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Apostila Prática Trabalhista - versão 2019 (1)

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PRÁTICA 
TRABALHISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizada em 19.01.2019 
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SUMÁRIO 
1 – EXAME DE ORDEM: 2ª FASE .............................................................. 6 
1.1 – Quem pode prestar .......................................................................... 6 
1.2 – Escolha da área da 2ª fase do Exame............................................. 6 
1.3 – Peças mais cobradas na OAB em Direito do Trabalho ................. 10 
1.4 – Material de apoio e cuidados durante a prova ............................... 11 
2 – ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ................................ 15 
3 – COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO ............. 20 
4 – COMPETÊNCIA RELATIVA TERRITORIAL ...................................... 28 
5 – PRINCIPAIS DIREITOS TRABALHISTAS .......................................... 29 
6 – TABELA DE INCIDÊNCIA DE INSS, FGTS E IRRF ........................... 37 
7 – PRINCIPAIS PRAZO NO CONTRATO DE TRABALHO .................... 39 
8 – PROCEDIMENTOS (RITOS) TRABALHISTAS .................................. 41 
8.1 – Procedimento sumário ................................................................... 41 
8.2 – Procedimento sumaríssimo ........................................................... 42 
8.3 – Procedimento ordinário.................................................................. 46 
9 – CUSTAS PROCESSUAIS ................................................................... 48 
10 - PETIÇÃO INICIAL .............................................................................. 54 
10.1 - A entrevista .................................................................................. 54 
10.2 – Contrato de honorários ................................................................ 58 
10.3 – Procuração e declaração de pobreza .......................................... 64 
10.4 – Documentos necessários ............................................................ 71 
10.5 – Modalidades ................................................................................ 72 
10.5.1 – Petição inicial verbal .............................................................. 73 
10.5.2 – Petição inicial escrita ............................................................. 74 
10.6 – Distribuição da ação e citação ..................................................... 85 
10.7 – Modelo de petição inicial ............................................................. 86 
10.8 – Petição inicial com tutelas de urgência e evidência ..................... 93 
10.9 – Exercício .................................................................................... 102 
11 - FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO TRABALHISTA EM DISSÍDIO 
INDIVIDUAL ....................................................................................................... 103 
12 – RESPOSTAS DO RECLAMADO .................................................... 104 
12.1 – Forma de apresentação............................................................. 104 
3 
 
12.2 – Exceção ..................................................................................... 105 
12.3 – Reconvenção ............................................................................. 111 
12.4 – Contestação .............................................................................. 113 
12.4.1 – Defesa indireta – questões preliminares ............................. 114 
12.4.2 – Defesa indireta do mérito .................................................... 117 
12.4.3 – Defesa do mérito ................................................................. 122 
12.4.4 – Teses possíveis como matéria de defesa ........................... 124 
12.5 – Modelo de contestação.............................................................. 128 
12.6 – Exercício .................................................................................... 143 
13 – AUDIÊNCIA ..................................................................................... 144 
13.1 - Teoria ......................................................................................... 144 
13.2 – Audiência simulada ................................................................... 162 
14 – SENTENÇA ..................................................................................... 178 
14.1 – Teoria ........................................................................................ 178 
14.2 – Redigindo a sentença ................................................................ 184 
14.3 – Modelo de sentença .................................................................. 190 
14.4 – Exercício .................................................................................... 198 
15 – QUADRO RECURSOS .................................................................... 199 
16 – PRESSUPOSTOS E EFEITOS DOS RECURSOS.......................... 200 
17 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ................................................... 209 
17.1 – Teoria ........................................................................................ 209 
17.2 – Modelo de embargos de declaração ......................................... 212 
17.3 – Exercício .................................................................................... 214 
18 – RECURSO ORDINÁRIO ................................................................. 215 
18.1 – Teoria ........................................................................................ 215 
18.2 – Modelo de recurso ordinário ...................................................... 219 
18.3 – Exercício .................................................................................... 223 
19 – Agravo de Instrumento .................................................................. 224 
19.1 – Teoria ........................................................................................ 224 
19.2 – Modelo de agravo de instrumento ............................................. 227 
19.3 – Exercício .................................................................................... 232 
20 – Recurso de Revista ........................................................................ 233 
20.1 – Teoria ........................................................................................ 233 
20.2 – Modelo de recurso de revista .................................................... 243 
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20.3 – Exercício .................................................................................... 252 
21 – Embargos no Tribunal Superior do Trabalho .............................. 253 
21.1 – Teoria ........................................................................................ 253 
21.2 – Modelo de Embargos no Tribunal Superior do Trabalho ........... 256 
21.3 – Exercício .................................................................................... 265 
22 – Recurso Extraordinário ................................................................. 266 
22.1 – Teoria ........................................................................................ 266 
22.2 – Modelo de recurso extraordinário .............................................. 273 
22.3 – Exercício .................................................................................... 278 
23 – LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO... 279 
23.1 – Execução provisória .................................................................. 280 
23.2 – Execução definitiva .................................................................... 282 
23.3 – Liquidação ................................................................................. 282 
23.4 – Citação, penhora e avaliação ....................................................
298 
23.5 – Impugnação pelo exequente à sentença de liquidação ............. 304 
23.6 – Suspensão e extinção da execução .......................................... 304 
23.7 – Praça e leilão ............................................................................. 305 
23.8 – Incidente de desconsideração da personalidade jurídica .......... 306 
23.9 – A lei de falências e os créditos trabalhistas ............................... 314 
23.10 – Embargos à execução ............................................................. 318 
23.10.1 - Teoria ................................................................................. 318 
23.10.2 – Modelo de embargos a execução ..................................... 319 
23.10.3 – Exercício............................................................................ 324 
23.11 – Exceção de pré-executividade ................................................. 325 
23.11.1 - Teoria ................................................................................. 325 
23.11.2 - Modelo de exceção de pré-executividade .......................... 329 
23.11.3 – Exercício............................................................................ 334 
23.12 – Embargos de terceiro .............................................................. 335 
23.12.1 - Teoria ................................................................................. 335 
23.12.2 - Modelo de embargos de terceiro ........................................ 339 
23.12.3 – Exercício............................................................................ 343 
23.13 – Agravo de petição .................................................................... 344 
23.13.1 - Teoria ................................................................................. 344 
23.13.2 - Modelo de Agravo de petição ............................................. 347 
5 
 
23.13.3 – Exercício............................................................................ 351 
24 – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO ... 352 
24.1 – Introdução .................................................................................. 352 
24.2 – Ação rescisória .......................................................................... 352 
24.3 – Ação de consignação em pagamento ....................................... 355 
24.4 – Mandado de segurança ............................................................. 357 
24.5 – Homologação de acordo extrajudicial ........................................ 358 
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 360 
 
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1 – EXAME DE ORDEM: 2ª FASE 
 
1.1 – Quem pode prestar 
A aprovação no Exame de Ordem é requisito necessário para a inscrição 
nos quadros da OAB como advogado, nos termos do art. 8º, IV, da Lei 
8.906/1994. 
De acordo com o item 1.4.3 do Edital de Abertura do exame XXVII, podem 
prestar o Exame de Ordem: 
 
Poderão realizar o Exame de Ordem os estudantes de Direito que, 
comprovem estar matriculados nos últimos dois semestres ou no último 
ano do curso de graduação em Direito no segundo semestre de 2018. 
 
Portanto, é requisito para prestar o exame: 
 
- Estar nos dois últimos semestres; ou, 
- Estar matriculado no último ano da graduação no primeiro (ou segundo, a 
depender da edição) semestre do ano corrente. 
 
Portanto, no caso de as inscrições do Exame de Ordem estarem abertas 
no início do ano e o estudante não estiver devidamente matriculado em um dos 
últimos dois semestres ou no último ano da graduação até o fechamento do 
respectivo semestre em que o edital foi publicado, não poderá prestar o certame. 
 
1.2 – Escolha da área da 2ª fase do Exame 
A primeira fase do Exame de Ordem consiste na aplicação de uma prova 
objetiva com oitenta questões sobre áreas estudadas durante a formação do 
bacharel. Todas elas têm o mesmo peso e valem um ponto. O candidato deve 
acertar pelo menos metade da prova para seguir para a próxima fase. 
Na segunda etapa, o candidato realizará uma prova discursiva que conta 
com uma peça prático-processual do cotidiano da advocacia e mais quatro 
questões abertas. 
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Como essa é uma etapa com foco muito mais definido, é preciso escolher 
uma entre as sete disciplinas disponíveis ainda no ato da inscrição. São elas: 
 
Direito Administrativo; 
Direito Civil; 
Direito Constitucional; 
Direito Empresarial; 
Direito Penal; 
Direito do Trabalho; 
Direito Tributário. 
 
A segunda prova vale dez pontos: cinco para a redação da peça prático-
profissional e outros cinco pontos diluídos entre as questões discursivas que 
trazem situações-problema exemplificativas da vida do operador do Direito. 
Para a realização da segunda fase do certame, é permitida a consulta à 
legislação seca, sem comentários ou anotações. Nessa etapa, são cobradas leis 
e súmulas atualizadas, lançadas até a data de publicação do edital da prova. É 
aprovado quem obtiver pontuação igual ou superior a seis, sendo que a prova 
prático-profissional vale 6,00 (seis) pontos e cada uma das quatro questões vale 
1,25 (um e vinte e cinco) pontos. 
É importante saber que, caso o candidato seja classificado na primeira 
etapa do certame e não consiga pontuação suficiente na segunda, ele não será 
aprovado. Porém, é possível aproveitar o resultado obtido para o próximo 
Exame de Ordem, caso em que será realizada apenas a prova dissertativa, sem 
necessidade de repetir a primeira fase. 
O candidato deve optar pela disciplina logo ao realizar sua inscrição, 
motivo pelo qual já deve pensar bem para tomar uma decisão consciente, antes 
mesmo de saber se de fato realizará a prova prático-profissional. 
Leve em consideração sua familiaridade com o assunto 
Durante os anos da graduação, você certamente se deparou com matérias 
preferidas e assuntos com os quais teve maior facilidade de aprendizado. Fazer 
uma autoanálise e compreender quais são essas disciplinas é essencial para uma 
escolha consciente. 
8 
 
Escolher uma disciplina que não é do seu interesse, iludindo-se ao pensar 
que ela é mais fácil ou “menos complicada” que as outras, pode ser um grande 
equívoco, que acabará acarretando sua reprovação. Afinal, é muito mais 
agradável resolver uma prova que aborde temas que são do seu interesse do que 
se deparar com questões que não são familiares. 
Escolha a área na qual pretende atuar no futuro 
A própria prova serve como um treinamento para questões que os 
candidatos deverão resolver durante a sua atuação profissional como advogados. 
É uma forma de verificar se eles estão realmente aptos a exercer esse ofício tão 
essencial à aplicação do Direito. 
Ou seja, como o Exame de Ordem pretende antecipar situações que o 
advogado passará a vivenciar em seu dia a dia, vale apostar naquela área com a 
qual você não apenas possui afinidade intelectual mas também em que você 
efetivamente pretende trabalhar. 
Opte pela disciplina cujo sistema processual você domina 
Não é nenhuma surpresa dizer que, no Direito, existem diversos sistemas 
processuais diferentes, como o penal, civil ou trabalhista. Ainda que todos eles 
tenham alguns elementos em comum, o que mais nos interessa são as suas 
peculiaridades. 
Durante os estudos jurídicos, é comum que alguns estudantes tenham 
mais facilidade com um sistema processual do que com outros, e isso é de 
extrema importância na escolha da área para a segunda fase da OAB. 
Escolher uma disciplina cujo sistema processual você domina pode ser um 
fator determinante na sua aprovação. Ainda mais porque, muitas vezes, a prova 
cobra questões que exigem um conhecimento minucioso do assunto, como
contagem de prazo ou tipos de recursos processuais cabíveis em cada caso. 
Analise o seu histórico acadêmico 
Analise a sua nota média em cada disciplina e verifice em quais delas você 
se saiu melhor. Por exemplo, se você tem um alto rendimento em Direito Penal, 
enquanto suas notas em Direito do Trabalho não estão tão boas assim, é de se 
esperar que você tenha mais facilidade com a primeira disciplina do que com a 
segunda. 
 
 
9 
 
Considere sua facilidade em se aprofundar nas questões 
Uma importante atitude é analisar a sua capacidade de retenção de 
informação quanto às matérias elencadas como possíveis escolhas para a 
segunda fase do exame. Por mais que uma disciplina seja do seu interesse, é 
muito comum sentir dificuldade em memorizar os assuntos relacionados a ela. 
Considere sua vivência nas disciplinas oferecidas 
A vivência deve ser um fator importante no momento de escolher a 
disciplina certa na segunda etapa: quanto mais o candidato tiver experiência, 
melhor ele entenderá os processos da área e maior será seu domínio sobre a 
prática do assunto. 
Se você já fez estágio em um escritório de advocacia ou em um órgão 
público, é muito provável que tenha adquirido bastante conhecimento sobre a 
área em que atuou. Afinal, quando aplicamos a teoria na prática, somos capazes 
de ampliar exponencialmente o nosso aprendizado. 
Diante disso, é interessante escolher uma disciplina com a qual você já 
tenha obtido alguma vivência profissional. Os casos vivenciados podem ser 
parecidos com os apresentados na segunda fase, oferecendo uma excelente 
base para que você responda corretamente às questões e elabore a peça 
processual com perfeição. 
Esteja atento ao índice de aprovação nos últimos anos 
A OAB constantemente libera dados e estatísticas referentes a seus 
exames, como número de aprovados em cada uma das fases, aprovados em 
cada disciplina e até mesmo reprovados em repescagem. Saber quais matérias 
têm maior índice de aprovação pode influenciar sua tomada de decisão, 
confirmando palpites e impressões iniciais. 
Prefira não mudar de área em novas tentativas 
É mais comum do que se imagina um candidato ser aprovado na primeira 
fase e reprovado na segunda, motivo pelo qual vai para a repescagem, 
aproveitando o resultado da primeira etapa no próximo Exame da Ordem a ser 
realizado. 
Nesse caso, o mais indicado é que o candidato mantenha a opção de 
disciplina escolhida no exame anterior. Afinal, ele já terá maior domínio sobre o 
assunto e não terá que começar mais uma vez do zero. 
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Além disso, é possível analisar quais foram seus erros e acertos, 
direcionando os estudos justamente para os pontos em que teve desempenho 
mais fraco na prova. Por já ter passado pelo exame uma vez, o candidato já sabe 
como funciona e, assim, tem uma noção do que o espera na segunda tentativa. 
(fonte:https://www.saraivaaprova.com.br/5-dicas-para-escolher-a-disciplina-certa-
na-segunda-fase-da-oab/) 
 
1.3 – Peças mais cobradas na OAB em Direito do Trabalho 
Umas das vantagens da escolha da área trabalhista é que, em regra, a 
OAB cobra as peças processuais tradicionais: petição inicial, contestação e 
recurso ordinário. Note, no quadro abaixo, a incidência repetitiva das peças: 
 
Exame de Ordem de 2007.1 até XXVI 
Peça Incidência 
Contestação 19 
Recurso ordinário 15 
Petição Inicial - reclamação trabalhista 10 
Ação de consignação em pagamento 2 
Embargos de terceiro 2 
Embargos à execução 1 
 
 XXVI Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XXV Exame de Ordem – Contestação e Reconvenção 
 XXIV Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XXIII Exame de Ordem – Contestação 
 XXII Exame de Ordem – Petição Inicial 
 XXI Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XX Exame de Ordem – Petição Inicial 
 XIX Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XVIII Exame de Ordem – Contestação 
 XVII Exame de Ordem – Contestação 
 XXVI Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XXV Exame de Ordem (reaplicação Porto Alegre/RS) – Recurso Ordinário 
 XXV Exame de Ordem – Contestação e Reconvenção 
 XXIV Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XXIII Exame de Ordem – Contestação 
 XXII Exame de Ordem – Petição Inicial 
 XXI Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
11 
 
 XX Exame de Ordem – Petição Inicial 
 XX Exame de Ordem – (reaplicação Porto Velho/RO) Contrarrazões ao 
Recurso Ordinário 
 XIX Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XVIII Exame de Ordem – Contestação 
 XVII Exame de Ordem – Contestação 
 XVI Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XV Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 XIV Exame de Ordem – Reclamação Trabalhista 
 XIII Exame de Ordem – Opção 1: Embargos de terceiro 
 XIII Exame de Ordem – Opção 2: Embargos à Execução 
 XII Exame de Ordem – Reclamação Trabalhista 
 XI Exame de Ordem – Contestação 
 X Exame de Ordem – Ação de Consignação em Pagamento 
 IX Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 VIII Exame de Ordem – Contestação 
 VII Exame de Ordem – Recurso Ordinário 
 VI Exame de Ordem – Contestação 
 V Exame de Ordem – Contestação 
 IV Exame de Ordem – Contestação 
 2010.3 (FGV) – Recurso Ordinário 
 2010.2 (FGV) – Contestação 
 2010.1 (Cespe/UnB) – Contestação 
 2009.3 (Cespe/UnB) – Reclamação trabalhista sob rito ordinário 
 2009.2 (Cespe/UnB) – Opção 1: Ação de consignação em pagamento 
 2009.2 (Cespe/UnB) – Opção 2: Reclamação Trabalhista cumulada com 
pedido de consignação em pagamento 
 2009.1 (Cespe/UnB) – Recurso Ordinário 
 2008.3 (Cespe/UnB) – Reclamação Trabalhista cumulada com pedido de 
Indenização por Danos Morais 
 2008.2 (Cespe/UnB) – Contestação 
 2008.1 (Cespe/UnB) – Contestação 
 2007.3 (Cespe/UnB) – Contestação 
 2007.2 (Cespe/UnB) – Reclamação trabalhista 
 2007.1 (Cespe/UnB) – Contestação 
 
1.4 – Material de apoio e cuidados durante a prova 
No dia da prova é recomendável que se leve apenas o necessário. 
12 
 
Leve caneta esferográfica (azul ou preta) em material transparente, 
documento original com foto original recente. Vejamos o que diz o edital: 
 
Serão considerados documentos de identidade: carteiras expedidas pelos 
Comandos Militares, pelas Secretarias de Segurança Pública, pelos 
Institutos de Identificação e pelos Corpos de Bombeiros Militares; carteiras 
expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional (ordens, 
conselhos etc.); passaporte; certificado de reservista; carteiras funcionais 
do Ministério Público; carteiras funcionais expedidas por órgão público que, 
por lei federal, valham como identidade; carteira de trabalho; carteira 
nacional de habilitação (somente o modelo com foto). 
 
Nenhum eletrônico poderá ser utilizado, sob pena de eliminação do exame. 
Se levar o celular, lembre de avisar o fiscal da sala para que coloque em um saco 
plástico lacrado. Vejamos o que diz o edital: 
 
Será eliminado do Exame o examinando que, durante a realização das 
provas, for surpreendido portando aparelhos eletrônicos, tais como bipe, 
walkman, agenda eletrônica, notebook, netbook, palmtop, receptor, 
gravador, telefone celular, máquina fotográfica, protetor auricular, MP3, 
MP4, controle de alarme de carro, pendrive, fones de ouvido, Ipad, Ipod, 
Iphone etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou 
quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc., e 
ainda lápis, lapiseira, borracha e/ou corretivo de qualquer espécie. 
 
Na segunda fase, é permitida consulta aos seguintes materiais: 
 
• Legislação não comentada, não anotada e não comparada. 
• Códigos, inclusive os organizados que não possuam índices 
estruturando roteiros de
peças processuais, remissão doutrinária, 
jurisprudência, informativos dos tribunais ou quaisquer comentários, 
anotações ou comparações. 
• Súmulas, Enunciados e Orientações Jurisprudenciais, inclusive 
organizados, desde que não estruturem roteiros de peças processuais. 
13 
 
• Leis de Introdução dos Códigos. 
• Instruções Normativas. 
• Índices remissivos, em ordem alfabética ou temáticos, desde que não 
estruturem roteiros de peças processuais. 
• Exposição de Motivos. 
• Regimento Interno. 
• Resoluções dos Tribunais. 
• Simples utilização de marca texto, traço ou simples remissão a artigos 
ou a lei. 
• Separação de códigos por clipes. 
• Utilização de separadores de códigos fabricados por editoras ou outras 
instituições ligadas ao mercado gráfico, desde que com impressão que 
contenha simples remissão a ramos do Direito ou a leis. 
 
As remissões a artigo ou lei são permitidas apenas para referenciar 
assuntos isolados. Quando for verificado pelo fiscal que o examinando se utilizou 
de tal expediente com o intuito de burlar as regras de consulta previstas neste 
edital, formulando palavras, textos ou quaisquer outros métodos que articulem a 
estrutura de uma peça jurídica, o uso do material será impedido, sem prejuízo das 
demais sanções cabíveis ao examinando. 
 
Contudo, são vedados os seguintes materiais / procedimentos: 
 
 Códigos comentados, anotados, comparados ou com organização 
de índices estruturando roteiros de peças processuais. 
 Jurisprudências. 
 Anotações pessoais ou transcrições. 
 Cópias reprográficas (xerox). 
 Utilização de marca texto, traços, símbolos, post-its ou remissões a 
artigos ou a lei de forma a estruturar roteiros de peças processuais 
e/ou anotações pessoais. 
 Utilização de notas adesivas manuscritas, em branco ou impressas 
pelo próprio examinando. 
14 
 
 Utilização de separadores de códigos fabricados por editoras ou 
outras instituições ligadas ao mercado gráfico em branco. 
 Impressos da Internet. 
 Informativos de Tribunais. 
 Livros de Doutrina, revistas, apostilas, calendários e anotações. 
 Dicionários ou qualquer outro material de consulta. 
 Legislação comentada, anotada ou comparada. 
 Súmulas, Enunciados e Orientações Jurisprudenciais comentados, 
anotados ou comparados. 
 
Em hipótese alguma o examinando deverá criar dados (exemplo: inventar 
um nome para o reclamante e/ou reclamada) e assinar a peça. Tais expedientes 
representam identificação do examinando, que será eliminado do certame. O 
examinando deverá escrever o nome do dado seguido de reticências (exemplo: 
“Município…”, “Data…”, “Advogado…”, “OAB…”, etc.). 
Tente não rasurar a folha de respostas, fazendo uso do rascunho antes da 
transcrição da resposta final. Lembre-se que não terá a disposição uma segunda 
via da folha de respostas. 
Erros com a língua portuguesa são inaceitáveis e custam preciosos pontos. 
Controle o tempo (5h00). 
 
 
 
15 
 
2 – ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Supremo Tribunal Federal 
 
STJ 
Tribunal Superior 
do Trabalho 
 TSE STM 
 
TJ / TA TRF 
Tribunal Regional 
do Trabalho 
 TRE 
 
Juiz de 
Direito 
 Juiz Federal Vara de Trabalho 
Junta 
Eleitoral 
 Auditoria 
 
Justiça Comum Justiça Especial 
 
Estadual Federal Trabalho Eleitoral Militar 
 
De acordo com o art. 111 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é 
composta dos seguintes órgãos: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
III - Juízes do Trabalho. 
 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
O Tribunal Superior do Trabalho é órgão de jurisdição nacional, que tem 
sua competência definida na Lei 7.701/88 e no seu Regimento Interno, conforme 
ditames gerais estabelecidos pela da Constituição Federal. 
Sua principal função é uniformizar a jurisprudência trabalhista. É um 
tribunal que julga recursos de revista, recurso ordinário e agravo de instrumento 
contra decisões dos Tribunais Regional do Trabalho, e dissídios coletivos de 
categorias organizadas em âmbito nacional, como bancários, aeronautas, 
aeroviários, petroleiros, entre outros. 
Aprecia, ainda, dentre outras ações, mandados de segurança, embargos 
opostos as suas decisões e ações rescisórias. 
A EC 45/2004 vincula ao Tribunal Superior do Trabalho também o 
Conselho da Justiça do Trabalho, que exerce a supervisão administrativo-
financeira dos órgãos de grau inferior, e cujas decisões têm caráter vinculante. 
16 
 
Nos termos do art. 111-A da Constituição Federal, o TST é composto de 
vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco 
anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação 
ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal, sendo: I - um quinto dentre advogados com mais de 
dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do 
Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 
94; II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da 
magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
O TST é composto pelos seguintes órgãos: Tribunal Pleno, Seção 
Especializada em Dissídios Individuais e Seção Especializada em Dissídios 
Coletivos. 
Tribunal Pleno – órgão composto por todos os ministros, tendo atribuição, 
dentre outras, de dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção e aos 
ministros nomeados para o Tribunal. No pleno são votadas as súmulas do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) – consolida a 
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho em demandas individuais que 
chegam ao conhecimento do Tribunal em grau de recurso. 
Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) – também restrita 
à uniformização de jurisprudência em matéria oriunda de reclamação individual, 
consolida a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho nos temas que são 
de sua competência originária, a exemplo de mandado de segurança, ação 
rescisória, ação cautelar etc. 
A competência das SDIs está prevista no artigo 3.º da Lei 7.701/88 e no 
artigo 73 do RITST. 
Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) – tem por missão 
sedimentar a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho em matéria de 
dissídios coletivos. 
A jurisprudência uniformizada pelas Seções de Dissídios Individuais e 
Coletivos recebe o nome de orientação jurisprudencial. Há, entretanto, ainda em 
vigência, alguns precedentes normativos exclusivamente na SDC, oriundos do 
período anterior à implementação das orientações jurisprudenciais. 
O endereço eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho é www.tst.gov.br: 
17 
 
 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 
A competência de cada Tribunal Regional do Trabalho é definida em lei 
federal. No plano da competência absoluta (material, funcional e em razão das 
pessoas), não há distinção entre os Tribunais Regionais do Trabalho. 
Há, por razões de ordem lógica e de política judiciária, distinção no que 
tange à competência territorial, de modo que cada qual julgará nos limites de sua 
região que, em alguns casos, compreende mais de um Estado da Federação (8ª, 
10ª, 11ª e 14ª regiões) e, em outros, compreende parte de um Estado, como a 2ª 
e a 15ª regiões, caso específico em que as lides de extensão estadual, por força 
de lei federal, serão julgadas pelo Tribunal Regional do Trabalho com sede na 
cidade de São Paulo (2ª região). 
Em regra, os Tribunais Regionais do Trabalho
julgam recursos ordinários 
de decisões de Varas do Trabalho, agravos de instrumento, ações ordinárias 
(dissídios coletivos cuja extensão da lide não ultrapasse sua esfera de jurisdição, 
mandados de segurança, ações rescisórias de decisões suas ou das Varas do 
Trabalho etc.) 
 
18 
 
 
 
JUÍZES DO TRABALHO 
Desde o advento da EC 24/99, os órgãos de base da Justiça do Trabalho 
são as Varas do Trabalho, compostas por juízes singulares. 
Esses órgãos vieram em substituição às Juntas de Conciliação e 
Julgamento, órgãos colegiados, formados por um juiz-presidente togado e dois 
juízes classistas temporários, representantes dos empregados e dos 
empregadores. 
Hoje, com o fim da representação classista, a feição das Varas do Trabalho 
em muito se assemelha à das Varas Cíveis, sendo formadas por um juízo 
monocrático, singular, que tanto pode ser o Juiz titular da Vara do Trabalho 
quanto o Juiz do Trabalho substituto. 
O endereço eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região é: 
www.trt15.jus.br. Nele é possível consultar os processos de 1ª instância: 
 
19 
 
 
 
 
Secretaria da Vara: Cada Vara do Trabalho terá uma secretaria sob a 
direção de funcionário que o Presidente designar, para exercer a função de Chefe 
de Secretaria, atualmente denominado Diretor de Secretaria. 
O Diretor de Secretaria receberá além dos vencimentos correspondentes 
ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei. 
O Tribunal Superior do Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho 
também contam com os serviços auxiliares de uma Secretaria. 
As secretarias dos órgãos da Justiça do Trabalho têm como funções a 
execução das medidas destinadas a dar andamento aos processos, o 
fornecimento de informações e de certidões aos interessados, a guarda dos 
processos, a realização de todas as diligências que tenham sido determinadas 
pelos juízes, dentre outras. 
20 
 
3 – COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Na Justiça do Trabalho a competência material está determinada no art. 
114 da Constituição Federal que trata da competência em razão da matéria e da 
pessoa também. 
 
Art. 114 da Constituição Federal: Compete à Justiça do Trabalho processar 
e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes 
de direito público externo e da administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II – as ações que 
envolvem o exercício do direito de greve; III – as ações sobre 
representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas 
corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à 
sua jurisdição. V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art.102, I, o; VI – as ações de 
indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de 
trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas 
aos empregadores pelos Órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, 
a e II, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir. 
 
Relação de Trabalho - O inciso I do art. 114 da Constituição Federal 
estabelece: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Da leitura do dispositivo em tela, vê-se a menção à expressão “relação de 
trabalho”. Relação de trabalho é a relação jurídica entre o trabalhador e o 
prestador de serviços, que pode ser física ou intelectual, com ou sem 
remuneração. Contrato de trabalho é o negócio jurídico firmado entre empregado 
e empregador sobre condições de trabalho. 
 
21 
 
A relação de trabalho é o gênero do qual a relação de emprego é uma 
espécie. Assim, há relação de emprego quando uma pessoa física ou natural, 
pessoalmente e de forma não eventual, por pagamento de salário e sob 
subordinação executa seus serviços ao empregador. 
O Presidente do Supremo Tribunal Federal concedeu liminar na ADIn nº 
3.395, proposta pela Associação dos Juízes Federais do Brasil, suspendendo 
toda e qualquer interpretação que possa tornar a Justiça do Trabalho competente 
para julgar os conflitos de servidores estatutários. A justificativa apontada na 
mencionada decisão é que “não há que se entender que justiça trabalhista, a 
partir do texto promulgado, possa analisar questões relativas aos servidores 
públicos. Essas demandas vinculadas a questões funcionais a eles pertinentes, 
regidos que são pela Lei nº 8.112/90 e pelo direito administrativo, são diversas 
dos contratos de trabalho regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho”. 
Em se tratando de demanda entre o Poder Público e servidor público 
estatutário, este não poderá ajuizar reclamatória trabalhista na Justiça do 
Trabalho. Também não poderá demandar na Justiça do Trabalho o servidor 
contratado pelo ente público, temporariamente, por regime especial previsto em 
lei municipal ou estadual, à luz dos artigos 114 e 37, IX, da Constituição Federal, 
pois toda contratação temporária apresenta índole administrativa, se previsto 
regime especial em lei própria. 
Direito de Greve – O inciso II do art. 114 da Constituição Federal faz 
referência as ações que envolvam o exercício do direito de greve. É qualquer 
ação, inclusive o dissídio coletivo. Englobam ações de responsabilidade civil 
propostas pelo empregador contra o sindicato para reparar os prejuízos causados 
durante a greve considerada abusiva. Como o inciso II do art. 114 da Lei Maior é 
amplo ao mencionar ações que envolvam o exercício do direito de greve, a 
Justiça do Trabalho tem competência para examinar questões que digam respeito 
à manutenção ou reintegração de posse (art. 560 do Código de Processo Civil) do 
estabelecimento durante a greve, o interdito proibitório (art. 567 do Código de 
Processo Civil), que também decorre da relação de trabalho, pois a Lei Magna 
não faz qualquer ressalva. Danos morais e materiais decorrentes do exercício do 
direito de greve também serão de competência da Justiça do Trabalho. As ações 
citadas serão de competência do primeiro grau. 
22 
 
Representação Sindical – O inciso III do art. 114 da Constituição dá 
competência à Justiça do Trabalho para resolver questões sobre representação 
sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e 
empregadores. 
O artigo 8º, inciso II, da Constituição Federal veda a criação de mais de 
uma entidade sindical representativa de categoria profissional ou econômica, na 
mesma base territorial. Por essa razão, é comum que entidades sindicais 
proponham ações buscando a declaração de sua legitimidade para representar a 
categoria. 
Habeas Corpus – O inciso IV do art. 114 da Constituição dá competência 
à Justiça do Trabalho para julgar os mandados de segurança, habeas corpus e 
habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
Conflito de Competência – O inciso V do art. 114 da Constituição dá 
competência à Justiça do Trabalho para dirimir conflito de competência entre 
varas e/ou tribunais regionais do trabalho, vale dizer, conflito de competência 
entre órgãos de jurisdição laboral, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir 
tais conflitos. 
Dano Moral ou Patrimonial – O inciso VI do art. 114 da Constituição dá 
competência à Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações de 
indenização por dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho. 
Sergio Pinto Martins aduz que: 
 
Verifica-se uma corrente que entende pela competência da Justiça do 
Trabalho para analisar questões de danos morais, se a questão decorre do 
contrato de trabalho. (...) A Justiça do Trabalho é competente para 
examinar o pedido de dano moral. Essa competência decorreria do fato de, 
apesar do dano ser civil, de responsabilidade civil prevista no Código Civil, 
a questão é oriunda do contrato de trabalho. Estaria, portanto, incluída 
essa competência no art. 114 da Constituição, que prevê que controvérsias 
entre empregado e empregador ou controvérsias decorrentes da relação de 
trabalho são de competência da Justiça do Trabalho. (...) É preciso fazer 
distinção do dano moral ocorrido, para fins inclusive de se verificar a 
competência da Justiça do Trabalho. Se a afirmação é decorrente do 
contrato e, por exemplo, foi proveniente da dispensa do trabalhador, 
23 
 
estamos diante da competência da Justiça do Trabalho. Deve-se verificar a 
quem foi imputada certa conduta negativa, se o foi a pessoa civil ou ao 
cidadão, como desonesto, ímprobo ou se ela foi endereçada ao 
empregado, chamando-o de desonesto. Se o empregado foi acusado de 
certa situação enquanto trabalhador que prestava serviços na empresa, a 
competência será da Justiça do Trabalho para apreciar a indenização 
decorrente de dano moral. 1 
 
Nesse sentido, verificamos o teor da Súmula 392 do Tribunal Superior do 
Trabalho que dispõe: 
 
Nos termos do art. 114 da Constituição Federal/1988, a Justiça do Trabalho 
é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano 
moral, quando decorrente da relação de trabalho. 
 
Na ação em que se postule reparação por dano moral ou material contra o 
empregador, decorrente de acidente de acidente do trabalho, causado por dolo ou 
culpa do segundo, a competência será da Justiça do Trabalho, por decorrer da 
relação de emprego, independentemente de a norma ser aplicada ser de Direito 
Civil. O acidente do trabalho é originário da existência do contrato de trabalho. 
A Súmula Vinculante 22 do Supremo Tribunal Federal estabeleceu critério 
de transição: 
 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar a ação de 
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes das relações de 
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas 
que não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional 45/2004. DOU de 11/12/2009. 
 
 
 
 
 
1 MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 29 ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 118-119. 
 
24 
 
Podemos esquematizá-la da seguinte maneira: 
 
 
 
Vejamos um caso prático de indenização por danos morais cuja 
competência é da Justiça do Trabalho: 
 
- Numa determinada empresa, o chefe da área de vendas informa o 
ranking dos melhores empregados, ou seja, todos os empregados tinham a sua 
produtividade informada através de um quadro que ficava na empresa da sala da 
área de vendas. Durante as reuniões, alguns vendedores fazem piadas com um 
específico vendedor que sempre ficava na última posição no referido ranking, 
chamando-o pejorativamente de “Rubens Barrichello”. Note-se que os autores de 
tal piada eram igualmente vendedores, ou seja, os “pares” do empregado 
ofendido. O chefe desses vendedores jamais fez tal brincadeira e não aprovava 
que os demais assim o fizessem. 
 
25 
 
Vejamos um caso prático de acidente de trabalho cuja competência é da 
Justiça do Trabalho: 
 
- Um empregado trabalha no setor de fatiamento de queijos de uma fábrica, 
manuseando equipamento cortante. Quando admitido, ele foi treinado 
corretamente para o uso desse equipamento, inclusive quanto ao correto uso dos 
EPI’s (equipamentos de proteção individual). Ocorre que, num determinado dia, 
quando estava cortando pedaços de queijo, esse trabalhador executa um 
determinado movimento no exercício de suas funções, e perde uma parte do seu 
dedo. 
 
Penalidades Administrativas – O inciso VII do art. 114 da Constituição 
Federal dá competência à Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações 
relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos 
Órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
O Ministério do Trabalho fiscaliza administrativamente os empregadores e, 
se detectar irregularidades, aplica-lhes penalidades. A Justiça do Trabalho é 
competente para julgar as ações relativas às penalidades administrativas 
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de 
trabalho. 
Importante destacar que esses atos emanam de diversos órgãos do poder 
público, como a Delegacia Regional do Trabalho, o INSS, o Ministério do Trabalho 
e os auditores fiscais do trabalho e da previdência. Exemplos: a execução de 
multa aplicada pela fiscalização do trabalho ao empregador; conflito relativo à 
expedição de certidões negativas de débitos perante o INSS; o mandado de 
segurança que ataca ato de fiscalização de uma das autoridades administrativas 
citadas. 
Contribuições Previdenciárias - a Emenda Constitucional nº 45/2004 
determinou no inciso VIII do art. 114 da Constituição a competência da Justiça do 
Trabalho para processar e julgar “a execução, de ofício, das contribuições sociais 
previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes da sentença 
que proferir.” (...) A Justiça do Trabalho passa a ter competência para dizer sobre 
a incidência e a não-incidência da contribuição, pois quem executa a exação tem 
poderes para dizer sobre o que incide a contribuição. É a conclusão que se extrai 
26 
 
do inciso VIII do art. 114 da Lei Magna, embora este não seja expresso nesse 
sentido. 
O termo “sentenças” foi empregado no sentido amplo, ou seja, abrange 
tanto os provimentos judiciais que resolvem o processo com apreciação da lide 
quanto aqueles que simplesmente homologam termo de conciliação. 
O Supremo Tribunal Federal editou Súmula Vinculante determinando que 
não cabe à Justiça do Trabalho estabelecer, de ofício, débito de contribuição 
social para com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com base em 
decisão que apenas declare a existência de vínculo empregatício. Pela decisão, 
essa cobrança somente pode incidir sobre o valor pecuniário já definido em 
condenação trabalhista ou em acordo quanto ao pagamento de verbas salariais 
que possam servir como base de cálculo para a contribuição previdenciária. 
A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
569056, interposto pelo INSS contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho, 
que negou pretensão do INSS para que também houvesse a incidência 
automática da contribuição previdenciária referente a decisões que 
reconhecessem a existência de vínculo trabalhista. Por unanimidade, aquele 
colegiado adotou o entendimento constante do item I, da Súmula 368 do TST, que 
disciplina o assunto. 
Vejamos a redação: 
 
Súmula Vinculante 53 - A competência da Justiça do Trabalho prevista no 
art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das 
contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante 
das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
 
É importante consignar que o art. 652 da CLT prevê a competência da 
Justiça do Trabalho, nos moldes do art. 114 da Constituição Federal. Após a Lei 
13.467/2017 aludido artigo passou a prever a homologação de acordo 
extrajudicial: 
 
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: 
(...) 
27 
 
f) decidir quanto
à homologação de acordo extrajudicial em matéria de 
competência da Justiça do Trabalho. 
 
Os requisitos para exercício da nova competência da Justiça do Trabalho 
estão descritos no art. 855-B a 855-E da CLT e serão objeto de análise 
aprofundada no momento oportuno. 
28 
 
4 – COMPETÊNCIA RELATIVA TERRITORIAL 
 
A competência em razão do lugar (ex ratione loci) ou territorial é a 
determinada à Vara do Trabalho para apreciar os litígios trabalhistas no espaço 
geográfico de sua jurisdição. Cada Vara tem competência para examinar as 
questões que lhe são submetidas dentro de determinado espaço geográfico, que 
pode ser de um Município ou de alguns Municípios. A competência é estabelecida 
pela Lei Federal que cria a Vara. As regras quanto à competência em razão do 
lugar são disciplinadas pelo art. 651 da CLT e não pelo CPC (art. 769 da CLT). 
Não se observa, portanto, que a ação deve ser proposta no domicílio do réu. 
REGRA => Local da prestação de serviços – o caput do art. 651 da CLT 
dispõe sobre a regra geral para estabelecer a competência em razão do lugar 
onde a ação trabalhista será proposta. Assim, a ação trabalhista deve ser 
proposta no último local da prestação de serviços do empregado, ainda que o 
empregado tenha sido contratado em outra localidade ou no estrangeiro. 
Empregados Brasileiros laborando no Estrangeiro – art. 651 § 2º CLT – 
a ação deverá ser proposta perante a Vara onde o empregador tenha sede no 
Brasil, ou também onde o empregado foi contratado antes de ir para o exterior. 
Mesmo se o empregado for estrangeiro, a ação poderá ser aqui proposta, caso o 
obreiro tenha prestado serviços no Brasil, porém o critério a ser utilizado não é o 
do § 2º do art. 651 da CLT, mas o do caput do mesmo artigo: a regra geral é o 
empregado propor a ação no último local da prestação de serviços, ainda que 
contratado no estrangeiro. 
Empregados Viajantes – art. 651 § 1º CLT - a ação deve ser proposta na 
Vara da localidade em que o empregado é subordinado, pega pedidos e faz 
entregas, apresenta relatórios, participa de reuniões à agência ou filial. Não 
estando o empregado subordinado a agência ou filial, mas à matriz, por exemplo, 
será competente a Vara da qual o empregado tenha domicílio ou a localidade 
mais próxima. 
29 
 
5 – PRINCIPAIS DIREITOS TRABALHISTAS 
 
1 – aviso prévio indenizado (art. 7o, XXI da CF e 487 da CLT) – repercute 
nas férias e o 13o salário proporcionais além do FGTS (Enunciado 305 TST). A 
Lei nº 12.506/2011 proporcionou novo regramamento ao aviso prévio, 
estabelecendo que serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na 
mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 
90 (noventa) dias. 
2 – 13o salário vencido e proporcional (art. 7o, VIII da CF e Lei no 
4.090/62) – reflexo no FGTS; 
3 – férias vencidas (art. 130 c/c 137 da CLT) e proporcionais acrescidas (§ 
único do art. 146 da CLT) de 1/3 (art. 7o XVII da CF); 
4 – horas extras com acréscimo de 50% (art. 7o XIII e XVI da CF c/c art. 59 
da CLT) - reflexo D.S.R., férias acrescidas de 1/3, 13o salário, FGTS, aviso prévio 
e multa de 40%. 
5 – adicionais de periculosidade ou insalubridade (art. 193 e 192 da CLT) – 
reflexo em férias acrescidas de 1/3, 13o salário, FGTS + 40%, aviso prévio. Deve 
compor a base de cálculo das horas extras e adicional noturno; 
6 – liberação do saldo do FGTS depositado acrescido da multa de 40% ou 
o depósito dos valores faltantes (Lei no 8.036/90); 
7 – entrega das guias para saque do seguro-desemprego ou na 
impossibilidade, indenização equivalente (art. 7o II da CF, Orientação 
Jurisprudencial SDI-TST nº 210); 
8 – multas dos artigos 467 e 477 § 8o da CLT; 
9 – nulidade e conversão da justa causa em dispensa sem justa causa; 
10 – reconhecimento do vínculo empregatício e sua anotação da CTPS 
(art. 29 da CLT); 
11 – anotação da data de saída na CTPS (art. 29 da CLT); 
12 – Contrato de trabalho: ao ser admitido por empresa todo empregado 
deve exigir cópia de seu contrato de trabalho (nele constará itens importantes 
como salário, horário de trabalho, função, etc.) e a carteira de trabalho 
devidamente assinada. O prazo que o empregador tem para assinar a carteira de 
trabalho e apresentar o contrato é de 48 (quarenta e oito) horas; 
30 
 
13 – Da alteração - art. 468 da CLT – Nos contratos individuais de trabalho 
só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, 
ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao 
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia; 
14 – Contrato de experiência: Poderá ser no máximo de 90 (noventa) dias, 
e no mínimo 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por mais de uma vez, no 
mesmo período, desde que a soma dos dois não ultrapasse a 90 (noventa) dias. 
Exemplo: 45 + 45 dias. 
15 – Assinatura do Ponto: Nos estabelecimentos com mais de 10 
empregados é obrigatório a anotação da hora de entrada e saída, em registros 
manual, mecânico ou eletrônico (art. 74 § 1º da CLT), o qual deverá ser registrado 
pelo próprio empregado, proporcionando assim o recebimento correto de todos os 
seus proventos. 
16 – Acidente de trabalho: Caso ocorra algum tipo de acidente com o 
empregado no seu local de trabalho durante sua jornada ou no percurso 
casa/empresa/casa, o mesmo deverá procurar a empresa e solicitar a abertura da 
CAT (Comunicação de acidente de trabalho). Os primeiros quinze dias de 
afastamento são pagos pela empresa. Se os 15 dias não forem suficientes para 
recuperação o empregado deverá solicitar o afastamento previdenciário. Agindo 
desta forma o empregado terá estabilidade de 1(um) ano quando de seu retorno 
ao trabalho. 
17 – Indenização Adicional - Lei 7.238/84 - Demissão 30 dias antes da data 
base. 
 Caso o empregado seja demitido, com aviso prévio indenizado, e se a 
projeção deste aviso terminar até 30 dias da data base, o mesmo fará jus a uma 
indenização equivalente a um salário. 
 O mesmo acontece quando o aviso prévio for trabalhado, se o último dia 
de trabalho ocorrer 30 dias da data base, terá direito a indenização. 
 
Fórmulas de cálculos dos principais adicionais: 
=> Adicional de insalubridade: 40%, 20% ou 10% sobre o valor do salário 
mínimo - (art. 192 CLT). 
 
31 
 
=> Adicional de periculosidade: 30% sobre o salário pago ao empregado, 
excluído os prêmios, gratificações e participações nos lucros da empresa - (art. 
193 a 197 CLT). 
 
=> Adicional noturno: 20% pelo menos, sobre o valor da hora diurna. A 
hora noturna será computada como de 52 minutos e 30 segundos, considerando 
as exercidas entre as 22h00 de um dia até as 05h00 - do outro (art. 73 CLT). 
Para o empregado rural o adicional é sempre de 25% sobre a remuneração 
normal (art. 7o, Lei 5.889/73). 
 
=> Reflexos hora extra: hora noturna + adic. hora extra 
No 13o salário: 
Em condições normais (fora do ano da rescisão de contrato de trabalho), 
apuradas as horas extras laboradas mês a mês, a contar de janeiro de cada ano, 
obtém-se a média, que será multiplicada pelo valor da hora extra de dezembro de 
cada ano considerado. A média obtém-se pela soma dividida por 12. 
Em se tratando de rescisão, as horas extras que serão levadas em conta 
para efeito da média, são aquelas laboradas a partir de janeiro, divididas pelo 
número de meses efetivamente trabalhados. 
Nas férias: 
1) Incidência ou complementação de horas extras nas férias já pagas. 
Toma-se por média o número de horas extras trabalhadas dentro do período 
aquisitivo dividido por 12, multiplicando-se esse número pelo valor da hora extra 
do mês em que o empregado
efetivamente usufruiu suas férias. 
Media das horas extras: no de horas extras laboradas divididas por 12. 
Reflexo das horas extras nas férias: média X valor da hora extra. 
2) Férias vencidas e não gozadas. Nesse caso obtida a média nos moldes 
anteriores, a mesma será multiplicada pelo valor da hora extra do mês 
imediatamente posterior ao do período aquisitivo. 
3) Férias proporcionais, obtida a média, será multiplicada pelo valor da 
hora extra vigente para o mês da rescisão. 
No aviso prévio: 
32 
 
O cálculo da média das horas extras levará em contra sempre os 12 meses 
que antecedem ao da rescisão, que será multiplicada pelo valor da hora extra do 
mês da rescisão. 
Quando o empregado não tenha completado 12 meses de contratação, a 
média de horas extras levará em conta o número de meses do contrato 
multiplicado pelo valor da hora extra do mês da rescisão. 
No repouso semanal remunerado: 
Dar-se-á levando-se em conta, mês a mês, o número de dias úteis e os de 
descanso remunerado. Esse reflexo, por sua vez, tem repercussão nas verbas 
rescisórias (13o salário, férias e aviso prévio). 
33 
 
Tabela de verbas rescisórias 
 
Extinção – Motivo 
(E) Iniciativa do EMPREGADOR 
(e) Iniciativa do EMPREGADO 
(S) Sem justa causa 
(C) Com justa causa 
(a) Antes de completar 1 ano 
(A) Após 1 ano de serviço 
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Férias 
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FGTS 
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Depósito em conta 
vinculada (3) 
C
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Contrato por prazo indeterminado 
E – S – a sim sim não sim sim sim sim sim sim 01 não 
E – S – A sim sim sim sim sim sim sim sim sim 01 não 
E – C – a sim não não não não não sim sim não não não 
E – C – A sim não sim não sim não sim sim não não não 
Extinção da Empresa 
E – a sim sim não sim sim sim sim sim sim 03 não 
E – A sim sim sim sim sim sim sim sim sim 03 não 
Aposentadoria por idade 
(compulsória) 
 
E – a sim não não sim sim sim sim sim não 05 não 
E – A sim não sim sim sim sim sim sim não 05 não 
Pedido de demissão 
e – a sim N(1) não S(2) S(2) sim sim sim não não não 
e – A sim N(1) sim sim sim sim sim sim não não não 
Despedida Indireta 
e – a sim sim não sim sim sim sim sim sim 01 não 
e – A sim sim sim sim sim sim sim sim sim 01 não 
Culpa recíproca 
Ee – a sim S(3) não S(3) S(3) S(3) sim sim 20% 02 não 
Ee – A sim S(3) sim S(3) sim S(3) sim sim 20% 02 não 
Extinção antecipada do contrato a 
prazo determinado, sem previsão de 
aviso prévio 
 
E – S – celebrado por menos de 1 
ano 
sim N(4) não sim sim sim sim sim sim 01 sim 
E – S – celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim sim sim sim sim sim sim 01 sim 
E – C – celebrado por menos de 1 
ano 
sim N(4) não não não não sim sim não não não 
34 
 
E – C – celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim não sim não sim sim não não não 
Extinção da Empresa 
E – celebrado por menos de 1 ano sim N(4) não sim sim sim sim sim sim 03 sim 
E – celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim sim sim sim sim sim sim 03 sim 
Aposentadoria por idade 
(compulsória) 
 
E – celebrado por menos de 1 ano sim N(4) não sim sim sim sim sim não 05 sim 
E – celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim sim sim sim sim sim não 05 sim 
Pedido de demissão 
e – celebrado por menos de 1 ano (5) sim N(4) não S(2) S(2) sim sim sim não não não 
e – celebrado após 1 até 2 anos (5) sim N(4) sim sim sim sim sim sim não não não 
Despedida Indireta 
e – celebrado por menos de 1 ano sim N(4) não sim sim sim sim sim sim 01 sim 
e – celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim sim sim sim sim sim sim 01 sim 
Culpa recíproca 
Ee – celebrado por menos de 1 ano sim (3,4) não S(3) S(3) S(3) sim sim 20% 02 50% 
Ee – celebrado após 1 até 2 anos sim (3,4) sim S(3) sim S(3) sim sim 20% 02 50% 
Extinção automática (término normal) 
do contrato a prazo determinado, com 
ou sem previsão de aviso prévio 
 
Celebrado por menos de 1 ano sim não não S(2) S(2) sim sim sim não 04 não 
Celebrado após 1 até 2 anos sim não sim sim sim sim sim sim não 04 não 
Falecimento do empregado (extinção 
do contrato) 
 
Contrato por prazo indeterminado 
a sim não não S(2) S(2) sim sim sim não 23 não 
A sim não sim sim sim sim sim sim não 23 não 
Contrato por prazo determinado, com 
ou sem previsão de aviso prévio 
 
Celebrado por menos de 1 ano sim N(4) não S(2) S(2) sim sim sim não 23 não 
Celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim sim sim sim sim sim não 23 não 
Morte do empregador (extinção do 
contrato em virtude de cessação total 
da atividade da empresa) 
 
Contrato por prazo indeterminado 
a sim sim não sim sim sim sim sim sim 03 não 
A sim sim sim sim sim sim sim sim sim 03 não 
Contrato por prazo determinado, com 
ou sem previsão de aviso prévio 
 
35 
 
Celebrado por menos de 1 ano sim N(4) não sim sim sim sim sim sim 03 sim 
Celebrado após 1 até 2 anos sim N(4) sim sim sim sim sim sim sim 03 sim 
Morte do empregador (continuação 
da atividade empresarial por 
herdeiros/sucessores/administradores
) (extinção do contrato – faculdade do 
empregado) 
 
Contrato por prazo indeterminado 
a sim não não S(2) S(2) sim sim sim não 03 não 
A sim não sim sim sim sim sim sim não 03 não 
Contrato por prazo determinado, com 
ou sem previsão de aviso prévio 
 
Celebrado por menos de 1 ano sim não não S(2) S(2) sim sim sim não 03 não 
Celebrado após 1 até 2 anos sim não sim sim sim sim sim sim não 03 não 
Extinção da empresa por motivo de 
força maior – Rescisão do contrato 
pelo empregador 
 
Contrato por prazo indeterminado 
a sim não não sim sim sim sim sim 20% 02 não 
A sim não sim sim sim sim sim sim 20% 02 não 
Contrato por prazo determinado, com 
ou sem previsão de aviso prévio 
 
Celebrado por menos de 1 ano sim não não sim sim sim sim sim 20% 02 50% 
Celebrado após 1 até 2 anos sim não sim sim sim sim sim sim 20% 02 50% 
 
 
(1) Art. 487 da CLT § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado 
dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo 
respectivo. 
(2) Enunciado TST n° 261 - “O empregado que se demite antes de 
completar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais”. 
(3) O Enunciado TST n° 14 - “Reconhecida a culpa recíproca na rescisão 
do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% 
cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das 
férias proporcionais”. 
(4) Quando houver cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, 
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado antes de expirado o termo justado, 
36 
 
aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios 
que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado, inclusive aviso 
prévio. 
(5) Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá 
desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o 
empregador dos prejuízos que
desse fato lhe resultarem. § 1º - A indenização, 
porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas 
condições. (Redação dada pela Lei n.º 6.533, de 24-05-78 , DOU 26-05-78) 
37 
 
6 – TABELA DE INCIDÊNCIA DE INSS, FGTS E IRRF 
 
EVENTO INSS FGTS IRRF 
Abono Pecuniário de Férias - limite legal NÃO NÃO NÃO 
Adiantamento 13º Salário NÃO SIM NÃO 
Adicional de 1/3 das Férias Gozadas SIM SIM SIM 
Adicional de 1/3 do Abono Pecuniário de Férias- limite legal NÃO NÃO SIM 
Adicional de 1/3 sobre Férias Indenizadas - rescisão NÃO NÃO SIM 
Adicional de Insalubridade SIM SIM SIM 
Adicional de Periculosidade SIM SIM SIM 
Adicional Noturno SIM SIM SIM 
Aviso Prévio Indenizado SIM SIM NÃO 
Aviso Prévio Trabalhado SIM SIM SIM 
Comissão SIM SIM SIM 
Décimo Terceiro Salário - 13º - 1ª Parcela NÃO SIM NÃO 
Décimo Terceiro Salário - 13º - 2ª Parcela SIM SIM SIM 
Décimo Terceiro Salário - 13º - Rescisão SIM SIM SIM 
Décimo Terceiro Salário - 13º Indenizado - Rescisão 1/12 avos 
em razão do aviso prévio - parcela indenizada NÃO SIM SIM 
DSR - Descanso Semanal Remunerado SIM SIM SIM 
Faltas Dias DEDUZ DEDUZ DEDUZ 
Faltas Horas DEDUZ DEDUZ DEDUZ 
Férias Gozadas SIM SIM SIM 
Férias Proporcionais Indenizadas - rescisão NÃO NÃO SIM 
Férias Vencidas Indenizadas - rescisão NÃO NÃO SIM 
Horas Extras SIM SIM SIM 
Indenização do Artigo 479 da CLT NÃO NÃO NÃO 
Multa por Atraso no Pagamento NÃO NÃO NÃO 
Salário SIM SIM SIM 
Salário Família NÃO NÃO NÃO 
 
Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Física a partir do mês de abril do ano-calendário de 2015 
 
Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$) 
Até 1.903,98 - - 
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 
Acima de 4.664,68 27,5 869,36 
 
 
38 
 
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e 
trabalhador avulso, a partir de 1º de Janeiro de 2019 
 
Salário de Contribuição (R$) Alíquota 
Até R$ 1.751,81 8% 
De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9% 
De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11% 
 
 
39 
 
7 – PRINCIPAIS PRAZO NO CONTRATO DE TRABALHO 
 
Ato Prazo Fundamento 
Aborto não-criminoso 02 semanas CLT - Artigo 395 
Cipa - mandato dos membros integrantes 01 ano CLT - Artigo 164, § 3º 
Comissões conciliação prévia - mandato, prorrogável por 
mais um período 
01 ano CLT - Artigo 625-B, III 
Dispensa de empregado sindicalizado após o final do 
mandato 
01 ano CLT - Artigo 543, § 3º 
Faltas ao serviço sem prejuízo salarial para doação 
voluntária de sangue 
01 dia CLT - Artigo 473, IV 
Salário (periodicidade do pagamento) 01 mês CLT - Artigo 459 
Contrato de trabalho por prazo determinado (máximo) 02 anos CLT - Artigo 445 
Convenção e acordo coletivos (duração) 02 anos CLT - Artigo 614, § 3º 
Eleição no sindicato para cargo de representação 
econômica ou profissional (mandato) 
02 anos CLT - Artigo 530, III 
Falta do empregado ao serviço sem prejuízo salarial - 
falecimento (descendentes, ascendentes, cônjuges e 
irmãos) 
02 dias CLT - Artigo 473, I 
Falta do empregado ao serviço sem prejuízo salarial para 
alistamento eleitoral 
02 dias CLT - Artigo 473, V 
Férias - remuneração 02 dias CLT - Artigo 145 
Repouso antes ou pós-parto em casos excepcionais, 
além dos 120 dias 
02 semanas CLT - Artigo 392, § 2º 
Falta do empregado ao serviço sem prejuízo salarial – 
casamento 
03 dias CLT - Artigo 473, II 
Incineração de documentos de receita e despesa - ano 
fiscal 
05 anos CLT - Artigo 551, § 2º 
Contrato de trabalho por prazo determinado sucedido por 
outro no prazo de 6 meses torna-se indeterminado 
06 meses CLT - Artigo 452 
Férias - perda do direito: quando deixar de trabalhar por 
motivo de acidente do trabalho ou auxílio-doença, 
embora descontínuos por mais de: 
06 meses CLT - Artigo 133, IV 
Indenização - rescisão de contrato por prazo 
indeterminado - base de cálculo 
06 meses CLT - Artigo 478 
Convenção e acordo - depósito para registro e arquivo 08 dias CLT - Artigo 614 
Auto de infração - cópia da lavratura ao infrator 10 dias CLT - Artigo 629 
Férias coletivas (mínimo a gozar) 10 dias CLT - Artigo 139, § 1º 
Rescisão com pagamento de parcelas - conta-se do 
prazo da demissão 
10º dia CLT - Artigo 477, § 6º, 
ALÍNEA B 
Férias - faltas de 24 a 32 dias - direito a: 12 dias CLT - Artigo 130, IV 
Férias coletivas - comunicação do empregador ao 
ministério do trabalho 
15 dias CLT - Artigo 139, § 2º 
Férias - faltas de 15 a 23 dias - direito a: 18 dias CLT - Artigo 130, III 
Férias coletivas (abono) 20 dias CLT - Artigo 144 
Férias - faltas de 06 a 14 dias - direito a: 24 dias CLT - Artigo 130, II 
40 
 
Descanso semanal 24 horas CLT - Artigo 67 
Sobreaviso 24 horas CLT - Artigo 244, § 2º 
Aviso prévio – comunicação 30 dias CLT - Artigo 487 
Cálculo de indenização - salário pago por dia o calculo 
terá por base: 
30 dias CLT - Artigo 478, § 2º 
Férias - antecedência mínima de comunicação ao 
empregado 
30 dias CLT - Artigo 135 
Férias - faltas até 5 dias, direito integral 30 dias CLT - Artigo 130, I 
Férias - perda do direito: quando deixar de trabalhar com 
percepção de salário, por paralisação total ou parcial do 
serviço, por mais de: 
30 dias CLT - Artigo 133, III 
Férias - perda do direito: quando permanecer em gozo de 
licença com percepção de salários por mais de: 
30 dias CLT - Artigo 133, II 
Rescisão sem justa causa. comunicação a outra parte 30 dias CLT - Artigo 487 
Trabalho por tarefa ou serviço - cálculo para indenização 30 dias CLT - Artigo 478, § 5º 
Ctps - prazo máximo de retenção para anotação 48 horas CLT - Artigo 53 
Ctps - prazo para devolução, após anotação 48 horas CLT - Artigo 29 
Salário - vencimento para pagamento 5º dia útil 
do mês 
vencido 
CLT - Artigo 459, § 1º 
Férias - perda do direito: quando deixar o emprego e não 
for readmitido dentro de: 
60 dias CLT - Artigo 133, I 
Contrato de experiência (máximo) 90 dias CLT - Artigo 445, PAR. 
ÚNICO 
Serviço militar - direito a férias desde que compareça ao 
estabelecimento após a baixa no prazo de: 
90 dias CLT - Artigo 132 
Faltas ao serviço sem prejuízo salarial para alistamento 
do serviço militar 
período em 
que tiver que 
cumprir as 
exigências 
CLT - Artigo 473, VI 
 
41 
 
 8 – PROCEDIMENTOS (RITOS) TRABALHISTAS 
 
Na Justiça do Trabalho há três ritos procedimentais: 
- SUMÁRIO ou de alçada: até 2 salários mínimos – [Lei 5584/70] 
- SUMARÍSSIMO: acima de 2 e abaixo de 40 salários mínimos – [Art. 852-
A e ss. da Consolidação das Leis do Trabalho] 
- ORDINÁRIO: mais de 40 salários mínimos 
O que define o procedimento é o valor da causa. 
Para a fixação do procedimento é constitucional o uso do salário mínimo 
(Súmula 353, Tribunal Superior do Trabalho). 
 
8.1 – Procedimento sumário 
O procedimento sumário, instituído pela Lei 5.584/70, tem por finalidade 
garantir maior celeridade aos processos trabalhistas cujo valor da causa não 
ultrapasse dois salários mínimos. Estas causas trabalhistas, também chamadas 
de “dissídios de alçada”, possuem características relevantes, previstas nos 
parágrafos 3º e 4º do artigo 2º da referida lei: 
- Quando o valor da causa for inferior a dois salários mínimos, será 
dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar na ata a conclusão do 
juiz quanto à matéria de fato. 
- Não caberá nenhum recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas 
a esse procedimento, considerando o salário mínimo vigente na data de 
ajuizamento da ação, EXCETO se
versar sobre matéria constitucional, caso em 
que caberá a interposição de recurso extraordinário, que será apreciado pelo 
Supremo Tribunal Federal. 
 
Art. 2º, § 4º, Lei 5.584/70. Salvo se versarem sobre matéria constitucional, 
nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada a 
que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do 
salário mínimo à data do ajuizamento da ação. 
 
 
 
42 
 
8.2 – Procedimento sumaríssimo 
Com o objetivo de trazer maior celeridade para os processos julgados pela 
Justiça do Trabalho, a Lei 9.957 de 2000, introduziu o procedimento sumaríssimo 
no Processo do Trabalho. 
O Procedimento ou Rito Sumaríssimo está previsto nos artigos 852-A / 
852- I da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Art. 852-A da Consolidação das Leis do Trabalho - Os dissídios individuais 
cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data 
do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento 
sumaríssimo. Parágrafo único - Estão excluídas do procedimento 
sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, 
autárquica e fundacional. 
 
Pela leitura literal do artigo verificamos que o procedimento sumaríssimo 
não se aplica aos dissídios coletivos, uma vez que, o caput do artigo acima 
transcrito fala em dissídios individuais. 
Para verificar se os pedidos ultrapassam a 40 vezes o salário mínimo, a 
data limite para o cálculo é a data do ajuizamento da ação. 
Este tipo de procedimento não será aplicado nas demandas em que 
figurarem como parte a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal, 
as Autarquias e as Fundações Públicas Federais. 
 
Art. 852-B da Consolidação das Leis do Trabalho - Nas reclamações 
enquadradas no procedimento sumaríssimo: I - o pedido deverá ser certo 
ou determinado e indicará o valor correspondente; II- não se fará citação 
por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do 
reclamado; III- a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo 
máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta 
especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de 
Conciliação e Julgamento. § 1º - O não atendimento, pelo reclamante, do 
disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da 
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2º - As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de 
43 
 
endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as 
intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de 
comunicação. 
 
O pedido deverá ser certo ou determinado, uma vez que esta é a forma 
de verificar se a causa ultrapassa ou não os quarenta salários-mínimos. Caso o 
reclamante não faça pedido certo ou determinado e nem indique na petição inicial 
o endereço e nome correto do reclamado, o processo será arquivado. 
Embora, em regra, o procedimento seja definido com base no valor da 
causa, ainda que este esteja acima de dois salários mínimos e não ultrapasse 
quarenta salários mínimos, o procedimento será ordinário, caso o reclamante 
desconheça o endereço do reclamado, já que no procedimento sumaríssimo não 
há citação por edital e aplica-se em nosso ordenamento jurídico o princípio 
constitucional da inafastabilidade da jurisdição. 
A audiência será una e realizar-se-á nos quinze dias do ajuizamento da 
reclamação trabalhista. 
 
Art. 852-C da Consolidação das Leis do Trabalho - As demandas sujeitas a 
rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a 
direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para 
atuar simultaneamente com o titular. 
 
Art. 852-D da Consolidação das Leis do Trabalho - O juiz dirigirá o 
processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, 
considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir 
as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como 
para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou 
técnica. 
 
Art. 852-E da Consolidação das Leis do Trabalho - Aberta a sessão, o juiz 
esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens da conciliação e 
usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do 
litígio, em qualquer fase da audiência. 
 
44 
 
A sessão mencionada, neste artigo, é a audiência. Neste tipo de 
procedimento não há a obrigatoriedade de duas propostas de conciliação, mas o 
juiz a qualquer tempo deverá tentar conciliar o conflito. 
 
Art. 852-F da Consolidação das Leis do Trabalho- Na ata de audiência 
serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações 
fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa 
trazidas pela prova testemunhal. 
 
Os depoimentos das partes e das testemunhas serão resumidos na ata 
de audiência pela secretária de audiência. 
 
Art. 852-G da Consolidação das Leis do Trabalho - Serão decididos, de 
plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no 
prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão 
decididas na sentença. 
 
Com o objetivo de celeridade nos julgamento das causas submetidas ao 
procedimento sumaríssimo, todos os incidentes processuais ou exceções serão 
resolvidos de imediato. 
 
Art. 852-H da Consolidação das Leis do Trabalho - Todas as provas serão 
produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não 
requeridas previamente. § 1º - Sobre os documentos apresentados por 
uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem 
interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, 
comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente 
de intimação. § 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, 
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a 
testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução 
coercitiva. § 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for 
legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde 
logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. § 5º - (VETADO) § 
45 
 
6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo 
comum de cinco dias. § 7º - Interrompida a audiência, o seu 
prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de 
trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
 
A audiência una obriga a parte a impugnar todos os documentos 
apresentados pela parte contrária oralmente naquela sessão, salvo em caso de 
absoluta impossibilidade, a ser apontada pelo juiz (art. 852-H, § 1º, Consolidação 
das Leis do Trabalho). 
As partes devem observar o limite máximo de duas testemunhas, as 
quais deverão comparecer espontaneamente na audiência (art. 852-H, § 2º, 
Consolidação das Leis do Trabalho). 
 Caso a testemunha não se apresente, o juiz só determinará a intimação da 
mesma, diante da comprovação do convite. Após a intimação se a testemunha 
não comparecer na audiência, será ordenada a sua condução coercitiva e o 
pagamento de multa (art. 852-H, § 3º, Consolidação das Leis do Trabalho) 
É possível produzir prova pericial no procedimento sumaríssimo, quando 
depender dela a prova do fato ou por imposição de lei. De imediato o juiz fixará o 
prazo, o objeto da perícia e nomeará o perito (art. 852-H, § 4º, Consolidação das 
Leis do Trabalho) 
 
Art. 852-I da Consolidação das Leis do Trabalho- A sentença mencionará 
os elementos de convicção do juízo, com

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