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Bioquímica II - unidade IV

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Bioquímica II
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Rossana Soares de Almeida
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Vitaminas e Minerais
Vitaminas e Minerais
 
 
• Abordar os Princípios da Bioquímica e sua relevância no estudo da Nutrição; 
• Proporcionar ao aluno conhecimentos básicos sobre os nutrientes essenciais e seu papel no 
metabolismo energético; 
• Oferecer informações sobre a alimentação saudável; 
• Abordar aspectos relacionados à nutrição de micronutrientes, vitaminas e minerais; 
• Debater a relação da nutrição e as doenças crônicas não transmissíveis.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Nutrição, Digestão e Absorção – Vitaminas e Minerais;
• Micronutrientes – Vitaminas e Minerais;
• As Vitaminas Lipossolúveis;
• Síntese da Vitamina D;
• As Vitaminas Hidrossolúveis.
UNIDADE Vitaminas e Minerais
Nutrição, Digestão e Absorção – 
Vitaminas e Minerais
Nosso organismo é dependente de água e também de diversos combustíveis, pois 
todo Sistema está em constante renovação e crescimento (tecidos, órgãos e células.
A maior parte desses combustíveis vem dos macronutrientes da dieta alimentar e 
são eles: proteínas, carboidratos, vitaminas fibras, gorduras e minerais. 
Quando a insuficiência de vitaminas pela ingestão é deficiente, podem surgir 
sinais desse déficit sob a forma de doenças clínicas por deficiência, por exemplo, 
temos a anemia (déficit de ferro), o cretinismo e o bócio (déficit de iodo), bem como 
o excesso, que pode causar toxicidade.
A obesidade e a desnutrição são patologias diretamente associadas ao tipo de 
dieta, e existem mais indivíduos obesos do que desnutridos no planeta.
Figura 1 – Conceitos para macronutrientes
Fonte: HARVEY; FERRIER, 2012
8
9
Sobre a origem do termo “vitamina”, em 1911, um jovem químico do Lister Institute de 
Londres, Casimir Funk, conseguiu isolar, do farelo de arroz, uma substância cristalizada 
que possuía uma função amina, que é o grupo funcional associado a cadeias carbônicas 
com radical (-NH2). Como essa substância manifestou-se capaz de precaver e curar o dis-
túrbio chamado “beribéri” (deficiência de vitamina B12), Funk criou o termo “vitamina” 
(Vit + amina), para salientar que essa amina era indispensável à vida.
As necessidades energéticas de cada indivíduo variam de acordo com seu estilo 
de vida e as necessidades energéticas aumentam com a prática de atividade física. 
Dez por cento da energia fornecida pela dieta alimentar pode ser utilizada na 
composição de reservas (como o glicogênio e o triglicerídeo), reservas essas que 
serão utilizadas nos momentos entre as refeições ou nos longos períodos de jejum.
Existem dois tipos de desnutrição: o marasmo e o kwashiorkor. O marasmo é 
um estado de emagrecimento excessivo e que pode acometer qualquer indivíduo. 
Ele transcorre após vários episódios de balanços energéticos negativos, quando as 
reservas anteriormente citadas (glicogênio e triglicerídeos) se esgotam, tendo início o 
catabolismo muscular para a manutenção do suprimento de glicose. 
O segundo tipo de desnutrição é o kwashiorkor, que está mais relacionado a 
países em desenvolvimento e acomete apenas crianças subnutridas, com déficit
expressivo na absorção de proteínas.
Esse tipo de desnutrição consiste na formação de edemas (concentração diminuída 
de proteínas plasmáticas) pela dificuldade de absorção de vitaminas e nutrientes, resul-
tado da retenção de líquido.
Tabela 1 – Comparativo entre os dois tipos de desnutrição
Fonte: HARVEY; FERRIER, 2012
Pacientes com doenças crônicas (câncer e HIV), geralmente, apresentam caquexia, 
uma condição de desnutrição. A caquexia assemelha-se ao marasmo, mas vem asso-
ciada ao agravante de acometer pacientes com perda considerável de proteína.
9
UNIDADE Vitaminas e Minerais
Tabela 2 – Descoberta das vitaminas e suas respectivas fontes
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
Micronutrientes – Vitaminas e Minerais
As vitaminas constituem um grupo de nutrientes orgânicos não sintetizados pelo 
organismo, no entanto, indispensáveis a uma enorme variedade de funções biológicas.
Todas as vitaminas são de origem da dieta alimentar e são liberadas no organismo 
no momento em que ele passa pelo processo de digestão. As vitaminas lipossolúveis 
(solúveis em lipídeos) são compostos hidrofóbicos, são transportadas pelo sangue 
por intermédio de lipoproteínas e são absorvidas pelo intestino em associação à 
absorção de lipídeos. 
As vitaminas lipossolúveis são A, D, E Kwashiorkor K. A ingestão excessiva 
das vitaminas A e D, assim como acontece em qualquer tipo de vitamina, pode 
causar toxicidade.
Cada tipo de vitamina está associado a uma função em específico e sua deficiên-
cia pode causar distúrbios:
• Vitamina A – Função: visão e diferenciação celular. O déficit pode causar: 
cegueira noturna e xeroftalmia;
• Vitamina D – Função: metabolismo do cálcio e fosfato e diferenciação celular. 
O déficit pode causar raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos;
• Vitamina E – Função: antioxidante. O déficit pode causar distúrbios neurológi-
cos e anemia hemolítica;
• Vitamina K – Função: coagulação sanguínea. O déficit pode causar doença 
hemorrágica.
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Deficiência da vitamina A. Disponível em: https://bit.ly/3aWIVky
As vitaminas hidrossolúveis são, por definição, solúveis em água e facilmente 
excretadas pelo organismo. São exemplos as vitaminas B e C, o ácido fólico, o pan-
totênico e a biotina. 
Suas funções são, principalmente, atuar como cofatores enzimáticos, mas existem 
síndromes associadas à deficiência de cada vitamina hidrossolúvel:
• Deficiência de Vitamina B12: beribéri, queilose, seborreia, pelagra e anemia 
megaloblástica, anemia perniciosa e acidúria metilmalônica;
• Vitamina C: escorbuto;
• Ácido fólico: anemia megaloblástica.
Uso racional da vitamina C. Acesse: https://bit.ly/3hw3ZRx
Tabela 3 – Ingestão recomendada de vitaminas em nutrientes, 
segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), 2001
Fonte: Adaptado de RODWELL et al., 2017
Considerando o processo de absorção, as vitaminas são absorvidas pelo intestino 
em um processo de difusão facilitada mediante um carreador:
• A vitamina D tem papel regulador na homeostase do cálcio, sendo necessária 
para absorção intestinal desse elemento químico, também para a produção da 
proteína de ligação do cálcio e para recrutar seus transportadores;
• A absorção de ferro é estimulada pela presença de agentes redutores, tais como 
a vitamina C, além do álcool e da frutose. No entanto, o cálcio impede essa ab-
sorção, acarretando, por exemplo, no fato que um copo de leite ingerido após 
uma refeição diminui consideravelmente os níveis de disponibilidade do Fe.
11
UNIDADE Vitaminas e Minerais
Biodisponibilidade das vitaminas. Disponível em: https://bit.ly/3hJBZtX
Tabela 4 – Tabela de vitaminas
Fonte: Adaptado de RODWELL et al., 2017
As Vitaminas Lipossolúveis
• Vitamina A: forma um conjunto de compostos orgânicos insaturados, liposso-
lúveis, presentes nos alimentos, entre os quais estão o retinol (retinal e o ácido 
retinóico) e os carotenos (betacaroteno) e compostos relacionados. O retinol é 
a forma da vitamina A absorvida na ingestão de alimentos de origem animal 
como carnes e ovos.
Figura 2 –Vitamina A
Fonte: RODWELL et al., 2017
12
13
A vitamina A tem diversas funções, pois é fundamental para o crescimento e 
para o desenvolvimento de diversas células, para a manutenção de dentes e ossos, 
para os tecidos moles, membranas, mucosas e pele, para a manutenção do sistema 
imunológico e para a visão saudável. 
Quando se analisa o rótulo de um alimento, a quantidade de vitamina A presente 
é definida pela quantidade de retinol sob o seu equivalente em microgramas = µg 
de vitamina A pré formada + 1/6 µg de betacaroteno + ½ µg de outros carotenos 
provenientes da vitamina A.
Figura 3 – Caroteno e vitâmeros da vitamina A
Fonte: Rodwell et al., 2017
A retina dos olhos precisa de vitamina A sob a forma de retinol que, combinado à 
proteínaopsina, forma a rodopsina, que tem a função de adaptação à luz. 
O ácido retinóico, que é uma forma oxidada do retinol, é importantíssimo para 
o crescimento de diversas células. Os betacarotenos são antioxidantes com ação 
protetora das células e o ácido retinóico faz o controle da diferenciação e renovação 
celular e tecidual. 
As principais fontes animais de vitamina A são: ovos, queijo, manteiga, baca-
lhau e carne (principalmente, o fígado), as fontes vegetais: frutas e legumes amare-
los, laranja, e as fontes de betacaroteno: brócolis, espinafre, pimenta, batata doce, 
cenoura, abóbora e folhas de cor verde escura.
A deficiência de vitamina A pode intensificar os problemas de visão em adultos 
(cegueira noturna, lesões de córnea e hiperqueratoses) e pode causar cegueira em 
crianças de até 5 anos. 
Os primeiros sinais são da perda da sensibilidade à luz verde, seguida do compro-
metimento de adaptação às condições de baixa luminosidade.
13
UNIDADE Vitaminas e Minerais
O problema pode avançar para a cegueira noturna, mas se o problema persistir, 
pode levar à xeroftalmia, que é a queratinização da córnea e, consequentemente, a 
cegueira total. 
A vitamina A é essencial, também, no processo de crescimento e diferenciação 
das células do sistema imune, então a falta dessa vitamina pode causar maior sus-
cetibilidade a doenças infecciosas. A capacidade de metabolização da vitamina A é 
limitada e, portanto, o excesso, devido à suplementação exacerbada também pode 
causar doenças congênitas. O consumo excessivo de betacaroteno não causa doen-
ças, mas pode acarretar o amarelamento da pele;
• Vitamina D: a vitamina D é essencial para a manutenção de ossos, pois tem 
a função de facilitar a absorção de cálcio e outros minerais como o ferro, o 
magnésio e o zinco. Ela também é importante para o bom funcionamento dos 
músculos, dos nervos e do Sistema imunológico. Existem restritas fontes natu-
rais de vitamina D, que: peixes de água fria (salmão, atum, sardinha etc.), fígado, 
queijo e gema de ovo. A principal fonte natural de vitamina D é a produção de 
colecalciferol (vitamina D3) pela pele, produção essa ativada pela luz solar. 
Existem evidências de que o consumo controlado por suplementação de vitamina D 
podem trazer proteção contra o câncer, a pré-diabetes e a Síndrome Metabólica, 
lembrando-se de que a vitamina consumida em excesso é tóxica. 
Pessoas com déficit de vitamina D podem apresentar deficiência na mineraliza-
ção dos ossos, como raquitismo em crianças ou osteomalácia em adultos (Figura 5). 
Figura 4 – Vitamina D
Fonte: Wikimedia Commons
Ligantes e receptores, vitamina D. Disponível em: https://bit.ly/3hxc9cq
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Síntese da Vitamina D
O 7 desidrocolesterol é um intermediário da produção do colesterol que se con-
centra na pele. Ele passa por uma reação enzimática após a exposição à luz UV, 
produzindo a pré-vitamina D. 
Depois de algumas horas, a pré-vitamina D sofre uma reação adicional produzindo 
o colecalciferol, que é absorvido pela corrente sanguínea.
Figura 5 – Osteomalacia, defi ciência de vitamina D
Fonte: HARVEY; FERRIER, 2012
A Figura 6 descreve a síntese da vitamina D:
Figura 6 – Síntese da vitamina D
Fonte: RODWELL et al., 2017
Deficiência de vitaminas D e esquizofrenia. Disponível em: https://bit.ly/3hzKsjg
• Vitamina E: a vitamina E não desempenha uma função metabólica pontualmente 
estabelecida, mas ela atua como antioxidante lipossolúvel nas membranas celula-
res, protegendo-as dos ataques dos radicais livres, fortalece o Sistema Imunológico 
15
UNIDADE Vitaminas e Minerais
e amplia o calibre dos vasos sanguíneos, impedindo a formação de coágulos. Os 
elementos fontes de vitamina E são: óleos vegetais (girassol, trigo e cártamo ou 
açafrão-bastardo), frutos secos (amendoim, avelã e amêndoas) e sementes (giras-
sol), oléos de milho e soja e legumes como espinafre e brócolis também possuem 
uma certa concentração de vitamina E;
Importante!
A vitamina E é um grupo de compostos químicos que compreende os tocoferóis e os 
tocotrienóis. Ela também está disponível de várias formas, sendo a mais comum delas 
a gama-tocoferol e a segunda forma mais disponível e a mais ativa biologicamente é o 
alfa-tocoferol.
Figura 7 – Tocoferol, a forma mais ativa da vitamina E
Fonte: Wikimedia Commons
Vitaminas lipossolúveis em alimentos. Disponível em: https://bit.ly/3hw4Vp1
• Vitamina K: a vitamina K é necessária para a síntese de proteínas envolvidas na 
coagulação sanguínea. São três os compostos que apresentam atividade bioló-
gica na vitamina K: 1) filoquinona (folhas verdes); 2) menaquinona (sintetizadas 
pelas bactérias intestinais) e 3) menadiona e o diacetato de menadiol, que são 
compostos sintéticos que podem ser convertidos para a filoquinona.
Tabela 5 – Concentração em µg de fi loquinona por 100 g de alimento
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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Figura 8 – Compostos da vitamina K
Fonte: RODWELL et al., 2017
Figura 9 – Conceitos para macronutrientes
Fonte: HARVEY; FERRIER, 2012
As Vitaminas Hidrossolúveis
• Vitaminas B: são vitaminas essenciais às reações metabólicas, assessorando o 
nosso organismo no metabolismo do alimento e na produção de energia. Além 
das reações metabólicas, as vitaminas do tipo B auxiliam, também, na síntese 
dos glóbulos vermelhos. As fontes naturais de vitaminas B são: proteínas ani-
mais, ovos, laticínios, legumes e folhas verdes, feijão, fava e ervilha;
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UNIDADE Vitaminas e Minerais
Vitaminas do complexo B. Disponível em: https://bit.ly/3lqS2Pf
• Vitamina B1, Tiamina: tem papel fundamental no catabolismo dos aminoá-
cidos e dos carboidratos. A tiamina-bifosfato atua como coenzima nas reações 
de descarboxilação pela piruvato-desidrogenase, a cetoglutarato-desidrogenase 
no ciclo de Krebs e a desidrogenase de cetoácidos. Nas três reações citadas, a 
tiamina propicia a formação do carbono reativo que, por sua vez, produzirá o 
carbânion e, em seguida, o grupo carbonil, como o piruvato e, finalmente, o 
CO2 é eliminado. A tiamina também funciona como coenzima das pentoses 
fosfato e exerce o papel importantíssimo na transmissão dos impulsos nervosos, 
já que ativa um canal do ânion cloreto na membrana celular, além de participar 
da síntese do DNA e do RNA;
Fontes de Tiamina: É um nutriente encontrado tanto em alimentos de origem animal quanto 
vegetal. Sua manutenção é feita por meio da ingestão regular de alimentos, como legumes 
verdes, frutas, peixes, fígado, carne vermelha (principalmente, a carne de porco), salsichas, 
legumes secos e os cereais integrais.
Artigo efeitos dos níveis de tiamina. Disponível em: https://bit.ly/2FRX4nE
Figura 10 – A Tiamina, a coenzima Tiamina-pirofosfato e o carbânion
Fonte: RODWELL et al., 2017
• Vitaminas B2, Riboflavina: A riboflavina tem como função liberar energia pro-
duzida no ciclo de Krebs, na cadeia respiratória e no metabolismo de lipídeos, 
pois fornece as frações reativas das coenzimas FMN e FAD. A FMN, flavina 
mononucleotídeo, é formada pela fosforilação da riboflavina, uma reação depen-
dente de ATP. A FAD, flavina adenina dinucleotídeo, é formada pela reação 
subsequente à formação da FMN, também com ATP, na qual a fração AMP 
é transferida para FMN. Além disso, por sua coloração amarela, a riboflavina 
também é muito utilizada como aditivo alimentar. As principais fontes naturais 
de riboflavina são o leite e os laticínios;
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Figura 11 – Ribofl avina e as coenzimas FMN e FAD
Fonte: Rodwell et al., 2017
• Vitamina B3, Niacina: é composta por duas estruturas importantíssimas no 
metabolismo energético, o ácido nicotínico e a nicotiamida, além de duas coen-
zimas, o NAD (dinucleotídeo de nicotiamina e adenina) e o NADP (dinucleotídeo 
de nicotiamina e adenina). O NAD transporta elétrons através das reações meta-
bólicas de produção de energia pelo metabolismo de açucares, gorduras e álcool, 
e o NADP é uma coenzima que participa da produção dos lipídeos e ácidos nu-
cleicos. A Niacina foi descoberta em estudos feitos da pelagra(dermatite fotossen-
sível) como um nutriente, e não se trata especificamente de uma vitamina, pois 
pode ser sintetizada pelo organismo a partir do aminoácido triptofano;
Figura 12 – Ácido nicotínico e nicotiamida
Fonte: RODWELL et al., 2017
A pelagra pode evoluir pela deficiência em triptofano e niacina, caracterizada 
por uma dermatite fotossensível que, se não controlada, pode causar demência. 
Acomete duas vezes mais mulheres do que homens, pois o estrogênio, hormô-
nio feminino, pode suprimir o metabolismo do triptofano. Além das deficiências 
em triptofano e niacina, o déficit em riboflavina ou vitamina B6 também podem 
acarretar a doença. O ácido nicotínico e a nicotiamida administrados em valores 
superiores a 500 mg/dia pode causar toxicidade;
• Vitamina B5, ácido pantotênico: tem associação à oxidação dos ácidos graxos 
e hidratos de carbono. A coenzima A é oriunda do ácido pantotênico e está en-
volvida em diversas reações metabólicas de síntese: aminoácidos, ácidos graxos, 
corpos cetônicos, colesterol, fosfolipídeos, hormônios e esteroides;
Figura 13 – Ácido pantotênico
Fonte: Wikimedia Commons
19
UNIDADE Vitaminas e Minerais
Figura 14 – Ácido pantotênico e coenzima CoA
Fonte: RODWELL et al., 2017
• Vitamina B6: seis compostos têm atividade de vitamina B6: piridoxina, piri-
doxal, piridoxamina e seus fosfatos 5’, diferindo apenas quanto à natureza do 
grupo funcional ligado ao anel, como mostra a Figura 15;
Figura 15 – Estruturas da vitamina B6
Fonte: HARVEY; FERRIER, 2012
20
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A piridoxina pode ser encontrada em plantas e o piridoxal e a piridoxiamina podem 
ser de fontes animais. São vitaminas que participam de um grupo quimicamente 
muito similar e que podem ser convertidas entre si dentro do Sistema Biológico. 
A coenzima A é a piridoxal-5’-fosfato, que é a forma metabolicamente ativa da 
vitamina B6 e que está envolvida em diversas reações metabólicas de síntese: 
no metabolismo de macronutrientes, na síntese da hemoglobina e na expressão 
de genes, além de reações como: descarboxilações, transaminações, racemiza-
ções, eliminações, substituições e interconversões. Cerca de 80% da vitamina B6 
existente no organismo estão sob a forma de piridoxal fosfato nos músculos em 
combinação com o glicogênio;
 Figura 16 – Compostos ativos da vitamina B6 (piridoxina, piridoxal e piridoxamina)
Fonte: RODWELL et al., 2017
Existem evidências raras de deficiência da vitamina B6, podendo causar desequilí-
brio no metabolismo do triptofano e da metionina. A vitamina B6 (recomendação 
2 a 7 mg por dia) em excesso (100 a 200 mg por dia) pode provocar neuropatia 
sensorial, a retirada da vitamina em excesso pode causar lesão neurológica;
• Vitamina B7, biotina: é um composto essencial para o metabolismo de macro-
nutrientes (proteínas, lipídeos e hidratos de carbono). É uma coenzima essen-
cial em quatro carboxilases: acetil-CoA carboxilase (síntese de ácidos graxos), 
piruvato-CoA carboxilase (gliconeogênese), betametilcrotonil-CoA carboxilase 
(metabolismo da leucina) e a propionil-CoA carboxilase (metabolismo de amino-
ácidos e colesterol);
21
UNIDADE Vitaminas e Minerais
Figura 17 – Biotina
Fonte: Wikimedia Commons
• Vitamina B9, ácido fólico ou folato: é uma coenzima e está sob a forma de 
THF (ácido tetrahidrofólico), participa de reações como metabolismo de ácidos 
nucleicos e aminoácidos, síntese de nucleotídeos, divisão celular (gravidez e 
infância) e produção dos glóbulos vermelhos;
Figura 18 – Ácido fólico
Fonte: Wikimedia commons
Você Sabia?
Associação da deficiência de ácido fólico com alterações patológicas e estratégias para 
sua prevenção: uma visão crítica. Disponível em: https://bit.ly/2D4Oi4Q
O aumento na demanda (durante a gestação) ou as patologias do intestino del-
gado, alcoolismo ou tratamento com fármacos inibidores podem causar a defi-
ciência do ácido fólico. O déficit em ácido fólico pode provocar a anemia me-
galoblástica, que causa o comprometimento da síntese das hemácias (glóbulos 
vermelhos) e do DNA;
Recomenda-se que todas as mulheres em idade fértil ou gestantes no primeiro 
trimestre de gestação façam a administração de ácido fólico diariamente (0,4 
mg), para diminuir os riscos de que a criança venha com defeitos no tubo neural 
como anencefalia e espinha bífida;
22
23
Figura 19 – Comparativo entre medulas normal e megaloblástica
Fonte: HARVEY; FERRIER, 2012
• Anencefalia: Má formação do cérebro durante a formação embrionária, que pode acometer 
o feto entre o 16ª e 26ª dias de vida e é definida pela ausência da caixa craniana e do cérebro.
• Espinha bífida: Ocorre no início da gestação, tendo como consequência a má formação 
dos ossos da coluna, posteriormente, podendo provocar a abertura da coluna na região 
sacral, na parte baixa final da coluna.
Qual é a importância do ácido fólico na gestação?
• Vitamina B12: as vitaminas B12 são descritores genéricos das cobalaminas, 
compostos que possuem cobalto (anel corrina) na sua estrutura. Coenzima 
participante do metabolismo e desenvolvimento de todas as células do corpo, 
principalmente, na sistematização do DNA, participa também das reações me-
tabólicas dos hidratos de carbono, proteínas, lipídeos, aminoácidos e ácidos 
graxos, sendo essencial na produção de células na medula, neurônios e pro-
teínas. A proteína B12 é absorvida pelo organismo por intermédio da ligação 
23
UNIDADE Vitaminas e Minerais
a um fator intrínseco: o ácido gástrico libera a conexão da B12 ao alimento e 
ela se liga à cobalofilina, uma proteína de ligação liberada pela saliva. A coba-
lofilina sofre hidrólise e deixa a vitamina livre para se ligar ao fator intrínseco. 
Daí a conexão da insuficiência pancreática e a deficiência da vitamina B12, pois 
a vitamina pode ser excretada quando ligada à cobalofilina antes de se ligar ao 
fator intrínseco;
Ela só é encontrada em alimentos de origem animal, pois não existem fontes 
de vitamina B12 de origem vegetal. Assim sendo, pessoas com dietas veganas 
precisam estar atentos à falta dessa vitamina;
Figura 20 – Vitamina B12
Fonte: Wikimedia Commons
A deficiência da vitamina B12 pode causar anemia, pois afeta o metabolismo 
do ácido fólico, acarretando uma deficiência funcional do folato, que tem como 
consequência o comprometimento da síntese das hemácias e do DNA, causan-
do a anemia megaloblástica;
O déficit da B12 pode causar também a anemia perniciosa, que tem como con-
sequência a degeneração irreversível da medula espinhal. A destruição do fator 
intrínseco (é imprescindível a ligação da vitamina B12 ao fator intrínseco para 
que a vitamina seja absorvida pelo organismo) promovida por doença autoimu-
ne, aumenta a dificuldade do organismo em absorver a vitamina B12;
A deficiência da vitamina B12 pode causar também o déficit funcional de folato 
– o sequestro do folato – a metionina sintase, uma enzima dependente da vita-
mina B12, é essencial ao processo de síntese do folato. 
24
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O comprometimento da produção da metionina em consequência da deficiência 
da vitamina B12 causa o acúmulo da homocisteína e inibe a produção do folato, 
conforme é mostrado na Figura 21;
Figura 21 – Relação vitamina B12 e metionina sintase, na formação do folato
Fonte: RODWELL et al., 2017
Você Sabia?
Diagnóstico e exames laboratoriais da anemia megaloblástica por deficiência de vitamina 
b12 e ácido fólico. Acesse: https://bit.ly/2EwM3rj
• Vitamina C: a forma ativa da vitamina C é o ácido ascórbico, que tem um papel 
importante agindo como coenzima na hidroxilação de várias reações bioquímicas 
celulares. As funções da vitamina C são hidroxilação do colágeno e composição 
das proteínas dos ossos, dentes, tendões e vasos sanguíneos. É também um pode-
roso antioxidante e é usada na síntese e na produção dos hormônios e neurotrans-
missores, além de auxiliar o Sistema Imunológico, a respiração celular e manter 
os vasos sanguíneos protegidos. São fontes de vitamina C: frutas (laranja, limão, 
kiwi) e legumes (brócolis, morangos, tomates, pimentões, batatas);É sempre bom lembrar-se de que a quantidade de vitamina C disponível nos 
alimentos pode ser diminuída com o cozimento de qualquer alimento que seja 
fonte dessa vitamina. O consumo deficiente da vitamina C (10 mg por dia) causa 
a avitaminose C ou escorbuto, como também o cancro e as doenças renais.
25
UNIDADE Vitaminas e Minerais
Figura 22 – Cristais de ácido ascórbico, vitamina C
Fonte: Wikimedia Commons
Tabela 6
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
A absorção da vitamina C é bem tolerada pelo organismo, e doses controladas 
podem ser seguras até mesmo para gestantes. 
A vitamina C está relacionada a um grupo em que estão presentes a vitamina E e 
o beta caroteno. Essas são vitaminas antioxidantes. 
O consumo de vitamina C diariamente está relacionado à diminuição de doenças 
crônicas como cardiopatias e câncer. 
Escorbuto: é uma patologia associada à deficiência de vitamina C, com sinais como fra-
queza, cansaço, dores nos membros superiores e inferiores. Se não for tratado, o escorbuto 
pode acarretar diminuição do número de glóbulos vermelhos, inflamação das gengivas e 
hemorragias na pele. Com a progressão da doença, podem surgir também problemas de 
cicatrização e morte causada por infeção ou hemorragia. 
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Figura 23 – Ácido ascórbico, vitamina C
Fonte: Wikimedia Commons
Vitamina C. Disponível em: https://bit.ly/3lf5CFo
Tabela 7 – Resumo vitaminas
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UNIDADE Vitaminas e Minerais
Fonte: HARVEY e FERRIER, 2012
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Bioquímica ilustrada de Harper
RODWELL, V. W. et al. Bioquímica ilustrada de Harper. 30.ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2017. Cap. 43 e 44.
Bioquímica ilustrada
HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica ilustrada. 5.ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2012. 520p. Cap. 28.
Bioquímica ilustrada de Harper
MURRAY R. K. H. Bioquímica Ilustrada. 27.ed. Rio de Janeiro: McgrawHill, 
2007. Cap. 51.
 Leitura
Alimentação, fotoexposição e suplementação: influência nos níveis séricos de vitamina D
https://bit.ly/3gEADiN
Suplementação Vitamínica – Bases Clínicas
https://bit.ly/2EtaGWe
Ácido fólico: uma abordagem acerca de benefícios e malefícios
https://bit.ly/32wP4Ap
Biotina para tratamento da deficiência da Biotinidase
https://bit.ly/2ElTbHv
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UNIDADE Vitaminas e Minerais
Referências
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia em Contexto. São Paulo: Moderna, 2013.
BAYNES, J. W.; DOMINICZAK, M. H. Bioquímica médica. 3.ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010.
BERG, J. M.; STRYER, L.; TYMOCZKO, J. L. Bioquímica. 7.ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014.
CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S. O. Bioquímica. 3.ed. São Paulo: Cengage 
Learning, 2006. Parte 4.
HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica ilustrada. 5.ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2012. 520p. Cap. 28.
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007.
MURRAY R. K. H. Bioquímica Ilustrada. 9.ed. Ed. Rio de Janeiro: McgrawHill, 2007.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7.ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2011.
RODWELL, V. W. et al. Bioquímica ilustrada de Harper. 30.ed. Porto Alegre: 
AMGH, 2017.
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