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Direito Processual do Trabalho

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Direito Processual do Trabalho
Reclamação Trabalhista
Petição Inicial
A Justiça do Trabalho necessita de provocação da parte para a solução dos conflitos. Essa provocação se dá através da petição inicial. No Processo do Trabalho a petição inicial poderá ser oral ou escrita.
Quando for feita oralmente, a parte deverá comparecer à Vara em que foi distribuída, no prazo de 5 dias, para redução a termo, sob pena de perempção.
Se for feita por escrito, deverá observar os seguintes requisitos:
•    A reclamação deverá conter a designação do juízo;
•    A qualificação das partes;
•    A breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio;
•    O pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor;
•    A data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Defesa
As defesas constituem um direito garantido pela Constituição Federal, através dos princípios do contraditório e ampla defesa.
O art. 847 da CLT dispõe que se não houver acordo em audiência, o reclamado terá 20 minutos para apresentar oralmente sua defesa, porém na prática a defesa é apresentada por escrito.
No momento da apresentação da defesa serão arguidas as nulidades relativas, como as exceções de incompetência relativa e suspeição.
O NCPC será aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho. Na Justiça do Trabalho é admitida a apresentação de uma única contestação, que conterá todas as espécies de defesa.
Litisconsórcio
É possível, no entanto, que haja pluralidade de pessoas no polo ativo ou no polo passivo da relação processual, ou em ambos. Dá-se, em tais situações, o fenômeno do litisconsórcio, que é a cumulação de lides que se ligam no plano subjetivo.
Se forem várias as reclamações e havendo identidade de matéria, podem ser acumuladas em um só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento. Exige-se que a causa de pedir e o pedido sejam os mesmos quanto aos litisconsortes ativos, bem como que os autores sejam empregados do mesmo empregador.
Assistência
O assistente atua na lide como auxiliar da parte assistida, que é a parte principal do processo, podendo, nos casos de revelia, ser considerado o gestor de negócios do assistido. Ademais, o ingresso do assistente não altera o processo, pois ele se limita a aderir à pretensão da parte principal.
Importante ressaltar que a disputa de interesses não abrange o assistente, pois o mérito tem o mesmo contorno com a assistência ou sem ela. Desta feita, a assistência não impede que o assistido reconheça a procedência da ação, desista da ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Intervenção de Terceiros
É possível que terceiro integre relação jurídica de processo que tramita na Justiça do Trabalho, desde que o processo corra sob o rito ordinário e o terceiro esteja enquadrado em uma das figuras jurídicas previstas no CPC, a saber: assistência, nomeação à autoria, oposição, denunciação da lide ou chamamento ao processo.
Recursos
Os recursos são a maneira pela qual as partes podem demonstrar a sua insatisfação e discordância em relação a uma decisão da autoridade judicial.
A intenção é levar a causa a uma nova apreciação – em geral, por um órgão diferente e de nível hierárquico superior ao anterior. Um pedido de recurso pode ter como finalidade anular a decisão ou apenas reformá-la.
Nos processos do Direito do Trabalho, não existe uma unanimidade sobre os princípios aplicados. Costumam seguir os mesmos já utilizados em outras áreas, de maneira geral.
Alguns princípios aplicados:
- Princípio do devido processo legal: bastante simples, define que todo e qualquer processo deve ocorrer em acordo com todos os ditames legais, já estabelecidos previamente
Princípio da isonomia: aborda a igualdade que deve existir entre as partes. Nesse sentido, aplica-se a famosa frase de Aristóteles, que tem como princípio que se trate igualmente os iguais e desigualmente aqueles que são desiguais, sempre de acordo com a medida de sua desigualdade
- Princípio da oralidade: há pouco, falamos sobre a oralidade como uma das características fundamentais do processo do trabalho. Não por acaso, ela aparece também como um dos princípios da área. Essa é uma forma de acelerar a resolução dos conflitos estabelecidos. Assim, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) define que a petição inicial de um processo do trabalho pode ser apresentada verbalmente
- Princípio da informalidade: diferente do que acontece no processo civil, o engessamento aqui é menor. Prezar pela simplicidade é, portanto, um princípio da área. Isso, é claro, não elimina a necessidade de que as peças processuais sigam uma lógica e possam ser compreendidas pelos envolvidos
- Princípio do Jus postulandi: representa a possibilidade de que tanto o empregador quanto o empregado possam atuar no processo que estão movendo (ou do qual estão se defendendo) sem a figura de um advogado de representação.
Embargos
Embargo é o nome dado a qualquer autorização legal para suspender um ato em defesa de um direito. Em outras palavras, o termo pode ser definido como um conjunto de medidas que visam ir contra uma ação de terceiros e que prejudique os interesses do requerente.
DECLARAÇÃO: Esse tipo de recurso serve para que uma das partes envolvidas possa tirar dúvidas em determinadas circunstâncias.
Esses esclarecimentos só valem para três casos específicos:
· Contradição ou obscuridade
· Omissão
· Erro material.
A obscuridade, por exemplo, ocorre quando uma das partes não consegue entender exatamente qual foi à sentença proferida. Normalmente, esse problema se dá pela falta de clareza no texto ou algum tipo de contradição.
Já a parte da omissão se refere quando algum dado fundamental do processo não consta nos autos.
E, por fim, o erro material é aquela informação imprecisa. Um cálculo mal feito ou uma estatística equivocada.
Outro ponto importante para se prestar atenção diz respeito aos prazos. Os embargos de declaração têm até cinco dias para serem julgados, ao contrário da maioria dos recursos trabalhistas, cujo prazo é de 15 dias.
Recurso Ordinário
O recurso ordinário segue a ordem natural do processo jurídico.
Como exemplo, uma parte que deseja recorrer de uma decisão de primeiro grau vai pleitear seus direitos em um tribunal de segunda instância.
Vale ressaltar que o recurso ordinário pode ser interposto, quando a competência originária é de outra ordem. Como, por exemplo, um processo civil no Tribunal Regional do Trabalho. É o caso dos dissídios coletivos.
No recurso ordinário, há três pontos fundamentais que devem ser levados em conta: cabimento, prazo e preparo. O cabimento se refere às decisões definitivas do juiz.
O prazo é de 8 dias para interposição. Já os preparos são as custas (2% do valor da condenação) e o depósito recursal, o qual já explicamos.
Agravo de Petição
É um recurso normalmente utilizado para denunciar uma ofensa sofrida durante o processo. Seu papel é causar um efeito suspensivo, adiando a decisão. O prazo para o agravo de petição ser proferido é de 8 dias contados a partir do ocorrido. Da mesma forma, o acusado tem igual período para recorrer do recurso.
Recurso de Revista
O recurso de revista tem natureza extraordinária. Ou seja, não são os fatos e as provas que são discutidas, mas sim as possíveis violações às normas jurídicas.
Esse tipo de recurso cabe, única e exclusivamente, para corrigir uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de caráter ordinário e de dissídios individuais ou para uniformizar a jurisprudência.
O prazo é de 8 dias – exceto a Fazenda Pública e o Ministério Público do Trabalho, que têm o dobro do tempo.
Recurso extraordinário
É um tipo de recurso no qual aspectos relacionados à Constituição são levados em conta e analisados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – por isso, a sua natureza extraordinária.
Uma lei pode ser interpretada de diferentes formas. A Constituição do Brasil abre brechas para isso, e não há nada de errado. Muito pelo contrário.
Afinal, um texto não costuma ser frio e estático, mas sim passível de inúmeras interpretações. E éjustamente isso que esse tipo de recurso existe no processo do trabalho.
É claro que, para chegar a esse ponto, o processo precisa ter passado por todas as instâncias inferiores. Só assim o STF pode receber o recurso.
Neste caso, o prazo não é de 8 dias, conforme prevê a esfera trabalhista, mas sim de 15 dias – tanto para o seu julgamento quanto para eventuais objeções.
Agravo
É um tipo de recurso que avalia o ato do juiz, seja o mérito em si ou outras questões processuais. Ele pode partir tanto em resposta às partes envolvidas quanto em ofício pelo próprio julgador.
Se for uma resposta às partes, um exemplo pode ser a rejeição ou não do benefício de gratuidade de Justiça.
Já no caso de ser um ofício do próprio juiz, o exemplo pode ser a prescrição de determinado pedido de um dos lados envolvidos. O prazo de contestação do agravo é de 10 dias, e o insatisfeito deve contar esse tempo a partir da intimação da decisão.
Agravo de Instrumento
É quando uma das partes decide reformar a decisão do juiz. Esse recurso deve ser entregue diretamente ao tribunal envolvido e seguir requisitos como:
· Os motivos do requerimento de reforma da decisão
· A exibição do fato e do direito
· Dados completos dos advogados envolvidos no processo.
Outras informações também podem ser incluídas nos autos, mas essas acima citadas são obrigatórias. O prazo para todos os tipos de agravo é o mesmo: 10 dias – exceto o agravo retido, que deve ser interposto oralmente no momento do ato.
Prazos Processuais
- Notificação pessoal: o prazo se inicia no dia em que foi realizada;
- Notificação por edital: o prazo se inicia na data de publicação no diário oficial ou na data em que for fixado na sede da Junta, Juízo ou Tribunal;
- Notificação postal: o prazo se inicia 48 horas após a postagem, conforme Súmula 16 do TST:
“Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.”
Os prazos serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
Prorrogação
Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses:
I - quando o juízo entender necessário;
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
Suspensão
Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.
- Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo.
- Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
Execução contra a Fazenda Pública
Fazenda Pública
A expressão “Fazenda Pública” abrange União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações públicas.
Dessa forma a execução contra a fazenda pública, é aquela manejada perante ente público com natureza de direito público. Neste conceito encontram-se, conforme citado, todos os entes federados, bem como suas autarquias e fundações públicas, já que também possuem natureza de direito público.
Procedimento
Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 dias.
O credor ingressará com a petição inicial, seguindo os requisitos aplicáveis à execução em geral. Estando em termos, o juiz mandará citar a Fazenda Pública para opor embargos à execução.
Diferentemente da execução por quantia certa, a fazenda pública não será intimada a pagar mas sim a apresentar sua defesa típica.
Esse regramento diferenciado é justificável, pois os bens que eventualmente poderiam fazer frente ao pagamento do crédito, por serem públicos, são impenhoráveis.
Essa proteção dada a estrutura do Estado visa proteger a continuidade de suas atividades que, via de regra, são essenciais a toda a comunidade.
Destarte, a execução contra a Fazenda Pública não tem a finalidade de efetivar uma execução forçada frente ao Estado, mas sim de solicitar ao Judiciário que requisite o pagamento da obrigação à Fazenda, respeitada a ordem cronológica dos precatórios.
Defesa da Fazenda Pública
A Fazenda Pública se defende através de embargos à execução que segue a sistemática geral prevista no CPC. Como os embargos possuem natureza de ação de conhecimento, a possibilidade de defesa é ampla, podendo alegar quaisquer das matérias previstas no art. 917 do CPC: inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; penhora incorreta ou avaliação errônea; excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa; incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
Destaca-se ainda que a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento.
Finalização do Procedimento
Opostos os embargos, eles serão julgados por sentença. Da sentença que rejeita ou acolhe os embargos caberá apelação.
Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, será expedido precatório ou requisição de pequeno valor (a depender do valor do crédito) em favor do exequente.
Precatórios
O precatório judicial consiste em uma requisição de pagamento feita pelo Presidente do Tribunal responsável pela decisão exequenda contra a Fazenda Pública federal, estadual, distrital ou municipal.
Após a finalização do processo de execução contra a Fazenda Pública, conforme citado anteriormente, não haverá penhora, leilão ou qualquer forma de expropriação do bem público, já que esse goza de regime especial. Neste caso, o juiz singular determinará a expedição do precatório ao Presidente do Tribunal respectivo.
O ente público deverá efetuar os pagamentos na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, como forma de garantir a isonomia entre os credores. Há exceção apenas para os créditos de natureza alimentar, que terão preferência sobre os demais.
Quando se tratar de crédito de natureza alimentar cujo titular tenha mais de 60 anos de idade ou seja portador de doença grave, haverá uma preferência a esse frente aos demais da mesma categoria alimentar.
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