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CONCEITOS BÁSICOS EM FARMACOLOGIA PATOS-PB 2014 Profa. M.Sc. Maria Clerya Alvino Leite Enfermeira e Bióloga E-mail: cleryaalvino@hotmail.com Mestre em Ciências da Nutrição (UFPB) Doutoranda em Farmacologia (UFPB) 11/02/2014 2 É a ciência que estuda a história, a fonte, as propriedades físicas e químicas, os efeitos bioquímicos e fisiológicos, o mecanismo de ação, a absorção, distribuição, biotransformação, excreção e os usos terapêuticos dos FÁRMACOS e MEDICAMENTOS. O que é Farmacologia? Conceitos Básicos em Farmacologia 3 Remédio Medicamento São sinônimos? Fármaco Embora sejam empregados rotineiramente como sinônimos, existem algumas diferenças entre estes termos. Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco 11/02/2014 4 Remédio Qualquer meio (artifício), substância ou recurso utilizado para curar ou aliviar o desconforto e a enfermidade. Exemplo de remédios? Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco 11/02/2014 5 Fármaco Toda substância química de estrutura química definida, que quando ADMINISTRADO a um organismo vivo produzirá um efeito biológico. ácido acetilsalicílico (A.A.S), captopril, bisacodil, cafeína, diclofenaco, fenoterol, metoclopramida, morfina, penicilina, prometazina, paracetamol, sildenafila, simeticona, clonazepam, bromexina. Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco Exemplos de fármacos? http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-1hFVuNwXZzg/TaMQaa5gLfI/AAAAAAAABI4/QPG7IXIWVk8/s1600/ponto-de-interrogacao1.jpg&imgrefurl=http://ovelhadejave.blogspot.com/2011/04/atentado-em-realengo-quem-interessaria.html&usg=__4zQQgRtAmqUDhKLrFtl1dgFhe-s=&h=300&w=300&sz=17&hl=pt-BR&start=11&zoom=1&tbnid=T1yEi_pRsnWC8M:&tbnh=116&tbnw=116&ei=dAr6T5qcJobr6wHhpbHpBg&prev=/search?q=ponto+de+interroga%C3%A7%C3%A3o&um=1&hl=pt-BR&biw=1024&bih=365&tbm=isch&um=1&itbs=1 6 Medicamento Produto farmacêutico, tecnicamente elaborado, contendo um ou mais fármacos associado(s) a outras substâncias, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Tem eficácia, segurança e qualidade comprovadas. Remédio tem um sentido mais amplo que medicamento. Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco 7 Fármaco Medicamento É constituído por um princípio ativo ou fármaco adicionado de veículo ou excipiente É sinônimo de princípio ativo. É a substância presente no medicamento com efeito farmacológico. Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento. Remédio, medicamento e fármaco Resumindo... Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 8 Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco Ação do medicamento É a ação química que pode ser profilática, curativa, paliativa ou diagnóstica. Ação do medicamento Profilática Curativa Paliativa Diagnóstica 11/02/2014 9 Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco Ação do medicamento Profilática: o medicamento tem ação preventiva contra as doenças. Exemplo: As vacinas podem atuar na prevenção de doenças. -Vacina contra tuberculose (BCG-ID) -Vacina contra Hepatite B -Vacina pentavalente (DTP + Hib + HB) -Vacina inativada contra poliomielite (VIP) -Vacina oral rotavírus humano -Vacina pneumocócica 10 -Vacina meningocócia C -Vacina oral contra poliomielite (VOP) -Vacina contra febre amarela -Vacina tríplice viral - SRC -Vacina tríplice DTP – tríplice bacteriana -Vacina pneumocócica 10 -Vacina contra varicela. 10 Conceitos Básicos em Farmacologia 11 Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 12 Atualização do Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013 Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 13 Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 14 Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 15 Conceitos Básicos em Farmacologia Alteração da Idade para administração da Vacina Tríplice Viral a partir de janeiro de 2013 NOTAS TÉCNICAS: Propostas para 2013 Preparação para a introdução da Vacina Tetraviral contra Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (SRCV) no Calendário Básico de Vacinação da Criança – agosto de 2013. Objetivo: Otimizar a análise da cobertura vacinal em 2013 para as vacinas tríplice viral e tetraviral (após sua introdução). 11/02/2014 16 Alteração da Idade para administração da Vacina Tríplice Viral a partir de janeiro de 2013. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) orienta que a partir de janeiro de 2013, a administração da vacina tríplice viral deverá ser: Esquema vacinal de 2 (duas) doses, sendo a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de idade. Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 17 Alteração da Idade para administração da Vacina Tríplice Viral a partir de janeiro de 2013 Manter intervalo mínimo 30 dias entre as doses para as crianças que chegarem aos serviços após 14 meses de idade. Situação de bloqueio vacinal por ocasião de surtos: Crianças < de 12 meses: administrar 1 dose entre 6 e 11 meses de idade e, manter o esquema vacinal preconizado. Crianças a partir de 12 meses com 1 dose comprovada, antecipar 2ª dose (intervalo mínimo 30 dias), sem necessidade de refazê-la aos 15 meses. Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 18 Manter intervalo mínimo de 4 (quatro) semanas entre as doses. Ampliação da faixa etária para administração da Vacina oral Rotavírus Humano Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 19 Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco Ação do medicamento Curativa: o medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia. Exemplo: Os antibióticos tem ação terapêutica, curando a doença. 11/02/2014 20 Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco Ação do medicamento Paliativo: o medicamento tem capacidade de diminuir/aliviar os sinais e sintomas da doença, mas NÃO promove a cura. Exemplo: Os anti-hipertensivos diminuem a pressão arterial, mas não curam a hipertensão arterial; Os antitérmicos e analgésicos diminuem febre e dor, porém, não curam a patologia causadora dos sinais e sintomas. 11/02/2014 21 Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco Ação do medicamento Diagnóstica: o medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames radiográficos. Exemplo: Os contrastes são medicamentos que, associados aos exames radiográficos, auxiliam em diagnósticos de patologias. Ex: sulfato de bário (Bariopac®). 11/02/2014 22 Para que o medicamento exista, é necessário acrescentar a eles substâncias chamadas de veículo (formas líquidas) ou excipientes (formas sólidas e pastosas). Esses veículos ou excipientes darão forma aos medicamentos, tornando-o palpável e conferindo a este uma determinada forma farmacêutica. Iguais ou diferentes? Veículo Excipiente Conceitos Básicos em Farmacologia Remédio, medicamento e fármaco 11/02/2014 23 paracetamol Conceitos Básicos em Farmacologia simeticona cp Excipiente e veículo 11/02/2014 24 Conceitos Básicos em Farmacologia Excipiente e veículo metoclopramida simeticona gts 11/02/2014 25 Nome Genérico e Nome comercial Conceitos Básicos em Farmacologia 26 Os medicamentos devem receber uma designação. Todas os novos medicamentos projetados para fins terapêuticos recebem denominações oficiais (genéricas). Os fabricantes (companhias farmacêuticas) utilizam nomes fantasia para descrever seus medicamentos. Pode haver mais de um nome fantasia para o mesmo medicamento, o que vem a contribuirainda para possíveis confusões de nomenclatura. Nome genérico: É o nome da substância ativa, a substância que exerce a ação principal do medicamento. Conceitos Básicos em Farmacologia Nomenclatura dos medicamentos 11/02/2014 27 ácido acetilsalicílico (AAS) na dose de 500 mg, vendido com diferentes comerciais Aspirina® Alidor® Acetil® Bufferin Cardio® Apresenta igual efeito farmacológico Conceitos Básicos em Farmacologia Nomenclatura dos medicamentos 11/02/2014 28 diclofenaco Flotac® Cataflam® Algi tanderil® Biofenac® Voltaren® Conceitos Básicos em Farmacologia Nomenclatura dos medicamentos Apresenta igual efeito farmacológico 29 O nome genérico deve ser utilizado pela ciência biomédica e pelos médicos Os nomes genéricos devem ser utilizados em publicações científicas, pois a nomenclatura científica e aprovada é o nome genérico. Embora os nomes fantasia sejam mais fáceis de lembrar, os nomes genéricos devem ser utilizados sempre que possível. Nomenclatura dos medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 30 A criação dos nomes fantasia é uma das habilidades do marketing, e as companhias farmacêuticas investem pesado na busca de nomes atraentes e apelativos para seus medicamentos. Nome comercial: São nomes-fantasia utilizados para comercializar medicamentos. São marcas de propriedades dos respectivos Laboratórios Farmacêuticos. Conceitos Básicos em Farmacologia Nomenclatura dos medicamentos 11/02/2014 31 No mundo comercial os nomes fantasia dos medicamentos jamais seguirão um padrão consistente A existência de vários nomes fantasia é confusa A expressão “nome fantasia” NADA TEM A VER com as características químicas ou farmacológicas dos medicamentos. São criados mais em função de uma identificação comercial dos produtos. Nomenclatura dos medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 32 Nomenclatura dos medicamentos Questões para reflexão Por que predominam os nomes de fantasia? Por que conhecer os nomes genéricos? Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 33 Medicamento de referência, Medicamento genérico e Medicamento similar Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 34 Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 35 Medicamento de referência ou de marca É o produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do registro. Geralmente é o medicamento que surgiu em primeiro lugar no mercado, o medicamento detentor da patente de descoberta. Conceitos Básicos em Farmacologia Tipos de medicamentos Medicamento de referência 11/02/2014 36 Tipos de medicamentos Medicamento de referência São os medicamentos que, geralmente, se encontram há bastante tempo no mercado e têm uma marca comercial conhecida.: Ex: Adalat®, Aerolin®, Akineton®; Atrovent®, Atlansil®, Benzetacil®, Berotec®, Cataflam®, Celestone®, Decadron®, Dolantina®, Dimorf®, Dilacoron®, Dormonid®, Dramin®, Dulcolax®, Frontal®, Pantelmin®, Plasil®, Polaramine®, Ponstan®, Proflam®, Profenid®, Pepsamar®, Lasix®, Isordil®, Gardenal®, Imosec®, Fenergan®, Luftal®, Lexotan®, Rivotril®, Tilatil®, Viagra®, Voltaren®. Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 37 É o medicamento que serve de comparação para os testes do medicamento genérico/similar. Tipos de medicamentos Medicamento de referência Conceitos Básicos em Farmacologia 38 Medicamento genérico Medicamento SEMELHANTE a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este INTERCAMBIÁVEL, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade. Conceitos Básicos em Farmacologia Tipos de medicamentos Medicamento genérico 39 O medicamento genérico contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país. É obrigatória a não-adoção de marca (nome comercial). Conceitos Básicos em Farmacologia Tipos de medicamentos Medicamento genérico 11/02/2014 40 Medicamento Genérico Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 41 Medicamento Genérico Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 42 Medicamento Genérico Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 43 Medicamento similar Aquele que contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica (preventiva ou diagnóstica) e qualidade do medicamento de referência, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Conceitos Básicos em Farmacologia Tipos de medicamentos Medicamento similar 11/02/2014 44 Medicamento similar É o medicamento comercializado com uma marca comercial, mas NÃO é o medicamento detentor da patente de descoberta. Resumindo... Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia Atualmente, nem todos os medicamentos similares passaram pelos testes de biodisponibilidade relativa com o medicamento de referência. 11/02/2014 45 Como identificar os medicamentos existentes no mercado brasileiro: genéricos e os de marca? A diferença está na embalagem Apenas os medicamentos genéricos contêm, em sua embalagem, logo abaixo do nome do princípio ativo que os identifica, a frase "Medicamento Genérico – Lei nº 9787, de 1999” Além disso, os genéricos são identificados por uma grande letra "G" azul impressa sobre uma tarja amarela, situada na parte inferior das embalagens do produto Conceitos Básicos em Farmacologia Tipos de medicamentos 46 O medicamento de referência tem sua qualidade comprovada cientificamente, bem como o genérico - este, no entanto, não possui uma 'marca', é conhecido apenas por sua substância ativa. Já o similar nem todos tem a biodisponibilidade relativa comprovada (somente três classes de medicamentos). Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 47 Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia Modelo apresentado pelo Ministério da Saúde para ilustrar como será a embalagem do medicamento similar (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde) 11/02/2014 48 Os similares, após aprovados nos testes, passarão a ser chamados de medicamentos “equivalentes” e receberão em sua embalagem uma faixa amarela com o símbolo “EQ”, semelhante a dos remédios genéricos. “O símbolo vai ajudar os consumidores e os médicos a saberem que aquele produto tem comprovação de equivalência e têm a exata mesma função terapêutica que os medicamentos de referência”, explicou o diretor da ANVISA. Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 49 O medicamento genérico tem o mesmo efeito do medicamento de referência? Resposta: Sim. O medicamento genérico é o único que pode ser intercambiável com o medicamento de referência, por apresentar os mesmos efeitos e a mesma segurança, demonstrados nos testes de equivalência farmacêutica e de bioequivalência (mesma biodisponibilidade) realizados. Conceitos Básicos em Farmacologia Tipos de medicamentos 11/02/2014 50 Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 51 A política de medicamentos genéricos foi implantada no Brasil em 1999 com o objetivo de estimular a concorrência comercial, melhorar a qualidadedos medicamentos e facilitar o acesso da população ao tratamento medicamentoso. O processo de implementação dessa política permitiu a introdução e a discussão de conceitos nunca antes utilizados para o registro de medicamentos no Brasil: biodisponibilidade, bioequivalência e equivalência farmacêutica. Toledo et al. (2010) Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 52 É o teste realizado com o medicamento genérico e o similar, onde devem conter o mesmo fármaco, na mesma quantidade, forma farmacêutica (podendo ou não conter excipientes idênticos) e com as mesmas características ao seu medicamento de referência. Essa equivalência farmacêutica é exigida pela legislação brasileira e os testes são realizados "in vitro" (não envolve ser vivo). O que é o teste de equivalência farmacêutica? Conceitos Básicos em Farmacologia Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores 11/02/2014 53 A demonstração da Equivalência Farmacêutica entre os dois medicamentos é um indicativo de que o candidato a genérico, ou similar, poderá apresentar a mesma eficácia e segurança do medicamento de referência Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores Conceitos Básicos em Farmacologia 54 O que é biodisponibilidade? A biodisponibilidade relaciona-se à quantidade absorvida e à velocidade de absorção do princípio ativo do medicamento para a circulação sistêmica. Compara-se dois produtos, administrados por via extravascular, tendo um deles como referência. Quando dois medicamentos apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo, sua eficácia clínica é considerada comparável. Conceitos Básicos em Farmacologia Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores 11/02/2014 55 Conceitos Básicos em Farmacologia Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores 11/02/2014 56 O que é o teste de bioequivalência ou biodisponibilidade relativa? Consiste na demonstração de que o medicamento genérico/similar e seu respectivo medicamento de referência (aquele para o qual foi efetuada pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do registro) apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. Conceitos Básicos em Farmacologia Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores 11/02/2014 57 Conceitos Básicos em Farmacologia Critérios para registro e renovação de registro de medicamentos não inovadores 11/02/2014 58 A realização do teste de bioequivalência/biodisponibilidade relativa deve ser precedido, necessariamente, pela realização do teste de equivalência farmacêutica. Realização de testes Conceitos Básicos em Farmacologia O teste de bioequivalência assegura que o medicamento genérico é bioequivalente terapêutico do medicamento de referência, ou seja, que apresenta a mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao seu de referência. 11/02/2014 59 Medicamentos bioequivalentes são equivalentes farmacêuticos (mesma forma farmacêutica e quantidade do fármaco) que, ao serem administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais, não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação a biodisponibilidade. Bioequivalência é um estudo comparativo entre as biodisponibilidades do medicamento de referência e do genérico correspondente. Se não houver diferença entre a velocidade e extensão de absorção dos dois medicamentos, isto quer dizer que eles são bioequivalentes. Realização de testes Resumindo... Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 60 Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do medicamento de referência. Para o registro de ambos os medicamentos, genérico e similar, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de bioequivalência/biodisponibilidade relativa (respectivamente) e equivalência farmacêutica. Desde sua criação, o medicamento genérico já tinha como obrigatoriedade a apresentação dos testes de bioequivalência, enquanto a obrigatoriedade de tais testes para medicamentos similares foi a partir de 2003. Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 61 Sugestão de leitura Tipos de medicamentos Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 62 Formas farmacêuticas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 63 Vocês sabem dizer o que é uma forma farmacêutica? É o estado físico dos medicamentos, ou seja, como você vê o medicamento. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas diazepam 10 mg, comprimido - dizemos que neste medicamento o princípio ativo é o diazepam, na dosagem de 10 mg, na forma farmacêutica de comprimido. 11/02/2014 64 Formas farmacêuticas Líquidas Sólidas Semissólidas Gasosas Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas Como classificamos as formas farmacêuticas? 11/02/2014 65 Formas farmacêuticas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 66 Dividem-se em: Soluções Suspensões Xaropes Elixires Emulsões Formas farmacêuticas Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas 11/02/2014 67 Soluções: Preparações líquidas aquosas contendo uma ou mais substâncias completamente dissolvidas. Toda solução tem duas partes: o soluto e o solvente. SOLVENTE = Substância que dissolve outra. É de natureza líquida. SOLUTO = Substância que é dissolvida num solvente, a fim de fazer uma solução. É de natureza sólida ou líquida. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas 11/02/2014 68 Exemplos: Solução de água boricada Solução de policresuleno Solução injetável de prometazina Solução injetavel de ranitidina Solução injetável de furosemida Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas Soluções 11/02/2014 69 Suspensões: são misturas de partículas sólidas em meio líquido. As partículas precipitam quando o líquido fica em repouso. É uma mistura não homogênea. Ex: Keflex® suspensão Pantelmin® suspensão Bactrim® suspensão Hidróxido de alumínio a 6% suspensão Formas farmacêuticas líquidas Conceitos Básicos em Farmacologia http://www.cliquefarma.com.br/cliquefarma-indicacao.php?favoritos_id=091014&favoritos_empresa=15&var_aplicacao=/preco/drogarias/onofre/Cefalexina http://www.cliquefarma.com.br/cliquefarma-indicacao.php?favoritos_id=199621&favoritos_empresa=15&var_aplicacao=/preco/drogarias/onofre/Cefalexina 11/02/2014 70 Xaropes: são preparações aquosas caracterizadas pela alta viscosidade que apresentam grande quantidade de açúcar (2/3 de seu peso) na sua composição. Podem ou não conter substâncias medicinais adicionadas. Especialmente indicados para crianças. Ex: Xarope simples Xarope medicamentoso. Ex: Cloridrato de bromexina (Bisolvon®); Cloridrato de ambroxol; carbocisteína (Mucolitic®; Mucofan® xarope - S) Xarope não medicamentoso Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas 11/02/2014 71 Formas farmacêuticas líquidas Conceitos Básicos em Farmacologia Xaropes 11/02/2014 72 A solução oral e xarope NÃO precisam ser agitados antes da administração Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas São, portanto, apresentações líquidas, prontas para uso Solução x Suspensão x Xarope 11/02/2014 73 Elixires: É a preparação farmacêutica, líquida, límpida, hidroalcoólica, de sabor adocicado, agradável que contém 20% de álcool e 20% de açúcar. São preparações de um fármaco num solvente alcoólico. Deve ser ingerido por via oral. Exemplos: Elixir de betametasona Elixir de dexametasona Elixir de fenobarbital Elixir paregórico (tintura de ópio) Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas 11/02/2014 74 Emulsões: é composta por dois tipos de líquidos imiscíveis, sendo caracterizados pelo óleo e a água. São portanto, sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis. Exemplos: simeticona emulsão oral (gotas) Emulsão Scott® Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas 11/02/2014 75 Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas Principais medidas para líquidos de uso oral Os produtos líquidos (também os pós para preparo de suspensões) geralmente vem acompanhados de uma das seguintes medidas: Colher de chá; Copo-medida; Seringa dosadora. 11/02/2014 76 Colher de chá: significa uma medida igual a 5 mL (cinco mililitros). ATENÇÃO: não devemos confundir essa medida COLHER-DE-CHÁ (5mL) ou mesmo COLHER-DE-SOPA (15 mL) ou COLHER-DE-CAFÉ (2 mL) com as colheres que são utilizadas no ambiente doméstico. As colheres caseiras são de tamanhos diversos e NÃO devem ser utilizadas como medidas de medicamentos Formas farmacêuticas líquidas Principais medidas para líquidos de uso oral Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 77 Formas farmacêuticas líquidas Principais medidas para líquidos de uso oral Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 78 Copo-medida: geralmente com capacidade de 10 mL, com subdivisões marcadas. Vale alertar que muitas vezes os laboratórios incluem copos com capacidades diferentes (5 mL, 7,5 mL; 15 mL). Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas Principais medidas para líquidos de uso oral 11/02/2014 79 Seringa dosadora: uma seringa normal (sem agulha) com marcas identificando mL e frações de mL. Deve-se tomar cuidado com as seringas dosadoras que muitas vezes vêm acompanhadas de uma tampinha no bico. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas líquidas Principais medidas para líquidos de uso oral 11/02/2014 80 Dividem-se em: Comprimidos Cápsulas Drágeas Pós Supositórios Formas farmacêuticas Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 81 Os comprimidos, cápsulas e drágeas são geralmente tomadas com um copo cheio de água. Cápsulas e drágeas são diferentes dos comprimidos e não devem ser divididas. Formas farmacêuticas sólidas Compridos, cápsulas e drágeas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 82 Formas farmacêuticas sólidas Compridos: Unidades de dose única confeccionadas comprimindo-se fármacos pulverizados com excipientes. Tem formato próprio, sendo redondo ou ovalado. Conceitos Básicos em Farmacologia Ex: Comprimidos de Aspirina® Comprimidos de captopril Comprimidos de furosemida Comprimidos de paracetamol Podem ter ranhura/sulco para permitirem uma divisão equilibrada da dose. 11/02/2014 83 Cápsulas: são preparados nos quais uma ou mais substâncias (líquido ou pó) são colocadas dentro de um invólucro gelatinoso, que se dissolve no tubo gastrointestinal e libera o medicamento para ser absorvido. As cápsulas Podem ser moles ou duras Moles Se colocam substâncias não solidas Duras Abrigam fármacos em pó, como os antibioticos Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 84 Diversos tipos de cápsulas Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/89/Gelcaps.jpg 11/02/2014 85 Drágea: é uma forma especial de comprimido revestido com sacarose (açúcar). Seu processo é feito conforme um comprimido simples, porém após sua fabricação ele passa por um processo na drageadeira onde é feita a aplicação de dois tipos de xarope, o xarope fino e o xarope grosso, além da solução de brilho. A drágea é resistente à dissolução no estômago, sendo o fármaco liberado apenas próximo ao intestino (liberação entérica). Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 86 A Neosaldina® é um exemplo deste tipo de medicamento. Formas farmacêuticas sólidas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 87 São preparados para serem absorvidos de forma contínua e gradual. Estas formas de liberação lenta permitem que o paciente ingira o comprimido uma única vez ao dia, aumentando a adesão ao tratamento. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas de ação prolongada (retard) ou de liberação lenta Ex: Comprimidos ou cápsulas de liberação controlada (prolongada). Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 88 As formas de liberação lenta não podem ser partidas ou trituradas, pois sua eficácia depende da liberação das várias camadas no decorrer do tempo. Ao ingerir esse comprimido de liberação lenta o paciente estará ingerindo o equivalente a 3 cp, sendo que o primeiro será desintegrado como um comprimido comum e os outros 2 serão liberados lentamente ao longo do tubo digestório, mantendo os níveis plasmáticos por 24 horas. Um exemplo é o nifedipino (Oxcord Retard®) utilizado como anti-hipertensivo. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 89 Formas farmacêuticas sólidas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 90 Pós: É a forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos e com tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes. Apresenta-se de forma a ser diluído em líquido e dosado em colher ou em envelopes em quantidades exatas. Formas farmacêuticas sólidas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 91 Supositórios: forma farmacêutica sólida de vários tamanhos e formatos destinada à inserção em orifícios corporais (retal, vaginal, uretral), nos quais amolecem, se dissolvem e exercem efeitos sistêmicos ou localizados. Formas farmacêuticas sólidas Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 92 Conceitos Básicos em Farmacologia Forma cônica do supositório voltada para baixo/para o exterior. 93 Dentre as formas sólidas, as cápsulas são mais prontamente absorvidas, seguidas pelos comprimidos e drágeas. Cápsulas Comprimidos Drágeas Isso fica evidenciado pelo fato de a cápsula ser constituída por uma matriz gelatinosa, facilmente dissolvida em contato com a água, enquanto o comprimido necessita ser desintegrado para liberação do fármaco. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 94 E termos de velocidade de absorção e início de ação para a via oral, pode-se afirmar que: Xaropes = Soluções > Cápsulas > Comprimidos > Drágeas Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas As formas farmacêuticas sólidas são mais seguras, práticas e baratas. 11/02/2014 95 Dividem-se em: Pomadas Cremes Pastas Geis Formas farmacêuticas Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas semissólidas/pastosas 11/02/2014 96 Pomadas: apresenta forma farmacêutica semissólida de consistencia macia e oleosa, proporcionando pouca penetração na pele. Podem ser medicinais ou cosméticas; Demora a ser absorvida e necessita de algum agente como um sabão ou sabonete para ser retirada totalmente da pele. Formas farmacêuticas semissólidas Conceitos Básicos em Farmacologia Possui poder hidratante e é ideal para lesões secas. 11/02/2014 97 Cremes: tem uma forma semissólida, tem consistencia macia e mais aquosa, com boa penetração na pele. Os cremes são emulsões estáveis entre fase aquosa e fase oleosa que causam menos efeito residual que as pomadas justamente pelobalanço água-óleo, estes produtos saem mais facilmente em contato com água. São de viscosidade (“espessura”) média e porque a quantidade de água é significativa, são facilmente laváveis com água. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas semissólidas 11/02/2014 98 Cremes É utilizada normalmente para aplicação externa na pele ou mucosa. Ideal para lesões úmidas. Os cremes diferem das pomadas por conterem maior conteúdo de sólidos insolúveis (20-50%) incorporados numa base composta de materiais graxos; Em relação às pomadas, são mais firmes, espessas, absorventes e menos gordurosas que as pomadas preparadas com os mesmos componentes. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas semissólidas 11/02/2014 99 Gel: Forma farmacêutica semissólida, coloide, de um ou mais princípios ativos que contém um agente gelificante para fornecer firmeza. Possui efeito emoliente e refrescante, secam rapidamente em contato com o ar. Proporciona pouca penetração na pele. Um gel pode conter partículas suspensas. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas semissólidas 11/02/2014 100 As pomadas são mais pegajosas, deixam mais resíduos que os cremes, devendo ser aplicada em uma área mais restrita e ser evitada em aplicações faciais. Os cremes, logo, são mais agradáveis ao toque, não deixam a sensação de oleosidade podendo ser utilizados numa área maior. Da mesma forma que o creme, os géis deixam pouco resíduo. Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas semissólidas Resumindo... 11/02/2014 101 Um aerossol é uma suspensão de partículas líquidas ou sólidas de tamanho tão pequeno que flutuam temporariamente no ar ou noutros gases. Embora existam aerossóis em estado natural, no campo médico são obtidos por meio da nebulização de medicamentos líquidos. Um aparelho nebulizador serve para transformar uma preparação líquida em aerossol. Conceitos Básicos em Farmacologia Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas gasosas Aerossóis 11/02/2014 102 Quem sofre absorção mais rápida, as formas líquidas ou as formas sólidas? As formas líquidas, pois não dependem da dissolução do veículo que contém o fármaco, nem da solubilização deste, pois o fármaco já está livre e solubilizado Conceitos Básicos em Farmacologia Formas farmacêuticas sólidas 11/02/2014 103 Vias de administração 11/02/2014 104 Via de administração é o caminho pelo qual um medicamento é levado ao organismo para exercer o seu efeito. Vias de administração Apresentação Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 105 Vias de administração As vias de administração podem ser divididas em Enteral Relacionada ao aparelho digestório (via oral) Parenteral Não relacionada ao aparelho digestivo Conceitos Básicos em Farmacologia Tópica Efeito local 11/02/2014 106 Vias de administração Aplicação Tópicas Orais Não estéreis Parenterais Estéreis Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 107 Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração Via oral (VO) A via oral, que é a mais frequentemente utilizada, apresenta maior variedade de formas: comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções e xaropes. Ingerir de 100 a 200 mL de água filtrada para boa diluição junto ao suco gástrico diminuindo os riscos de agressão à mucosa gástrica. A absorção começa no estômago, mas efetua-se principalmente no intestino delgado. http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://cdn1.mundodastribos.com/409035-Os-hormonios-progestagenos-s%C3%B3-podem-ser-administrados-via-oral.jpg&imgrefurl=http://www.mundodastribos.com/efeitos-colaterais-da-reposicao-hormonal.html&usg=__skdi_fZAk_EoDRTEXZ8rgWLis-4=&h=368&w=555&sz=16&hl=pt-BR&start=10&zoom=1&tbnid=RzcFxy2R0V6_PM:&tbnh=88&tbnw=133&ei=-pYtUKDJIZCm8ATrmIHIBg&prev=/search?q=via+oral+comprimidos&um=1&hl=pt-BR&biw=1024&bih=419&tbm=isch&um=1&itbs=1 11/02/2014 108 A medicação por via oral NÃO é indicada em clientes apresentando náuseas, vômitos, diarreias ou indivíduos que tenham dificuldade de deglutir. Vias de administração Via oral (VO) Conceitos Básicos em Farmacologia Lembrar que antes e após qualquer procedimento, devemos lavar as mãos e utilizar luva de procedimento para administração. 11/02/2014 109 O medicamento é colocado sob a língua (em comprimido ou gotas). O cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua, até a sua absorção total – nesse período o cliente não deve conversar, nem ingerir líquidos ou alimentos. Via sublingual Vias de administração Esta via promove uma rápida absorção do medicamento em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente. Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 110 Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Os medicamentos administrados por via injetável têm a vantagem de fornecer uma via mais rápida, quando a via oral é contra-indicada. A via subcutânea, só pode ser usada para administrar substâncias que não são irritantes para os tecidos. A absorção costuma ser constante e suficientemente lenta para produzir um efeito persistente. Via subcutânea (SC) 11/02/2014 111 Vias de administração injetáveis Via subcutânea (SC) É uma via utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em tratamentos de longa duração (por exemplo, diabetes), em pós-operatórios, na profilaxia de ocorrências vasculares obstrutivas. O volume indicado para essa via é de 0,1 mL até 1,0 mL de medicamentos hidrossolúveis. O ângulo mais usado é de 90º, mas pode ser feita num ângulo de 45º. 11/02/2014 112 Locais de aplicação: Região posterior do braço; região anterior da coxa e do braço; região sub-escapular; região glútea; parede abdominal. Vias de administração injetáveis Via subcutânea (SC) 11/02/2014 113 Conceitos Básicos em Farmacologia A via IM permite que seja injetado medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade variados. É usada para administrar suspensões aquosas e soluções oleosas. A via IM é preferível à via subcutânea quando se requerem quantidades significativas de um fármaco. Vias de administração injetáveis Via intramuscular (IM) 11/02/2014 114 Devemos estar atentos à quantidade a ser administrada em cada músculo. As literaturas indicam que, no deltóide, o volume máximo é de 2 mL; a região glútea e o vasto lateral da coxa podem tolerar bem até 5 mL. É necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber. Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via intramuscular (IM) 11/02/2014 115 Escolha da agulha: para aplicar com agulha ideal, deve-se levar em consideração: o grupo etário, a condição física do cliente e a solubilidade da droga a ser injetada. Faixa etária Espessura sub. Sol. aquosa Sol.oleosa ou suspensão Adulto Magro Normal Obeso 25 x 7 30 x 7 40 x 7 25 x 8 30 x 8 40 x 8 Criança Magra Normal Obeso 20 x 5,5 25 x 7 30 x 7 20 x 7 25 x 8 30 x 8 Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via intramuscular (IM) 11/02/2014 116 ATENÇÃO: Não esquecer que o volume de medicação a ser administrada irá depender da massa muscular do cliente, quanto menor a dose aplicada, menor o risco de possíveis complicações. Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via intramuscular (IM) 11/02/2014 117 Via intramuscular (ventroglúteo) Via intramuscular (dorsoglúteo) Conceitos Básicos em Farmacologia 11/02/2014 118Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via intradérmica (ID) Esta via é bastante restrita e normalmente é utilizada para reações de hipersensibilidade (provas de PPD para tuberculose), verificar a sensibilidade de algumas alergias. Local de aplicação: face ventral do antebraço. 11/02/2014 119 Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via endovenosa (EV) É indicada quando há necessidade de administrar grande quantidade de líquidos, na administração de substância irritantes, que poderiam causar necrose tecidual por outras vias. É também indicada quando se pretende uma ação imediata do fármaco. 11/02/2014 120 A solução deve ser límpida, transparente, não oleosa e não deve conter cristais visíveis em suspensão. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua. Ao se fazer a escolha do local a punção para infusões endovenosas deve-se ter em mente os tópicos abaixo: Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via endovenosa (EV) 11/02/2014 121 CRIANÇAS E ADULTOS Dorso da mão, antebraço e braço BEBÊS Região cefálica pela facilidade de acesso COLETA DE SANGUE E ADMINISTRAÇÃO DE DOSAGEM ÚNICA Articulação do cotovelo VIA DE ÚLTIMA ESCOLHA Membros inferiores. Há o risco de estagnação do medicamento na circulação periférica que poderia provocar formação de, coagulos, causando trombos ou flebites. E totalmente contra-indicada para pacientes com lesões neurológicas. Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via endovenosa (EV) 11/02/2014 122 A anestesia raquidiana é aplicada na medula espinhal (chegando no líquor) injetada por entre as vértebras nas costas. Conceitos Básicos em Farmacologia Via raquidiana ou intratecal Vias de administração injetáveis É utilizada principalmente por médicos anestesiologistas em procedimentos cirúrgicos. Sua aplicação é basicamente feita apenas em ambiente hospitalar. 11/02/2014 123 Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis Via raquidiana ou intratecal 11/02/2014 124 Em resumo, o que determina a escolha da via de administração e a forma farmacêutica é a necessidade de urgência de início de ação, a praticidade e o custo. Conceitos Básicos em Farmacologia Vias de administração injetáveis CONCEITOS BÁSICOS EM FARMACOLOGIA PATOS-PB 2014 Profa. M.Sc. Maria Clerya Alvino Leite Enfermeira e Bióloga E-mail: cleryaalvino@hotmail.com Mestre em Ciências da Nutrição (UFPB) Doutoranda em Farmacologia (UFPB)
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