recorrentes de chiado, falta de ar, aperto torácico e tosse, particularmente à noite e/ou cedo pela manhã. Causa obstrução intermitente e reversível das vias aéreas, inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos, hipertrofia e hiper- reatividade das células musculares lisas brônquicas e aumento na secreção de muco. No Brasil 25% da população é asmática →Atópica: reação de hipersensibilidade tipo I, mediada por IgE, começa na infância. Desencadeada por antígenos ambientais, como poeira, pólen, pelos de animais e alimentos. Agentes infecciosos também podem desencadear. É a mais comum. Não atópica: Infecções respiratórias associadas à etiologia viral (ex: rinovírus, parainfluenza) e poluentes aéreos inalados (ex: dióxido de enxofre, ozônio, dióxido de nitrogênio). Induzida por drogas: pacientes com sensibilidade à aspirina apresentam sinais recorrentes de rinite e pólipos nasais, urticária e broncoespasmo. Mecanismo desconhecido. Asma ocupacional: estimulada por vapores (resinas de epóxi, plásticos), pós químicos e orgânicos (madeira, algodão, platina), gases (tolueno) e outros compostos químicos. Os ataques de asma usualmente desenvolvem-se após exposição repetida. →Patogenia: Predisposição genética à hipersensibilidade do tipo I (atopia), inflamação aguda ou crônica das vias aéreas e hiper- responsividade a uma variedade de estímulos. O processo inflamatório envolve uma série de células e numerosos mediadores inflamatórios, porém o papel dos linfócitos T auxiliares tipo 2 (Th2) pode ser crítico na patogenia da asma. As citocinas produzidas pelas células TH2 são responsáveis pela maioria das características da asma — a IL-4 estimula a produção de IgE, a IL-5 ativa os eosinófilos, e a IL-13 estimula a produção de muco e também promove a produção de IgE pelos linfócitos B. A IgE recobre os mastócitos da submucosa que, quando expostos a alérgenos, liberam seus grânulos. Reação imediata: broncoconstrição, aumento na produção de muco e vasodilatação. Patologias do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Reação tardia: reação tardia consiste em inflamação, com ativação de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos T. Processos inflamatórios repetidos → mudanças estruturais na parede brônquica coletivamente denominadas remodelamento das vias aéreas (hipertrofia da musculatura lisa brônquica e de glândulas produtoras de muco, aumento da vascularização e deposição de colágeno subepitelial que pode ocorrer diversos anos antes do início dos sintomas). Macroscopicamente: não há grandes alterações. Patologias do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Processo de obstrução do muco. 1) normal. 2) Asma: alteração no epitélio, hipertrofia e hiperplasia das células caliciformes, hipertrofia e hiperplasia das células musculares lisas. Patologias do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Hiperplasia das células caliciformes, extenso infiltrado inflamatório, com presença de eosinófilos. Angiogênese e infiltrado inflamatório com grande quantidade de eosinófilos. ✓ Bronquiectasia A bronquiectasia é a dilatação permanente dos brônquicos e bronquíolos causada pela destruição do músculo e tecido elástico de suporte, associada a infecções necrosantes crônicas ou resultante delas. Apresenta um complexo de sintomas característicos dominados por tosse e expectoração de copiosa quantidade de esputo purulento. Causas: condições congênitas e hereditárias; obstrução brônquica (tumores, corpos estranhos e, ocasionalmente, impactação de muco); infecções (tuberculose, influenza...) →Patogenia: obstrução e a infecção crônica persistente O mecanismo normal de limpeza pode ser impedido pela obstrução, ocasionando infecção secundária rápida; ao contrário, a infecção crônica a longo prazo causa dano às paredes brônquicas, levando a enfraquecimento e dilatação. Por exemplo, a obstrução causada por neoplasia pulmonar primária ou corpo estranho prejudica a limpeza das secreções, providenciando um substrato para a infecção secundária. O dano inflamatório às paredes brônquicas e o acúmulo de exsudato contribuem para a distensão adicional das vias aéreas e dilatação irreversível. →Patogênese: dano do epitélio brônquico → infecção e inflamação → neutrófilos → liberação de elastase e radicais livres → enfraquecimento da parede brônquica e dilatação. Patologias do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Morfologia: Dilatação e alteração da parede dos brônquios. Infecção: inflamação supurativa, fibrose e muco. Pode levar a metaplasia escamosa com atipias celulares. Macroscopia: Brônquios dilatadados. Patologias do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé →Microscopia: Destruição das celulas epiteliais.
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