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Desafios no Ensino de Matemática

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UNIP INTERATIVA UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
Curso de Licenciatura em Matemática 
 
Prática como Componente Curricular (PCC) – Matemática 
 
Nome: Gabriela Thimotheo Mestrinari 
 
RA: 1782185 
 
Polo: Taquaral/Campinas-SP 
PCC referente às disciplinas do 4º Semestre do curso de Matemática 
 
Disciplinas: Complementos de Álgebra Linear, Matemática Interdisciplinar, Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo, Didática Específica, Planejamento e Políticas Públicas da Educação, Tópicos de cálculo Numérico/ Noções de Cálculo Numérico, Cálculo Diferencial e Integral de Várias Variáveis
(Total: 74 Horas)
1-) Complementos de Álgebra Linear: 16 horas
TEXTO COMPLEMENTAR
	A álgebra é a área da matemática que estuda as operações matemáticas, relações entre os conjuntos numéricos, equações, polinómios e estruturas algébricas. Seu estudo é indispensável no ensino da matemática e precisa ser bem trabalhado a fim de que o aluno não só saiba realizar as operações básicas, mas também tenha plena compreensão dos conceitos envolvidos e em suas aplicações. 
Ao introduzir a álgebra para os alunos, é considerado que os mesmos tenham conhecimento aritmético prévio, e então são introduzidos conceitos básicos da álgebra como variáveis, que podem se tornar um pouco abstratas uma vez que os alunos apenas tinham contato com números e valores “palpáveis”, e assumir que um valor dentro da expressão matemática é mutável pode gerar certa confusão. Esses novos conceitos trabalhados estão atrelados a linguagem matemática formal, que deve ser juntamente introduzida aos alunos, entretanto é necessário que a linguagem trabalhada com os alunos não assuma nenhum extremo, criando um meio termo entre a linguagem formal e a linguagem cotidiana com a qual o aluno já está familiarizado, dessa maneira o aluno consegue ter maior conhecimento da linguagem matemática associando com a qual já tem conhecimento, criando pontes e dando sentindo para a mesma.
Dessa forma é possível que o aluno consiga entender os simbolismos atribuídos a linguagem matemática formal, e consiga ter melhor compreensão da mesma, tendo total compreensão dos símbolos e termos matemáticos, o que significam, para que e quando utiliza-los corretamente, o que diretamente contribui para melhor entendimento da álgebra.
2-) Matemática Interdisciplinar: 18 horas
TEXTO PROPOSTO
	A matemática é tida como uma área de conhecimento “chata e monótona”, muitos alunos se mostram desinteressados mesmo antes de ter real contato com ela, outros alunos por não entenderem seu funcionamento e aplicação real acabam se desinteressando ao longo do caminho, por isso é importante que o professor esteja capacitado e tenha interesse de estar constantemente utilizando recursos didáticos distintos com o intuito de instigar a curiosidade dos alunos ao apresentar aulas mais dinâmicas e lúdicas.
	O ensino da trigonometria é muito importante, pois serve como instrumento de diversas áreas como meteorologia, óptica, eletricidade e cálculo de distancias inacessíveis por exemplo, mas para os alunos o estudo da relação dos lados e ângulos do triângulo retângulo pode não parecer tão relevante tampouco interessante, por isso é importante mostrar suas aplicações práticas, a história da trigonometria e porque sempre foi tão importante para a civilização.
	Ao introduzir o conteúdo em sala de aula, eu proporia a seguinte atividade:
- Grupos de 4 a 6 integrantes
-Alunos seriam avisados para trazer os seguintes materiais: lápis, borracha, régua, trena, transferidor.
-Os alunos vão escolher pelo menos 3 locais da instituição de ensino de difícil acesso e farão a medição de seu comprimento através de outras medidas e ângulos que conseguirem obter utilizando o Teorema de Pitágoras
-Ao final da aula os grupos apresentarão seus resultados e metodologia com o resto da classe.
	Dessa forma os alunos vão conseguir ter uma noção concreta da real aplicabilidade da trigonometria no cotidiano, e sua importância, além de ficarem motivados a trabalhar com o conteúdo.
3-) Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo: 4 horas
TEXTO PROPOSTO
	O Ensino é muito mais do que apenas troca de conhecimento, o papel do professor é maior do que ser um mero transmissor de conhecimento adquirido, pois não se pode considerar que apenas apresentar o conteúdo ao aluno é ensinar. Deve-se ter um olhar humanizado para reconhecer dificuldades, e barreiras no ensino aprendizagem de cada aluno, e a partir da pedagogia trabalhar metodologias distintas para melhorar o ensino.
	Existe um abismo entre o ensino acadêmico e o ensino escolar, e cabe ao docente criar uma ponte para interligar os dois da melhor maneira possível, por isso é importante que antes do aluno adentrar as salas de aula como docente, ele já esteja familiarizado com essa realidade pois assim ele conseguirá não só trabalhar de maneira mais efetiva suas inseguranças e medos, mas também terá uma noção maior da realidade da instituição de ensino da visão do docente, e não apenas como aluno.
	O estágio é de extrema importância na formação acadêmica pois a partir dele o aluno consegue ter a vivência no ambiente educativo como objeto de estudo, analisando e interpretando o ensino da matemática a partir da condição de professor, e tendo maior conhecimento de todos os acontecimentos ao entorno do ato de ensinar como as aulas em si, reunião de pais, reuniões pedagógicas, convívio entre a comunidade escolar e local, planejamento de aulas e do plano didático, regimento escolar. A partir dessa reflexão o estudante consegue ter uma visão real do cotidiano do professor e todas as dificuldades e desafios que o permeiam.
4-) Didática Específica: 4 horas
TEXTO COMPLEMENTAR
	O ensino escolar é tido como imprescindível para o desenvolvimento das pessoas, e é inquestionável a importância do mesmo na formação e crescimento pessoal de cada pessoa, entretanto é necessário que seja constantemente discutido os objetivos que essa formação busca alcançar e quais os meios necessários para se chegar lá.
	As diversas regiões do Brasil possuem culturas, desenvolvimento econômico e social, áreas de estudo e conhecimento e necessidades distintas, o que implica em diferentes necessidades de conhecimento de jovens dessas diversas áreas. Ao considerarmos esse fator conseguimos criar um programa de ensino mais inclusivo, respeitando e considerando as diferenças regionais, direcionando o estudo para as necessidades exclusivas para cada localidade.
	Nas décadas de 70/80 quando tentaram dar mais autonomia para que os estados e municípios criassem seus currículos de ensino próprios, a partir de suas necessidades e objetivos particulares, perceberam que esse modelo também apresentava problemas, uma vez que as desigualdades regionais ficavam evidentes, já que as regiões mais desenvolvidas e com maior detenção de produção de conhecimento criavam currículos mais abrangentes, atuais e inclusivos, abordando diferentes pedagogias e sempre se atualizando, o que ajudava a perpetuar essas desigualdades regionais. 
A partir dessas reflexões surgiu a Lei Federal nº 9.394, em 20/12/96, que estabelece a criação de um plano nacional de educação pela União em colaboração com os estados e municípios, estabelecendo “competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum” (LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996).
5-) Planejamento e Políticas Públicas da Educação: 4 horas
TEXTO PROPOSTO
	Aprender é muito mais que ouvir e copiar o que o professor fala, para um ensino aprendizagem de qualidade vários fatores devem ser levados em consideração. O aluno precisa de uma boa alimentação, bom núcleo familiar, saúde de qualidade, acompanhamento constante, uma comunidade escolar inclusiva, entre diversos outros fatores. 
	A meritocracia do latim mérito(mérito)/poder(cracia) acredita que a única coisa que é preciso para de alcançar o sucesso são seus méritos, sendo assim todos teriam chances iguais de alcançarsus objetivos, entretanto essa premissa se mostra uma falácia em todas as situações possíveis, inclusive nas salas de aula.
	O ensino público no Brasil é inferior ao particular, faltam professores, recursos, muitas vezes até merenda, em contrapartida o ensino particular conta com professores mais capacitados, laboratórios, espaços mais bem estruturados e conservados, atividades extracurriculares, e materiais de qualidade. Essa desigualdade se mostra presente também no cotidiano de seus alunos, enquanto os da rede pública muitas vezes passam o dia sozinhos, não tem acompanhamento dos estudos em casa ou precisam trabalhar pois seus pais estão ausentes ou trabalhando fora, muitos também vem de lares desestruturados e/ou tem a única refeição do dia na escola, já os estudantes da rede particular costumam ter mais envolvimento dos familiares nos estudos, fazem aulas particulares e reforço, tem alimentações mais balanceadas. Essas diferenças são acentuadas pelo fator racismo, uma vez que no Brasil o racismo estrutural ainda se mostra muito presente. A expectativa de vida das pessoas negras é menor do que as de pessoas brancas. Em um país onde mais da metade da população é preta, a porcentagem de brancos nas universidades, em cargos mais altos, na política ainda é muito maior do que a de pretos. 
	As cotas sociais e raciais nada mais são que uma reparação histórica e social necessária que visa diminuir as desigualdades considerando que pessoas de raça e classes distintas tem privilégios e oportunidades também distintos, portanto suas chances de alcançar o sucesso não são igualitárias.
6-) Tópicos de cálculo Numérico/ Noções de Cálculo Numérico: 6 horas
TEXTO PROPOSTO
A matemática da descrição é aquela que se baseia em situações-problema pré-estabelecidos, sejam eles problemas reais ou criados dentro do contexto matemático escolar, enquanto a matemática da suficiência está voltado ao saber através da investigação, e do saber construído a partir do trabalho de analise, e conhecimentos prévios de cada indivíduo.
	Na minha concepção os conceitos trabalhados em noções de cálculo numérico se enquadram como matemática da descrição pois são apresentados e trabalhados de maneira mais objetiva e focada.
7-) Cálculo Diferencial e Integral de Várias Variáveis: 24 horas
TEXTO COMPLEMENTAR
	O ensino de cálculo diferencial e integral no Brasil está totalmente atribuído ao ensino acadêmico, o que acarreta grandes dificuldades no ensino do mesmo uma vez que os alunos nunca tiveram nenhum contato com o conteúdo no ensino escolar.
	O cálculo nada mais é do que uma ferramenta prática para o desenvolvimento da resolução de diversos problemas encontrados em muitas éreas, a partir dele podemos criar uma embalagem com a menor quantidade de material possível, ou calcular o aumento de um vazamento de óleo no oceano por exemplo.
	É necessário que pelo menos a introdução ao conteúdo seja realizada no ensino médio a fim de que os alunos tenham mais facilidade de compreensão e aplicabilidade ao chegarem no ensino superior, para isso o professor pode trabalhar alguns conceitos básicos e a linguagem que os permeia, por exemplo, o professor pode utilizar do exemplo dos radares que para terem melhor eficiência precisam medir a velocidade instantânea do veículo, através da velocidade média medida no menor intervalo de tempo possível, ou seja, para que a medição seja mais precisa o intervalo de tempo utilizado precisa ser quase nulo, mas não pode ser 0, dessa maneira é possível introduzir o conceito de limite por exemplo, uma vez que o valor da velocidade tende a 0.
	Dessa maneira o docente proporciona aos alunos a capacidade de entender, investigar e trabalhar os conceitos básicos do cálculo diferencial e integral e sua aplicabilidade, sem que o conteúdo se torne um bicho de sete cabeças.

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