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Aluna: Letícia Martins Matrícula: 201901265749 Disciplina: Desenvolvimento da infância e adolescência Análise do filme – O garoto selvagem Prognóstico: O filme narra a história de uma criança que foi capturada numa floresta e viveu afastada da sua espécie. Acredita-se que ele foi abandonado na mata por volta do 4/5 anos. Pela idade relatada (por volta dos 12 anos, idade a qual foi capturado), já era para estar munido de algumas ideias/palavras, que seriam consequência do começo da sua educação. Mas essa aprendizagem foi apagada da sua memória, por consequência de 7 anos de isolamento. Ele andava como um quadrupede, seus órgão não eram flexíveis, tinha sensibilidade reprimida, não falava… Sua existência resumia em uma vida animal, ou seja, o isolamento que ele foi submetido limitou sua aprendizagem futura, a mesma seria propicia a cada fase específica do seu desenvolvimento. Ele passou por processos de aprendizagem assim que foi “capturado”, mas tinha dificuldades em absorver os ensinamentos, pois teriam de ser aprendidos antes, adequados a cada idade específica. Socialização: O ambiente condicionava o garoto a viver como um animal, o médico que o adotou (Itard) alegou que o mesmo só poderia ser comparado racionalmente com ele mesmo, ou seja, seu desenvolvimento só teria como base a comparação do que ele era com o que ele se tornou. Não teria como compará-lo a outras crianças pois foram criados de maneira diferente. Os fatores sociais e culturais exercem influências significativas em nossas ações. O homem será aquilo o que fizeram dele, o meio exerce uma influência significativa no desenvolvimento humano. De acordo com Pinel, o menino não seria suscetível a socialização e instrução, já Itard discordou, passando a estudá-lo e educá-lo. Seu tutor, Itard, atribuiu metas pedagógicas para a educação de Victor, foram elas: interesse pela vida social, despertar a sensibilidade nervosa, ampliar a sua esfera de ideias, levar ao uso da fala e exercitar as operações da mente, utilizando uma metodologia didática intuitiva e ativa. Desistir ou prosseguir: Pinel considerava que o garoto teria sido vítima de abandono desde muito cedo, pois apresentava traços atípicos no desenvolvimento cognitivo e consequentemente não seria capaz de adquirir nenhum tipo de linguagem. Ele acreditava que Víctor tinha algum tipo de deficiência, o diagnosticando como “acometido de idiota”, portanto não suscetível para socialização e instrução, logo desistindo do garoto. Itard, seu tutor, não considerava que Victor apresentasse algum tipo de deficiência, considerava que o garoto teria sido vítima de abandono por outras questões, e que o isolamento o impediu de desenvolver suas capacidades cognitivas e linguísticas. Portanto, ele acreditava que seria possível educá-lo, não desistindo do garoto. Intervenções: Com a intervenção de Itard, Victor iniciou a transição do homem primitivo para o homem cultural (hominização). Ele promovia situações onde houvesse necessidade de interação do menino com as pessoas que o circundavam. Itard também atribuiu cinco metas pedagógicas como forma de intervenção a educação de Victor; interesse pela vida social, despertar a sensibilidade nervosa, ampliar a sua esfera de ideias, levar ao uso da fala e exercitar as operações da mente, utilizando uma metodologia didática intuitiva e ativa. Período crítico: Esse período vai do nascimento até a puberdade. Ele demarca o tempo onde a criança está biologicamente apta a adquirir a linguagem. Assim, da mesma maneira que o período crítico explicaria a não aquisição de nenhuma língua por parte das crianças selvagens, pois elas nunca foram expostas a nenhum tipo de linguagem até a puberdade. P rogressos e limitações: De início, o fato dele ter vivido isolado por anos se tornou uma grande dificuldade no desenvolvimento de Victor, pois ele não conhecia a linguagem e não sabia relacionar palavras e sons aos objetos. Sua falta de interação com outras pessoas também dificultou seu desenvolvimento. Porém, com o passar do tempo e a insistência de Itard, o menino atingiu um progresso notório, aprendeu o nome de diversos objetos, conseguiu ler e escrever frases simples, seguir ordens, demonstrou afeto, emoções… .
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