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PP - Bens de família

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Thalia Fontenele Cardoso – RA: 101200087 – Direito (noturno) – 1º semestre 
 
Preparação prévia – Bens de família 
 
 A lei 8009/90 articula sobre a impenhorabilidade dos bens de família, visando 
protegê-los. Impõe em seu primeiro artigo que todo imóvel residencial, ou seja, de uso do 
casal ou de entidade familiar, não responderá por qualquer tipo de dívida, seja ela civil, 
comercial, fiscal, previdenciária ou de qualquer natureza. Porém, segundo a súmula 364 
do STJ, a impenhorabilidade também abrange o imóvel em que se reside pessoas solteiras, 
separadas e viúvas. 
 A impenhorabilidade compreende na localidade do imóvel residencial, todas as 
construções, plantações, benfeitorias e móveis, desde que estejam quitados. Todavia, 
excluem-se os veículos de transporte, obras de artes e adornos suntuosos (possuem grande 
valor agregado). 
 Ainda, existem algumas exceções quanto essa lei, sendo algumas delas quando o 
dono do imóvel é credor de pensão alimentícia; não cumpriu com pagamentos de 
impostos como o IPTU; hipotecou o imóvel; foi adquirido como produto de crime, entre 
outros. Ademais, há o entendimento do STJ de que o bem de família é penhorável se 
oferecido como garantia em um negócio. 
 Em seu quarto artigo, é garantido que a lei não será disposta em caso de má fé, 
quando a família é transferida para um imóvel mais valioso para que seja caracterizado 
como residencial. Neste caso, o juiz poderá transferir a impenhorabilidade para a 
residência anterior. Além disso, no segundo parágrafo do mesmo artigo preceitua-se que 
em caso de imóvel rural, a impenhorabilidade aplicará apenas no local de sede familiar. 
 No quinto artigo, é exposto que é considerado residência apenas aquele imóvel de 
moradia permanente, no caso de haver mais do que um, poderá ser registrado para essa 
finalidade no Registro de Imóveis. Se isso não ocorrer, a impenhorabilidade recairá sobre 
o de menor valor.

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