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1 Gestão de Produção e Custos Professor Marcelo do Vale Neto Administração da produção A função produção é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços. 3 Administração da produção 4 Administração da produção Administração da produção é a área responsável pelos recursos físicos e materiais da organização, onde será executado o processo de transformação das matérias-primas em produto final para a comercialização ao consumidor final. 5 Administração da produção 6 Administração da produção 7 TAREFA 01 Produção na organização 8 A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência, mas não é a única nem, necessariamente, a mais importante. Entretanto, as outras duas funções centrais de qualquer organização são: Produção na organização 9 A função marketing: é responsável por comunicar os produtos ou serviços de uma empresa para seu mercado, de modo a gerar pedidos de serviços e produtos por consumidores. • A função desenvolvimento de produto/serviço: é responsável por criar novos produtos e serviços ou modificá-los, de modo a gerar solicitações futuras de consumidores por produtos e serviços. Produção na organização 10 Existem, também, as funções ditas como de apoio, que suprem e apoiam a função produção, das quais destacamos: ❖ A função contábil-financeira: que fornece a informação para ajudar os processos decisórios econômicos e administra os recursos financeiros da organização. ❖ A função recursos humanos: que tanto recruta e desenvolve os funcionários da organização, como também se encarrega de seu bem-estar. Produção na organização 11 Produção na organização 12 Administração da produção 13 HORA DO CINEMA https://www.google.com/url?q=https://www.youtube.com/watch?v%3D9uqP5lCK4ps&sa=D&ust=1602449831354000&usg=AFQjCNGr5WMOr7BJpOcn04Pi34HpinNNtg https://www.google.com/url?q=http://www.youtube.com/watch?v%3D9uqP5lCK4ps&sa=D&ust=1602449831471000&usg=AFQjCNGchJZQu9t9vc9GPyi2sNRHIsV81g Produção na organização 14 TAREFA 02 Modelo de transformação 15 Modelo de transformação 16 Modelo de transformação 17 Processo de transformação 18 Tipos de operações de produção 19 Embora as operações sejam similares entre si na forma de transformar recursos de entrada em saída de bens e serviços, apresentam diferenças em quatro aspectos importantes: volume de saída; varie- dade de saída; variação da demanda de saída e grau de visibilidade (contato com o consumidor) envolvido na produção da saída. Tipos de operações de produção 20 ❖ Dimensão volume ❖ Dimensão variedade ❖ Dimensão variação ❖ Dimensão visibilidade Tipos de operações de produção 21 Dimensões da produção 22 Dimensões da produção 23 Os bancos usavam os caixas que era a única forma que os clientes tinham para contatar o banco. Com o passar do tempo outros serviços foram desenvolvidos pelos bancos para criar mercados diferentes. Dimensões da produção 24 Para quase qualquer tipo de indústria, podem-se identificar operações que se encontram em diferentes partes das quatros dimensões. Dimensões da produção 25 Papel da função produção 26 Conforme Slack, Chambers e Johnston (2002), a maioria das organizações tem a opção de contratar fora a produção de seus serviços e bens e tornarem-se “empresas virtuais”. Elas podem pagar a alguma outra para fornecer o que sua função produção faz. Este fato nos faz questionar outra situação: “O que a função produção precisa fazer para justificar sua existência na empresa?” Papel da função produção 27 Papéis a serem considerados, os quais são particularmente importantes para a função produção: (1) Como implementadora da estratégia empresarial; (2) como apoio para a estratégia empresarial e (3) como impulsionadora da estratégia empresarial. Papel da função produção 28 a) Implementação da estratégia empresarial A maioria das empresas possui algum tipo de estratégia, mas é a produção que a coloca em prática. Papel da função produção 29 b) Apoio para a estratégia empresarial A produção deve desenvolver seus recursos para que forneçam as condições necessárias para permitir que a organização atinja seus objetivos estratégicos. Papel da função produção 30 c) Impulsão da estratégia empresarial: produtos defeituosos, serviços de baixa qualidade, entregas em atraso, promessas não cumpridas, pouca oferta de produtos ou serviços ou um custo de produção muito elevado causarão a quebra de qualquer organização a longo prazo. Papel da função produção 31 Serviços ■ O produto pode ser demostrado, normalmente. ■ O serviço não pode, pois ele não existe antes da compra. ■ Portanto, “os clientes percebem mais riscos na compra de serviços do que de produtos, baseando-se fortemente em: <referências de terceiros, < e na reputação da empresa prestadora de serviços” (GIANESI e CORRÊA, 2006). Características de Serviços Inseparabilidade ■ expressa a noção de que um serviço não pode ser separado do provedor do mesmo. Características de Serviços Perecibilidade ■ expressa a noção de que um serviço não pode ser feito com antecedência e armazenado. ■ A produção do serviço e seu consumo se dão no mesmo momento. Características de Serviços Intangibilidade ■ expressa a noção de que um serviço não tem nenhuma substância física. ■ O que fica de posse do consumidor é O RESULTADO da prestação do serviço. Características de Serviços Variabilidade ■ expressa a noção de que um serviço pode variar em padrão ou qualidade de um fornecedor para outro. Os serviços muitas vezes necessitam da presença do cliente para sua produção Serviços precisam da presença do cliente para serem produzidos OU de um bem seu. Produtos não precisam da presença do cliente para serem produzidos A produção e o consumo de serviços são simultâneos Serviços são produzidos e consumidos simultaneamente Produtos podem ser produzidos e estocados para consumo futuro SERVIÇOS SÃO INTANGÍVEIS ABERTURA DE CONTAS Serviço Produto Intangível Tangível 40 Operações ■ Operações compõe o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas com a produção de bens e/ou serviços. ■ As operações podem variar em função do seu volume, variedade, demanda, contato com o consumidor. 41 Processos ■ Em uma empresa industrial, entendemos como um processo o percurso realizado por um material desde que entra na empresa até que dela saia com um grau determinado de transformação. ■ Por sua vez, uma operação é o trabalho desenvolvido sobre o material por homens ou máquinas em um determinado tempo. ■ Em empresas de serviços, o material fundamental é a informação. 42 Manufatura x Serviços ■ Bens ❑ Tangível ❑ Pode ser estocado ❑ A produção precede o consumo ❑ Baixo nível de contato com o consumidor ❑ Pode ser transportado ❑ A qualidade é evidente ■ Serviços ❑ Intangível ❑ Não pode ser estocado ❑ A produção e o consumo são simultâneos ❑ Alto nível de contato com o consumidor ❑ Não pode ser transportado ❑ É difícil julgar a qualidade ANÁLISE DO TRABALHO E ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS ✔ Análise do trabalho; ✔ Estudo dos tempos e movimentos; ✔ Tempo padrão. ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA FOCO NA TAREFA; ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO. DIVISÃO DA OPERAÇÃO EM ELEMENTOS Os elementos são partes em que a operação pode ser dividida; Essa divisão tem por principal finalidade a verificação do método de trabalho e deve ser compatível com a obtenção de uma medida precisa, tornando-se o cuidado de não dividir a operação em minutos ou em demasiada mente poucos elementos; O tempo de cada elemento será anotado separadamentena folha de observações. CRONOMETRAGEM Determina a quantidade de tempo necessária para se executar uma operação, medindo o tempo de trabalho gasto em suas operações elementares. “TEMPO PADRÃO” é a medição do tempo de trabalho, eliminando os tempos improdutivos. OPERAÇÕES ELEMENTARES: • Decomposição; • Movimentos relevantes. FOLHA DE OBSERVAÇÕES NÚMERO DA OBSERVAÇÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS TEMPO CRONOMETRADO ( SEGUNDOS ) PEGAR PEÇA NA CAIXA 8 7 9 7 8 7 7 8 7 11 POSICIONAR PEÇAS NA MÁQUINA 4 3 2 3 4 3 3 2 4 3 ABRIR FURO ( MÁQUINA ) 2 3 2 2 3 3 2 6 3 3 COLOCAR A PEÇA FURADA EM CAIXA DE SAÍDA 8 7 6 6 7 6 8 7 10 6 TEMPO DE OPERAÇÃO( TOTAL ) 22 20 19 18 22 19 20 23 24 23 AVALIAÇÃO DO RITMO DO OPERADOR O ritmo do operador é determinado de maneira subjetiva por parte do cronometrista; O ritmo 100 (ou 100%) é denominada velocidade normal de operação; Se o cronometrista estima que a execução da operação não atinge o nível que ele julga “normal”, ele escolherá um fator inferior a 100, por exemplo, 95,90,80 ou outro que julgue apropriado; Se ao contrário, ele estima que a execução ultra passa o nível normal, ele tomará como fator um número superior a 100, por exemplo,110,120 ou 130. AVALIAÇÃO DO RITMO DO OPERADOR TEMPO NORMAL = TEMPO CRONOMETRADO X ------------------------ COEFICIENTE RITMO RITMO DE (*) REFERÊNCIA (*) O RITMO DE REFERÊNCIA É SEMPRE DE VALOR 100 (RITMO NORMAL). DETERMINAÇÃO DAS TOLERÂNCIAS ✔ Não é possível esperar que uma pessoa trabalhe o dia inteiro sem interrupções; ✔ Concessões são permitidas e previstas no trabalho para que sejam atendidas as denominadas necessidades pessoais, que proporcionam um descanso, aliviando os efeitos da fadiga no trabalho; ✔ A fadiga no trabalho é resultado não somente do esforço físico e ou mental do trabalho mas também das condições ambientais do local de trabalho. FATOR DE TOLERÂNCIA Geralmente, adota-se uma tolerância variando entre 15% e 20% do tempo (fator de tolerância entre 1,15 e 1,20) para trabalhos normais realizados em um ambiente normal, para empresas industriais. As tolerâncias podem ser calculadas em função dos tempos de permissão que a empresa se dispõe conceder. Nesse método, determina-se a porcentagem de tempo (P) concedida em relação ao tempo de trabalho diário e calcula-se o fator de tolerâncias como sendo: 1 Ft = ---------------- ( 1 – P ) DETERMINAÇÃO DO TEMPO PADRÃO SOMATÓRIO DOS TEMPOS CRONOMETRADOS TEMPO CRONOMETRADO (Tc) = --------------------------------------------------------------------------- NÚMERO DE AMOSTRAS COEFICIENTE RITMO TEMPO NORMAL(Tn) = TEMPO CRONOMETRADO X ------------------------------------------ RITMO DE REFERÊNCIA TEMPO PADRÃO (Tp) = TEMPO NORMAL( Tn ) x FATOR DE TOLERÂNCIA (Ft) O TEMPO PADRÃO é o tempo durante o qual um operador qualificado, normal, executa um determinado trabalho, segundo um método especificado, no qual se consideram as majorações ligadas ao trabalho (coeficientes dinamométricos, de posição, de participação mental). EXEMPLO : Apanhar de uma caixa disposta ao lado de um posto de trabalho, uma peça com 1,5 kg de peso para perfurá-la em uma máquina, colocando-a, à seguir, em caixa de saída. A empresa concede 19 minutos para as necessidades fisiológicas e 5 minutos para cafezinho em relação a um dia de trabalho de 8 horas. Deseja-se determinar o tempo padrão necessário para uma peça ser processada. O cronometrista realizou uma cronometragem preliminar constituída de 9 tomadas de tempo, obtendo os dados que se seguem. a) Calcular o tempo cronometrado (Tc) b) Calcular o tempo normal (Tn) c) Definir o tempo padrão através do fator de tolerância (Ft). FOLHA DE OBSERVAÇÕES OPERAÇÃO : PERFURAR A PEÇA C – 13 – B NOME DA PEÇA : SUPORTE AB – 7510 MÁQUINA : PERFURATRIZ – 25 NOME DO OPERADOR : PAULO ANDRADE – 354 CRONOMETRISTA : CARLOS ARAUJO – 123 DATA : 01 / 12 /2003 HORA INÍCIO : 15:00 HORA TÉRMINO: 17:00 ELEMENTOS PEGAR PEÇA NA CAIXA POSICIONAR PEÇA NA MÁQUINA ABRIR FURO COLOCAR PEÇA FURADA CAIXA DE SAÍDA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0,08 0,07 0,08 0,07 0,08 0,07 0,07 0,08 0,08 0,08 0,07 0,08 0,07 0,08 0,07 0,07 0,08 0,08 0,04 0.03 0,03 0,04 0,03 0,03 0,03 0,04 0,03 0,12 0,10 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,12 0,11 0,14 0,13 0,15 0,14 0,14 0,14 0,13 0,14 0,15 0,26 0,23 0,26 0,25 0,25 0,24 0,23 0,26 0,26 0,08 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06 0,08 0,07 0,06 0,34 0,30 0,32 0,31 0,32 0,30 0,31 0,33 0,32 TEMPO TOTAL 0,34 0,30 0,32 0,31 0,32 0,30 0,31 0,33 0,32 TEMPOS CRONOMETRADOS a) CALCULAR O TEMPO CRONOMETRADO ( Tc ) ( 0,34 + 0,30 + 0,32 + 0,31 + 0,32 + 0,30 + 0,31 + 0,33 + 0,32 ) Tc = -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9 2,85 Tc = ------------ = 0,317 centésimos de hora 9 b) CALCULAR O TEMPO NORMAL ( Tn ) COEFICIENTE RITMO Tn = TEMPO CRONOMETRADO ( Tc ) x ---------------------------------------------- RITMO DE REFERÊNCIA Vamos supor que o cronometrista avalie o ritmo do operador da Máquina em 125 , teremos então : Tn = 0,317 x 125 / 100 = 0,396 centésimo de hora c) DEFINIR O TEMPO PADRÃO ATRAVÉS DO FATOR DE TOLERÂNCIA 1 Ft = ----------------- ( 1 - p ) onde : tempo de concessões p (permissões) = ----------------------------------------------------------------------- ( trabalho em 1 turno – tempo de concessões ) Concessões : necessidades fisiológicas 19 minutos tempo para cafezinho 5 minutos tempo total 24 minutos Tempo disponível para produção: tempo de concessões: 24 minutos trabalho 1 turno(8hx60min): 480 minutos Tempo disponível para produção: 456 minutos c) DEFINIR O TEMPO PADRÃO DE PRODUÇÃO ATRAVÉS DO FATOR TOLERÂNCIA : tempo de concessões : 24 minutos tempo disponível para produção : 456 minutos 24 minutos Permissões ( p ) = ----------------------------- = 0,05263 456 minutos 1 Fator de tolerância ( Ft ) = ------------------------------- = 1,055 ( 1 – 0,05263 ) Tp = Tn x Ft Tp = 0,396 x 1,055 = 0,418 centésimo de hora Prof José Alberto 58 EXEMPLODO CÁLCULO TRABALHISTA Quando da prática de cálculos trabalhistas, é importante observar que a hora relógio tem 60 minutos e a hora centesimal, como o próprio nome diz, trabalha com frações de 100. Assim, 1 hora relógio tem 60 minutos e 1 hora centesimal tem 100 centésimos de hora. Nas calculadoras, os cálculos relativos às horas sempre devem ser elaborados na forma centesimal, para os quais foram programadas. Para isto é necessário transformar a quantidade de horas, quando estiverem em hora relógio, para hora centesimal. Se o empregado tem direito a 1:45 hora a título de horas extras, se faz necessário transformar de hora relógio, para a forma de hora centesimal. Portanto, basta a aplicação da regra de três simples: 60 minutos = 1 hora 45 minutos = x 45 minutos x 1 hora / 60 = 45/60 = 0,75 Assim, 45 minutos na forma centesimal equivale a 0,75 hora centesimal, ou seja, basta tomar-se o número de minutos que se deseja transformar em horas centesimais e dividi-lo por 60. TEMPO PADRÃO EM SEGUNDOS : 1 MINUTO 1,67 CENTÉSIMO DE HORA X MINUTOS 0,418 CENTÉSIMO DE HORA 0,418 CENTÉSIMO DE HORA X MINUTOS = ----------------------------------------------------- 1,67 CENTÉSIMO DE HORA TEMPO PADRÃO = 0,02502994 minuto TEMPO PADRÃO = 0,2502994 min x 60 segundo/min TEMPO PADRÃO = 15,017964 = 15,02 segundos EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Um estudo de tempos de operação de uma máquina acusou um tempo cronometrado médio de 27,50 minutos. O coeficiente de ritmo avaliado pelo cronometrista, foi 120 e a empresa concede 30 minutos para lanches e 25 minutos para atrasos inevitáveis em um dia de 8 horas de trabalho. Determine o tempo normal e o tempo padrão da operação. 2. Uma operação em uma prensa apresenta um tempo padrão de setup de 40 minutos, que se destina a trocar o estampo a cada 1000 peças produzidas. As peças são prensadas e têm um tempo normal de 4,5 segundos. Se a empresa concede um fator de tolerância de 1,3 determine o tempo padrão por peça e por lote de 5000 peças. 3. A lanchonete MAX BURGUER faz um estudo de tempos anotando os tempos necessários para o preparo de um sanduíche. As tolerâncias são de 15% ( Ft = 1,15 ). Determinar o tempo normal e o tempo padrão. --------------------------------------------------------------------------------------- ELEMENTOS CRONOMETRAGENS TEMPO EFICIÊNCIA 1 2 3 MÉDIO (SEGUNDOS) ( % ) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- COLOCAR O HAMBURGUER NA CHAPA 24 25 22 24 90 COZINHAR DE UM LADO 45 49 51 48 110 VIRAR E COZINHAR DO OUTRO LADO 42 48 45 45 110 MONTAR O SANDUÍCHE 21 22 21 21 95 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 A lanchonete MAX BURGUER , no horário de 12:00 às 13:00, tem um fluxo de clientes que demandam 65 sanduíches no intervalo. De quantos “chapeiros” serão necessários para o atendimento? 5.Um produto industrial é processado em 3 operações cuja a soma dos tempos padrões é de 3,50 minutos. O tempo padrão do setup é de 5,0 minutos para 1000 peças. As peças produzidas são colocadas em um contêiner com capacidade para 100 peças, que quando cheio é fechado e colocado ao lado. O tempo necessário para essa atividade é de 1,50 minutos. Calcular o tempo padrão para cada peça. Prof José Alberto 63 Produtividade ■ É uma dimensão que deve estar presente em todas as ações da empresa, sob pena de perder competitividade, em que pese sua capacidade de inovar, sua flexibilidade, qualidade etc. ■ Todas as decisões devem ter uma relação custo/benefício favorável, pelo menos a médio e longo prazos. Administração da Produção – Martins & Laugeni 64 Conceito de Produtividade OUTPUT INPUT PRODUTIVIDADE = OUTPUT INPUT 65 AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE ALGUNS FATORES DETERMINANTES DA PRODUTIVIDADE o RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO o ESCASSEZ DE RECURSOS o MÃO DE OBRA o INOVAÇÃO E TECNOLOGIA o RESTRIÇÕES LEGAIS o FATORES GERENCIAIS o QUALIDADE DE VIDA 66 SISTEMAS DE PRODUÇÃO 67 Ciclo da Produtividade Medida da Produtividade Planejamento da Produtividade Avaliação da Produtividade Melhoria da Produtividade 68 Formas de se melhorar a produtividade 1. Produzir mais output usando o mesmo nível de inputs. 2. Produzir a mesma quantia de output usando menor nível de inputs. 3. Produzir mais output usando menor nível de inputs. SISTEMAS DE PRODUÇÃO ENTRADAS PROCESSO DE PRODUÇÃO SAÍDAS PRODUTIVIDADE = -------------------------- SAÍDAS ENTRADAS EFICIÊNCIA = ---------------------------------------- DESEMPENHO REAL DESEMPENHO PADRÃO X 100 Uma empresa trabalha com dois tipos de máquinas, que fazem o mesmo produto, existem 2 máquinas de cada tipo, cada uma com produção nominal de 120 unidades/hora. Em 20 dias operando 10 horas por dia a empresa fabricou 84000 produtos. Se as máquinas A produziram efetivamente 40800 unidades, com qual a eficiência trabalhou cada máquina B ? Qual a produtividade, considerando 1 operário em cada máquina? DADOS : 2 máquinas A e 2 máquinas B; capacidade de cada máquina : 120 und / h; jornada: 20 dias com 10 horas /dia; fabricou : 84000 produtos; máquinas A produziu : 40800 und; 1 operário em cada máquina. EXEMPLOS a) Calcular a produção nominal no período das 4 máquinas sendo 2 máquinas tipo A e 2 tipos B. Produção nominal : é a capacidade de produção da máquina definida pelo próprio fabricante. Produção nominal de cada máquina : 120 und / h Período de produção : 20 dias x 10 horas / dia = 200 horas Total da produção nominal no período por máquina: 120 und /h x 200 h = 24.000 und. b) Com qual eficiência trabalhou cada máquina B ? A empresa fabricou : 84.000 unidades As máquinas A : 40.800 unidades As máquinas B : 43.200 unidades EFICIÊNCIA PRODUÇÃO REAL DA MÁQUINA DA MÁQUINA = --------------------------------------------------- X 100 PRODUÇÃO NOMINAL DA MÁQUINA EFICIÊNCIA 43.200 UNIDADES DA MÁQUINA B = ----------------------------------- X 100 48.000 UNIDADES EFICIÊNCIA DA MÁQUINA B = 0,90 X 100 = 90 % C) Qual foi a eficiência da máquina A ? As máquinas A produziram : 40800 unidades Produção nominal da máquina A : 2 x 24000 = 48000 unidades EFICIÊNCIA DA 40800 unidades MÁQUINA A = ---------------------------------- x 100 48000 unidades EFICIÊNCIA DA MÁQUINA A = 0,85 X 100 = 85 % d) Qual a eficiência da empresa ? A empresa fabricou : 84000 unidades Produção nominal das 4 máquinas : 96000 unidades 84000 unidades EFICIÊNCIA DA EMPRESA = ----------------------------- x 100 = 87,5 % 96000 unidades 75 e) Qual a produtividade da empresa ? A empresa fabricou : 84000unidades 4 operários Jornada de 20 dias e 10 horas por dia SAÍDAS PRODUTIVIDADE = -------------------- ENTRADAS 84000 unidades PRODUTIVIDADE=-------------------------------------------------- 4 operários x 20 dias x 10 horas / dia 84000 UNIDADES PRODUTIVIDADE= ----------------------------------------------- 800 HOMENS. HORAS PRODUTIVIDADE = 105 UNIDADES / HOMEM HORA EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Uma empresa fabricou 120.000 unidades em um determinado período, com 15 operadores trabalhando 8 horas por dia, durante 20 dias. a) Qual a produtividade da mão de obra da empresa? 2. A empresa ALFA produz 15000 unidades em 20 dias utilizando 16 pessoas que trabalham 8 horas / dia. A empresa BETA produz 20000 unidades no mesmo período, porém utilizando 20 pessoas com jornada de 10 horas / dia. Qual das duas empresas utiliza melhor sua mão de obra ? Justifique. 3. Qual a eficiência de um transformador elétrico que no processo de produção de tensão de 11000 volts para 110 volts, recebe a energia de 850 kwh e envia 830 kwh? 4. Quantos funcionários a industria MALTA vai precisar para produzir 1.008.000 unidades se sua produtividade é de 120 unidades por homem hora e trabalha 200 horas no período? 5. Uma determinada empresa tem 75 unidades por homem hora de produtividade, dispõe de 20 funcionários que trabalham 15 dias durante o mês. De quanto é a jornada diária de trabalho desses funcionários, se a produção no período foi de 135.000 unidades? LISTA DE EXERCÍCIOS 01 LAYOUT É A INTEGRAÇÃO DO FLUXO DE MATERIAIS, DA OPERAÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS E TRANSFORMAÇÃO, COMBINADOS COM AS CARACTERÍSTICAS QUE CONFEREM A MAIOR PRODUTIVIDADE AO ELEMENTO HUMANO. MARCILIO CUNHA LAYOUT É a disposição física de máquinas, posto de trabalho, equipamentos, homens, áreas de circulação, unidades de apoio e tudo mais que ocupa espaço na fábrica, distribuindo-os de forma a maximizar a funcionalidade processo produtivo e otimizar o ambiente de trabalho. LAYOUT QUANDO MODIFICAR : ▪ Existir máquinas improdutivas; ▪ Necessidade de utilização de novas máquinas; ▪ Houver excesso de material; ▪ Existir movimentação excessiva de material. O QUE ACARRETA UM LAYOUT MAL ELABORADO: ✔ Aumento nos custos; ✔ Redução dos lucros; ✔ Criação de gargalos na produção; ✔ Tempo improdutivo; ✔ Impossibilidade de ampliação futura; ✔ Inviabilidade de motivação adequada na fábrica. LAYOUT FATORES QUE INFLUENCIAM : •MATERIAL : projeto,variedade,quantidade,operações e sequência necessária; *MÁQUINA : máquinas, equipamentos e ferramentais; *HUMANO : supervisão,trabalho direto e indireto; *MOVIMENTAÇÃO : transporte intra e entre departamentos, manuseio estocagem e inspeção; *ESPERA : estocagens temporárias e permanentes; *SERVIÇOS AUXILIARES :manutenção, inspeção, programação e expedição; *PRÉDIO : características internas e externas do prédio e distribuição de utilidades e equipamentos; MUDANÇA : versatilidade;flexibilidade e expansão. LAYOUT Classificação das configurações dos sistemas de manufatura : # LAYOUT FUNCIONAL , POR PROCESSO # LAYOUT EM LINHA , POR PRODUTO # LAYOUT DE POSIÇÃO FIXA # LAYOUT CELULAR MARCILIO CUNHA SUPERFÍCIE DE OCUPAÇÃO : Superfície estática (Se):é a superfície correspondente aos móveis ,máquinas e instalações. Superfície gravitacional(Sg):é a superfície utilizada ao redor dos postos de trabalho pelo operador e pelo ma terial acoplado para materiais em curso. Sg = Se x N N :número de lados usados(operador,móvel ou máquina) SUPERFÍCIE DE OCUPAÇÃO : Superfície de circulação (Sc):é a superfície que se tem de reserva entre os postos de trabalho para uso do pessoal e para manutenção. Sc = ( Se + Sg ) K SUPERFÍCIE DE OCUPAÇÃO Coeficiente K >É um coeficiente que pode variar desde 0.05 a 3; >Se calcula como uma relação entre as dimensões dos homens ou objetos colocados; Valores de K para determinadas atividades: *Grande industria,alimentação e saída mediante ponte rolante: 0.05 a 0.15 *Textil – tecido: 0.10 a 0.25 •Industria Mecânica Pequena:1.50 a 2.0 •Industria Mecânica Média: 2.00 a 3.0 SUPERFÍCIE DE OCUPAÇÃO EXEMPLO: UMA PEQUENA OFICINA MECÂNICA POSTO DE TRABALHO Se x N = Sg >Torno pequeno 1.2 m.q. 1 1.2 >Fresadora 2.0 m.q. 2 4.0 >Furadeira Radial 2.0m.q. 3 6.0 >Retificadora Plana 2.0 m.q. 4 8.0 TOTAL 7.2 m.q. 19.2m.q. SUPERFÍCIE DE OCUPAÇÃO Tomando K = 2 , a superfície de circulação (Sc), é igual a : Sc = ( Se + Sg ) K Sc = ( 7.2 + 19.2 ) x 2 Sc = ( 26.4 x 2 ) Sc = 52.8 m.q. SUPERFÍCIE DE OCUPAÇÃO Superfície total necessária é : Se + Sg + Sc = 7.2 + 19.2 + 52.8 Superfície Total , aproximadamente de 79.2 metros quadrados. MARCILIO CUNHA Calcular a área total necessária para utilização dos equipamentos descritos abaixo: 91 Considerando os dados abaixo calcule a superfície total considerando o K médio de uma Grande Indústria. *Grande industria,alimentação e saída mediante ponte rolante: 0.05 a 0.15 DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE EQUIPAMENTOS TRATA - SE DE DETERMINAR A QUANTIDADE DE EQUIPAMENTOS A SER UTILIZADA DEPENDE DA CAPACIDADE DO NÚMERO DE TURNOS DE TRABALHO E DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE CADA EQUIPAMENTO. EXEMPLO : Uma fábrica de frascos plásticos soprados deseja instalar um número de máquinas de sopro que seja suficiente para produzir 2.000.000 de frascos por ano . Cada máquina deve trabalhar em 2 turnos de 8 horas/ dia, porém um trabalho útil de 7 horas por turno, e produzir um frasco a cada 15 segundos. Sabe-se também que existe uma perda de 3% na produção. Considerando que o ano tem 300 dias úteis, quantas máquinas de sopro são necessárias para atender a demanda estipulada? DADOS : Produzir 2.000.000 de frascos por ano; Dois turnos de 8 horas por dia; Trabalho útil de 7 horas por turno; Produzir 1 frasco a cada 15 segundos; Perda de 3% na produção; Ano com 300 dias úteis. SOLUÇÃO : a) Determinação da quantidade de frascos que cada máquina pode produzir no ano: 1 hora = 60 minutos x 60 = 3600 segundos Número de 7 horas / turno x 3600 segundos / hora frascos por = -------------------------------------------------------------------- turno por 15 segundos / máquina / frasco máquina = 1680 frascos / turno / máquina b) O número de frascos sem defeito é : 1680 frascos/turno/máquina x 0,97 = 1629,6 em 2 turnos serão produzidos : 1629,6 frascos/turno/máquina x 2 = 3259,2 3259,2 frascos sem defeito/máquina/dia. em 1 ano serão produzidos: 3259,2 frascos/máquina/dia x 300 dias/ano = 977.760 frascos/máquina/ano c) O número de máquinas de sopro ( N ) será : 2.000.000 frascos / ano N = ------------------------------------------------------- 977.760 frascos / máquina / ano N = 2,05 máquinas de sopro CONCLUSÃO : Seriam necessários 3 máquinas de sopro com ociosidade. Porém a decisão final com relação ao número de máquinas depende da confiabilidade dos dados do modelo e da capacidade econômico-financeira da empresa. Prof José Alberto 97 1. Uma fábrica de rodas estampadas deseja instalar um número de prensas que seja suficiente para produzir 1.000.000 de rodas perfeitas por ano. Cada prensa deve trabalhar em dois turnos de 8 horas por dia, com um trabalho útil de 6,9 horas/turno, e produzir uma roda a cada 0,8 minutos. Considerando que existe uma perda de 1% na produção e que o ano tem 300 diasúteis, quantas prensas são necessárias para atender à demanda estipulada? EXEMPLOS PROPOSTOS 98 Exemplo 1: Solução ■ Determinação de quantidade de rodas que cada prensa pode produzir por ano: ❑ Número de rodas= (6,9 h/turno x 60min/h)/0,8 min x prensa/roda= 517,5 rodas/prensa.turno ■ Número de Rodas perfeitas= 517,5 x 0,99= ❑ 512,3 rodas/prensa.turno ■ Em dois turnos = 512,3 x 2= 1024,6 rodas/prensa ■ Em um ano = 1024,6 x 300= 307.380 rodas/prensa.ano ■ Número de prensas – N=1.000.000/307.380=3,25 prensas EXEMPLOS PROPOSTOS 2. Uma empresa deseja produzir 245.000 peças em 6 horas de trabalho. A capacidade efetiva de cada máquina, quando opera com eficiência de 90%, é de 10.800 peças por hora. De quantas máquinas a empresa vai precisar considerando a capacidade nominal? Prof José Alberto 100 Quantidade = 245.000 Turno = 6 horas Cap. Efetiva = 90% (10.800 peças /hora) Cap. Nominal = 10.800 90% X 100% X => 12.000 peças/hora Solução: 6 x 12.000 = 72.000/máquina/dia Quantidade a produzir = 245.000 / 72.000 => 3,40278 = 4 máquinas 3. Uma industria de confecções, deseja adquirir um número adequado de máquinas de costura para produzir 20.000 camisetas por mês. As máquinas operam 200 horas por mês, mas devido a atrasos inevitáveis das costureiras, estimam-se que somente possam ser utilizadas durante 75% do tempo. Além disso, durante o trabalho perde-se mais 8% do tempo para limpeza da máquina, pequenas manutenções e na troca de carretéis de fio. As camisetas fabricadas passam por um rígido controle de qualidade que tem reprovado em média 5% da produção, sendo vendidas como sendo de segunda categoria. Se em cada máquina de costura o tempo é de 2 minutos, quantas máquinas serão necessárias? LAYOUT EM LINHAS DE MONTAGEM ✔ Considera-se como linha de montagem uma série de trabalhos comandados pelo operador; ✔ Devem ser executados em seqüência e são divididos em postos de trabalho, nos quais trabalham um ou mais operadores com ou sem auxílio de máquinas; ✔ O que se procura nesse tipo de layout é utilizar no máximo ( razoável ) o tempo dos operadores e das máquinas, realizando o que se denomina balanceamento de linha. BALANCEAMENTO DE LINHAS DE MONTAGEM 1 – Determinar o tempo de ciclo (Tc). O tempo de ciclo expressa a frequência com que uma peça deve sair de linha. Em outras palavras, o intervalo de tempo entre duas peças consecutivas. TEMPO DE PRODUÇÃO Tc = ------------------------------------------------------------------------------------ QUANTIDADE DE PEÇAS NO TEMPO DE PRODUÇÃO BALANCEAMENTO DE LINHAS DE MONTAGEM 2. A partir do tempo de ciclo, determinamos o nú mero mínimo de operadores que, teoricamente seriam necessários para que se tivesse aquela produção ( número teórico, N ). TEMPO TOTAL PARA PRODUZIR UMA PEÇA NA LINHA N = --------------------------------------------------------------------------------------------- TEMPO DE CICLO Sendo To , o tempo da peça em cada operação, Temos : ΣTo N =------------- Tc BALANCEAMENTO DE LINHAS DE MONTAGEM 3. Verificar se o número teórico de operadores é suficiente para os requisitos de produção, de terminando-se o número real de operadores (Nr). Esse número real é determinado por simulação, distribuindo-se as tarefas em postos de trabalho; Alocando-se a cada posto de trabalho o menor número de operadores possível. Para esta alocação devemos sempre considerar que o tempo de cada operador deverá ser menor ou, no limite, igual ao Tc BALANCEAMENTO DE LINHAS DE MONTAGEM 4. Uma vez determinada a solução, calculamos a eficiência do balanceamento ( E ). A eficiência do balanceamento é igual a : N E = ------------ x 100 Nr EXEMPLO ( PRODUTO ÚNICO ) Um fabricante de calçados estruturou uma linha de montagem para fabricar 1 par de calçados por minuto. As relações entre as atividades são desenvolvidas conforme seqüência de operações abaixo e os tempos são em muitos. Determinar: a) o número teórico de operadores; b) a real distribuição do trabalho e o número real de operadores; c) a eficiência do balanceamento. A B D G I C E F H 0,2 0,6 0,4 0,7 0,3 0,5 0,1 0,6 0,4 SOLUÇÃO : a) O número teórico de operadores: O tempo de ciclo é dado em 1 minuto por par. Tc = 1 minuto / par A soma dos tempos de operação é : Σ To = 0,2+0,6+0,4+0,7+0,3+0,5+0,6+0,1+0,4 Σ To = 3,8 minutos O número teórico de operadores ( N ) 3,8 minutos N = --------------------------- = 3,8 operadores 1,0 minuto b) A divisão de trabalho : SOLUÇÃO 1 Nr = 4 operadores Posto de trabalho 1 2 3 4 Tc Operações AB DE CHF GI Tempo por posto(min) 0,8 1,0 1,0 1,0 1,0 Ocupação (%) 80 100 100 100 Com esta composição teríamos uma sobrecarga de trabalho no Posto 3 com 3 operações (CHF) sendo executada por uma só pessoa. SOLUÇÃO 2 Nr = 5 operadores Posto de trabalho 1 2 3 4 5 Tc Operação AB CF DE GH I Tempo por posto(min) 0,8 0,9 1,0 0,7 0,4 1,0 Ocupação (%) 80 90 100 70 40 c) A eficiência do balanceamento : SOLUÇÃO 1 : 3,8 operadores E = -------------------------- x 100 = 95% 4 operadores SOLUÇÃO 2 : 3,8 operadores E = --------------------------- x 100 = 76% 5 operadores CONCLUSÃO : SOLUÇÃO 1 Não é possível conseguir a produção de 1 par em 1 minuto com 4 operadores, pois haveria sobre-carga de trabalho no posto 2, 3 e 4. SOLUÇÃO 2 Atribui 2 atividades a cada operador, dentro da seqüência lógica do fluxo do processo, sem que o tempo do posto de trabalho não supera o tempo de ciclo (Tc = 1 minuto). Nota-se porém, que há uma desigualdade entre os operadores. Assim, tomando por base o tempo de ciclo, verifica-se que o operador do posto 3, trabalha 100%, enquanto os demais trabalham % menores. EXEMPLO ( MULTIPRODUTOS ) Uma empresa deseja produzir na mesma linha de montagem é dada. Sabe-se que cada operador trabalha 57 minutos por hora, e devem ser produzidos 45 produtos por hora, determinar: a) O tempo de ciclo e o número teórico de operadores; b) A divisão do trabalho e o número real de operadores; c) A eficiência do balanceamento. PRODUTO X Y Z QUANTIDADE POR HORA 20 10 15 TEMPOS POR OPERAÇÃO (min) A 1,5 2,0 2,2 B 1,3 1,4 2,4 C 2,0 ---- 1,0 D ---- 1,3 2,6 E 1,6 2,3 ----- TEMPO TOTAL ( MINUTO ) 6,4 7,0 8,2 AB D C E SOLUÇÃO: Deve-se determinar o tempo ponderado para cada operação, tem-se : A: (1,5 x 20 + 2,0 x 10 + 2,2 x 15 ) / 45 produtos = 83 / 45 =1,84 B: (1,3 x 20 + 1,4 x 10 + 2,4 x 15 ) / 45 produtos = 76 / 45 =1,68 C: (2,0 x 20 + 0 x 10 + 1,0 x 15 ) / 45 produtos = 55 / 45 =1,22 D: (0 x 20 + 1,3 x 10 + 2,6 x 15 ) / 45 produtos = 52 / 45 =1,15 E: (1,6 x 20 + 2,3 x 10 + 0 x 15 ) / 45 produtos = 55 / 45 =1,22 a) Tempo de ciclo (Tc) e o número de operadores ( N ) Tc = 57 minutos/45 produtos = 1,26 Tc = 1,26 minuto/produto Σ To = 1,84 + 1,68 + 1,22 + 1,15 + 1,22 = 7,11 minuto 7,11 minutos N = ------------------------ = 5,64 operadores 1,26 minuto b) A divisão de trabalho e o número real de operadores SOLUÇÃO 1 N= 6 operadores N = 7 operadores Posto de trabalho 1 2 3 4 Tc Operações A B CE D Número de operadores 2 2 2 1 Tempos de operações 1,84/2 1,68/2 2,44/2 1,15 1,26 Tempo por posto(min) 0,92 0,84 1,22 1,15 Ocupação ( % ) 73,0 66,6 96,8 91,2 Nesta solução, obtendo-se o tempo de ciclo Tc=1,26 minuto, teríamos que acrescentar mais um operador, passando de 6 operadores (número teórico) para o número real N = 7 operadores. c) A eficiência do balanceamento N 5,64 operadores E = --------- x 100 = ------------------------------ x 100 Nr 7 operadores E = 0,8057 x 100 E = 80,57 % Conclusão: como consideração prática, seria recomendável um resultado das operações para que houvesse uma melhor utilização dos recursos produtivos. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1. Uma empresa do ramo automobilístico deve montar o chassi do veículo. As operações e os respectivos tempos e a seqüência são dados no esquema a seguir. Devem ser montados 500 chassis por dia, e o tempo útil diário de cada operador é de 420 minutos. Determinar: a ) tempo de ciclo; b ) o número teórico de operadores; c ) a divisão do trabalho; d ) a eficiência do balanceamento. A B C F G J D E H I K 4 5 5 0 1 1 1 5 1 2 1 2 9 1 2 1 2 8 9 TEMPO EM SEGUNDOS 2. Um fabricante de armários estruturou uma linha de montagem a partir de componentes pré-moldados e que deve produzir 6 armários por hora. O esquema abaixo apresenta a sequência das operações com os tempos em minutos. Cada operador trabalha 48 minutos por hora. Determinar: a) o tempo de ciclo; b) o número teórico de operadores; c) a distribuição do trabalho; d) a eficiência do balanceamento A B C D E 4, 4 0, 8 3, 5 7, 0 14, 6
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