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Conjuntos de Antenas Prof Daniel D. Silveira Introdução � Objetivos � Apresentar a teoria de conjuntos de antenas � Apresentar técnicas de projeto de alguns conjuntos de antenas Introdução � Tópicos � Conjunto de dois elementos � Conjunto de N elementos � Conjuntos broadside � Conjuntos end-fire � Conjunto binomial Introdução � Conjuntos são necessários em projetos de antenas muito diretivas � Conjuntos aumentam as dimensões da antena sem aumentar o tamanho dos elementos individuais � Na maioria dos casos, os elementos são idênticos � O campo total é determinado pela adição vetorial dos campos radiados pelos elementos individuais (linearidade) � É necessário conseguir a interferência construtiva na direção desejada e destrutiva no restante do espaço Introdução � Há cinco mecanismos de controle que podem ser usados para dar forma ao diagrama total da antena 1. Configuração geométrica do conjunto global (colinear, circular, retangular etc) 2. A separação relativa entre os elementos 3. A amplitude da excitação dos elementos individuais 4. A fase da excitação dos elementos individuais 5. O diagrama relativo dos elementos individuais Exemplos de Conjuntos � Exemplos de aplicação prática de um conjunto de dipolos Exemplos de Conjuntos � Exemplos de aplicação prática de um conjunto Log-periódica Conjunto de Dois Elementos � Seja um conjunto de dois dipolos infinitesimais horizontais posicionados ao longo do eixo z � O campo total radiado, admitindo-se que não haja acoplamento entre eles, é igual a soma dos campos dos elementos individuais Conjunto de Dois Elementos � A expressão do campo total será então: � Admitindo-se observações de campo distante Conjunto de Dois Elementos � Substituindo-se na expressão anterior, teremos: Conjunto de Dois Elementos � Logo, o campo total é o campo de um elemento isolado posicionado na origem do sistema de coordenadas multiplicado por um fator, chamado de fator de conjunto � Para dois elementos, teremos Conjunto de Dois Elementos � O fator de conjunto é função da geometria do conjunto e da fase da excitação � O campo total é dado produto do campo do elemento isolado, posicionado na origem, pelo fator de conjunto (princípio válido para conjunto com número qualquer de elementos idênticos) � Cada conjunto tem seu fator de conjunto Conjunto de Dois Elementos � Como o fator de conjunto não depende das características de radiação dos próprios elementos radiantes, ele pode ser calculado substituindo-se os elementos reais por fontes puntiformes! � Admite-se que cada fonte puntiforme tem a mesma amplitude, fase de excitação e localização do correspondente elemento que a substitui Conjunto de Dois Elementos � Exemplo 6.1 – Dado o conjunto das figuras 6.1 a) e b), determine os nulos do campo total quando d=λ/4 e: a) β=0; b) β=pi/2; c) β=-pi/2; Conjunto de Dois Elementos � Exemplo 6.1 – Dado o conjunto das figuras 6.1 a) e b), determine os nulos do campo total quando d=λ/4 e: a) β=0; Conjunto de Dois Elementos � Exemplo 6.1 – b) β=pi/2; c) β=-pi/2; Conjunto de Dois Elementos � Exemplo 6.2 – Considere um conjunto de dois dipolos infinitesimais idênticos como mostrado nas figuras 6.1 a) e b). Para um espaçamento d e diferença de fase β de excitação entre os elementos, determine os ângulos de observação em que os nulos do fator de conjunto ocorrem. Os elementos tem a mesma intensidade de excitação. Conjunto Colinear de N Elementos � Consideremos agora um conjunto colinear de N elementos, com amplitudes e espaçamentos uniformes Conjunto Colinear de N Elementos � Todos têm excitação de amplitude idêntica, mas cada elemento tem um adiantamento progressivo de fase em relação a seu vizinho (conjunto uniforme) � Os elementos são puntiformes Conjunto Colinear de N Elementos � Podemos visualizar a geometria de campo distante e diagrama fasorial de um conjunto de N fontes posicionadas ao longo do eixo z por um diagrama fasorial Conjunto Colinear de N Elementos � Pode-se escrever o fator de conjunto desnormalizado, de outra forma, como: � Ou normalizado, como: Conjunto Colinear de N Elementos � Para localizar os nulos do conjunto, fazemos: * Para n=N, 2N ..., a equação 6.10c atinge o valor máximo, pois reduz-se a sen(0)/0 *O número de nulos dependerá do espaçamento d entre os elementos e a defasagem β de excitação Conjunto Colinear de N Elementos � Os valores de máximo ocorrem quando Conjunto Colinear de N Elementos � O primeiro máximo ocorre para � E outros máximos ocorrem em Conjunto Colinear de N Elementos � Os valores de máximo podem ser vistos graficamente Conjunto Colinear de N Elementos � Do gráfico anterior, o ponto de 3 dB do fator de conjunto ocorre quando Para d >>λ Conjunto Colinear de N Elementos � O máximo do 1º lóbulo secundário ocorre quando Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � Máximo de radiação de um conjunto ocorre na direção perpendicular a seu eixo θ0=90º � Também chamado de broadside (broad=amplo, largo; side=lado) � A exigência sobre o fator de conjunto pode ser atendida com a especificação adequada do espaçamento e da excitação dos radiadores Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � Segundo a equação � O primeiro máximo do fator de conjunto ocorre para � Todos os elementos devem apresentar a mesma fase e amplitude de excitação! Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � O espaçamento entre os elementos pode ter (quase) qualquer valor � Para assegurar que não há máximos principais em outras direções (lóbulos laterais – grating lobes), o espaçamento entre elementos não deve ser igual a múltiplos do comprimento de onda para n=1, 2, 3... qdo β=0 Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � Ao substituir Na equação: O Fator de conjunto atinge o seu valor máximo! � Teríamos então os máximos transversais, para θ0=90º, e os máximos ao longo do eixo (θ0=0º e 180º) do conjunto (longitudinal) – Indesejado! Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � Para evitar qualquer lóbulo lateral, o maior espaçamento entre elementos deve ser menor que um comprimento de onda (dmax < λ) � Conjunto com N=10, β=0, d=λ/4 Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � Mesmo conjunto anterior, mas com separação de d=λ Visão 2D dos dois conjuntos Conjunto com Máx. Radiação na Direção Transversal � Expressões para os nulos, máximos, pontos de 1/2 potência, máximos dos lóbulos sec. e larguras de feixe Conjunto com Máx. Radiação na Direção Longitudinal � Conjuntos end-fire, tem o máximo de radiação ao longo do eixo do conjunto � Pode ser necessário que o máximo ocorra em apenas uma das direções longitudinais (θ0=0º ou 180º) Conjunto com Máx. Radiação na Direção Longitudinal � Se o espaçamento entre os elementos for d=λ/2, existirá radiação longitudinal simultaneamente nas duas direções (θ0=0º e 180º) � Se o espaçamento entre os elementos for múltiplo de λ (d=n.λ, n=1, 2, 3 ...) existirá radiação longitudinal simultaneamente nas duas direções e máximos também nas direções transversais � Para se ter somente um máximo longitudinal e evitar qualquer lóbulo lateral, o espaçamento máximo entre elementos deve ser menor que λ/2, ou seja, dMAX<λ/2 Conjunto com Máx. Radiação na Direção Longitudinal � Diagramas para end-fire N=10, d=λ/4 Conjunto com Máx. Radiação na Direção Longitudinal � Diagramas para end-fire N=10, d=λ/4, 2D Conjunto com Máx. Radiação na Direção Longitudinal � Expressões para os nulos, máximos, pontos de 1/2 potência, máximos dos lóbulos sec. e larguras de feixe Gráficos de projeto � A partir deste gráfico, tendo- se o requisito da largura de feixe de meia potência, pode- se calcular os outros parâmetros de um conjunto *L é o comprimento total da rede Diretividade dos Conjuntos Redes de Alimentação� Em um conjunto de antenas, cada elemento deve ser alimentado com a amplitude e a fase corretas � A rede de alimentação é a responsável por essa tarefa � Esta rede é normalmente formada por cabos coaxiais, guias de onda, microstrip etc � Há dois tipos básicos de redes de alimentação: série e paralela � Pode também ser usada uma combinação das duas Redes de Alimentação � Em uma rede de alimentação série, o elemento recebe a parte da potência de entrada que não foi irradiada pelo elemento que o precede � Na rede de alimentação paralela, muitos elementos dividem a potência vinda de um ponto comum Procedimento de Projeto � Definição da rede: Broadside, End-fire � A. Número de Elementos � B. Espaçamento entre elementos � C. Excitação (amplitude, fase) � D. Largura de feixe de meia-potência � E. Diretividade � Nível de lóbulos secundários Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Como fica o fator de conjunto se o conjunto não estiver posicionado ao longo do eixo z, como vimos na figura abaixo? Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Seja o fator de conjunto � pode ser obtido do produto escalar entre um vetor unitário ao longo do eixo do conjunto (eixo x, y, z) e o vetor radial da origem ao ponto de observação (eixo r, em coordenadas cilíndricas) Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Seja o fator de conjunto � N elementos ao longo do eixo Z Logo, γ=θ Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Seja o fator de conjunto � N elementos ao longo do eixo X � Neste caso, o fator de conjunto é função de dois ângulos! γ=cos-1 (senθ cosφ) Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Seja o fator de conjunto � N elementos ao longo do eixo Y � Fisicamente, o posicionamento dos elementos ao longo de x, y ou z não altera as características do conjunto; numericamente, nos três casos os diagramas são idênticos γ=cos-1 (senθ senφ) Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Diagramas com espaçamento de d=λ/2 ao longo do eixo x e diferentes excitações de fase β Conjunto Colinear de N Elementos: Características Tridimensionais � Exemplo 6.7 – Dois dipolos de meio comprimento de onda (l=λ/2) são posicionados ao longo do eixo x e separados por uma distância d. Os comprimentos dos dipolos são paralelos ao eixo z. Determine o campo total do conjunto. Admita uma excitação de amplitude uniforme e defasagem progressiva β. Conjunto Colinear de N Elementos: Espaçamento Uniforme, Amplitude não- Uniforme � Iremos agora considerar conjuntos broadside com espaçamento uniforme, mas com distribuição não-uniforme de amplitude � Nesta classe, iremos estudar os conjuntos broadside binomiais Conjunto Colinear de N Elementos: Espaçamento Uniforme, Amplitude não- Uniforme � Fator de Conjunto: Seja um conjunto com um número par 2M de elementos isotrópicos Conjunto Colinear de N Elementos: Espaçamento Uniforme, Amplitude não- Uniforme � Fator de Conjunto: Seja um conjunto com um número ímpar 2M+1 de elementos isotrópicos Conjunto Colinear de N Elementos: Espaçamento Uniforme, Amplitude não- Uniforme � As equações acima podem ser escritas na forma normalizada como: � E então falta determinar os coeficientes an Conjunto Binomial � Coeficientes de excitação Exemplo: N=5 Conjunto Binomial � Rotina de projeto � O conjunto binomial não apresenta qualquer lóbulo secundário desde que o espaçamento entre elementos seja igual ou menor que λ/2 � Há expressões de forma fechada aproximadas para a largura de feixe de meia potência e a máxima diretividade, para o espaçamento de λ/2 Conjunto Binomial Conjunto Binomial � Exemplo 6.8 – Para um conjunto binomial de 10 elementos com espaçamento de λ/2 entre elementos, determine a largura de feixe de meia potência (em graus) e a máxima diretividade (dB). Lista de Exercícios � 6.1, 6.3, 6.5, 6.6, 6.11, 6.12, 6.23, 6.25, 6.29, 6.31, 6.34, 6.39
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