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ATENÇÃO PRIMÁRIA Roteiro da aula • Rede de Atenção à Saúde (RAS); • Atenção Primárias à Saúde (APS) ; • Política Nacional da Atenção Básica (PNAB); • Estratégia de Saúde da Família (ESF); • Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB). D. Maria, 62 anos, é diabética e hipertensa há pelo menos 7 anos, mas há 3 anos não vai ao médico. Acordou um dia com dor nas costas e resolveu procurar a Unidade de Saúde. Chegando lá, foi orientada a retornar na sexta-feira para marcar uma consulta para a semana seguinte. Ela fez isso, e na segunda-feira estava diante do médico de família da sua área. Queria um referenciamento ao ortopedista. O médico lhe sugeriu experimentar usar diclofenaco durante 4 dias e retomar o tratamento da pressão e diabetes, além de fazer novo papanicolaou e mamografia. Sugeriu também exames laboratoriais e uma consulta de rotina com o oftalmologista. Os exames foram coletados pela enfermeira da equipe na semana seguinte. Em um mês, a paciente retornava ao médico de família com o resultado dos exames de sangue e o controle da pressão realizado semanalmente. Tanto o diabetes quanto a pressão alta estavam mal controladas. O médico de família alterou a dose dos medicamentos prescritos na consulta anterior e orientou nova sequência de controle de pressão e novo exame laboratorial em 3 meses. Nesse meio tempo, foi chamada para o oftalmologista, para a mamografia e fez o papanicolaou com a auxiliar de enfermagem da unidade. Enquanto aguardava o período determinado pelo médico de família para fazer novos exames, ela perdeu o genro assassinado pela polícia e ficou extremamente abalada. Questão orientadora Procurou então o médico de família para “pedir um calmante”. Por causa desse episódio, atrasou a coleta dos novos exames laboratoriais em 2 meses, mas procurou, então não se descuidar do uso dos medicamentos. Passados 5 meses da última consulta, coletou novos exames com a mesma enfermeira e voltou ao médico de família em seguida para retomar o tratamento da pressão e do diabetes. Segundo relatou ao médico de família, o oftalmologista dissera que sua vista estava “ok” e que, embora tenha começado uma catarata, não tinha de operar naquele momento. Aproveitou para queixar-se de dor na perna esquerda quando caminhava. Os exames laboratoriais haviam melhorado consideravelmente, mas o médico de família detectou um pulso diminuído no membro inferior esquerdo. Ele solicitou uma ultrassonografia (US) Doppler, resolveu referenciar ao cirurgião vascular para uma avaliação e orientou espaçar os retornos, já que havia adquirido um controle aceitável da pressão e do diabetes. Enquanto aguardava o resultado da US, ela teve um quadro de gripe prolongado e procurou novamente o médico de família da unidade, tendo sido atendida por ele no “acolhimento”. Finalmente, realizou a US Doppler com um radiologista, que mostrou uma obstrução arterial na altura da região poplítea. A paciente esperou 4 meses e finalmente conseguiu o cirurgião vascular, que sugeriu programar cirurgia. A paciente ficou assustada e decidiu procurar novamente o médico de família. Combinaram que tentariam o tratamento clínico por meio do controle do diabetes e da hipertensão, além de cuidados gerais com as pernas, a fim de tentar evitar a cirurgia. Após 2 anos de seguimento e mais 6 consultas, encontra-se bem, sem lesão nos membros e com controle clínico da dor na perna esquerda. Questão orientadora • A partir do problema apresentado: • Observa-se a prespectiva de integração da APS com a rede de cuidado à saúde; • Podemos apontar alguns dos atributos da APS; • Identifica-se preceitos presentes na PNAB; • Ainda conseguimos identificar elementos que apontam o processo de trabalho da ESF; • Ao final, todos devem conseguir identificar os pontos citados acima. Questão orientadora APS como um modelo de organização do sistema de saúde • Um sistema de saúde é “o conjunto de organizações, indivíduos e ações cuja intenção primordial é promover, recuperar e/ou melhorar a saúde” • Uma forma de organização dos serviços, na qual há uma porta de entrada ao sistema de saúde, que se configura como espaço de coordenação das respostas às necessidades dos indivíduos, suas famílias e comunidade. Rede de Atenção à Saúde • APS foi posicionada como um dos elementos da estrutura operacional de uma rede de atenção à saúde (RAS): centro comunicador e coordenador do cuidado. • Partindo do centro, ela tem a responsabilidade de fazer a ponte entre os diferentes níveis e pontos de atenção, assim como integrar ao processo os sistemas logísticos e de apoio, garantindo, a integralidade da atenção. Esse é o papel mais importante dentro de uma RAS, já que se não houver um centro coordenador, não há integração do sistema. APS como um modelo de organização do sistema de saúde A mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para as redes de atenção à saúde. • Um sistema de saúde constitui-se de redes horizontais interligadas por pontos de atenção, de distintas densidades tecnológicas, com suas estruturas de apoio e logística, não havendo hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde. • Como exemplos, citam-se unidades de atenção primária, unidades de cuidados intensivos, hospitais-dia, ambulatórios de cirurgia, ambulatórios de atenção especializada, serviços de atenção domiciliar. Os serviços de atenção primária são a porta de entrada ao sistema, e coordenam o conjunto de respostas às necessidades em saúde da população. APS e sua integração na rede de atenção à saúde “Um sistema de saúde com forte referencial na atenção primária à saúde é mais efetivo, é mais satisfatório para a população, tem menores custos e é mais equitativo – mesmo em contextos de grande iniquidade social.” Atenção Primária à Saúde Para entender a atenção primária, é fundamental compreender alguns conceitos básicos e algumas siglas muito utilizadas. • APS – Atenção Primária à Saúde: “lugar” do sistema de saúde definido pelos serviços que oferece. • PSF/ESF – Programa Saúde da Família/Estratégia Saúde da Família: Programa de 1994 a 1998 e Estratégia do Estado para reorientar a atenção primária brasileira a partir de 1998. • MFC – Medicina de Família e Comunidade: especialidade médica. • Atenção Primária à Saúde (APS) é definida como “[...] atenção de primeiro contato, contínua, global e coordenada que se proporciona à população sem distinção de gênero, doença, ou sistema orgânico”.1 • Prevenção, cuidado a pacientes crônicos e vulnerabilidade social são conceitos que têm afinidade com a atenção primária, mas não são seus definidores. • Há vários instrumentos para avaliar a APS, sendo que o mais completo e mais utilizado no Brasil é o instrumento de Avaliação da atenção primária (PCATool, do inglês Primary Care Assessment Tool). • O conceito de integralidade utilizado na APS diverge do utilizado em outros campos. Aspectos-chave Valores, princípios e atributos de um sistema de saúde orientado na atenção primária à saúde Atributos Nucleares da APS Atenção ao primeiro contato/acesso • É o princípio soberano, representa a porta de entrada e o primeiro contato do paciente com o sistema; outras nomenclaturas, algumas vezes entendidas como pejorativas, foram sendo usadas em parte, ou mesmo em substituição a este atributo, como “acolhimento”, “gatekeeper” ou “porteiro”. • A coordenação envolve a continuidade de informação dentro do sistema, seja pela continuidade do profissional, seja via prontuário médico. • Ela é importante em três níveis: Dentro do centro de saúde, quando o mesmo paciente é visto por diferentes profissionais (p. ex., um paciente pode ser visto pela enfermeira, pelo dentista e pelo médico, sendo necessária a troca de informações entre estes três profissionais); Na relação com outros profissionais chamados para fornecer consultoria ou acompanhamento de curta duração; Na relação com especialistas, que vão acompanhar o paciente por um longo período de tempo devido uma condição específicae mais rara. Atributos Nucleares da APS Coordenação do Cuidado • Longitudinalidade se relaciona com a existência de uma fonte regular de atenção e seu uso ao decorrer do tempo. • A longitudinalidade, que trata do acompanhamento do paciente ao longo do tempo por profissionais da equipe de atenção primária em saúde (APS), é considerada característica central deste nível assistencial. O atendimento a este atributo está relacionado com resultados positivos, o que justifica sua utilização para fins de avaliação da APS. Atributos Nucleares da APS Longitudinalidade • A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Política nacional que direciona os trabalhos envolvidos nos diversos campos da APS 1. Dos Princípios e Diretrizes Gerais da Atenção Básica 2. Das Funções na Rede de Atenção À Saúde 3. Das Responsabilidades 4. Da Infraestrutura e Funcionamento da Atenção Básica 5. Implantação e Credenciamento das Equipes de Atenção Básica 6. Do Financiamento da Atenção Básica Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) • Ministério da Saúde em setembro de 2017, estabelece a revisão de diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). • A proposta de atualização da PNAB foi assunto principal entre profissionais da área, pesquisadores, gestores, associações e conselhos de saúde em fóruns, conferências e reuniões e, após dois anos de debate, ainda passou por Consulta Pública antes de ser aprovada. • Na nova PNAB reafirmou-se o formato e avançou-se em outras diretrizes, como o financiamento de equipes de Atenção Básica, a continuidade do uso dos sistemas de informação em saúde, a integração com as vigilâncias, entre outros” • Quais foram as mudanças em comparação com a PNAB de 2011? https://www.youtube.com/watch?v=hBcX-qx3VAk Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) https://www.youtube.com/watch?v=hBcX-qx3VAk Comparativo com a nova PNAB Comparativo com a nova PNAB Comparativo com a nova PNAB Comparativo com a nova PNAB • Dispõe que as UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta ativa e qualificada das pessoas, mesmo que não sejam da área de abrangência da unidade, com classificação de risco e encaminhamento responsável; • Percentual de financiamento para as eAB (30% da eSF Modalidade 2); • Recursos condicionados à abrangência da oferta de ações e serviços; • Define prazo máximo de 4 meses para a implantação da equipe credenciada, com fluxo e critérios para credenciamento de eAB, a ser publicado em manual específico; • Inclui as Equipes de Atenção Básica Prisional; • Reforça a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica: Agentes de Combate as Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS); Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 • Define prazo máximo de 4 meses para a implantação da equipe credenciada, com fluxo e critérios para credenciamento de eAB, a ser publicado em manual específico; • Inclui as Equipes de Atenção Básica Prisional; • Reforça a importância da integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica: Agentes de Combate as Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS); Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 • ACS e ACE devem compor uma eAB ou uma eSF e serem coordenados por profissionais de saúde de nível superior realizado de forma compartilhada entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde; • Nas localidades em que não houver cobertura eAB ou eSF, o ACS deve se vincular à equipe da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e o ACE, deve ser vinculado à equipe de vigilância em saúde do município e sua supervisão técnica deve ser realizada por profissional com comprovada capacidade técnica; • Nº de ACS e ACE estabelecidos por base populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local; • Quantitativo de ACS em eSF a depender da necessidade e perfil epidemiológico local; em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS em eSF; • Adiciona atribuições comuns aos ACS e ACE e acrescenta atribuições específicas do ACE; Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 • Considera que em caráter excepcional e assistidos por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após treinamento especifico e o fornecimento de equipamentos adequados, os ACS poderão realizar as seguintes atividades: Aferir pressão arterial; Realizar a medição da glicemia capilar; Aferição da temperatura axilar; Técnicas limpas de curativo. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 Comparativo com a nova PNAB Comparativo com a nova PNAB Estratégia de Saúde da Família (ESF) É componente estruturante do sistema de saúde brasileiro tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. O principal propósito da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto das famílias e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população. EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) - uma equipe multiprofissional, composta por no mínimo: • Médico (preferencialmente da especialidade Medicina de Família e Comunidade); • Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde da Família); • Auxiliar e/ou técnico de enfermagem; e • Agentes Comunitários de Saúde (ACS). • Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em Saúde da Família e auxiliar ou técnico de saúde bucal) e os Agentes de Combate às Endemias (ACE). Estratégia de Saúde da Família (ESF) PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: • São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; • Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; • Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; • Presta assistência integral, permanente e de qualidade; • Realiza atividades de educação e promoção da saúde. Estratégia de Saúde da Família (ESF) Processo de Trabalho das Equipes de Atenção Básica • Definição do território de atuação e de populac ̧ão sob responsabilidade das UBS e das equipes; • Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias, dificultan- do o acesso dos usuários; • Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis; Processo de Trabalho das Equipes de Atenção Básica • Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências; • Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita; • Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território(salões comunitários, escolas, creches, praças etc.) e em outros espaços que comportem a ação planejada; • Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários; • Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações na sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas; • Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral; • Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social; e • Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados. Processo de Trabalho das Equipes de Atenção Básica Ferramentas da ESF • Territorialização • Trabalho em Equipe • Abordagem centrada na pessoa • Abordagem familiar • Abordagem comunitária • Gestão da Clínica • Matriciamento TERRITORIALIZAÇÃO: • Caracterizar a população; • Identificar os problemas de saúde-doença; • Avaliar a situação sócio-econômica e vulnerabilidade social; • Vínculo; • Mapeamento do território vivo – elementos estáticos e dinâmicos, barreiras funcionais e sociais; • Planejamento de ações da equipe. Ferramentas da ESF • Área geográfica - ruas e avenidas, acidentes geográficos; • Espaços de interesse comunitário: áreas de lazer, templos religiosos, áreas de ocupação, associações... • Equipamentos Sociais (Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Assistência Psicossocial (CAPS), Creches...) • Tensões no território. Mapa do Território: Ferramentas da ESF Atuação das equipes de saúde da família: Território • Número definido de famílias; • Território Vivo; • Adscrição: 2000 a 3.500 pessoas, a depender da vulnerabilidade e perfil demográfico/epidemiológico Ferramentas da ESF • O Território da ESF é dividido em áreas menores chamadas MICROÁREAS; • Essa divisão segue critérios de natureza geográfica, demográfica e social; • Cada MICROÁREA fica sob a responsabilidade sanitária de um Agente Comunitário de Saúde. Ferramentas da ESF • Adscrição da clientela: É um processo concomitante e interdependente da territorialização e da inserção comunitária; Tem objetivo de identificar as condições de vida, necessidades de saúde e acesso da comunidade, vinculando o usuário à ESF; Busca por outras informações: lideranças comunitárias, colaboradores na comunidade. Ferramentas da ESF • Os ACS são parte integrante da equipe mínima da ESF; • São um elo entre as equipes de saúde e a comunidade, buscam e trazem informações entre a Unidade de Saúde e a população; • Acompanham mensalmente, em domicílio todas as famílias; • Desenvolvem de forma constante ações de promoção da saúde. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE QUANTOS AGENTES POR ESF? O número suficiente para cobrir 100% da população adscrita; Com um número máx. de 750 pessoas por ACS. Agente Comunitário de Saúde (ACS) Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – Nasf AB • O Nasf é uma estratégia inovadora que tem por objetivo apoiar, ampliar, aperfeic ̧oar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. Seus requisitos são, além do conhecimento técnico, a responsabilidade por determinado número de equipes de SF e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao paradigma da Saúde da Família. • Deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua própria equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização de serviços, educação permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – Nasf AB • Equipe multiprofissional e interdisciplinar; • Composição conforme necessidades; • Suporte clínico, sanitário e pedagógico; • Atendimentos regulados pelas equipes que atuam na atenção básica; • Longitudinalidade do cuidado; • Planejamento do cuidado conjuntamente com as equipes; • Contribuição para a integralidade do cuidado; • Discussão de casos; Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – Nasf AB • Interconsulta; • Construção conjunta de projetos terapêuticos; • Educação permanente; • Intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida; • Ações de prevenção e promoção da saúde; • Discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – Nasf AB Matriciamento • O apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente, relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso. • O Nasf esta ́ inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele faz parte da APS. • O apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico. A dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos. Nasf AB - Princípios e Diretrizes Gerais • Território; • Eduação popular em saúde; • Interdisciplinaridade; • Participação Social; • Intersetorialidade; • Educação Permanente em Saúde; • Humanização; • Promoção em Saúde. • Nasf 1: composto por no mínimo cinco profissionais com formação universitária, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, profissional da educação física, médico homeopata, nutricionista, médico acupunturista, médico pediatra, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional. • Cada um desses Nasf deve estar vinculado a um mínimo de oito e máximo de 20 equipes de SF, exceto nos estados da Região Norte, onde o número mínimo passa a ser cinco. • Nasf 2: devera ́ ter no mínimo três profissionais, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista e terapeuta ocupacional; e sevincular a nomínimo três equipes de SF. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – Nasf AB Modalidades No. de equipes vinculadas Carga horária* Nasf 1 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 200 horas semanais; cada ocupação deve ter no máximo 80 horas semanais. Nasf 2 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 120 horas semanais; cada ocupação deve ter no máximo 40 horas semanais. Nasf 3 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações específicas Mínimo 80 horas semanais; cada ocupação deve ter no máximo 40 horas semanais. *Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica - Nasf-ab Profissionais do Nasf AB “O Nasf-AB organizara ́ o seu processo de trabalho com foco nos territórios de sua responsabilidade, conjuntamente com as equipes de SF que a ele se vinculam.” •Assistente Social •Professional/Professor Educação Física •Farmacêutico •Fisioterapeuta •Fonoaudiólogo•Nutricionista •Psicólogo •Terapeuta Ocupacional •Médico Veterinário •Professor com Formação em Arte e Educação •Médico Pediatra •Médico Acupunturista •Médico Ginecologista/Obstetra •Médico Homeopata •Médico Psiquiatra •Médico Geriatra •Médico Internista (Clínica Médica) •Médico do Trabalho •Profissional Sanitarista Recursos •ESF Modalidade 1 - R$ 10.695,00 •ESF Modalidade 2 - R$ 7.130,00 •ESB Modalidade 1 - RS 2.230,00 •ESB Modalidade 2 - R$ 2.980,00 •Nasf Modalidade 1 - R$ 20.000,00 •Nasf Modalidade 2 - 12.000,00 •Nasf Modalidade 3 - 8.000,00 • ESF Modalidade 1: população até 50.000 habitantes nos Estados da Amazônia Legal; ou população de até 30.000 habitantes e IDH ≤ 0,7 nos demais Estados do País; • ou quem já fazem jus ao acréscimo; quilombolas/assentamentos e áreas priorizadas para o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI). • ESB Modalidade 1: cirurgião dentista e ASB; • ESB Modalidade 2: cirurgião dentista, ASB e TSB. Bibliografia • BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde) • BRASIL. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 39) • Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática [recurso eletrônico] / Organizadores, Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes, Lêda Chaves Dias; [coordenação editorial: Lêda Chaves Dias]. – 2. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. • Lei no 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências [Internet]. 2013 [citado 03 Fev 2016]. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/cci vil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12871.htm OBRIGADO (A)! Nome: E-mail: Tel.:
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