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Fisiologia Humana 3

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Fisiologia Humana
(parte 3)
Prof.: Karla Pêpe
Função
Tipos glandulares
Glândulas endócrinas
Hormônios
Qual a função do sistema endócrino?
O sistema endócrino é composto por um conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios. Que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. 
O hipotálamo fica localizado base do encéfalo e é responsável pela integração entre esses dois sistemas – endócrino e nervoso.
Tipos glandulares
Glândulas exócrinas: mantêm a sua conexão com o epitélio do qual se originaram, possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. Ex: glândulas sudoríparas, salivares e intestinais.
Glândulas endócrinas: não possuem ductos, a sua conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento e sua secreção é liberada diretamente na corrente sanguínea e transportada para o seu local de ação, o seu “tecido alvo”. A secreção das glândulas endócrinas contém hormônios.
Glândulas endócrinas
Hipófise - a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais.
Hipotálamo – age no circuito de recompensa, controla a hipófise
Tireoide (pituitária) - controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
Paratireoides - são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, regula a quantidade de cálcio e fosfóro no sangue.
Timo - situado entre os pulmões. Produz um hormônio, timosina, que atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções, estimula a maturação dos linfócitos T.
Suprarrenais – produz um hormônio que prepara o corpo para a luta e fuga
Glândulas sexuais – testículos e ovários
Pineal – auxilia no controle do sono
Pâncreas – produz insulina e glucagon, auxiliam no controle de glicose sanguíneo.
	Glândula 		Hormônio 	Órgão-alvo	Ação
	 Hipófise (Pituitária) 	Adeno-hipófise (anterior)	Adrenocorticotropina (ACTH)
TSH
FSH
LH
Prolactina	Glândulas suprarrenais
Tireoide
Ovários
Ovários
Glândulas mamárias	Estimula a liberação de cortisol e também hormônios glicocorticoides (insulina e glucagon)
Estimula a produção de T3 e T4
Estimula o crescimento folicular e maturação das céls germinativas (homem e mulher)
Desencadeia a ovulação e a formação do corpo lúteo
Produção de leite
		Neuro-hipófise (posterior)	ADH (antidiurético)
Ocitocina 	Rins
Musculatura do útero
	Aumenta a reabsorção de água
Estimula concentração uterina e estimula a liberação do leite materno
	Hipotálamo		Hormônio liberador:
De Tireoitrofina (TRH)
De Gonadotrofina (GnRH)
Do Crescimento (GNRH)	Hipófise 
Hipófise
Adeno-hipófise	Estimula a hipófise a sintetizar e liberar a TSH, T3 e T4
Estimula a hipófise a liberar FSH e LH
Estimula secreção do GH (hormônio do crescimento)
	Glândula 	Hormônio 	Órgão-alvo	Ação
	Tireóide 	T3 e T4
Calcitonina
	Tem diversos alvos
Sangue -> Ossos	Controlam o metabolismo, o desenvolvimento, o crescimento e a atividade do SN
Diminui os níveis de Cálcio e Fósforo na corrente sanguínea, criando depósito nos ossos 
	Paratireóide 	Paratormônio (PTH)	Ossos e rins	Aumenta os níveis de Ca e P na corrente sanguínea, estimula a retirada dos íons dos ossos
	Suprarrenais 	Medula da suprarrenal
Adrenalina
Noradrenalina
Córtex da suprarrenal
Cortisol
Aldosterona	1 e 2. Sistema cardiovascular
3. Tem diversos alvos
4. Rins
	Atua em situações de emergência, aumentando a glicose sanguínea
Mantém a pressão sanguínea, associada tb a raciocínio e emoções
Responde a situações de estresse, age como anti-inflamatório
Regula balanço eletrolítico
	Glândula 	Hormônio 	Órgão-alvo	Ação
	Testículos 	Testosterona	Sistema reprodutor	Estimula aparecimento de caracteres sexuais masculinos (testículos, pênis) e caracteres secundários (pelos, engrossamento da voz) 
	Ovários	Estrogênio
Progesterona	Sistema reprodutor	Estimula aparecimento das caracteres secundários femininos (mama, quadril) e atua no ciclo menstrual
Espessamento do endométrio, inibe contrações uterinas
	Pineal	Melatonina	Atua em diversos alvos	Ciclo do sono
	Pâncreas	Insulina
Glucagon	Figado	Estimula o depósito de glicose no fígado
Estimula a liberação de glicose na corrente sanguínea
Eixo hipotalâmico-hipofisário
Adeno (anterior)
Neuro (posterior)
Tireóide
Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4): Dois hormônios relacionados e que apresentam iodo em sua composição. A maior parte do iodo é obtida da alimentação. Eles aceleram o metabolismo celular e consequentemente, aumentam o consumo de oxigênio e a produção de calor.
Calcitonina: Diminui os níveis sanguíneos de cálcio e fosfato, o que provavelmente acelera a absorção de cálcio pelos ossos.
Paratireóide 
O PTH provoca (juntamente com a vitamina D e a calcitonina) a mobilização de cálcio e de fosfato no sistema esquelético e aumenta a absorção de cálcio no intestino, assim como a eliminação de fosfatos através dos rins. 
O nível de cálcio no sangue é garantida pela ação conjunta da PTH e da calcitonina.
 A secreção de PTH é inibida pela elevadas concentrações de cálcio e estimulada pelas baixas concentrações.
Suprarrenais
Aldosterona: Atua no equilíbrio dos líquidos, especialmente de sódio e potássio no plasma sanguíneo.
Cortisol: Conhecido como o "hormônio do estresse", é responsável por controlar o estresse e atua na manutenção dos níveis de açúcar no sangue e da pressão arterial.
Situações de stress
Luta e fuga
Neurotransmissor: Pré-ganglionar – noraepinefrina
Pós-ganglionar - acetilcolina
Situações de relaxamento 
Conservação de energia
Neurotransmissor: acetilcolina
Adrenalina (epinefrina): Atua como um mecanismo de defesa do organismo, preparando-o para uma situação de emergência, especialmente em situações de estresse.
Noradrenalina (noraepinefrina): Contribui na preparação do corpo para uma determinada ação em momentos de sustos, surpresas ou fortes emoções.
Suprarrenais
Testículos
A testosterona é responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc.
Ovários – ciclo ovariano
N de dias totais entre um ciclo e o outro – 14 = possível dia da ovulação
Ciclo a cada 31 dias – 14 = 17 dias até a próxima ovulação. Margem de erro de -/+ 3 dias. 
Ovários – ciclo ovariano
Quais hormônios envolvidos e glândulas?
A ilustração acima representa o processo de retroalimentação hormonal, relacionado ao ciclo menstrual da mulher.
Sobre o processo ilustrado, três afirmações foram realizadas.
I. Os hormônios X, Y, Z e W são, respectivamente, LH, FSH, progesterona e prolactina.
II. A elevação do hormônio Y, por volta da metade do ciclo menstrual, provoca a ovulação, com a liberação do ovócito na tuba uterina.
III. A elevação do hormônio X, no final do ciclo menstrual, causa a descamação do endométrio.
Sobre as afirmações, podemos dizer que apenas
a) I está correta.
b) II está correta.
c) III está correta.
d) II e III estão corretas.
e) I e III estão corretas.
b) II está correta.
Pineal
A produção de melatonina é relacionada com a quantidade luz recebida na retina, juntamente com ação da glândula pineal. 
Com os olhos fechados, ou na ausência de claridade, e em um ambiente escuro e calmo, a produção de melatonina aumenta.
Já a luminosidade inibe a produção do hormônio.
A melatonina sintetizada na pele, atua apenas localmente como antioxidante
Pâncreas
A insulina facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar.
Principais doenças
Hipotireoidismo e hipertiroidismo- hipoatividade ou hiperatividade da tireoide
 Diabetes mellitus – elevado níveis de açúcar no sangue, não produção suficiente de insulina pelos pâncreas
 Acromegalia ou gigantismo – hiperprodução do hormônio de crescimento 
1. ENEM (2009.2) Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade e em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que consiste na extração do hormônio a partir do pâncreas de animais abatidos. 
(Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br - adaptado) 
A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência,
A) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno.
B) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos.
C) o progresso na técnica da síntese química de hormônios. 
D) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos. 
E) a criação de animais transgênicos
Exercícios
2 (2009.3) Começam a ser descritas as primeiras modificações duradouras na estrutura molecular dos genes, causadas por influências sociais e estímulos do ambiente. Algumas delas estão relacionadas ao eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, eixo fisiológico hormonal responsável pelo controle do estresse, que está preservado em toda escala evolutiva nos vertebrados.
Durante o estresse, quando esse eixo é ativado, a glândula adrenal libera glicocorticóides, que são hormônios responsáveis pelos efeitos do estresse no organismo. Há diversas comprovações científicas de ratas que lambem, estimulam e amamentam a ninhada durante o período neonatal e, com esse comportamento, propiciam que os filhotes, na fase adulta, respondam com menos sinais de ansiedade a situações de estresse, e que repitam, com suas crias, cuidados semelhantes aos recebidos na fase neonatal. Isso é possível graças a comportamentos maternais que induzem alterações moleculares em genes que são responsáveis pela expressão de receptores cerebrais para glicocorticóides dos filhotes, podendo diminuir a sensibilidade ou o número desses receptores. 
(Genética e Comportamento Social. Folha de São Paulo, São Paulo, 3 jan. 2009) 
De acordo com essas informações, é correto concluir que filhotes expostos à atenção maternal na fase neonatal apresentam: 
menor ansiedade, pois aprenderam com as mães, durante o período neonatal, a enfrentar situações de estresse. 
maior sensibilidade da adrenal em situações de estresse, o que acarreta maior liberação de glicocorticóides. 
menor número de receptores cerebrais para glicocorticóides na fase adulta, o que permite uma resposta com menos sinais de ansiedade a uma situação de estresse. 
receptores de glicocorticóides mais eficientes ao interagirem com os hormônios do estresse, promovendo uma resposta mais pronunciada frente ao estímulo estressor. 
maior resposta do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal em situações de estresse, liberando maior quantidade de glicocorticóides, o que faz aumentar a ansiedade. 
3 (2014.3)
Em media, a cada 28 dias ocorrem mudanças
no corpo da mulher devido ao seu ciclo reprodutivo. Em cada ciclo, observam-se modificações
morfológicas nas glândulas mamárias, ovários e
Otero, em função da liberação de inúmeros
hormônios. No inicio do ciclo observa-se que o
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH)
estimula também a liberação de um outro hormônio (X), que proporciona o crescimento e diferenciação de um ovócito primário, a proliferação das células foliculares, a formação da zona pelúcida e o desenvolvimento de uma capsula de tecido conjuntivo (denominada teca folicular). 
O hormônio X ao qual o texto se refere o(a): 
A) estrogênio. 
B) progesterona. 
C) luteinizante (LH). 
D) folículo estimulante (FSH). 
E) gonadotrófico coriônico humano (HCG)
4 (2018.1) Anabolismo e catabolismo são processos celulares antagônicos, que são controlados principalmente pela ação hormonal. Por exemplo, no fígado a insulina atua como um hormônio com ação anabólica, enquanto o glucagon tem ação catabólica e ambos são secretados em resposta ao nível de glicose sanguínea.
Em caso de um indivíduo com hipoglicemia, o hormônio citado que atua no catabolismo induzirá o organismo a: 
realizar a fermentação lática. 
metabolizar aerobicamente a glicose. 
produzir aminoácidos a partir de ácidos graxos. 
transformar ácidos graxos em glicogênio. 
estimular a utilização do glicogênio.
GABARITO
1 – B
2 – C
3 – D
4 - E

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