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AULA 2 - Histamina e Anti-histamínicos

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A histamina é um composto nitrogenado encontrado na maioria dos tecidos. 
É um mediador químico de processos alérgicos e 
inflamatório, além disso, é considerada um 
neurotransmissor, possui como objeto a defesa do 
organismo. 
Por estar implicada em processos inflamatórios, ela 
caminhará junto com os sinais cardinais da 
inflamação: calor, rubor, tumor, dor e perda de 
função. 
ONDE PODE SER ENCONTRADA: 
É encontrada na maioria dos tecidos, sendo 
principalmente no pulmão, pele e no trato 
gastrointestinal, esses sistemas possui contato 
com meio exterior, sendo uma porta de entrada 
para substâncias alérgenas. 
Pode ser produzida por células de defesa, como: 
mastócitos, basófilos, eosinófilos, no estômago por 
células especificas (histaminócitos) e por neurônios 
histaminérgicos. 
COMO OCORRE SUA PRODUÇÃO: 
É sintetizada pela descarboxilação (histidina 
descarboxilase) intracelular do aminoácido 
histidina. 
 
LIBERAÇÃO: 
A histamina pode ser liberada por mastócitos 
durante as reações alérgicas ou inflamatórias, por 
alguns fármacos liberadores de histamina 
(morfina, succinilcolina, atropina, contrastes 
radiográficos, expansores plasmáticos) e por lesões 
teciduais (traumatismo, urticária solar, urticária 
por frio). 
A liberação por meio de fármacos nunca será 
utilizada por efeitos terapêuticos, sempre será um 
efeito colateral. 
o Liberação lenta: 
É um processo onde a histamina é liberada 
lentamente, ajudando em reações de inflamação e 
hipersensibilidade localizada, em que ficará 
restrito a região da lesão. 
Ex: picada de insetos. 
o Liberação Rápida: 
Ocorre em processos generalizados, podendo 
causar até mesmo um choque anafilático. 
Ex: fármacos. 
MECANISMO DE AÇÃO: 
A histamina tem quatro tipos de receptores: 
 
Farmacologicamente, as drogas relacionadas a 
histamina vão agir no estômago (receptor H2). 
Além disso, não existe nenhum tipo de drogas que 
atue nos receptores H3 e H4 diretamente. 
Os receptores H1, quando ativados, provocam uma 
via de comunicação celular através do diacilglicerol 
e do trifosfato de inusitol, ativando as proteínas 
quinases causando o aumento de concentração e 
cálcio intracelular. 
Os receptores H2 causa o aumento de AMPc, 
ativando as proteínas quinases, que irão fosforilar 
outras estruturas. 
Os receptores H3 e H4 diminuem a produção de 
AMPc. 
EFEITOS DOS RECEPTORES: 
 
H1 quando ativado, em relação aos sinais cardinais 
da inflamação, irá causar: calor, rubor e edema. 
O receptor H3 tem uma função a nível de sistema 
histaminérgico parecido com o que o receptor α2 
tem de função para o sistema adrenérgico, a sua 
ativação nos neurônios de histamina, bloqueia a 
liberação de histamina. 
Os receptores H4 estarão presentes em células de 
origem hematopoiética, irá induzir a quimiotaxia e 
aumentar a expressão de adesão no eosinófilo, 
tendo um possível papel em processos 
inflamatórios. 
EFEITOS DA HISTAMINA: 
Seus efeitos serão, principalmente, nas reações de 
hipersensibilidade e inflamação. 
Os mastócitos são células que chegarão aos tecidos 
e irá favorecer o aumento nas concentrações de 
histamina e os basófilos irão na circulação 
liberando a histamina no sangue. 
Tem ação sobre glândulas exócrinas, causando o 
aumento da produção e liberação das secreções, 
como: pancreáticas, salivares, lacrimais, 
brônquicas e gástricas. 
Nas reações de hipersensibilidade, irá apresentar-
se em casos de: rinite alérgica, conjuntivite 
alérgica, asma alérgica, picadas de insetos, alergia 
á alimentos e choque anafilático. 
Em sua função e neurotransmissor, ajudará na 
regulação dos centros de controle sono-vigília, 
apetite, aprendizado, memória, comportamento 
agressivo e emoção. 
BIOTRANSFORMAÇÃO: 
A histamina é degradada por um conjunto de 
enzimas que irão atuar sobre mesma, essa família 
é a monoaminoxidase ou MAO. 
A histamina será metabolizada (quebrada) para ser 
eliminada. 
 
 
 
 
ANTAGONISTAS H1: 
São inibidores competitivos, ou seja, bloqueiam a 
ação da histamina competindo com a mesma a sua 
ligação ao receptor H1, e são reversíveis, ou seja, 
aquele que está em maior concentração irá 
deslocar do receptor o que está em menor 
concentração. 
O antagonista H1 será utilizado para tratamento de 
processos alérgicos e inflamatórios a nível 
pulmonar, digestório e dermatológico. 
o Efeitos: 
• Inibição da musculatura lisa respiratória; 
• Inibição dos efeitos vasodilatadores; 
• Bloqueio do aumento de permeabilidade 
vascular e consequentemente, formação 
de edema; 
• Promovem depressão do SNC (letargia, 
apatia, sonolência). 
 
o Uso Clínico: 
Tudo que diz respeito a antagonista H1 de primeira 
geração, vamos ter drogas que terão ações 
antieméticos como o Dramin e poderão ser 
utilizados em casos de cinetose (enjoo causado por 
movimento). 
São drogas com efeitos em reações alérgicas, 
sendo esse o principal objetivo. 
 
o Primeira Geração (veterinária): 
Todas essas drogas de primeira geração possui um 
efeito colateral em comum, sendo ele a depressão 
do SNC, ou seja, sonolência. 
Na maioria das vezes são administrados por via 
oral, são bem absorvidos e possui seu efeito 
máximo em 1 ou 2 horas com administrações de 3 
a 4 vezes por dia, possui uma distribuição ampla e 
para chegar ao SNC devem cruzar a barreira 
hematoencefálica, ou seja, possui uma alta 
lipossolubilidade e peso molecular baixo. 
São fármacos metabolizados no fígado, sendo sua 
excreção renal rápida. 
Além disso são drogas inespecíficas, não atuam 
somente em receptor H1, podem exercer efeitos 
em SNP, SNS, serotoninérgico e canais iônicos, 
causando mais efeitos colaterais. 
 
• Difenidramina; 
• Dimenidrinato; 
Dramin é um antagonista H1 de primeira geração 
que age de um modo restrito ao sistema vestibular, 
não possui uma ação muito significativa a 
processos alérgicos. 
• Clemastina; 
• Tripelenamina; 
• Clorfeniramina; 
• Dexclorferinamina; 
• Hidroxizina; 
• Prometazina. 
 
o Segunda Geração: 
Fármacos com efeitos contra hipersensibilidade e 
inflamação a qual não possuem efeitos sedativo, 
ou seja, não ocorre a depressão do SNC, não 
atravessam a barreira hematoencefálica, ou seja, 
são drogas pouco lipossolúveis e com alto peso 
molecular. 
Na maioria das vezes são administrados por via 
oral, são bem absorvidos e possui uma distribuição 
ampla. 
A sua excreção é feita pela urina e fezes 
• Mequitazina; 
• Terfenadina; 
Pode causar graves arritmias. 
• Fexofenadina; 
• Loratadina; 
É um pró-fármaco, ou seja, precisa passar pelo 
fígado para liberar o metabólito ativo, a 
desloratadina. 
• Cetirizina. 
 
ANTAGONISTAS H2: 
São inibidores competitivos, ou seja, bloqueiam a 
ação da histamina competindo com a mesma a sua 
ligação ao receptor H2, e são reversíveis, ou seja, 
aquele que está em maior concentração irá 
deslocar do receptor o que está em menor 
concentração. 
O antagonista H2 terá como principal ação da 
secreção gástrica, em casos de gastrites, úlceras, 
redução da acidez gástrica e redução da 
contratilidade uterina (por terem efeitos em 
musculatura lisa). 
 
A cimetidina é bastante hepatotóxica e aumenta o 
período hábil de diversos fármacos, ou seja, deverá 
ser usada sozinha, como exemplo o metronidazol. 
A ranitida e nizatidina possuem efeitos pró 
cinético, ou seja, favorece os efeitos intestinais, 
aumentando os movimentos peristálticos. e devem 
ser evitados em quadros gastrointestinais 
obstrutivos. 
o Efeitos Adversos: 
• Náuseas; 
• Diarreia; 
• Constipação intestinal; 
• Perda da libido; 
• Prurido; 
• Alucinações (raro); 
• Redução da absorção de fármacos absorvidos 
em meio ácido.

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