TCC EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
CURSO PEDAGOGIA
TRABALDO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ANDREA SANTOS DA SILVA
SÃO PAULO-SP
2020
UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
CURSO PEDAGOGIA
TITULO
HISTÓRIA DE VIDA DE UMA CLASSE QUE ALMEJA UMA QUALIFICAÇÃO
 
TURMA E CURSO: (CEL 1341/3520717) 9018
ORIENTADOR: MARIA IMACULADA CHÃO CABANAS
ANDREA SANTOS DA SILVA
SÃO PAULO -SP
2020
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO	4
2- CONSTRUÇÃO DO EDUCANDOS DA (EJA)	4
3-EVASÃO DO EDUCANDOS DA (EJA)	5
4- O PAPEL DO EDUCADOR DA EJA	6
5- CONVIVIO COM EDUCANDOS DA EJA EM SALA DE AULA	7
7-CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
8- REFERÊNCIAS	9
1- INTRODUÇÃO
   Esse artigo tem o objetivo de mostrar o desenvolvimento da alfabetização  da Educação de Jovens e Adultos  que visa oferecer  aos educandos que passaram da idade  escolar. Com o avanço econômico e tecnológico, passou a exigir mão de obras qualificada
      Através da metodologia e práticas pedagógicas impulsiona o dia a dia para uma escola inovar no processo de ensino , para que não tenha o fracasso e evasão escolar dessa modalidade.
     Reconhecer e respeitar a diversidade de gênero e da identidades dos educandos saber suas semelhanças e diferenças como princípios da educação  e levando em conta dos seus diferentes perfis.
    Uma sociedade marcada historicamente pela exclusão social na construção da democracia, cultural, social e ética que envolve a escola, a comunidade e família na promoção de uma aprendizagem. 
Portanto esse artigo tem relevância social, porque vão explorar a relação de ensino e aprendizagem e a vivencia da cultura dos educandos do EJA.
2- CONSTRUÇÃO DO EDUCANDOS DA (EJA)
A Educação de Jovens Adultos a EJA tem muitas histórias, foi um programa de Governo que visa oferecer o Ensino Fundamental, e Médio.
Falar do educando da EJA é reconhecer e respeitar as sua diversidades de gêneros, é falar da desigualdade social, dessas pessoas que não tiveram a chance de estudar, pelas diversidades da vida, pelas condições, tendo que trabalhar muito cedo, que encontraram muitos empecilhos em sua vida, que vem de vida sofridas que cresceram sem ver seus pais e familiares estudando.
Muitos voltaram a escola na idade avançada, por não conseguir ler e escrever, para deixar de ser dependente, em conversas com alunos da EJA ouvir vários relatos, mas teve um que me chamou atenção onde um Educando me relata que voltou a estudar para que pudesse enxergar o mundo e andar sem muletas. Por isso decidiram voltar a estudar e ter uma nova identidade isso significa muito poder tirar a venda dos olhos poder ler uma noticia, uma bíblia, ler documentos e escrever uma carta uma mensagem para um amigo não precisar perguntar o nome do local que precisa ir e muitas outras. 
A realidade que Educando da EJA buscam a escola para se integrar a sociedade querem crescer como sujeito ativos e ter participação econômica, social, e cultural.
Essa construção dos Educando da EJA acontece quando eles passam a enxergar a sociedade que vive, por seus princípios, ver suas diferenças, suas expressões, por ser de uma sociedade marcada pela exclusão social. Quando chegam a escola, eles tem a visão do mundo tem sua experiência, são homens e mulheres que chega na sala de aula com seus valores construídos. 
O universo da EJA contempla diferentes culturas que devem ser priorizadas na construção das diretrizes educacionais. Conforme Soares (1986), o educando passa a ser visto como sujeito sócio – histórico – cultural, com conhecimento e experiência acumulada. Cada sujeito possui um tempo próprio de formação, apropriando – se de saberes locais e universais, a partir de uma perspectiva de ressignificação da concepção de mundo e de si mesmo. Tendo em vista a diversidade desses educandos, com situação socialmente diferenciada, é preciso que a Educação de Jovens e Adultos proporcione seu atendimento por meio de outras formas de socialização dos conhecimentos e cultura.
Considerando – se o diálogo entre as diversas culturas e saberes, é necessário retirar esta modalidade de ensino de uma estrutura rígida pré – estabelecida, ou adéqua – lá a estruturas de ensino já existente, levando – se em conta suas, especificidades (PARANA, 2006, P. 27)
 3-EVASÃO DO EDUCANDOS DA (EJA)
 Por se tratar de Jovens e Adultos e por alguns terem frequentado a escola anterior em algum momento da sua vida ou até mesmo ver o cotidiano de seus filhos imagina que vai ter uma educação igual, só que isso não acontece com educandos da EJA, e se depara com métodos diferentes para o seu aprendizado e muitos não aceitam como eles estão sendo educados, uma educação voltada para que possa pensar juntos como um todo, resolver desafios, construir uma nova realidade a de mudança.
E por esses motivos se dispensam e abandonam a escola por achar que esse método não vai levar a aprendizagem, eles pensam que estão na sala de aula para fazer exercício na lousa e não precisam pensar e relatar as sua experiência.
... aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto em estudo, ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando – sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebe – lós de forma passiva do professor. Em um ambiente de aprendizagem, e não apenas como fonte única de informação e conhecimento (BARBOSA, MOURA, 2013, P.55) 
Poucos são os Educandos que permanecem a escola e concluir todos os seus estudos, salas ficam vazias e a quantidade de vagas crescem a oferta para essa Educação é constante nas escolas, muitas são as propagandas para que Jovens e Adultos voltem a estuda a EJA.
4-O PAPEL DO EDUCADOR DA EJA
 Conheçam os saberes e as habilidades que os alunos desenvolvem em função do seu trabalho no dia a dia e no seu cotidiano; assim, cada vez mais os professores da EJA têm de lidar com varias situações: e especificidade socioeconômica de seu aluno abaixa a auto estima decorrente das trajetória de desumanização, a questão geracional, a diversidade cultural a diversidade ético-racial, as diferentes perspectivas dos alunos em relação á escola as questões e os dilemas políticos da configuração do campo da EJA como espaço e direito do Jovem e Adulto, principalmente os trabalhadores.( FONSECA 2015)
Quanto maior for a clareza do educador, mais ele terá facilidade na sua observação de cada individuo , sabemos que essa modalidade é diferente seus alunos são muitos deles homens e mulheres que migraram de sua cidades para ter melhores condições de vida.
O educador tem que percorrer um caminho ao conhecimento dos seu educandos, dando voz , e interagindo com o grupo em geral, a sala de aula tem que ser vista como um espaço de vivencia e aprendizagem, o educando é alguém que pensa, que tem o que dizer.
 A EJA precisa ter uma estrutura de ensino flexível o suficiente para que se possa permitir a construção da consciência crítica em seus alunos. E para que isto ocorra nos, parece ser preciso superar estruturas pré – estabelecida que não levam em consideração as experiências dos educandos, ou ainda, que situem os conteúdos e discussões fora da alçada da vida concreta deles. Acreditamos que para que a educação possa ter seu papel transformador é necessário que os conteúdos da escola se aproximem de suas atividades do dia a dia , e isso ocorrerá quando for superado o ensino de caráter enciclopédico assim (...) viabilizando a reflexão pela busca dos direitos de melhoria de sua qualidade de vida ( PARANA, 2006, P . 29).
A sala de aula tem que ser um espaço de construção e compartilhamento de conhecimento, e ele só começa quando o educador não se fecha para as experiência vividas pelos seu educandos fora da escola.
Educador e educando quando trabalha junto ele não só ensina como também aprende, e leva o educador a fazer descoberta como ensinar e ensina.
Segundo( FREIRE,2002, P.58) a relação educador e educando de ser:
para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico diálogo. Aquela em que os sujeitos do ato de conhecer( Educador- Educando; Educando-Educador) se encontram midiatizados assumem, desde o começo mesmo da ação, o papel de sujeito criadores. Aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem. 
Todo educador tende aprender com seus educandos , em uma turma diversificada, cada um tem sua limitações, um menos acelerados, outros cansados do seu dia a dia, muitos vão a aula com a coragem, ou pelo simples fato de reconhecer que o seu educador vai está esperando por ele também, principalmente ele nós ensina a ter fé e lutar pelo nossos objetivos
O educador é o principal componente para que os educandos tenha a vontade de continuar na escola aprendendo mas o educador quer que eles aprendam melhor ,e o que já sabem e o que ainda não sabem ,mas tem interesse sobre o assunto. 
O melhor instrumento para o conhecimento são: As perguntas. Para ampliar as informações dos educandos, 
Portanto sabemos que o educando da EJA não acredita e não aceita que devem aprender com assuntos do cotidiano da sua vida e das sua dúvidas, acreditam que na escola devem aprender assuntos que consideram escolares.
Está é uma fragilidade dos Jovens e Adultos da EJA em entender que vivemos em uma sociedade em constante mudanças, ter uma aprendizagem ativa e participativa, quando muitos deles foram procurar a escola porque precisavam está aptos a essas mudanças.
Sendo assim o educador usa seu espaço em sala de aula com assuntos de interesses de cada educando interagindo levando debates, são criadas situações com relatos de noticias do País e Mundo, onde vão ser estimulados a pensar e solucionar o que foi proposto.
... aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto em estudo- ouvindo, falando,perguntando, discutindo, fazendo e ensinando. Sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-los de forma passiva do professor atua como orientador, supervisor, facilitador do processo de aprendizagem, e não apenas como fonte única de informação e conhecimento (BARBOSA, MOURA,2013,P.55)
5- CONVIVIO COM EDUCANDOS DA EJA EM SALA DE AULA
Educação de Jovens adultos, para mim a mais importante foi a de campo na EMEF José de Alcântara Machado Filho situada no bairro do Real Parque ( Distrito do Morumbi). 
Essa escola atende a Comunidade do Real Parque e vou falar sobre a EJA , onde as aulas acontece a noite, a escola tem dois pavilhões, e atende a Educação de Jovens e Adultos a aqueles que se encontram na faixa etária superior ao considerada própria, para conclusão do ensino fundamental,consideradas suas características, seus interesses, condições de vida e de trabalho, permitindo percurso individualizados e conteúdos significativos, valorizando a realização de atividades e vivencias social, cultural, recreativa e esportivas,geradoras de enriquecimento do percurso formativo dos educandos e desenvolvida a agregação de competências para o mundo do trabalho .
A Educação de Jovens e Adultos tem quatro etapas que são dividida por semestre.
A primeira etapa da alfabetização tem a duração de 2 semestre, os educandos tem alfabetização e o letramento como forma de expressão, interpretação , participação social no exercício da cidadania plena.
Pude conhecer educandos da EJA, que não tiveram a oportunidade de estudar na idade regular. Eu quis saber no geral da classe, e todos tem muito em comum, são pessoas que vieram de comunidade, que sofre com desemprego, preconceito social. Ou seja todos vem de uma desigualdade social ,e econômico no país.
Na classe a faixa etária dos educandos varia tem pessoas mas jovens e idosos, jovens que não se adaptaram a educação regular ou até mesmo por ter que trabalhar terminam indo para EJA para concluir o Ensino Fundamental e Ensino Médio e chagar a cursar o Nível Superior.
Os educandos da EJA são comprometidos, observando essa classe acabei enriquecida eles tem uma vasta experiência de vida e pude aprender muito com eles.
Na Segunda Etapa Básica a duração é de 2 semestre os educandos ainda estão em processo de alfabetização e partindo para o aprendizado da Língua Portuguesa, a musicalidade, expressões corporais e a aprendizado de matemática, ciências, história, e geografia. Nessa classe os alunos estão em processo de alfabetização, em construção impondo dificuldades no seu aprendizado, com educadores engajados a contribuir para uma educação de qualidade e de igualdade porque o educador ele é o mediador ensinando e aprendendo ao mesmo tempo.
A Terceira Etapa a Complementar a duração é de 2 semestre nesta classe o conceito e ação para jovens e adultos e voltados para as habilidades, conhecimentos e valores que permitam um processo mais efetivo de participação na vida social.
E na Quarta Etapa a Final duração de 2 semestre procura enfatizar a capacidade dos jovens e adultos em interagir em seu processo de aprendizagem em sua própria realidade, visando á melhoria da qualidade de vida e ampliação e sua participação na sociedade. Mesmo com a dificuldades, acredita que não poderá melhorar sua vida e qualidade, se não for pela educação. 
7-CONSIDERAÇÕES FINAIS
Falar da EJA é um tema muito importante em minha vida, é uma referência eu fui uma educada da EJA e hoje estou me tornando uma educadora, isso me faz lembrar como cheguei até aqui. Não entrei na modalidade em anos iniciais e sim nos anos finais os meu três últimos anos, confesso que dentro de 5 anos eu desistir de estudar 4 vezes, muitas delas porque tinha que trabalhar e sustentar minha filha era mãe, é muito difícil mas todo ano eu tentava, até que me disseram que estava fazendo caminho de roça, e estava chato eu sempre desistir, que eu não ia chagar a lugar algum.
Eu fiquei com isso na cabeça, e me bateu uma enorme tristeza, fiquei muito mal, mas no fundo isso me sérvio de lição, eu poderia ser quem eu quisesse, eu era autora da minha vida, e que o esforço tinha que partir de mim.
Desde então não parei mais de estudar e por isso resolvi ser uma educadora, eu uma aluna da EJA na qual tive vários educadores que me incentivaram a prosseguir .
Portanto me levou a fazer esse artigo, falando dessa modalidade tão defasada que mesmo em trancos e barrancos vem tendo o seu destaque mesmo que sendo mínimo, existem educadores engajados a contribuir com seu conhecimento para os educando da EJA.
8- REFERENCIAS 
 -PARANÁ. Secretaria de Estado da EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares da educação de jovens e adultos. Curitiba, 2006. Disponível em Acesso em 27 jul 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HTTP://portal.mec.gov.br
BARBOSA, E. F.; MOURA, D. G. Metodologias ativas de aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica. B. Tec. Senac, Rio de Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67, maio/ago. 2013.
Brasil. Ministerio da Educação. Conselho Nacional de Educaçao. Parecer CNE/CP,nº05 do 13 de dezembro de 2005 disponivel em: HTTP://portal.mec.br/cme/arquivo/pdf/pcp05-05.acesso 22 out 2015