Buscar

Alergia à Proteína do Leite de vaca e Intolerância à lactose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Saúde da criança e do adolescente II
 
SAÚDE DA CRIANÇA E 
DO ADOLESCENTE II 
 
ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE 
VACA X INTOLERÂNCIA À LACTOSE
ALERGIA ALIMENTAR
Introdução 
 Resposta do nosso sistema imune 
contra alimentos. 
 Definida como uma perda da tolerância 
imunológica. 
 Alergia à proteína do leite de vaca 
(APLV): reação contra as proteínas do 
LV: caseína, alfalactoalbumina e 
betalactoglobulina. 
SISTEMA IMUNE: RESPOSTA INATA E 
ADAPTATIVA 
Adaptativa 
Linfócitos B – resposta imune humoral
Reconhecem antígenos e produzem
anticorpos, chamados Imunoglobulinas
imunoglobulinas são divididas em classes: 
IgG, IgA e IgE. 
Linfócitos T – resposta imune celular.
Reconhecem antígenos e se diferenciam 
células T auxiliares (que amplificam
resposta) e células T citotóxicas. 
Essencial para defesa do hospedeiro contra 
infecções, porém as vezes é direcionada
contra antígenos não infecciosos (comida, 
medicamentos, pólens, ácaros e até
células do próprio organismo). 
Nosso sistema imune reage contra as 
substâncias de formas diferentes: 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
CLASSIFICAÇÃO DE GELL E COOMBS
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
Victória Louise 
O LEITE DE 
À LACTOSE 
ALERGIA ALIMENTAR 
Resposta do nosso sistema imune 
perda da tolerância 
Alergia à proteína do leite de vaca 
: reação contra as proteínas do 
V: caseína, alfalactoalbumina e 
STA INATA E 
humoral. 
Reconhecem antígenos e produzem 
Imunoglobulinas. As 
classes: IgM, 
celular. 
se diferenciam em 
(que amplificam a 
 
Essencial para defesa do hospedeiro contra 
infecções, porém as vezes é direcionada 
ígenos não infecciosos (comida, 
medicamentos, pólens, ácaros e até mesmo 
Nosso sistema imune reage contra as 
IBILIDADE – 
L E COOMBS. 
 Resposta 
I Imediata 
II Mediada por 
anticorpos 
(Ac contra 
uma célula) 
IgG e IgM
III Mediada por 
imunocom-
plexos 
(complexo 
antígeno-
anticorpo) 
IgG e IgM, 
IV Tardia Células T
 Aumento da prevalência e gravidade;
 Prolongamento do tempo de alergia;
 Maior tendência a permanecer alérgico.
CLASSIFICAÇÃO
IgE Mediado 
Produção de anticorpos, da classe IgE, contra 
a proteína do leite. A IgE se liga a diferentes 
células, como mastócitos, basófilos, 
eosinófilos, levando a liberação
como histamina, prostaglandinas e 
leucotrienos. 
Não IgE Mediado 
Mecanismo desconhecido, provável reação de 
hipersensibilidade tipo IV
Misto 
Media-
dores 
Doenças 
associa-
das 
IgE Doenças 
atópicas: 
Asma, 
Rinite 
alérgica, 
Anafilaxia, 
Alergia 
alimentar 
IgG e IgM Anemia 
hemolítica 
autoimune, 
Doença 
Hemolítica 
do RN 
IgG e IgM, 
comple-
mento 
Lupus 
Erite-
matoso 
Sistêmico 
(nefrite, 
vasculite 
lúpica) 
Células T Dermatite 
de contato, 
Tuberculos
erejeição 
de 
transplante 
Aumento da prevalência e gravidade; 
Prolongamento do tempo de alergia; 
Maior tendência a permanecer alérgico. 
CLASSIFICAÇÃO 
ticorpos, da classe IgE, contra 
a proteína do leite. A IgE se liga a diferentes 
como mastócitos, basófilos, 
eosinófilos, levando a liberação de mediadores 
como histamina, prostaglandinas e 
Mecanismo desconhecido, provável reação de 
de tipo IV. 
Saúde da criança e do adolescente II
 
Mecanismos mediados por IgE associados a 
participação de linfócitos T e citocinas pró 
inflamatórias. 
FATORES DE RISCO
Genética 
 História familiar de Atopia (predisposição 
a se sensibilizar a alérgenos 
ambientais). 
 Criança tem 40-60% de 
desenvolver alergia se pais atópicos.
 Tipo de parto: parto cesárea parece ser 
fator de risco – sem contato do bebê 
com canal vaginal e microbiota materna.
 Outros fatores: filho único, uso de 
antibióticos, ausência de contato com 
animais domésticos (controverso). 
Dieta 
 Leite materno é fator PROTETOR. 
Amamentação exclusiva até 6 meses e 
complementar até 2 anos. 
 Uso de fórmula láctea ainda na 
maternidade pode levar a disbiose e ser 
fator de risco, além de sensibilizar o 
bebê. 
 Adiar a introdução alimentar de 
alimentos alergênicos (tipo leite de vaca, 
ovo) não é recomendada e a exclusão 
desses alimentos por tempo prolongado 
pode ser fator de risco. 
 Evitar alimentos industrializados.
QUADRO CLÍNICO 
IgE mediada 
Início: minutos a horas após ingestão de Leite 
de Vaca e derivados. 
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
Victória Louise 
Mecanismos mediados por IgE associados a 
citocinas pró 
FATORES DE RISCO 
História familiar de Atopia (predisposição 
a se sensibilizar a alérgenos 
60% de chance de 
desenvolver alergia se pais atópicos. 
Tipo de parto: parto cesárea parece ser 
sem contato do bebê 
com canal vaginal e microbiota materna. 
Outros fatores: filho único, uso de 
antibióticos, ausência de contato com 
animais domésticos (controverso). 
Leite materno é fator PROTETOR. 
Amamentação exclusiva até 6 meses e 
Uso de fórmula láctea ainda na 
levar a disbiose e ser 
fator de risco, além de sensibilizar o 
Adiar a introdução alimentar de 
alimentos alergênicos (tipo leite de vaca, 
ovo) não é recomendada e a exclusão 
desses alimentos por tempo prolongado 
tos industrializados. 
 
Início: minutos a horas após ingestão de Leite 
 
 Pele: urticária e angioedema;
 TGI: náuseas, vômitos, dor abdominal, 
diarreia; 
 Respiratório: prurido em orofaringe, 
edema de laringe e 
taquidispneia, sibilos, disfonia;
 Cardiovascular: taquicardia, arritmia, dor 
torácica, hipotensão, síncope e choque;
 SNC: cefaleia, confusão mental, 
sonolência, convulsões, perda de 
consciência e coma;
 Anafilaxia: quando dois ou mai
sistemas diferentes são envolvidos.
Não IgE mediada 
Início: horas a dias após ingestão de Leite de 
Vaca e derivados. 
 Sintomas predominantemente do TGI.
 Geralmente se apresentam de 3 formas 
clínicas: 
Proctocolite alérgica: 
fezes, porém sem outros
com bom ganho ponderoestatural. Pode ocorrer
 
Pele: urticária e angioedema; 
TGI: náuseas, vômitos, dor abdominal, 
Respiratório: prurido em orofaringe, 
edema de laringe e glote, estridor, tosse, 
taquidispneia, sibilos, disfonia; 
Cardiovascular: taquicardia, arritmia, dor 
torácica, hipotensão, síncope e choque; 
SNC: cefaleia, confusão mental, 
sonolência, convulsões, perda de 
consciência e coma; 
Anafilaxia: quando dois ou mais 
sistemas diferentes são envolvidos. 
Início: horas a dias após ingestão de Leite de 
Sintomas predominantemente do TGI. 
Geralmente se apresentam de 3 formas 
 
 presença de sangue nas 
fezes, porém sem outros sintomas associados, 
com bom ganho ponderoestatural. Pode ocorrer 
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
 
Victória Louise 
durante aleitamento materno (as proteínas do 
leite de vaca passam através do leite materno 
para o bebê) ou por uso de fórmulas infantis. 
Enteropatia Induzida por proteína alimentar: 
caracterizada por diarreia, não sanguinolenta, 
as vezes acompanhada por vômitos, 50% tem 
dificuldade de ganho ponderoestatural, má 
absorção. 
FPIES (síndrome da enterocolite induzida 
por proteína alimentar): náuseas, vômitos 
intratáveis, hipotonia, palidez, diarreia com ou 
sem muco e/ou sangue, iniciadas 1 a 3 horas 
após ingestão do LV. É a forma mais grave, 
pode haver desidratação, acidose metabólica e 
até choque hipovolêmico. Geralmente ocorre 
com uso da fórmula láctea. 
Outras manifestações 
Refluxo: refluxo grave, com comprometimento 
do ganho ponderoestatural, irritabilidade. 
Geralmente associado a outros sintomas, como 
diarreia. 
Cólicas: só devem ser consideradas como 
sintoma de APLV se associadas a outros 
sintomas como vômitos, diarreia, inapetência. 
Constipação intestinal: controverso porém 
pode ser manifestação isolada de APLV. 
Geralmente considera-se quando a constipação 
é refratária ao tratamento convencional. 
Mistos 
Início: horas a dias após ingestão de Leite de 
Vaca e derivados. Difícil correlação entre o 
consumodo leite de vaca e as manifestações. 
Dermatite atópica; 
 
Doenças eosinofílicas intestinais: 
 Esofagite eosinofílica; 
 Gastroenteropatia eosinofílica. 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese cuidadosa 
 Idade de introdução do leite de vaca; 
 Época do aparecimento dos sintomas, 
duração dos mesmos; 
 Se houve reexposição ao leite e 
replicação do sintoma; 
 Quantidade de leite ingerido; 
 Antecedentes pessoais ou familiares de 
atopia; 
 Definir pela anamnese provável 
mecanismo associado. 
Laboratorial 
 Hemograma: ver presença de anemia, 
eosinofilia; 
 Dosagem de IgE total; 
 Dosagem de IgE específica para leite de 
vaca : caseína (indicador de persistência 
da alergia), alfalactoalbumina, 
betalactoglobulina; 
 Pode ser através do prick teste ou 
dosagem sérica. 
Teste de provocação oral (TPO) 
Padrão ouro. Consiste em oferecer o alimento 
suspeito (leite de vaca, ovo etc) ao paciente, em 
doses fracionadas, e observar os sintomas. 
Pode ser feito em ambiente hospitalar (quando 
há risco de anafilaxia) ou em domicílio. 
Utilizado para: 
 Diagnóstico: avaliar se os sintomas 
referidos pelo paciente se repetem 
quando o alimento é oferecido após 
dieta de exclusão (geralmente 4 
semanas); 
 Avaliar tolerância: avaliar se não 
apresenta mais os sintomas de alergia. 
Outros 
Saúde da criança e do adolescente II
 
Sangue oculto nas fezes: NÃO realizar. 
faz diagnóstico de proctocolite alérgica e pode 
confundir. 
Endoscopia/colonoscopia: no caso das 
alergias não IgE mediadas, quando
melhora com o tratamento convencional.
No caso das doenças eosinofílicas
Esofagite eosinofílica): biópsia é
para visualizar e quantificar os eosinófilos para 
realização de diagnóstico e seguimento para 
avaliar resposta terapêutica. 
TRATAMENTO 
Emergência 
Anafilaxia: uso de Adrenalina 1:1000 na dose de 
0,01 mg/kg na face antero-lateral da coxa IM.
No caso de urticária e/ou angioedemas 
isolados: usa-se anti-histamínicos
rápido de corticoide via oral. No caso d
broncoespasmo isolado: uso de 
broncodilatadores. 
Ambulatorial 
1. Exclusão TOTAL da dieta de leite de vaca e 
derivados. 
2. Não desnutrir: acompanhamento com 
nutricionista. 
< 2 anos: substituir o leite por fórmulas com 
proteínas extensamente hidrolisadas. Caso não 
haja melhora clínica após 2 semanas, substituir 
por fórmulas de aminoácidos livres.
mama em seio materno e teve sintomas durante 
amamentação, retirar leite de vaca da dieta 
materna. Caso tenha tido sintomas apenas com 
ingestão de fórmula infantil ou leite de
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
Victória Louise 
NÃO realizar. Não 
faz diagnóstico de proctocolite alérgica e pode 
no caso das 
alergias não IgE mediadas, quando não há 
melhora com o tratamento convencional. 
No caso das doenças eosinofílicas (ex 
biópsia é necessária 
para visualizar e quantificar os eosinófilos para 
diagnóstico e seguimento para 
Anafilaxia: uso de Adrenalina 1:1000 na dose de 
lateral da coxa IM. 
No caso de urticária e/ou angioedemas 
histamínicos e/ou curso 
No caso de 
broncoespasmo isolado: uso de 
 
1. Exclusão TOTAL da dieta de leite de vaca e 
2. Não desnutrir: acompanhamento com 
substituir o leite por fórmulas com 
hidrolisadas. Caso não 
haja melhora clínica após 2 semanas, substituir 
rmulas de aminoácidos livres. Se a criança 
mama em seio materno e teve sintomas durante 
retirar leite de vaca da dieta 
Caso tenha tido sintomas apenas com 
ingestão de fórmula infantil ou leite de vaca 
integral, manter aleitamento mate
alterações na dieta da mãe.
> 2 anos: fórmula de proteína de soja se 
necessário. Não devem ser utilizados fórmulas 
de outros mamíferos (cabra, ovelha).
manter aleitamento materno sem 
alterações na dieta da mãe. 
fórmula de proteína de soja se 
Não devem ser utilizados fórmulas 
de outros mamíferos (cabra, ovelha). 
 
 
 
 
Saúde da criança e do adolescente II
 
3. Orientar: 
Evitar escapes – orientar riscos; 
Nos casos de história prévia de anafilaxia ter um 
plano de ação: Uso de adrenalina autoinjetável 
(Epipen); sinais de alerta para procurar PS,
receita de anti-histamínicos e corticoide se 
necessário. 
4. Avaliar tolerância 
Após dieta de exclusão, realizar TPO para 
avaliar tolerância. 
*Nos casos de APLV IgE mediada: Avaliar 
queda dos níveis de IgE. Possível realizar 
primeiro TPO com o leite cozido (BAKED 
proteína altera sua conformação se tornando 
menos alergênica). Se TPO Baked negativo, 
após 6 meses tentar leite in natura. 
 E a melhor idade para avaliar a 
tolerância? 
APLV não IgE mediada – geralmente melhoram 
até 2 a 3 anos de idade APLV IgE mediada tem 
tendência de tolerância mais tardia.
avaliar se houve escapes na dieta, se houveram
sintomas após os escapes e qual 
quantidade de leite ingerido no escape
 Caso não haja cura? 
Dessenssibilização. 
INTOLERÂNCIA A LACTO
Lactose: açúcar do leite de vaca. 
Redução ou ausência da enzima lactase
Enzima lactase, localizada nas microvilosidades 
do intestino delgado, é responsável pela 
hidrólise da lactose em glicose e galactose, que 
são absorvidos através de transportadores.
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
Victória Louise 
anafilaxia ter um 
adrenalina autoinjetável 
(Epipen); sinais de alerta para procurar PS, 
e corticoide se 
Após dieta de exclusão, realizar TPO para 
os de APLV IgE mediada: Avaliar 
Possível realizar 
primeiro TPO com o leite cozido (BAKED – 
conformação se tornando 
menos alergênica). Se TPO Baked negativo, 
 
E a melhor idade para avaliar a 
geralmente melhoram 
APLV IgE mediada tem 
tendência de tolerância mais tardia. Sempre 
avaliar se houve escapes na dieta, se houveram 
sintomas após os escapes e qual a forma e 
leite ingerido no escape. 
INTOLERÂNCIA A LACTOSE 
 
edução ou ausência da enzima lactase. 
microvilosidades 
o, é responsável pela 
hidrólise da lactose em glicose e galactose, que 
são absorvidos através de transportadores. 
Lactose não digerida exerce um efeito osmótico 
na luz intestinal do íleo terminal 
eletrólitos, aumento do peristaltismo 
dor abdominal e diarreia.
Sofre ação das bactérias, levando a produção 
de lactato, ácidos graxos de
gases, com consequente eructação, flatulência 
e borborigmo. 
EPIDEMIOLOGIA
A intolerância a lactose está presente em 65% 
da população mundial apresentando uma 
prevalência diferenciada entre as
No Brasil: 57% em brancos e mulatos, 80% em 
negros e 100% em japoneses
Gene LCT: Herança recessiva levaria a 
intolerância. 
CLÍNICA
As manifestações clínicas irão depender 
idade do paciente, quantidade
ingerida, trânsito intestinal
gene responsável pela lactase.
Iniciam-se entra 30 minutos a 2 horas após a 
ingestão do leite de vaca
Mais comuns: distensão abdominal, dor 
abdominal, cólicas, 
assaduras, náuseas, vômitos e as vezes
constipação intestinal. 
Lactose não digerida exerce um efeito osmótico 
na luz intestinal do íleo terminal e cólon : água e 
aumento do peristaltismo levando a 
dor abdominal e diarreia. 
Sofre ação das bactérias, levando a produção 
de lactato, ácidos graxos de cadeia curta e 
gases, com consequente eructação, flatulência 
 
EPIDEMIOLOGIA 
A intolerância a lactose está presente em 65% 
ção mundial apresentando uma 
prevalência diferenciada entre as populações; 
No Brasil: 57% em brancos e mulatos, 80% em 
em japoneses 
Herança recessiva levaria a 
CLÍNICA 
As manifestações clínicas irão depender da 
quantidade de lactose 
trânsito intestinal e expressão do 
responsável pela lactase. 
se entra 30 minutos a 2 horas após a 
ingestão do leite de vaca ou derivados. 
Mais comuns: distensão abdominal, dor 
 flatulência, diarreia, 
assaduras, náuseas, vômitos e as vezes 
Saúde da criança e do adolescente II
 
CAUSAS PRIMÁRIAS
Intolerância congênita à lactose 
Doença genética muito rara no qual a criança 
nasce sem a lactase. 
O recém-nascido apresenta diarreia intensa 
logo após nascimento. Deve ser
com fórmula sem lactose. 
Hipolactasia do tipo adulto 
Acontece redução dos níveis desta enzima após 
o período de lactância, à semelhança do 
ocorrido em todos os demais animais 
mamíferos. 
O padrão de persistência da lactase o
normolactasia seria mutação genética,
a partir do período em que o homem 
utilizar o leite de outros animais mamíferos para 
o seu sustento (há cerca de 10.000 anos a.C.).
A idade mais comum dessa manifestação é em 
torno de 5 anos, mas pode ocorrer a partir de 
um ano de vida e até no idoso. 
Sintomas: dor abdominal, eructação, flatulência 
e diarreia leve. Mais raramente ocorrem 
náuseas, vômitos e sinais sistêmicos.
Comumente, há dificuldade em relacionar os 
sintomas com a ingestão de leite, 
sintomas não surgem imediatamente
ingesta do leite e por ser um alimento 
considerado inócuo até esta idade. 
Hipolactasia não é sinônimo de intolerância 
à lactose. Pelo menos metade da população 
hipolactásica tolera um a dois copos de leite
ao dia e derivados lácteos. 
CAUSAS SECUNDÁRIAS
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
Victória Louise 
 
CAUSAS PRIMÁRIAS 
 
Doença genética muito rara no qual a criança 
nascido apresenta diarreia intensa 
nascimento. Deve ser alimentado 
Acontece redução dos níveis desta enzima após 
semelhança do 
ocorrido em todos os demais animais 
O padrão de persistência da lactase ou 
normolactasia seria mutação genética, ocorrida 
artir do período em que o homem passa a 
animais mamíferos para 
o seu sustento (há cerca de 10.000 anos a.C.). 
A idade mais comum dessa manifestação é em 
e ocorrer a partir de 
dor abdominal, eructação, flatulência 
Mais raramente ocorrem 
náuseas, vômitos e sinais sistêmicos. 
Comumente, há dificuldade em relacionar os 
sintomas com a ingestão de leite, já que os 
sintomas não surgem imediatamente após a 
ingesta do leite e por ser um alimento 
 
Hipolactasia não é sinônimo de intolerância 
metade da população 
hipolactásica tolera um a dois copos de leite 
CAUSAS SECUNDÁRIAS 
Intolerância secundária à lactose
Adquirida e geralmente reversível após 
resolução da doença de base.
lesão na mucosa do intestino delgado que leva 
a deficiência temporária da lactase.
desencadeada por uma gastroenterite viral, 
giardíase, doença celíaca e até alergia a 
proteína do leite de vaca.
DIAGNÓSTICO
Clínico 
Sinais e sintomas após ingestão da lactose.
Laboratorial 
 Teste do hidrogênio expirado
 Teste de tolerância a lactose
 Biópsia duodenal
 Teste genético; 
 Teste terapêutico
 Outros. 
Teste do hidrogênio expirado
Padrão ouro. Sensibilidade de 90
especificidade de 70-
absorvida é fermentada levando à produção de 
hidrogênio, que será absorvido, entrando na 
corrente sanguínea e sendo expirado pelos
pulmões. 
Teste de tolerância a lactose
Sensibilidade de 94% e uma especificidade de 
96%. Curva glicêmica após a ingestão da 
lactose. Indivíduo sem a doença tem elevação 
da glicemia a valores maiores que
relação ao jejum, o que não é visto nos 
intolerantes. 
Biópsia duodenal 
Teste invasivo. Sensibilidade de 95%, 
especificidade de 90%.
incubado com lactose. Após 20 minutos o teste
mostra se existe ou não presença de lactose 
através de coloração. Caso não haja reação, ou 
seja, não apresentar coloração, o teste confirma 
a intolerância a lactose assim como a 
tolerância secundária à lactose 
Adquirida e geralmente reversível após 
resolução da doença de base. Ocorre uma 
lesão na mucosa do intestino delgado que leva 
temporária da lactase. Pode ser 
encadeada por uma gastroenterite viral, 
celíaca e até alergia a 
proteína do leite de vaca. 
DIAGNÓSTICO 
Sinais e sintomas após ingestão da lactose. 
Teste do hidrogênio expirado; 
Teste de tolerância a lactose; 
duodenal; 
 
Teste terapêutico; 
Teste do hidrogênio expirado 
Padrão ouro. Sensibilidade de 90-100%, 
-100%. A lactose não 
absorvida é fermentada levando à produção de 
que será absorvido, entrando na 
corrente sanguínea e sendo expirado pelos 
Teste de tolerância a lactose 
Sensibilidade de 94% e uma especificidade de 
Curva glicêmica após a ingestão da 
lactose. Indivíduo sem a doença tem elevação 
da glicemia a valores maiores que 20mg/dl em 
relação ao jejum, o que não é visto nos 
Teste invasivo. Sensibilidade de 95%, 
especificidade de 90%. O tecido da biópsia é 
incubado com lactose. Após 20 minutos o teste 
mostra se existe ou não presença de lactose 
oloração. Caso não haja reação, ou 
seja, não apresentar coloração, o teste confirma 
intolerância a lactose assim como a 
Saúde da criança e do adolescente II
 
intensidade da coloração informa o grau de
produção da enzima lactase. 
Teste genético: nos casos de alactasia 
congênita. Gene LCT. 
Teste terapêutico: retirar a lactose da dieta e 
observar por 2 a 3 semanas e provocar se 
houver regressão dos sintomas. 
Outros: medida de pH e substâncias redutoras 
nas fezes (não muito utilizados). 
Na hipolactasia do adulto ainda há pequena 
presença da lactase, consequentemente, a 
maioria dos indivíduos tolera cerca de 12 a 15
gramas de lactose (cerca de 300 ml de leite), 
parcelado em duas tomadas. Existem produtos 
no mercado com redução de 80-90% da
(produtos SEM lactose). Cada paciente tem seu 
próprio limiar. 
Intolerância secundária: retirar a lactose por 
cerca de 4 semanas, até recuperação da 
mucosa intestinal e tratamento da doença de 
base. 
O cálcio deve ser suplementado caso esteja 
insuficiente na dieta, com monitorização e 
suplementação se necessário também de 
vitamina D. 
 
Saúde da criança e do adolescente II 6º Semestre 
Victória Louise 
intensidade da coloração informa o grau de 
nos casos de alactasia 
retirar a lactose da dieta e 
e provocar se 
a de pH e substâncias redutoras 
Na hipolactasia do adulto ainda há pequena 
consequentemente, a 
maioria dos indivíduos tolera cerca de 12 a 15 
gramas de lactose (cerca de 300 ml de leite), 
Existem produtos 
90% da lactose 
paciente tem seu 
Intolerância secundária: retirar a lactose por 
cerca de 4 semanas, até recuperação da 
mucosa intestinal e tratamento da doença de 
O cálcio deve ser suplementado caso esteja 
ciente na dieta, com monitorização e 
entação se necessário também de 
 
	SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE II 
	ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA X INTOLERÂNCIA À LACTOSE 
	ALERGIA ALIMENTAR 
	SISTEMA IMUNE: RESPOSTA INATA E ADAPTATIVA 
	REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE – CLASSIFICAÇÃO DE GELL E COOMBS. 
	CLASSIFICAÇÃO 
	FATORES DE RISCO 
	QUADRO CLÍNICO 
	DIAGNÓSTICO 
	TRATAMENTO 
	INTOLERÂNCIA A LACTOSE 
	EPIDEMIOLOGIA 
	CLÍNICA 
	CAUSAS PRIMÁRIAS 
	CAUSAS SECUNDÁRIAS 
	DIAGNÓSTICO

Continue navegando