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44 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Os Compromissos de Desempenho 5 10 15 20 25 9 OS COMPROMISSOS DE DESEMPENHO Caro aluno, não ignore as diferenças de habili dades, energia, vocação e interesses entre os componentes de sua equipe. Precisamos entender que até os próprios fi lhos dife rem tanto uns dos outros, apesar de receberem a mesma criação, muito mais diferem os nossos subordinados. Eles não são nossos fi lhos, mas nossos colegas de trabalho, colaboradores ex perientes com os quais passamos uma parcela substancial de tempo das nos sas vidas. Nada mais desigual do que tratar igualmente os desiguais. É falsa a pers pectiva, de tentar no ambiente de trabalho em equipe, igualar os desi guais. É preciso respeitar as diferen ças individuais, ajustando os compro missos de desempenho às característi cas de cada um. Se você não fizer, alguns se sentirão sobrecarregados, enquanto outros fi carão aborrecidos por desempenhar tarefas que não lhes pro porcionam iniciativa, desafi o, autono mia ou criatividade. O desenvolvimento de uma equipe em busca da excelência não exclui, pelo contrário, pressupõe a preocupa ção do gerente com o desenvolvimen to individual de seus componentes. Isto signifi ca a fi xação de compromissos de desempenho para cada um, de tal modo que assegure a todos auto-realização no trabalho por meio da plena satisfa ção por aquilo que fazem. O conhecimento científi co sobre a motivação do ser humano no trabalho tem mais do que provado ser o pró prio trabalho o que de fato motiva o ser humano. 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 44 3/3/2009 15:09:20 45 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 A realização de tarefas sem sentido, destituídas de desafio, monótonas e repetitivas, ou a atribui ção de responsabilidades muito além daquelas que os indivíduos podem as sumir geram a perda de motivação e, obviamente, a deterio ração da qualidade do desempenho. A avaliação de desempenho tem assim papel decisivo na fi xação adequada do comportamento esperado às características individuais de cada um. E, assim entendida, a avaliação de desempenho torna-se simultaneamen te um sistema de infl uência planeja da na cultura da organização, visando ao desenvolvimento individual, grupal e da própria organização. Na verdade, não há como falar em de senvolvimento organizacional em bus ca da excelência, sem a utilização ade quada de um sistema de avaliação de desempenho. 9.1 Processo de facilitação da avaliação É preciso estabelecer uma comu nicação franca e aberta para resulta em um maior senso de coope ração do avaliador e avaliado, o que redunda na melhora futura de desempenho. Os subordi nados que, de fato, percebem que os seus gerentes têm muito interesse por eles (em seus comentários, suas sugestões, idéias, seus problemas pro fi ssionais ou pessoais), em geral empenham-se mais no trabalho, exce dem os limites de suas competências e responsabilidades, aprendem, cres cem e tornam-se profissionais mais qualifi cados e maduros. A defi nição precisa, mutuamente acordada, de metas, expectativas e padrões de resultados, facilita o pro cesso da avaliação de desempenho, por meio da crítica baseada em fatos, entre o comportamento esperado e o comportamento real do empregado. Obje tividade da crítica em lugar de subjeti vismo na diferença de desempenho reduz em muito o senti mento de injustiça. Haverá um núme ro bem menor de desculpas ou de justifi cativas, quando o ava liador identifi car aqueles que 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 45 3/3/2009 15:09:20 46 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 não alcançaram os resultados esperados. Quando o avaliado sabe antecipadamente o que dele se espera, provavelmente reclama muito menos e até reconhece com maior facilidade o desempenho insatisfatório em face de um contrato de compromissos previamente estabe lecido de comum acordo e que não foi cumprido. Abre-se melhor ao feedback e apresenta maior disposição psicoló gica para aceitar a necessidade da mudança de hábitos, de práticas e de comportamentos pessoais que difi cul tam o seu desempenho. 9.2 A regra do jogo Em decorrência de problemas de comunicação, muitas vezes, os avalia dos desconhecem como são ava liados. Os indicadores que pensam estar sendo considerados são freqüentemente distintos dos utilizados pelos avaliadores. Nenhum sistema de avaliação de desempenho pode ser efi caz, se os avaliados não sabem o que deles se espera e sob quais critérios são fundamentadas as avaliações. Embora muitos funcionários sejam capazes de estabelecer para si pró prias metas, padrões e expectativas de desempenho que consigam realizar, a grande maioria não possui essa auto-disciplina. Se, aliás, todos fossem ca pazes de fi xar e cumprir compromis sos, não haveria mais necessidade das gerências. Mas esse, de fato, não é o caso da totalidade das organizações. É responsabilidade do avaliador, aju dar os empregados a estabelecer compromissos de desempenho adequados às suas possibilidades e apoiá-los na sua execução. Não fi xe compromissos de desem penho demasiadamente altos ou bai xos com os seus subordinados em re lação às suas potencialidades. Ambos são equívocos capazes de desmoraliza-los. Objetivos muito altos são apenas alcançáveis pelos seus melhores su bordinados. O restante não será capaz de 5 10 15 20 25 30 5 10 15 20 25 30 Conhecer o avaliado como homem e como profi ssional - analisar o comportamento humano e tecnicamente o trabalho realizado RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 46 3/3/2009 15:09:21 47 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 manter o mesmo padrão de desempenho. Alguns tentarão realizá- los e só conseguirão reduzir a auto-estima e desmotivarem-se ainda mais pelo fra casso. Outros vão simplesmente des considerar os compromissos por serem exatamente inalcançáveis. Em pouco tempo, o avaliador disporá de uma parcela expressiva de sua equipe que se con siderará perdedora, com redução ain da maior da qualidade do desempe nho. Por outro lado, não fi xe compromissos por baixo, pois os seus subor dinados fi carão entediados e frustra dos com o que fazem. Se perceberem a falta de desafi o, de iniciativa, de motivação, de autonomia e de oportunidade de desenvolvimento na reali zação de suas tarefas, logo sentirão que o que fazem não é importante. O desempenho coletivo além do indivi dual vai piorar ainda mais. Na entrevista de avaliação, estabe leça critérios específi cos para analisar as metas, expectativas e padrões de desempenho alcançados. Não peça ao avaliado simplesmente para duplicar, aumentar ou melhorar os seus resulta dos. Estabeleça níveis de desempenho aceitáveis, inaceitáveis ou excelentes para cada uma das dimensões em aná lise. Certifi que-se de que esses critérios estão claramente delineados e que o avaliado compreende e concorda com o que dele se espera para o próximo período de avaliação. Assegure-se de que o avaliado dis porá do treinamento necessário e dos recursos de infra-estrutura indispensá veis à realização dos compromissos ajustados. Você, como gerente, não pode esperarque o avaliado realize os compromissos de desempenho fi xados por acordo na entrevista, se ele não estiver efetivamente prepara do, se não dispuser dos recursos ade quados ou se os procedimentos e pro cessos de trabalho parecerem-lhe con fusos ou inapropriados. Certifi que-se de que nos processos de avaliação de desempenho são discutidas efetivamente as questões sob controle do avaliador e do avaliado. As pessoas são responsáveis por suas 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 47 3/3/2009 15:09:21 48 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 atitudes e hábitos, práticas e compor tamentos. Não podem ser respon sabilizadas por defi ciências de desem penho decorrentes de equipamentos ou recursos inadequados, treinamento insubsistente ou instruções confl itan tes da gerência. Permitir sempre um espaço para ajustamentos e revisões passo a passo aos compromissos enquanto estes estive rem sendo implementados. Problemas, difi culdades ou obstáculos inesperados poderão surpreender tanto ao avaliador quanto ao avaliado. Além das entre vistas previstas formal mente no sistema de avaliação de desempenho, faça da crítica sistemática uma forma permanente de checar com o avaliado como ele está se sain do na execução dos compromissos. Em muitos casos, você poderá antecipar-se por meio da oportuna adequação dos compromissos à realidade do cotidiano. Uma vez que os problemas de im plementação tenham sido resolvidos e os compromissos de desempenho es tejam ajustados à situação real de tra balho, não esqueça de aplicar os cri térios de análise de resultados. O ava liado tende a desconsiderar e até a menosprezar compromissos que não são cobrados e que também não se jam utilizados na prática. Ele espera o feedback da avaliação para aprimo rar o seu desempenho. Não o decep cione. 9.3 O registro das avaliações Mesmo de forma resumida, não dei xe de registrar por escrito todas as observações que fi zer a respeito das di ferentes dimensões de desempenho do avaliado. Armazene-as em seus arqui vos. Ofereça cópia ao empregado. Sem apreciações escritas, provavelmente o avaliado terá enormes difi culdades em incorporar tudo o que você lhe disser. Isto sempre causa um bom impacto e demonstra a seriedade com que você formula os seus comentários e apre ciações. 5 10 15 20 25 30 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 48 3/3/2009 15:09:22 49 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Além disso, para os casos de mau desempenho freqüentes, os registros das avaliações feitas poderão ser de gran de utilidade para consubstanciar demis sões, minimizando o risco de, demandas na justiça do Trabalho. 10 MÉTODOS MODERNOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO O novo momento das organizações fez com que surgissem novos métodos de avaliação de desempenho, com uma abordagem completamente inovadora como: auto-avaliação e autodireção das pessoas, maior participação dos colaboradores em seu planejamento de desenvolvimento dentro da organização, possui também foco no futuro e a melhoria contínua do desempenho. O que também contribuiu para o surgimento dessa nova abordagem da avaliação de desempenho, foi a reestruturação das organizações, deixando de lado aquelas antigas estruturas funcionais e passando a trabalhar em estruturas de processos, ao qual mudou rapidamente os indicadores e medições, pois deixaram de lado a departamentalização e passaram a trabalhar em equipes. Outro fator muito importante que também contribuiu, foi a nova forma de remuneração dos colaboradores, que é a participação nos resultados da empresa e que requer novas formas de avaliação para que possam ir ao encontro deste novo modelo de remuneração. Como salienta CHIAVENATO (1999), “A APPO é uma das boas idéias que foram destruídas pelo furor burocrático de algumas organizações. ”Por ser democrática, participativa, envolvente e motivadora é um sistema totalmente oposto aos métodos tradicionais. Os objetivos são defi nidos conjuntamente, cada um é responsável pelo comprometimento para com os objetivos defi nidos, negociação aberta entre gerente e colaborador, o 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 49 3/3/2009 15:09:22 50 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 desempenho é o refl exo do comportamento do colaborador no alcance dos objetivos, constante monitoração dos objetivos e desempenhos e avaliação conjunta e retroação dos resultados para os avaliados. “Na moderna concepção, a avaliação de desempenho começa não pela apreciação do passado, mas pela focalização no futuro. Ou melhor, está mais orientada para o planejamento do desempenho futuro do que para o julgamento do desempenho passado” (CHIAVENATO,1999) Percebe-se, portanto, que na visão moderna da avaliação do desempenho não está preocupada em punir ou celebrar alguma ação do passado, mas em determinar ações para melhorar o desempenho futuro. A avaliação de desempenho está passando por uma mudança muito importante para o sucesso das organizações que requerem maior agilidade e velocidade na medição do desempenho das pessoas da organização, para que possam traçar um planejamento para a melhoria contínua das pessoas dentro da organização, para melhorar os processos e atividades e cada vez mais alcançar os objetivos com efi ciência e efi cácia. A tendência é que este modelo de avaliação de desempenho participativa, democrática, envolvente e motivadora venha prevalecer na grande maioria das organizações, é claro sem esquecer que cada organização tem sua cultura, que é a sua identidade, portanto o que pode estar dando certo em uma organização pode não dar certo em outra. 10.1 Gestão de competências As organizações, cada vez mais conscientes de que seu sucesso será determinado pelas habilidades, aptidões, talentos e experiências de seus empregados, passaram a atribuir 5 10 15 20 25 5 10 15 20 25 30 Na avaliação de desempenho por competências será verifi cado se o colaborador possui as competências necessárias e se ele está efetivamente utilizando estas competências para produzir resultados satisfatórios. RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 50 3/3/2009 15:09:23 51 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 maior relevância à gestão estratégica de recursos humanos, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento de competências profi ssionais. O interesse pelo assunto estimulou a realização de pesquisas e estudos, dando origem a uma corrente teórica que propõe a “gestão de competências” como mecanismo para gerar e sustentar vantagem competitiva. É importante esclarecer a diferença entre os termos gestão de competências e gestão por competências. Enquanto o primeiro diz respeito à forma como a organização planeja, organiza, desenvolve, acompanha e avalia as competências necessárias ao seu negócio, o segundo sugere que a organização divida o trabalho de suas equipes segundo as competências. A gestão de competências pode incluir, ou não, a gestão por competências. 10.1.1 A infl uência da gestão de competências Alguns autores elevam o conceito de competência à equipe de trabalho ou mesmo à organizaçãocomo um todo. Zarifi an (1996), por exemplo, sustenta que não se deve desconsiderar a dimensão da equipe no processo produtivo. Uma competência pode ser atribuída tanto a um indivíduo quanto a um grupo de trabalho. Durand (1999) chama a atenção para este aspecto ao afi rmar que crenças e valores compartilhados pela equipe de trabalho infl uenciam sobremaneira a conduta e o desempenho de seus componentes. Prahalad & Hamel (1990), por sua vez, tratam do conceito no nível organizacional, referindo-se à competência como um conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos, gerenciais e valores que geram um diferencial competitivo para a organização. Para esses autores, competências essenciais nas organizações, são aquelas que conferem vantagem competitiva, geram valor diferente percebido pelos clientes, e são difíceis de serem imitadas pela concorrência. A mecânica de alta precisão da Canon, o design de motores leves e efi cientes 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 51 3/3/2009 15:09:23 52 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 da Honda, e a capacidade de miniaturização da Sony são alguns dos exemplos de competência citados pelos autores. Nesta mesma linha, Arrègle (1995) defi ne competência como o saber que a empresa acumulou e que lhe confere certo nível de competitividade atual e futuro. Assim, torna-se possível classifi car competências como humanas (aquelas relacionadas ao indivíduo ou à equipe de trabalho) e organizacionais (aquelas que dizem respeito à organização como um todo ou a uma de suas unidades), ressaltando-se que o conjunto de competências profi ssionais, aliado a processos e outros recursos, é o que dá origem e sustentação à competência organizacional. Figura 1: As três dimensões da competência. Fonte: Durand (1999), com adaptações 10.1.2 O processo A gestão de competências pode ser visualizada como uma tecnologia de gestão derivada da Resource-Based Management Theory. Essa teoria sustenta que determinados atributos organizacionais (recursos) são condicionantes do sucesso da empresa frente à concorrência. O pressuposto é o de que os domínios de recursos raros, valiosos e difíceis de serem imitados 5 10 15 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 52 3/3/2009 15:09:24 53 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 conferem à organização certa vantagem competitiva atual e futura (Taylor, Beechler & Napier, 1996; Barney apud Raub, 1998). Essa corrente teórica sugere, ainda, que a gestão estratégica de recursos humanos contribui para gerar vantagem competitiva sustentável por promover o desenvolvimento de habilidades, produzir um complexo de relações sociais e gerar conhecimento, ou seja, por desenvolver competências. A gestão de competências faz parte de um sistema maior de gestão organizacional. Trata-se de um processo contínuo que toma como alusão a estratégia da empresa e direciona suas ações de recrutamento e seleção, treinamento, gestão de carreira, avaliação de desempenho e formalização de alianças estratégicas, entre outras, para captação e desenvolvimento das competências necessárias para atingir seus objetivos. Esse processo, além de promover o envolvimento de acionistas, empregados, executivos, clientes e fornecedores, gera o que Tilles (1997:6) denominou “consistência interna da estratégia”, ou seja, um impacto positivo cumulativo dessas ações sobre o desempenho organizacional. Os esforços de planejamento, captação, desenvolvimento e avaliação de competências devem dar-se não apenas no nível individual, mas, sim, em todos os níveis da organização, mesmo porque são as competências das pessoas que compõem a empresa que, aliadas a outros recursos, dão origem e sustentação à competência organizacional. Esse processo confere certo nível de competitividade atual e futuro à organização e, com isso, acesso potencial a novos mercados, dando a ela sentido de continuidade e sustentabilidade (Prahalad & Hamel, 1990). Seria arrojado afirmar que o processo de gestão de competências é do tipo top down, cujas competências essenciais da organização são determinantes das competências individuais, ou o seu contrário, do tipo bottom up, em que estas determinam aquelas. A gestão 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 53 3/3/2009 15:09:24 54 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 de competências deve ser vista, portanto, como um processo circular, envolvendo os diversos níveis da organização, desde o corporativo até o individual, passando pelo divisional e grupal. O importante é que a gestão de competências esteja em perfeita sintonia com a estratégia organizacional (missão, visão de futuro e objetivos). A visão determina o estado futuro desejado pela organização, sua intenção estratégica, e orienta a formulação das políticas, diretrizes e todos os esforços em torno da captação e desenvolvimento de competências. 11 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO POR COMPETÊNCIA NAS EMPRESAS Depois do conhecimento da importância da gestão de competência, percebemos que novas necessidades vão surgindo dentro da empresa. As empresas sempre vão procurar por novas formas de aprimoramento, é questão de sobrevivência diante do mercado globalizado. É importante entender que a Gestão por competência veio para fi car. Isso signifi ca que é preciso evoluir cada vez mais nos conceitos e, principalmente, nas práticas da organização. 11.1 Mapear as competências organizacionais O mapeamento das competências de cada função e de cada colaborador não deve ser apenas das competências comportamentais, ou somente das competências técnicas, mas sim ambas. Competência é o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos manifestados no desempenho em determinadas atividades por meio de ações observáveis pelos outros; pode-se dizer que é o conjunto de três variáveis: • saber fazer: são os conhecimentos, habilidades e atitudes necessários para realizar um determinado trabalho. • querer fazer: envolve as motivações, as iniciativas pessoais e a vontade de realizar um determinado trabalho. 5 10 15 20 25 5 10 15 20 25 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 54 3/3/2009 15:09:25 55 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 O Conhecimento é o saber, o que aprendemos nas escolas, universidades, nos livros, no trabalho, na escola da vida. A Habilidade é o saber, tudo o que utilizamos dos nossos conhecimentos no dia-a-dia. A Atitude é o que nos leva a exercitar nossa habilidade de um determinado conhecimento, pois ela é o querer fazer. 11.1.1 Análise das variáveis Para a análise dessas três variáveis, os avaliadores deverão levar em consideração o desempenho das equipes e dos indivíduos no que se refere ao comprometimento de ambos, quanto à atuação e à contribuição, para atingir os resultados esperados. O desempenho será analisado a partir das seguintes competências e habilidades: • Competências Técnicas: dizem respeito à aplicabilidade dos conhecimentos e experiências “específi cas” no que se refere ao uso das ferramentas, materiais, normas, procedimentos e metodologias necessárias para odesenvolvimento das atividades/serviços. É tudo o que o profi ssional precisa ter para desempenhar seu papel, e são expressas pelo C e pelo H do CHA, o “ Saber Fazer”. • Habilidades Comportamentais: são atitudes relativas a estímulos que refl etem na ação e reação comportamental e no desenvolvimento das atividades do indivíduo. São do diferencial competitivo de cada profi ssional e têm impacto em seus resultados. Expressas pelo A do CHA, o “ Querer Fazer”. Aprimorar as Competências Técnicas, aumentando a habilidade de um conhecimento adquirido, como arremessar ou bater na bola (CH). 5 10 15 20 25 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 55 3/3/2009 15:09:25 56 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Porém, isso acontece somente pelo diferencial competitivo de cada um. Ao término do treino, ao invés de ir para casa, persistem no treinamento e que, durante o jogo, tenham coragem de arremessar de três pontos ou bater a falta ou pênalti. Esse diferencial competitivo é a Competência Comportamental (A). No mundo corporativo a evolução de que precisamos no conceito de Gestão por Competências (comparando com o upgrade - atualização - do computador quando compramos o micro e já sentimos que precisa evoluir), não mais podemos utilizar os mesmos recursos dos sistemas tradicionais de Gestão de Pessoas: precisamos de Novos Recursos e Ferramentas. Por exemplo, de nada adianta promover o mapeamento e a avaliação das competências na organização se não for implantada a Seleção por Competências. Afi nal, a Seleção é a porta de en trada dos colaboradores. Também é preciso mudar a antiga forma de fazer Treinamento nas empresas, substituindo o tradicional Levantamento das Necessidades de Treinamento por um baseado em Competências, com características precisas. Tudo isso é Gestão por Competências e, assim, consegui mos visualizar que os antigos procedimentos da Gestão devem ser substituídos pelos novos, sempre com foco em competência. Remuneração e Carreira, a nova forma de mencionar Cargos e Salários em Gestão por Competências, não poderia fi car de fora. Aliás, implantar a Remuneração por Competências é a grande necessidade que encontramos hoje nas empresas. Por outro lado, existe uma falta de literatura que trate esse tema de forma clara, objetiva e com praticidade. 11.1.2 Avaliação de desempenho com foco em competências Justamente na identifi cação do novo Conceito sobre a tão utilizada Avaliação de Desempenho, que deve chamar-se Avaliação de Desempenho com Foco em Competências, 5 10 15 20 25 30 5 10 15 20 25 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 56 3/3/2009 15:09:26 57 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 identifi camos nos colaboradores o que eles efetivamente “entregam” para a Organização. Em outras palavras, a Gestão de Pessoas realizada por competências não pode fi car somente no conceito do CHA - Conheci mentos, Habilidades e Atitudes -, pois ele por si só é fundamen tal, mas não é sufi ciente. Precisa mos fazer a atualização do processo, o upgrade no método, identifi cando a Complexidade das suas funções, atividades, atribui ções e responsabilidades bem como aquilo que o colaborador efetivamente entrega à organização. Joel Dutra, através de seus livros e artigos, traduz e complementa as visões de diversos autores de outros países, como Dalton e Thompson, Jaques, Towbottoom, Bílis e Stamp, dentre outros, sobre os conceitos de entrega e complexidade. Ele afi rma que “o fato de as pessoas possuírem determinado conjunto de co nhecimentos, habilidades e atitudes, não é a garantia de que elas irão agregar valor à organização” (Dutra- Competências - 2004). Isso é fácil de se compreender, pois não quer dizer que com apenas uma avaliação técnica (o CH do CHA) e outra comportamental (o A do CHA) podemos afi rmar que um profi ssional serve para a sua função e que trará resultados. Precisamos de outros fatores. O pior é o conceito errôneo que algumas empresas estão utilizando ao aplicar o mapeamento de competências e implantar a avaliação de Desempenho ou de Performance. O CHA por si só não é De sempenho ou Performance do colaborador. Para que serve então todo o processo de avaliação, inclusive o conceito de Avali ação 3600? 5 10 15 20 25 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 57 3/3/2009 15:09:27 58 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Segundo a defi nição de Scott B. Parry, competências são: “Um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionadas, que afeta parte considerável da atividade de alguém, que se relaciona com seu desempenho, que pode ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento”. Note o seguinte fragmento: “... que se relaciona com seu desempenho...”. Isso signifi ca que o CHA se relaciona com o desempenho, mas não que o CHA seja o desempenho. É primordial entendermos que Avaliação de Compe tência Técnica e Avaliação de Competência Comportamental fa zem parte do processo da Avaliação de Desempenho, mas elas somente não são a Avaliação de Desempenho, pois não men suram a “Entrega” do colaborador e a Complexidade de sua função. Ficar somente no conceito ou na avaliação do CHA e, a par tir deles, promover ações de Treinamento e de Desenvolvimento dos colaboradores com foco em competências e levar esses conceitos para a Seleção, realizando Seleção por Competências é, sim, sem sombra de dúvidas, fazer Gestão por Competências. Isso, porém, é muito pouco e superfi cial para o que deve ser ex plorado em termos de Gestão por Competências, consideran do-se a Estratégia da Empresa, ou seja, é preciso fazer a Gestão por Competências Estratégica. Toda empresa vive de resultados e é feita de seus colaboradores. Daí a afi rmação de que o maior capital das empresas é o capital humano. Mas o capital humano precisa trazer resulta dos, caso contrário, a organização não sobreviverá nem para ela mesma, nem para seu capital humano. 5 10 15 20 25 30 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 58 3/3/2009 15:09:27 59 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Precisamos promover e valorizar as pessoas. Claro que isso é fundamental, pois se os colaboradores não se sentirem valorizados e motivados a empresa não atingirá os resultados. Mas a empresa precisa de lucro, mesmo as entida des não-governamentais ou fi lantrópicas precisam pagar suas contas e ter o lucro do resultado de sua atividade-fi m, mesmo que não seja monetário. Não apenas “às vezes”, mas, infeliz- mente, muitas vezes, gestores de pessoas, do RH ou não, canalizam seus esforços apenas nas pessoas, no ambiente, e se esque cem dos resultados. Fazer Gestão por Competências Estratégica é fazer, por meio das pessoas, com que a empresa cumpra na plenitude sua Estratégia, justifi cando sua Missão e alcançando a Visão determinada. 12 DESEMPENHO COM FOCO EM COMPETÊNCIAS Existem atualmente um movimen to que quer levar a Avaliação de Competência para a Remunera ção, gerando a Remuneração por Competências. Um grande erro, porque um colaborador não é apenas comportamento, a Avaliação de Competências nãoé Avaliação Desempenho. Existem três fa tores perspectivas importantes. São elas: • Perspectiva Técnica. • Perspectiva Comportamental. • Perspectiva Resultado. Segundo o dicionário Aurélio, perspectiva signifi ca: 1. Aspecto sob o qual uma coisa se apresenta; ponto de vista: Numa perspectiva egoística, tais atos não são condenáveis.; 2 Aspecto dos objetos vistos de certa distância; panorama: “Quão tristonhos e acanhados lhe pareceram .... os horizontes e os outeiros de Congonhas do Campo à vista das risonhas campinas e largas perspectivas da fazenda paterna!” (Bernardo Guimarães, O Seminarista, p. 97.); 3 Expectativa, esperança, probabilidade: 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 59 3/3/2009 15:09:27 60 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 A perspectiva de uns dias de folga calmou-lhe os nervos. [Var: perspetiva.] O sentido do terceiro signifi cado, expectativa, foi o que defi nitivamente selou o motivo de chamá-la de perspectiva, pois, segundo o dicionário, o significado é “esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas” e a palavra promessa recorda o signifi cado da palavra empenho. Parece, então, que essas perspectivas seriam sufi cientes para montar a Avaliação de Desempenho, agora com o adicional de ser uma Avaliação com Foco em Competências, pois, além do APO temos a análise do CHA. Falta o conceito de entrega e complexidade do colaborador. 12.1 Conceito de complexidade Embora eu não seja favorável ao termo “cargo”, para um entendimento mais fácil do conceito de Complexidade vamos recorrer a uma prática comum na montagem de um Plano de Cargos e Salários - PCS -, que é uma prática tradicional na administração de RH. Vamos substituir o termo “Cargo” pelo termo “Função”, de forma a fi car coerente com um novo ponto de vista so bre as diferenças entre esses termos . Após ter as funções de uma empresa defi nidas, é necessário promover um equilíbrio interno dessas funções, de acordo com as atribuições e responsabilidades de cada função, ponderando o impacto de seus resultados fi nanceiros e estratégicos dentro da organização. Em outras palavras, se o colaborador da função `A’, por exemplo, comete um erro e isso ocasiona um impacto fi nanceiro 5 10 15 20 25 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 60 3/3/2009 15:09:28 61 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 de mil reais, é bem menos signifi cativo se comparado a um erro de proporção similar cometido por um colaborador de função `B’, e que, devido a sua função, esse erro tenha o impacto de um milhão de reais. Isso ocorre porque a complexidade da função ‘A’ é bem menor que a complexidade da função ‘B’. O exemplo atrelado a um impacto fi nanceiro é mais simples de ser visualizado; no entanto, vale ressaltar que a complexidade não está associada apenas à visão fi nancei ra, e sim a qualquer fato dentro da organização, como a imagem da empresa, por exemplo. Essa constatação de que outras visões têm impacto na complexidade se justifi ca pela “simples” introdução apresentada por Robert S. Kaplan e David P. Norton, os autores do conceito do Balanced Scorecard e do livro A Estratégia em Ação - Balanced Scorecard, no qual relatam que “motivado pela crença de que os métodos existentes para avaliação do desempenho empresarial, em geral apoiados nos indicadores contábeís e fi nanceiros, esta vam se tornando obsoletos. Os participantes (do estudo) acredita vam que depender de medidas de desempenho consolidadas, ba seadas em dados fi nanceiros, estava prejudicando a capacidade das empresas de criar valor econômico para o futuro”. A imagem da empresa, assim como diversos outros indicadores, infl uenciam no valor econômico da organização e também na estratégia. Guy Lê Boterf, autor francês, em seu livro Desenvolvendo a Competência dos Profi ssionais, também citado por Dutra, defi ne como profi ssional “aquele que administra uma situação profi ssional complexa”, e Dutra complementa o signifi cado de com plexidade como “o conjunto de características objetivas de uma situação as quais estão em um processo contínuo de transfor mação”. 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 61 3/3/2009 15:09:28 62 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 É que é possível encontrar essa complexidade na descrição das funções, justamente nas “Atribuições e Responsabilidades”. Mas como tudo requer uma melhoria, o tal do upgrade, é preciso preparar as descrições de função, visando à extração dessas informações de forma concreta e alinhada ao Plano Estratégico da empresa. Complexidade é uma responsabilidade dentro da organização hierárquica da função. Mais uma vez recorrendo ao dicionário, responsabilidade signifi ca: “obrigação de responder pelos seus atos ou pelos de outrem”. No contexto organizacional, o colaborador deve responder pelos seus atos e decisões; e não somente os seus, mas os de sua equipe. Realmente é assim que ocorre, até o nível mais alto da organização. Ao observar o exemplo que James Hunter, o autor do livro O Monge e o Executivo, relata em seu recente livro Como se Tornar um Líder Servidor ao trazer o exemplo de um feedback de Jack Welch, ex-presidente da GE, para Jeffrey lmmelt, um dos três colaboradores que estavam sendo preparados para sua suces são. Quando Jeffrey Immelt dirigia uma subsidiária da GE, Plas tic Américas, que estava com péssimo resultado, apesar de toda a admiração de Welch por lmmelt, aquele disse-lhe: “Eu amo você, sou seu maior fã! Mas você é responsável pelo pior ano da empresa. Terei de afastá-lo, se não puder dar um jeito”. Mesmo Jeffrey Immelt sendo quem era, e atual presidente da GE, o que indica que ele reverteu à situação, teve de responder pelos seus atos. Assim como o presidente de uma empresa tem de responder por um problema que tenha ocorrido com um produto ou serviço; quanto maior o nível hierárquico, maior a complexidade, maior a responsabilidade. A tomada de decisão deve ser realizada em todos os níveis da organização, mas cada uma tem um impacto diferente de acordo com a complexidade da função. 5 10 15 20 25 30 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 62 3/3/2009 15:09:29 63 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Tomar uma decisão conforme a complexidade da função pode levar uma empresa ou um país à falência, e isso precisa ser considerado dentro da avaliação de desempenho. A 4ª Perspectiva da composição da Avaliação de Desempenho, são essas quatro perspectivas as “Perspectivas Básicas da Avaliação de Desempenho com “Foco em Competências”: • Perspectiva Técnica. • Perspectiva Comportamental. • Perspectiva Resultado. • Perspectiva Complexidade. 12.2 Conceito de entrega Quando identifi camos no colaborador essas quatro perspectivas por meio da Avaliação de Desempenho, conseguimos iden tifi car e mensurar qual foi a sua entrega à organização. A entrega não é apenas uma das perspectivas, nem tão pouco a execução de uma meta em específi co. A entrega é o que o colaborador deixa para a organização, quais os valores que ele acrescenta ou como que ele colaborarápara o crescimento e para a realização da estratégia da organização. Quando temos a entrega desejada mapeada em cada uma dessas perspectivas de forma clara, fi ca mais fácil para o colaborador empenhar-se para que o resultado seja o melhor possível, e, no caso dos profi ssionais diferenciados, saberemos em que ele se supera, possibilitando o estudo de casos para buscar multiplicar seu exemplo. No modelo de Avaliação de Desempenho com Foco em Com petências, a entrega do colaborador será expressa pela consolidação estratégica de cada uma das perspectivas, que irá gerar como resultado o Coefi ciente de Desempenho do Colaborador. 5 10 15 20 25 30 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 63 3/3/2009 15:09:29 64 Os Compromissos de Desempenho Di ag ra m aç ão : R od rig o - 05 /0 9/ 07 - //- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : M ei re - 0 7/ 09 /0 7 -/ /- R ev isã o: A ng el a - Co rr eç ão : L éo 0 8/ 09 /0 7 Cada empresa tem uma es tratégia e está inserida em um contexto de mercado, que é o seu negócio, e dependendo da estratégia e desse contexto, outras perspectivas podem ser necessárias. Ao trabalhar com as perspectivas, a fórmula fi ca modular, podendo ser adaptada a cada organização de acor do com novas perspectivas a serem criadas, em coerência com a estratégia e com o foco da empresa. 5 RH_ Avaliação_de_desempenho.indb 64 3/3/2009 15:09:30
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