DESAFIOS DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

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DESAFIOS DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Emilene de Mesquita da silva
Marcilene Pereira Pinto
Renata de Sousa Carvalho
Tutor (a) Externo (a): Sandra Maria de Araújo da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
PEDAGOGIA (1858) – Prática Interdisciplinar II
02/12/2017
RESUMO
Percebe-se que a Educação Contemporânea necessita de uma grande mudança, e, toda sociedade brasileira deve debater e mediar sobre tal possibilidade. Assim este trabalho apresenta reflexões contextualizadas e apoia a sugestão de novas ideias criativas onde busca contribuir e discutir a questão da educação no contexto contemporâneo e os desafios encontrados por educadores para atender as novas perspectivas e necessidades bem como provocar uma reflexão a respeito do desenvolvimento do aluno e do comportamento das novas gerações e sua relação com a tecnologia mostrando as dificuldades que fazem parte da prática de aprendizagem. Na tentativa de superar os desafios postos, educadores devem buscar subsídios para repensar sua prática educativa a fim de atender as demandas formativas da contemporaneidade.
Palavras Chaves: Educação. Sociedade. Escola. Tecnologia.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa mostrar questões referentes aos desafios dos educadores no atual cenário da educação e nele parte da concepção do que é a escola, bem como sua função social, utilizando metodologia de pesquisa documental. Segue a linha do que se pressupõe serem os desafios dos educadores no contexto, com problemas e estratégias para minimizar o déficit, estas são apontadas como a melhor forma de conduzir as diretrizes da educação.
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional, 1996), a educação é direito de todos independente de raça, cor ou religião.
Assim sendo, é possível buscar através da mudança de conduta, uma alternativa que envolva os aprendizes, motivando-os e estimulando de forma prazerosa e interativa, visando uma aprendizagem concreta. Desta forma todos estarão envolvidos, percebendo o quanto são importantes e inseridos dentro de um processo tão vasto como a educação.
O objetivo desse trabalho é constatar que, por meio de uma nova visão de educação, a comunidade escolar está coesa num único propósito tornar os alunos cidadãos com responsabilidade social, prepara-los para o mundo e em consequência para o mercado de trabalho.
2 DESENVOLVIMENTO
Hoje vivemos sob uma sociedade que não permite mais se pensar apenas o futuro de um único País, isolando-se do seu contexto global, cabe aqui então um pergunta: que país queremos para viver? É com essa perspectiva que se pode acreditar que a educação desenvolvida nesse contexto, seja o caminho para inferir no futuro da qualidade de vida da sociedade no intuito de prover as ciências de um novo paradigma capaz de abarcar os fenômenos complexos, a teoria da complexidade emerge como uma teoria de estender a interpretação e modelação dos fenômenos à compreensão total da natureza. 
A educação deve buscar a união entre a unidade e a multiplicidade. Segundo a dialógica da complexidade é necessário que haja ordem e desordem pra haver renovação, então é preciso que se repense, se refaçam os conceitos-chave chave da educação para que ela se renove a partir de um “tecer juntos”. (MORIN, 1985).
No contexto educacional não se pensa em abolir as disciplinas, mais sim integrá-las, reuni-las em uma ciência como, por exemplo, as ciências da terra (a sismologia, a vulconologia e a meteorologia), todas elas articuladas em uma concepção sistemática da terra.
Trata-se aqui do fato de que tudo deve estar integrado para permitir uma mudança de pensamento, para que se transforme a concepção fragmentada e dividida do mundo, que impede a visão total da realidade. (MORIN, 2000).
Os tempos mudaram e com isso a educação passou a ser exigida muito mais, e sua prática em sala de aula é um grande desafio da Educação Contemporânea, A escola de hoje mudou, as informações se tornaram mais rápidas deixando tudo mais acessível para os estudantes.
As novas tecnologias junto às mídias sociais mostram uma nova forma de ensinar e aprender fazendo com que os professores busquem sempre novas estratégias de ensino, para que com isso mudem as rotinas através de projetos diferentes como aulas mais dinâmicas e interativas.
A escola pode tornar-se enriquecedora quando, buscando sua transformação com essa nova era que é a da tecnologia, possibilita o acesso a diversas formas de adquirir conhecimentos, saberes sobre tudo quando se diz respeito às novas tecnologias da comunicação e informação na educação.
“Toda educação varia sempre em função de uma concepção de vida, refletindo, em cada época, a filosofia predominantemente determinada a seu turno, pela estrutura da sociedade (...)”. (Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, 1931).
A mudança é uma das palavras que mais define o mundo em que vivemos e nós os seres humanos podemos ser definidos pela palavra transformação.
No século XX, a sociedade passou a ter transformações como nunca antes. Os avanços tecnológicos tiveram papel fundamental assim como novas estruturas sociais. Tudo isso preparou o terreno para a chegada do século XXI, a era do conhecimento e, nas últimas décadas, o ritmo dessas mudanças começou a acelerar surpreendendo muita gente,
Muitas pessoas nas décadas anteriores nem sabiam o que era computador e algumas começaram a ter acesso através de seus trabalhos, hoje está presente na casa de cada cidadão.
“A escola é como um lugar idealizado. Essa escola convencional acabou. Hoje, os meios de comunicação, os meios informáticos, diluíram a escola, portanto ela é itero, não importa onde estou, nem a hora, nem o dia ou se é dia ou se é noite, isso aí acabou. Tempo e espaço foram reconfigurados após a modernidade”. (IRENO ANTÔNIO BERTICELLI – Doutor em educação).
Em todas as grandes transformações da história o distanciamento cultural entre as gerações fica mais acentuado. Hoje, por exemplo, as gerações mais recentes já apresentam aptidões diferentes das de seus pais. A influência das marcas, do cinema, as redes, das guerras, do esporte, da mídia, da economia e tudo mais, forjou uma nova consciência humana. É uma forma diferente de pensar e sentir o mundo ao seu redor. Um mundo cada vez mais interligado, dinâmico, rápido e tecnologia.
“O tempo moderno acabou, aquele tempo pendular acabou. Nós vivemos hoje na flecha do tempo, ou seja, o pêndulo é um símbolo de um tempo que não existe mais, o novo conceito de tempo é o tempo, como flecha que vai avançando e não é reversível. Essa encruzilhada de renovarmos alunos, professores, toda comunidade acadêmica no interior e também externo da universidade, é um momento esplêndido para retomarmos a educação universitária e fazê-la avançar”. (IRENO ANTÔNIO BERTICELLI – Doutor em educação).
Até recentemente, acreditava-se que os problemas centrais da educação brasileira eram a falta de escolas, as crianças que não iam à escola e a carência de verbas. Considerava-se necessário construir mais prédios escolares, pagar melhores salários aos professores e convencer as famílias a mandar seus filhos para serem educados.
A educação de nosso país depende do empenho de cada cidadão para que a educação torne uma educação de qualidade. As classes de professores, representantes, entidades, empresários, pais e governantes precisam definir, aprender e saber fazer educação de qualidade. Analisar as responsabilidades assumidas é dever de toda comunidade em geral, para que assim, possa aplicar reflexões e vencer desafios transformando o Sistema Educacional por completo, pois só entendendo o que cada um sente, pensa e quer é que faremos educação qualitativa e democrática de verdade.
Uma direção motivada, orientada por metas claras compartilhadas com professores, pais e alunos é onde tudo começa. Em virtude das baixas condições de trabalho, o que vemos, no Brasil, especialmente na periferia das grandes cidades, é uma alta rotatividade de diretores e professores, além de excesso de faltas; há diretores que não ficam mais do queum ano à frente de uma escola. Não se premia quem se esforça nem se pune quem demonstra baixo desempenho, para completar, o envolvimento dos pais é pequeno e o currículo, desinteressante. (DIMENSTEIN 2007, A Educação que desejamos. 2008 p.25).
É importante deixar claro que a arte de educar é compartida com a sociedade, com a família, a comunidade e os mais diversos meios de comunicação, todavia as escolas especificamente acabam sendo o foco principal organizado, sistemático e de edificação de saberes. As molas que movimentam a dão vida a este sistema são o educador e o educando.
Na atual conjuntura econômica, o ganho de bens está profundamente relacionado à capacidade de produzir conhecimento e tecnologia. Em consequência desse fato, a escola assume o papel substancial no desenvolvimento socioeconômico de uma nação mediador e facilitador no processo de transmissão do conhecimento.
Dentro do contexto em que se encontra a atual educação é necessário que o educador como produtor de conhecimentos, seja determinado pelo grau de conscientização científica, técnica, crítica e criativa que eles alcançam. Como colaborador para a transformação social, o professor fomenta as capacidades intelectuais, as atitudes e o comportamento crítico em relação à sociedade em que está introduzido.
No entanto, com o transcorrer do tempo e suas evoluções, se faz necessário outra visão dos educadores no tocante as suas práticas pedagógicas exercidas até então. Uma postura diferenciada proporcionará efeitos positivos mesmo sabendo que as mudanças requerem trabalho, vale promover hábitos novos. Até porque a clientela está solicitando essas mudanças de forma silenciosa ou por meio de atitudes que acabam desgastando o profissional da educação.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No passado, presente e futuro a educação sempre foi e será a prioridade do mundo. Ela já evoluiu muito e ainda tem muito para melhorar. Essa melhoria se dá no momento em que a sociedade e a escola com a Instituição de Ensino se derem conta de que estão sendo manipulados pela “elite”, resolvendo lutar pelos seus direitos e deixarem de conviver com a educação caótica, passando a refletir e criticar para sanar as necessidades que a educação atual se encontra no momento, fazendo assim uma união entre teoria e prática.
É indispensável que o docente tenha consigo uma prática cotidiana avaliada como nova, contemporânea, para que haja uma ruptura com as velhas formas de organização, abraçar os avanços tecnológicos, e junto a elas, novos paradigmas, sendo assim, é necessário conectar as práticas educacionais aos novos modelos que emergem e brotam das experiências sociais em todos os âmbitos.
É preciso ouvir quem está numa sala de aula educando; um representante estudantil colaborar dizendo qual a necessidade do grupo; que a mídia aprenda a pensar melhor antes de transmitir o errado e que os pais aprendam a acompanhar o desenvolvimento de seus filhos, enfim, no dia em que todos nós descobrirmos o poder que a palavra união tem, o Brasil estará preparado para vencer desafios e surgirá um novo Sistema de Educação Básica capaz de ensinar o que realmente significa educação.
 REFERÊNCIAS
MORAN, José Emanuel, A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus, 2007.
CONEB – Conferencia Nacional de Educação Básica: documento final, Brasília: Ministério da Educação, 2008.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, História da Educação e da Pedagogia, São Paulo: Moderna, 2006.
ALVES, Rubem, A Pedagogia dos Caracóis. Campinas, SP: Verus, 2010.
BORSA, Juliane Callegaro, O Papel da Escola no Processo de Socialização Infantil. Disponível em : w.w.w.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0351.pdf
ANDRADE, Rosa Maria C. de In.Goulart, Iris (org). A Educação na Perspectiva Construtivista, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995