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UNIVERIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Bacharelado em Ciências e Tecnologia RESENHA CRÍTICA Uma busca pelo conceito de cultura e passagem por dois paradigmas Por Maria Stefany Lima O capítulo Estudos culturais: Dois Paradigmas de Stuart Hall, no livro Da Diápora: Identidade e Mediações Culturais, pela editora UFMG. O capítulo apresenta possíveis definições para o termo cultura, no decorrer da leitura o autor apresenta dois paradigmas o estruturalista e culturalista. Stuart Hall (2003) começa o capitulo apresentando dois autores para apresentar o conceito de cultura, são eles Hoggart que apresenta um debate cultural voltado para a sociedade de massa, e Williams que volta para a a natureza da mudança humana tanto na vida social, política e econômica. Há para eles no conceito de cultura uma constante mudança histórica e industrial. Hall (2003) acredita que o conceito de cultura é complexo é um local de interesses convergentes, não encontrado-se portanto um conceito único e universal para cultura. A uma definição proposta para o termo é uma soma de descrições disponíveis no qual a sociedade refletem suas experiências em comum e dão um mesmo sentido. Outro conceito relaciona cultura com o domínio das ideias, já outro esta relacionado ao modo de vida, práticas sociais. Para o autor cultura vai alem das somas descritivas de costumes, sendo ela um padrão de organização tendo todas praticas sociais e a soma de inter- relacionamento. Williams vai contra Marx que se volta num conceito mais materialista e um determinismo econômico, defendendo assim uma distinção entre o o ser social e consciência social. Thompson distingui cultura de não-cultura, e afirma que qualquer teoria sobe cultura deve apresentar o conceito de interação de dialética entre algo que é cultura e algo que é não-cultura. Ele acredita que a sociedade capitalista fundou formas de exploração que são culturais, econômicos e morais ao mesmo tempo e que isso se dá na relação de trabalho. O autor define cultura como um entrelaço de todas as práticas sociais, e que essas são uma forma comum de atividade humana. A dialética a define o termo como os sentidos e valores que nascem entre as classes de grupos diferentes. Stuart Hall (2003) afirma que a chegada do paradigma estruturalista interrompe os Estudos Culturais da vertente culturalista. Esse paradigma apresenta uma linha de pensamento marxista. Mas ambos, atribuíam domínios definidos por superestruturais. Lévi-Strauss que seguia um alinha de pensamento estruturalista, conceitua cultura como 1“categorias e quadros de referência linguísticos e de pensamento através dos quais as diferentes sociedades classificam suas condições de existência [...], as relações entre os mundos naturais e humanos”. No culturalismo a experiência era o solo que interagia a condição e a consciência. Afirma que a cultura não deve ser absorvida pelo econômico, e insistia numa particularidade radical de suas práticas. Já o estruturalismo, afirmava que a experiência, não poderia servir de fundamento. Este nos possibilita a pensar nas relações de uma estrutura que não se reduzia apenas em relações entre pessoas. O autor do livro aponta três deficiências, medidas por ambos paradigmas, tendo com a primeira um segmento lógico, sendo a primeira semiótica, termos do paradigma linguístico, e o centramento sobre as práticas significativas. O segundo, é uma tentativa de retorno aos termos de uma economia política de cultura mais prática, e retém uma ideologia de falsa consciência. E por fim o terceira que está relacionada com o estruturalismo, mas que seguiu um caminho da diferença até a heterogeneidade radical. O capitulo Estudos Culturais: dois paradigmas, apresenta possíveis conceitos de cultura, devido o termo ser extenso apresentando vários conceitos. Outro conceito a qual se poderia apresentar é o de Geertz que define a cultura como significado de algo compartilhados por uma 1 HALL, Stuart. Estudos Culturais: Dois Paradigmas. In: Da Diápora: Identidade e mediações culturais. Orgs. Liv Sovik; tradução, Adelaine La Guardia Resende.. Et all. Belo Horizonte: Editora UFMG: Brasília. Representação da UNESCO no Brasil, 2003, p.143. sociedade ou grupo de pessoas. O autor cita grandes pensadores como Marx, Lévi-Strauss, o primeiro que nos ajuda a entender a sociedade, e as divisões de classes e o proletariado. Já o segundo autor que nos ajuda, no campo da antropologia entender a cultura do outro, nos fazendo ter um pensamento mais relativista e menos etnocêntrico. REFERÊNCIAS HALL, Stuart. Estudos Culturais: Dois Paradigmas. In: Da Diápora: Identidade e mediações culturais. Orgs. Liv Sovik; tradução, Adelaine La Guardia Resende.. Et all. Belo Horizonte: Editora UFMG: Brasília. Representação da UNESCO no Brasil, 2003, 434 p. LEVI-STRAUSS, Claude “Raça e Historia”. In: Antropologia Estrutural II. Tempo Brasileiro, 1993 (p. 328-366) MARX, Karl. “A mercadoria: os fundamentos da produção e do seu conhecimento” in: FORACCHI, Marialice; MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade: Leituras de Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 2008 (p. 46-73)
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