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08/10/2020
Da Ação Penal
(Artigos 24 a 62 do 
CPP)
• Conceito: é o direito público subjetivo do
Estado-Administração, titular do poder-
dever de punir, ou do ofendido de pleitear
ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal
objetivo, com a consequente satisfação
da pretensão punitiva.
• Fundamento: artigo 5º, XXXV, da CF, que
diz: "A lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito".
Características 
I
• Direito público: exercido contra um
ente público Poder judiciário.
• Subjetivo: somente o titular pode
exigir do Estado-Juiz a prestação
jurisdicional. MP – A.P. Pública.
Ofendido – A.P. Privada
• Instrumental: meio de alcançar o
direito material.
1
2
08/10/2020
Características
II
• Autônomo: não depende da
existência efetiva do direito material
• Específico: apresenta um conteúdo -
pretensão que se deduz em juízo.
• Abstrato: independe do resultado
final do processo
Condições da ação
Genéricas 
• Possibilidade jurídica do pedido
• Legitimatio ad causam
• Interesse para agir
• Justa Causa
Específicas – Condições de 
Procedibilidade
• Representação do ofendido
• Requisição do Ministro da Justiça
• Laudo provisório de drogas (Lei 
11.343/06
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08/10/2020
Pressupostos Processuais
Requisitos de admissibilidade para o conhecimento de 
um conflito pelo Poder Judiciário
Existência
• Subjetivos: um órgão jurisdicional e
da capacidade de ser parte (aptidão
de ser sujeito processual).
• Objetivo: é a própria demanda (ato
que instaura um processo, ato de
provocação).
Validade 
• Subjetivos: dizem respeito ao juiz
(competência e imparcialidade) e às
partes (capacidade processual e
postulatória).
• Objetivos: pressupostos necessários
para o correto desenvolvimento do
processo, como, por ex., ausência de
coisa julgada, litispendência, etc.
Classificação das 
Ações –
Titularidade – Art. 
100 e 24 do CPP
• Quanto a titularidade tem-se que as ações
penais são promovidas, em regra geral,
pelo Ministério Público, ou, então, pelo
ofendido, seus representantes, ou seus
sucessores (CADI).
• Pretensão Punitiva pertence ao Estado,
logo é um órgão estatal quem busca, em
juízo, a satisfação desta pretensão. No
caso o Ministério Público.
• Ofendido – titularidade inicial ou,
subsidiária (artigo 5º, LIX, da CF e art. 29
do CPP). Legitimação extraordinária ou
substituição processual.
5
6
08/10/2020
Classificação das Ações –
Quanto a titularidade
Ação 
Penal 
Pública 
Ministério 
Público Denúncia
Ação Penal 
Privada Ofendido Queixa
Classificação
à requisição do MJ à representação
condicionada incondicionada
pública
exclusiva subsidiária da púb. personalíssima
privada
ação penal
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08/10/2020
Ação penal 
pública (noções 
gerais e 
conceito)
• Conceito: é a proposta pelo MP, através
da denúncia. A ação penal pode ser
promovida com base no inquérito policial
(regra geral) ou com base em outros
documentos escritos, fornecidos por
qualquer pessoa (ver artigo 27 do CPP).
• Prazo: o MP tem prazo para propor ação
penal, caso inerte, a legitimidade passa
também ao ofendido - artigo 5º, LIX, da
CF e artigo 100, § 3º, do Código Penal, e
artigo 29, do CPP (ação penal privada
subsidiária da pública). Regra geral – 05
dias - réu preso / 15 dias réu solto –
Art.46
Ação Penal 
Pública 
Incondicionada 
e Condicionada
• Incondicionada: quando o seu exercício não se
subordina a qualquer requisito. Pode ser
iniciada sem a manifestação de vontade de
qualquer pessoa.
• Condicionada: exercida também pelo MP, mas
só mediante representação (autorização) do
ofendido ou requisição (requerimento lastreado
em lei) do Ministro da Justiça (art. 100, § 1º, CP).
Nesse tipo de ação, as expressões “somente se 
procede mediante representação”, “somente se 
procede mediante requisição do Ministro da 
Justiça” são previstas na lei. São condições de
procedibilidade para o exercício da ação.
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08/10/2020
Ação penal pública (noções gerais e 
conceito)
Pública Incondicionada
• Espécies
Representação da vítima
Pública condicionada
Requisição do Ministro da Justiça
Representação 
do Ofendido
Conceito: é a autorização do ofendido para
que a ação penal possa ser iniciada pelo
MP, através de denúncia. Inexistindo
representação, falta condição específica
para a ação penal. Condição de
procedibilidade – natureza jurídica.
Características: não exige formalidades,
deve apenas expressar, de maneira
inequívoca, a vontade da vítima de ver seu
ofensor processado. Pode ser dirigida ao
Ministério Público ou a Autoridade
Policial (art. 39 do CPP) e ser escrita
(regra) ou oral, a ser reduzida a termo.
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08/10/2020
Representação 
do Ofendido
Ofendido com 18 anos ou capaz – somente 
ele.
Ofendido menor ou incapaz – seus
representantes
Titular Procurador
Morte ou ausência – CADI – art. 24, § 1º
Pessoa jurídicas – indicados no estatuto
social – art. 37
Representação 
do Ofendido
Prazo: artigo 38 do CPP - 06 meses a contar do
dia em que a vítima ou seu representante legal
veio a tomar ciência de quem é o autor do crime.
Destinatários: Juiz? MP e Autoridade Policial.
Retratação: segundo o art. 25 do CPP, pode o
ofendido retratar-se até o oferecimento da
denúncia. Pode haver a retratação da
retratação?? Discussão doutrinária.
Lei Maria da Penha: retratação somente perante
o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o Ministério Público (art.16 Lei
11.340/06)
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08/10/2020
Requisição do 
Ministro da 
Justiça
• Conceito: ato político e discricionário pelo qual o
Ministro da Justiça autoriza o Ministério Público a
propor a ação penal pública nas hipóteses legais. Não
tem prazo para o seu oferecimento – prescrição.
• Natureza jurídica: condição de procedibilidade.
Eficácia objetiva – ofertada em relação a um, vale
contra todos.
• Destinatário: somente o MP, na pessoa do
Procurador Geral.
• Incidência: arts 7.º, § 3.º, “b”, e 141, I, c.c. o
parágrafo único do art. 145, do CP, e art. 26 da Lei de
Segurança Nacional).
• Retratação da Requisição: não se admite retratação.
Princípios da 
ação penal 
pública
• Oficialidade: o autor da ação é órgão oficial - MP.
• Obrigatoriedade/legalidade – releitura - discricionariedade
regrada
• Indisponibilidade: está prevista no artigo 42 do CPP.
• Autoritariedade: são autoridades públicas os órgãos
encarregados da ação penal.
• Oficiosidade: os órgãos encarregados agem de ofício.
• Intranscendência/pessoalidade: a ação penal somente
pode ser proposta contra o autor da infração penal.
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08/10/2020
Ação 
Penal 
Privada
• Conceito: proposta pelo ofendido ou seu
representante. Substituição processual ou legitimação
extraordinária. O autor se chama querelante e o réu
querelado. A lei especifica - “somente se procede
mediante queixa”.
Ofendido capaz: ele próprio
Ofendido incapaz ou < de 18
anos: representante
Titularidade
Morte ou ausência do ofendido –
art.31. CADI
Pessoas Jurídicas – Art. 37.
Representantes nos estatutos ou
diretores e sócios gerentes.
Ação Penal 
Privada
Ação Penal exclusivamente privada
Espécies Ação penal privada personalíssima
(Art. 236 do CP)
Ação penal privada subsidiária
(Art.29 do CPP)
Prazo: 06 meses a partir do conhecimento da
autoria. Prazo decadencial
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08/10/2020
Princípios da 
ação penal 
privada
• Conveniência ou oportunidade: o ofendido
tem a faculdade e não o dever de propor a
ação penal.
• Disponibilidade: ofendido pode desistir ou
abandonar a ação penal privada.
• Indivisibilidade: o ofendido não é obrigado
a entrar com queixa, mas, se o fizer deve
interpor contra todos (art. 48 do CPP).
• Intranscendência: a ação penal somente
pode ser proposta contra o autor da
infração penal, não podendo abranger os
responsáveis civis.
Causas 
Extintivas da 
Punibilidade 
na Ação Penal 
Privada
• Decadência: perda do direito de ação pelo
decurso do prazo temporal. Art. 38.
• Renúncia: ato unilateral do ofendido que dispõe
sobre o exercício do direito de ação. Pode ser
expressa(art.50) ou tácita (art.57) e feita um dos
autores, estende a todos (art.49). Ocorre antes
do processo.
• Perdão: ato bilateral e ocorre quando a ação já
está proposta. Depende da aceitação por parte
do querelado, que se for incapaz e não tiver
representante, será feito por curador. Feita a um,
estende a todos, com exceção daquele que não o
aceitar (art.51). Pode ser processual ou
extraprocessual e expresso (art.58) ou tácito
(art.57). A aceitação pode ser também expressa
ou tácita (art. 58).
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08/10/2020
Causas Extintivas 
da Punibilidade 
na Ação Penal 
Privada
• Perempção: a pena imposta ao querelante
negligente.
• Art.60 do CPP prevê as seguintes hipóteses:
I - iniciada a ação, o querelante deixar de
promover o andamento do processo durante 30
dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo
sua incapacidade, não comparecer em juízo, para
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem
couber fazê-lo;
III - quando o querelante deixar de comparecer,
sem motivo justificado, a qualquer ato do processo
a que deva estar presente;
IV – quando o querelante deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
V - quando, sendo o querelante pessoa jurídica,
esta se extinguir sem deixar sucessor.
JURISDIÇÃO
– JURIS
DICTIO
DIZER O
DIREITO
• Conceito: poder-dever do Estado Juiz de resolver,
mediante o processo, um conflito penal, surgido
entre o direito de punir do Estado e o direito de
liberdade do indivíduo.
Existência de uma lide
Inércia
• Características Função/Atuação do Direito
Definitividade/Imutabilidade
Substitutividade
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08/10/2020
JURISDIÇÃO
PRINCÍPIOS
Investidura: exercida por Juiz, investido do
Poder de julgar.
Inércia: seu exercício depende de
provocação através da ação.
Indelegabilidade: o juiz não pode delegar
tal função.
Inevitabilidade: após provocação, ela é
exercida independente da vontade das
partes, que devem a ela se sujeitar.
JURISDIÇÃO
PRINCÍPIOS
Inafastabilidade: a lei não pode excluir, da
apreciação do Poder Judiciário, lesão ou
ameaça de lesão a direito.
Juiz natural: veda-se o seu exercício por
juízes ou Tribunais de exceção e por juízes
parciais, suspeitos ou incompatíveis.
Correlação: deve haver correspondência
entre a sentença e o pedido feito na inicial
(o juiz está adstrito àquilo que lhe foi
pedido).
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08/10/2020
Competência
Poder do juiz de exercer sua jurisdição sobre certas matérias, 
certas pessoas e em certo lugar. Medida da Jurisdição
Competência Material
• Ratione materiae (em razão da 
matéria – art. 69, III)
• Ratione personae (em razão da 
pessoa – art. 69, VII)
• Ratione loci (em razão do lugar – art. 
69, I e II)
Competência Funcional
• Fases do processo 
(Ex: Juiz da ação e Juiz da execução)
• Objeto do processo
(Ex: Juiz e jurados)
• Grau de Jurisdição
(Ex: Juiz e Tribunais) 
Prorrogação
É a possibilidade de substituição da competência de um juízo 
por outro. Ocorre nos casos de competência relativa.
Necessária
• Conexão
• Continência
(Arts. 76 e 77)
Voluntária
• Ocorre nos casos de competência 
territorial, quando não alegada em 
momento oportuno 
• (art. 108 do CPP)
• Ação Penal Exclusivamente Privada 
querelante pode optar pelo foro do local 
da infração ou do domicílio do réu 
(Art. 73 do CPP)
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08/10/2020
Distribuição da Competência
Justiça Especial (Militar e Eleitoral)
STF
Eleitoral TSE Crimes eleitorais e conexos
TRE
Juiz Eleitoral 
Justiça Especial 
Federal – STM e juízes federais
Militar Crimes militares
Estadual – TJM e Juízes de Direito e 
Conselhos de Justiça 
Distribuição de Competência
Justiça Comum (Federal e Estadual - Júri)
TRF 
Federal Arts. 108 e 109 da CF. 
Juízes Federais 
Justiça TJs
Comum Estadual Competência residual 
Juízes Estaduais
Júri Crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados 
(art. 74 §1º) e conexos. 
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08/10/2020
Competência –
Fixação da 
Justiça e Juízo –
Art.69 
06 critérios para a fixação:
I. lugar da infração;
II. domicílio ou residência do réu;
III. natureza da infração;
IV. distribuição;
V. conexão ou continência – não são 
critérios de fixação e sim 
modificação/prorrogação
VI. prevenção;
VII. prerrogativa de função.
Lugar da 
Infração –
Competência 
Ratione Loci
03 Teorias – Resultado, da Atividade e da Ubiquidade
Regra Geral (art. 69, I, lugar da infração): competência
determinada pelo lugar da consumação (Teoria do Resultado),
sendo irrelevante a prisão ter ocorrido em outro local (art. 70,
primeira parte).
Exceções – crimes tentados (art. 70, in fine), crimes dolosos contra
a vida e outros preterdolosos com resultado em locais distintos e
crimes de menor potencial ofensivo (art. 63 da Lei 9.099/95) -
Teoria da Atividade - lugar onde foi praticada a infração
Crimes a distância (Art. 70, §§ 1º e 2º): aqueles em que as
condutas e a consumação ocorrem em territórios diferentes –
Teoria da Ubiquidade.
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08/10/2020
Lugar da 
Infração –
Competência 
Ratione Loci
Local incerto ou limite entre duas ou mais
jurisdições, sem especificação (art. 70, § 3º)-
Prevenção.
Crimes permanentes ou continuados –
Prevenção (art.71).
Exceções
Domicílio ou residência do réu: quando
desconhecido o lugar da infração, a competência
recairá sobre o local do domicílio ou da
residência do réu (art. 72). Foro subsidiário
Mais de uma residência ou domicílio: aplica-se a
prevenção (art. 72, §1º).
Foro de eleição: Na ação privada exclusiva, o
querelante poderá escolher (critério optativo)
entre o lugar da infração e o domicílio ou
residência do réu (art. 73).
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08/10/2020
Competência 
pela natureza 
da infração
• Critério utilizado para a fixação da Justiça
competente (justiças militar, eleitoral,
federal e, subsidiariamente, estadual)
• Serve também para, após fixação do foro,
definir qual o Juiz competente.
• É a lei de organização judiciária, estadual
ou federal, que irá determinar a
competência do juiz, fixando critérios
variados para a sua determinação.
• Crimes dolosos contra a vida – Tribunal do
Júri.
Competência 
por 
distribuição
• No caso de existência de vários juízes na
comarca, deve-se verificar se todos
possuem competência plena ou não para
conhecimento das infrações penais. Caso
esteja presente a competência plena em
todos os juízes, se procede a fixação do
juiz competente pela distribuição (art.
75).
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08/10/2020
Conexão ou 
continência 
Arts. 76 a 
82 do CPP
• São critérios modificadores de competência.
• Conexão: é o vínculo entre 02 ou mais
infrações penais, que, em regra, enseja a união
entre os feitos para facilitar a produção da
prova e evitar decisões contraditórias.
• Continência ocorre quando um fato criminoso
engloba outro fato de desta natureza. É o
vínculo que une vários infratores a uma única
infração (CONCURSO DE AGENTES), ou a
ligação de várias infrações por decorrerem de
conduta única, ou seja, resultarem do
CONCURSO FORMAL de crimes.
Conexão (Art. 76 do CPP) 
existe um liame subjetivo ou objetivo unindo duas 
ou mais infrações penais.
Simultaneidade
Intersbujetiva Concurso
Reciprocidade 
Material 
Teleológica
Objetiva 
Espécies Sequencial
Instrumental/Probatória 
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08/10/2020
Conexão 
intersubjetiva –
Art.76, I –
pessoas 
• Conexão intersubjetiva por simultaneidade: se,
ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas
reunidas. Não há prévio ajuste entre os agentes.
• Conexão intersubjetiva por concurso: se,
ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticadas por várias pessoas em concurso, emboradiverso o tempo e o lugar. É hipótese de concurso
de agentes dilatado no tempo. Há prévio ajuste
entre os agentes.
• Conexão intersubjetiva por reciprocidade: se,
ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido
praticadas por várias pessoas, umas contra as
outras.
Conexão –
Objetiva e 
Instrumental
Conexão objetiva ou material ou
consequencial ou lógica ou teleológica ou
finalista (art. 76, II CPP): se, ocorrendo
duas ou mais infrações, houverem sido
umas praticadas para facilitar ou ocultar as
outras, ou para conseguir impunidade ou
vantagem em relação a qualquer delas.
Conexão instrumental ou probatória ou
processual ou ocasional (art. 76, III, CPP):
quando a prova de uma infração ou de
qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra
infração.
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Continência 
Art. 77 do CPP
Continência: quando uma coisa está contida em
outra, não sendo possível a separação. No
processo penal configura-se continência quando
uma demanda, diante de seus elementos (partes,
causa de pedir e pedido) esteja contida em outra.
Haverá continência quando:
Duas ou mais pessoas forem acusadas pela
mesma infração (art. 29 do CP), praticada
eventualmente em lugares diversos ou por uma
pessoa que goza de foro por prerrogativa de
função e outra não. É chamada de continência 
subjetiva.
Houver concurso formal, aberratio ictus e
aberratio delicti (continência objetiva) – Uma
conduta, vários resultados. Todos os delitos são
julgados conjuntamente.
Foro 
Prevalente 
Art. 78 do CPP 
I – Competência do Júri e de outro órgão da
jurisdição comum prevalecerá a do Júri.
conexão/continência entre o crime eleitoral e
doloso contra a vida, os processos serão julgados
separadamente.
II – Concurso de jurisdições de mesma categoria:
• Prepondera o local da infração à qual for
cominada pena mais grave (reclusão > detenção
> prisão simples). Se a pena máxima for igual,
usa-se a que tem a maior pena mínima;
• Sendo iguais as penas, prevalece o local onde foi
praticado o maior número de crimes;
• Critério da prevenção.
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08/10/2020
Foro 
Prevalente 
Art. 78 do CPP 
III – Concurso entre jurisdições diversas:
prevalece a mais graduada.
• Tribunal de Justiça e Juiz singular –
prevalece o Tribunal de Justiça.
• Se a conexão for entre crime de
competência da Justiça Estadual e da
Justiça Federal, prevalece esta, nos
termos da súmula n.º 122 do STJ
IV – Concurso entre Jurisdição Comum e
Jurisdição Especial (eleitoral): prevalecerá
a especial.
Separação de 
processos 
Obrigatória
Jurisdição comum e Jurisdição 
Militar
Justiça militar: infrações militares.
Justiça comum: os crimes comuns
Jurisdição comum e a do juízo 
da Infância e da Juventude
Justiça comum: maiores
Justiça da Infância e Juventude –
adolescentes: medidas
socioeducativas.
Superveniência de doença 
mental
Se o agente ficar inimputável, o
processo ficará suspenso,
aguardando-se recuperar a sanidade.
Havendo corréus, o processo
continuará em relação a eles
Fuga de corréu que não pode 
ser julgado a revelia.
Havendo outros réus, separa-se os
processos.
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Separação de 
processos –
Facultativa –
Art. 80 do CPP
• Quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou
de lugar diferentes;
• Quando pelo excessivo número de
acusados e para não Ihes prolongar a
prisão provisória
• Outro motivo relevante, o juiz reputar
conveniente a separação
Perpetuação da 
Competência
(Perpetuatio 
Jurisdicionis –
art. 81 do CPP)
• No caso de junção dos feitos, se constatada a
incompetência do juízo que exerceu a força
atrativa (por absolvição ou desclassificação), por
questões de economia processual, o crime
conexo ou continente será julgado também pelo
juízo de atração, nos termos do art. 81, caput, do
CPP, o que constitui a perpetuação da jurisdição.
• As exceções a essa regra ocorrem no Tribunal do
Júri, quando na 1ª fase, sobrevir desclassificação,
impronúncia ou absolvição sumária, de maneira
que exclua a competência do júri, o juiz remeterá
o processo ao juízo competente.
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Avocatória
(Art.82 do 
CPP)
• Se apesar da conexão ou continência,
forem instaurados dois ou mais
processos, visando a economia
probatória, determina a lei a correção de
tal fato, determinando-se que a
autoridade prevalente deve avocar os
processos que corram perante outros
juízes, reunindo-os todos no processo ao
seu cargo.
• Somente não ocorrerá se já houver
sentença definitiva, quando a unificação
se dará na execução, para efeitos de soma
ou unificação das penas.
Prevenção (Art. 83 do CPP)
Critério residual aplicado quando dois ou mais juízes poderiam conhecer do 
caso, ou quando não se estabeleceu a competência por outros critérios
. 
•
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08/10/2020
Prerrogativa 
de Função 
(Art. 84 do 
CPP)
• Art. 84 - A competência pela prerrogativa de
função é do STF, do STJ, dos TRFs e TJs,
relativamente às pessoas que devam
responder perante eles por crimes comuns
e de responsabilidade.
• Foro por prerrogativa de função tem
previsão na Constituição Federal e, em
certos casos, nas Constituições Estaduais,
razão pela qual se entende como válido.
• Fixado em consideração a relevância do
cargo/função e não da pessoa que a ocupa
Prerrogativa 
de Função 
(Art. 84 do 
CPP)
• Implica em uma competência originária, no
sentido de que as causas relacionadas aos
agentes que possuem esta prerrogativa
devem ser processadas originariamente nos
tribunais.
• Sempre que a autoridade possuidora de
foro por prerrogativa de função praticar
infração penal, ainda que esteja fora da
jurisdição territorial do respectivo tribunal,
deverá ser julgada perante o tribunal de
origem
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Supremo Tribunal Federal
Art. 102, I, letras “a” e “b”, da CF
Executivo
Presidente e Vice Presidente, Ministros de Estado, Advogado 
Geral da União, Presidente do Banco Central e Controlador Geral 
da União
Legislativo Deputados Federais/Senadores
Judiciário Membros do STF e dos Tribunais Superiores
Outras Autoridades
Procurador Geral da República, Comandantes das Forças 
Armadas, Membros do TCU e Chefes de Missão Diplomática 
Permanente
Superior Tribunal de Justiça
Art. 105, I, “a”
Executivo Governadores
Legislativo Não há
Judiciário Membros do TRF, do TRE, TJs e TRT
Outras Autoridades Membros dos Tribunais de Contas dos Estados, do DF e 
Municípios. Membros do MPU que atuam nos Tribunais
Tribunais de Justiça
Executivo Prefeitos
Legislativo Deputados Estaduais
Judiciário Juízes de Direito
Outras Autoridades Membros do Ministério Público Estadual
Tribunais Regionais Federais
Art. 108, I, “a”
Executivo Prefeitos – crimes federais
Legislativo Deputados Estaduais – crimes federais
Judiciário Juízes Federais, do Trabalho e Militares da 
União
Outras Autoridades Membros do Ministério Público da União (MPF, 
MPT, MPM, MP do DF)
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08/10/2020
Foro por 
prerrogativa 
de função -
Generalidades
• Inexiste prerrogativa de função por ato de
improbidade administrativa.
• Encerrado o exercício funcional, não prevalece mais
o foro por prerrogativa de função. Processo já
iniciado, vai ao juízo de 1º grau, sem prejuízo dos
atos praticados. Crimes descobertos
posteriormente, mesmo que praticados quando do
exercício do cargo/função, são de competência do
juízo comum. Crimes praticados anteriormente,
com a assunção do cargo, vão para o juízo superior.
• Renúncia ao mandato ou aposentadoria
voluntária, visando deslocar a competência e
frustrar o princípio do juiz natural, não elide o foro
por prerrogativa de função.
• Prerrogativa de função e indiciamento: O Delegado
precisa de autorização do Tribunal competente para
este ato.
Foro por prerrogativa de função -STF
Crimes cometidos por Deputado Federal e Senador – Atual entendimento do STF
Hipóteses Competência
Infrações penais cometidas antes da diplomação como Deputado 
ou Senador
Juízo de 1ª InstânciaInfrações penais cometidas depois da diplomação (durante o 
exercício do cargo), mas sem relações com as funções 
desempenhadas.Infrações penais cometidas depois da diplomação (durante o 
exercício do cargo), com relações com as funções 
desempenhadas. STF
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