Buscar

TIPOS DE CORROSÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - Ifes 
TÉCNICO EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE CORROSÃO 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Corrosão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA 
JULHO - 2018 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 A corrosão é um processo de deterioração de um material, geralmente metálico, e 
resulta da interação físico-química entre este e um meio corrosivo. Apesar da estreita relação 
com os metais, esse fenômeno ocorre em outros materiais, como concreto e polímeros 
orgânicos, entre outros (GUIMARÃES et. al, 2004). Depende da composição do material, 
bem como do meio corrosivo e das condições operacionais. 
O conhecimento dos fenômenos corrosivos e seu mecanismo é de fundamental 
importância para o mercado, visto que o comércio de metais, como matéria prima ou produto 
final, movimenta a economia. Um estudo da NACE (National Association of Corrosion 
Engineers – importante associação da área) estimou que apenas nos EUA são gastos por ano 
mais de 270 bilhões de dólares com corrosão. 
Esse processo pode ser classificado considerando a aparência ou forma do ataque 
corrosivo ou pela diferença entre as causas da corrosão e seus mecanismos, sendo os 
principais tipos de corrosão: uniforme, por placas, alveolar, puntiforme ou por pite, 
intergranular, intragranular, filiforme, por esfoliação, grafítica, dezincificação, empolamento 
por hidrogênio e corrosão em torno do cordão de solda. 
 
2. Corrosão quanto à morfologia e à localização do ataque 
2.1. Corrosão uniforme 
Também chamada corrosão generalizada (termo não muito usual), ocorre em 
toda a extensão da superfície, ocorrendo a perda uniforme de espessura. A corrosão 
uniforme é uma das mais fáceis de se controlar, visualizar, de se proteger e também é 
a mais comum. 
 
Figura 1 - Corrosão uniforme em chapa de carbono 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.2. Corrosão por placas 
A corrosão localiza-se em regiões da superfície metálica e não em toda a sua 
extensão, formando placas com escavações. É uma corrosão localizada, com formação 
de placas com escavações, devido aos descolamentos das mesmas, que se desprendem 
progressivamente. Geralmente, em metais passivados onde há película protetora 
formada inicialmente, se desprende por já estar muito espessa pela ação da gravidade. 
 
Figura 2 - Corrosão em placas 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.3. Corrosão alveolar 
Também é uma forma de corrosão localizada que ocorre na superfície metálica 
produzindo sulcos ou escavações semelhantes a alvéolos, apresentando fundo 
arredondado e profundidade geralmente menor que o seu diâmetro. O alvéolo formado 
apresenta fundo arredondado e profundidade menor que o seu diâmetro. 
 
Figura 3 - Pontos de corrosão alveolar 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
 
 
 
2.4. Corrosão puntiforme ou pite 
Ocorre em pontos ou em pequenas áreas localizadas na superfície metálica 
produzindo pites, que são cavidades que apresentam o fundo em forma angulosa e 
profundidade geralmente maior que seu diâmetro. O processo de corrosão localizada 
também é chamada de ​pitting​, do idioma inglês. Provavelmente é a forma mais 
destrutiva de corrosão, pois é muito difícil de ser identificada, uma vez que geralmente 
se forma embaixo da corrosão uniforme e também a perda percentual de peso da 
estrutura é muito pequena. Essa forma se diferencia da alveolar porque, diferente dos 
alvéolos, a profundidade da corrosão é maior do que o diâmetro da cratera formada. A 
presença de cloretos no ambiente a favorece o ​pitting​. Para evitar, pode-se polir a 
superfície e acrescentar 2% de molibdênio. Para avaliar a intensidade de corrosão, 
considera-se o número de pites por área, o seu diâmetro e profundidade, com auxílio 
de um microscópio 
 
Figura 4 - Corrosão por pite 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.5. Corrosão intergranular 
Também chamada de intercristalina, processa-se entre os grãos da rede 
cristalina do material metálico, o qual perde as suas propriedades mecânicas e pode 
fraturar quando solicitado por esforços mecânicos, tendo-se então a corrosão sob 
tensão fraturante. Por exemplo, pode ocorrer por causa da variação da concentração 
dos elementos de liga na região. Aços com elementos de liga precipitados e menor 
concentração de elementos de liga nos contornos são chamados de sensitizados. Uma 
forma de evitar é adicionar titânio na liga para preferencialmente formar carbonetos de 
titânio e não com os elementos de liga que evitam a corrosão. 
 
 
Figura 5 - Corrosão intergranular 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.6. Corrosão transgranular 
Também chamada de transcristalina ou transgranular, ocorre nos grãos da rede 
cristalina do material metálico, o qual, perdendo suas propriedades mecânicas, poderá 
fraturar à menor solicitação mecânica, tendo-se também a corrosão sob tensão 
fraturante. O fenômeno se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo 
interior dos grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão de aços 
inoxidáveis austeníticos. 
 
Figura 6 - Corrosão transgranular 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.7. Corrosão filiforme 
A corrosão se processa sob a forma de finos filamentos, que se propagam em 
diferentes direções e são paralelos entre si. Ocorre geralmente em superfícies 
metálicas revestidas com tintas ou com metais, ocasionando o deslocamento do 
revestimento. O fato de os finos filamentos de corrosão não se cruzarem deve-se ao 
fato de que os produtos de corrosão formados possuem carga superficial positiva, logo 
 
se repelem. Este tipo de corrosão é observado comumente em ambientes com umidade 
relativa do ar igual ou superior a 85% e ambientes suscetíveis à penetração de 
oxigênio e água. 
 
Figura 7 - filamentos em torno de um risco em uma chapa de aço carbono pintada. 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.8. Esfoliação 
Processa-se em diferentes camadas e o produto de corrosão, formado entre a 
estrutura de grãos alongados, separa as camadas ocasionando o inchamento do 
material metálico. Ocorre em chapas ou componentes que sofreram achatamento 
mecânico, criando condições para a ação corrosiva. O material é desintegrado na 
forma de placas paralelas à superfície. 
 
Figura 8 - Corrosão por esfoliação em tubo de aço carbono 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
 
 
2.9. Grafitização 
Essa forma de corrosão é do tipo seletiva. Ocorre em ferro fundido cinzento 
em temperatura ambiente, usados para água, esgoto e drenagem. O ferro metálico 
(ânodo) é transformado em produtos de corrosão resultando o grafite (cátodo) intacto. 
A área corroída fica com um aspecto escuro, típico do grafite, que pode ser facilmente 
retirada com uma espátula. 
 
Figura 9 - processo de grafitização 
Fonte: GENTIL, 2007 
2.10. Dezincificação 
Ocorre principalmente em em ligas de latão (Cobre-Zinco), sendo intensificada 
em meio ácido. Assim como a corrosão grafítica, é um processo de corrosão seletiva, 
onde o Zn é oxidado preferencialmente, resultando em resíduos de cobre e outros 
produtos de corrosão. A cor da peça torna-se avermelhada, contrastando com a cor 
original da liga, amarelada. O zinco é lixiviado para fora da liga de cobre, deixando-a 
enfraquecida e porosa, suscetível a ataques. 
 
 
Figura 10 - processo de dezincificação 
Fonte:GENTIL, 2007 
 
2.11. Empolamento pelo hidrogênio 
Ocorre a invasão de hidrogênio atômico no material metálico e como tem 
pequeno volume atômico, é difundido rapidamente e, em regiões com 
descontinuidades, como inclusões e vazios, combina-se com outro átomo de 
hidrogênio produzindo hidrogênio molecular (H​2​), que por possuir maior volume, irá 
causar o empolamento do material, formando “bolhas”. Na figura 11 é poss´viel 
visualizar uma placa metálica com empolamento. 
 
Figura 11 - empolamento por hidrogênio 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
2.12. Corrosão em torno do cordão de solda 
Após a solda de algum material, tem-se a formação de corrosão em torno da 
solda e não propriamente sobre ela. Isto se deve ao fato do surgimento de regiões onde 
há elétrons que ficaram sob uma certa tensão devido à solda. Ocorre a poucos 
 
milímetros do local onde foi aplicada a solda e é mais comum em aços inox não 
estabilizados ou com teores de carbono inferiores a 0,03 %. O processo se dá de forma 
intergranular. 
 
Figura 12 - Corrosão em tubulação de aço inoxidável em torno de cordão de solda 
Fonte: GENTIL, 2007 
 
3. Estudo de caso 
O estudo de caso selecionado para o presente trabalho trata-se da corrosão de 
tubulação de água, parcialmente enterrada, sob asfalto de betume (GENTIL, 2007). As 
tubulações que conduzem a água após o seu tratamento chamam-se adutoras. Essa condição 
cria um tipo de corrosão chamada de ​aeração diferencial​. No caso do objeto de estudo, a 
corrosão caracteriza-se por localizar-se na parte externa da tubulação, como exemplifica a 
figura x, de forma longitudinal, com falhas no revestimento. 
 
Figura 13 - Corrosão de adutora por aeração diferencial 
Fonte: CESAN, 2011 
 
Esse tipo de corrosão apresenta como região catódica a área mais aerada, com maior 
concentração de oxigênio, e como região anódica tem-se a área mais abaixo do solo, com 
menor presença de O​2​. 
As reações que ocorrem são as mesmas que ocorrem no fenômeno da gota salina, por 
se tratar do mesmo mecanismo de corrosão. A figura x ilustra o mecanismo da gota salina e 
corrosão do ferro por aeração diferencial. 
 
Figura 14 - Corrosão do ferro por aeração diferencial e reações da gota salina 
Fonte: PANONNI, 2011 
 
Uma possível solução para o problema seria a cobertura total da tubulação, 
diminuindo seu contato com o meio aerado. Ou a aplicação de uma proteção sobre o 
revestimento da tubulação, podendo ser um metal de sacrifício ou um revestimento com feltro 
betumado ou plástico retrátil. 
 
4. Conclusão 
A corrosão não é um processo isolado ou independente. Os diversos tipos de corrosão 
estão interligados e dependem das variações das condições do meio ambiente em que 
ocorrem, considerando fatores bióticos e abióticos, como ação de microrganismos, 
temperatura, pH, composição da água, da atmosfera e do solo, dentre outros. Processos 
corrosivos localizados são mais agressivos em relação aos demais. A compreensão desses 
mecanismos facilita o entendimento e aplicação do conhecimento acerca dos processos 
corrosivos no dia a dia, bem como a prevenção e análise de situações problema. 
 
5. Referências Bibliográficas 
● GENTIL, Vicente. ​CORROSÃO​. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 360 p. v. único. 
● MERÇON, Fábio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; MAINIER, Fernando Benedito. 
Corrosão: Um exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na Escola, [S.l.], 
 
p. 1-4, abr. 2004. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a04.pdf>. 
Acesso em: 10 jun. 2018. 
● ENGENHEIRO DE MATERIAIS. Metais. ​As Formas de Corrosão​. 2017. 
Disponível em: 
<http://engenheirodemateriais.com.br/2017/04/26/as-formas-de-corrosao/>. Acesso 
em: 30 jun. 2018. 
● INSTITUTO DE MATERIAIS NÃO FERROSOS - ICZ. Corrosão. ​Corrosão: 
Conceito e Formas de Corrosão. 2017. Disponível em: 
<http://www.icz.org.br/corrosao.php>. Acesso em: 30 jun. 2018.

Continue navegando