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Universidade Federal de Itajubá Campus Itabira CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL II GABARITO DA 1a AVALIAÇÃO - MATi03 06/09/2017 Questão 1: Teste cada uma das seguintes séries quanto a convergência ou divergência. (a) ∞∑ n=1 3n+1 5n . Escreva-a como ∞∑ n=1 3n+1 5n = 3 ∞∑ n=1 ( 3 5 )n , que é uma série geométrica com termo inicial igual a 35 e razão 3 5 , que, em módulo, é menor que um, e portanto converge. (b) ∞∑ n=1 (−1)n+1 n 2 n3 + 4 . Esta é uma série alternada; então é suficiente que o termo n2 n3 + 4 seja descrescente, positivo para todo n e que limn→∞ n2 n3 + 4 = 0. Pelo teste da série alternada, ela é convergente. (c) ∞∑ n=1 (2n + 1)n n2n . Pode-se aplicar o teste da Raiz. Pelo teste da Raiz: lim n→∞ | n √ an| = lim n→∞ ( (2n + 1)n n2n ) 1 n = lim n→∞ (2n + 1) n2 = 0 < 1 donde conclui-se que a série converge. É posśıvel fazer pelo teste da Razão com um pouco mais de trabalho. Questão 2: Determine o raio e o intervalo de convergência da série de potências abaixo. ∞∑ n=1 (−1)n+1n 2xn 2n . RESOLUÇÃO: Esta é uma série de potências com centro em a = 0. Aplicando o teste da Razão, obtemos: lim n→∞ ∣∣∣∣(−1)n+1 (n + 1)2xn+12n+1 · 2n(−1)n+1n2xn ∣∣∣∣ = limn→∞ (n + 1)2n2 2n2n+1 |x| = = |x| 2 lim n→∞ (n + 1)2 n2 = |x| 2 . Se queremos que o teste garanta que esta série convirja, isto só pode acontecer se o limite acima for menor que 1. Mas para que isto aconteça, devemos ter |x| 2 < 1, ou seja, |x| < 2, e portanto −2 < x < 2. Daqui já conclui-se que o Raio de convergência pedido é R = 2. O que acontece nos pontos x onde |x| = 2? O teste da razão é inconclusivo neste caso. Para isto, x pode valer 2 ou -2. Se x = 2, a série torna-se ∞∑ n=1 (−1)n+1n 2.2n 2n = ∞∑ n=1 (−1)n+1n2, que é divergente (limite do termo geral não é zero). Se x = −2, a série torna-se ∞∑ n=1 (−1)n+1n 2.(−2)n 2n = ∞∑ n=1 (−1)n+1n 2.(−1)n.2n 2n = ∞∑ n=1 (−1)2n+1n2 1 que também diverge, pelo mesmo motivo acima. Portanto, o intervalo de convergência é (−2, 2). Questão 3: Encontre uma representação em séries de potências para a função f(x) = x 3− x2 e determine o intervalo de convergência desta. RESOLUÇÃO: Sabendo que 1 1− x = ∞∑ n=1 xn sempre que |x| < 1, então x 3− x2 = x 3 . 1 1− x 2 3 . Chamando y = x2 3 , então x 3 . 1 1− x 2 3 = x 3 1 1− y = ∗ x 3 ∞∑ n=1 yn = x 3 ∞∑ n=1 (x2)n 3n = ∞∑ n=1 x2n+1 3n+1 . Esta substituição com asteristo * só pode ser feita se |y| < 1, isto é, ∣∣∣∣x23 ∣∣∣∣ < 1. Mas isto significa que |x2| < 3 ⇐⇒ |x| < √ 3 ⇐⇒ − √ 3 < x < √ 3. Portanto, concluimos que podemos representar f(x) = x 3− x2 pela série de potências ∞∑ n=1 x2n+1 3n+1 desde que − √ 3 < x < √ 3. Questão 4: Considere as seguintes afirmativas: • Se ∞∑ n=1 |an| converge, então ∞∑ n=1 an também converge. • Uma p-série é divergente sempre que p for menor ou igual a um. • Se ∞∑ n=1 bn é uma série que converge para um número M 6= 0, então lim n→∞ bn = M . • Uma série geométrica com razão r = 1 é convergente. RESOLUÇÃO: • VERDADEIRO: estas séries são chamadas absolutamente convergentes. • VERDADEIRO: quando p = 1, a p-série é a série harmônica e diverge. Os demais casos são consequência do teste da integral, conforme visto em sala de aula. • FALSO: Se uma série ∞∑ n=1 bn converge, então limn→∞ bn = 0. • FALSO: Uma série geométrica de razão 1 será da forma ∞∑ n=1 a.(1)n−1 = ∞∑ n=1 a. O termo inicial a, por definição, é diferente de zero, e portanto o limite do termo geral é igual a a, diferente de zero, logo, a série não converge. 2
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