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Tratamento para as IU Uroginecologia e Obstetrícia Classificação A incontinência Urinária pode ser classificada em: ∴ De esforço É a perda urinária involuntária, que ocorrer após exercícios físicos, tosse ou espirro ∴ De Urgência Perda urinária acompanhada por forte desejo de urinar ∴ Mista Quando há, simultaneamente por esforço e por urgência ∴ Neurológica ∴ Funcional ∴ Infantil ∴ Masculina Tratamento O tratamento da incontinência urinária pode ser dividido em clínico ou cirúrgico. A abordagem fisioterapêutica deve ser embasada em avaliação prévia, como o intuito de investigar as condições de saúde, os comprometimentos das estruturas e funções, as limitações de atividades e a participação e as interferências dos fatores ambientais e pessoais, considerando o impacto das barreiras e dos fatores que tendem a facilitar seu restabelecimento físico, social e emocional. Conscientização corporal ∴ Etapa inicial do tratamento: contração correta da musculatura do assoalho pélvico. [30 a 50% são incapazes de fazê-lo espontaneamente] As disfunções do assoalho pélvico feminino são resultantes de perda da integridade das estruturas pélvicas de suporte e sustentação, o que justifica a coexistência de sintomas urinários, intestinais e vaginais. Isso reforça a importância da avaliação globalizada e minuciosa, servindo-se de métodos confiáveis de investigação e realizada por profissional habilitado. Recursos ∴ CINESIOTERAPIA Assoalho pélvico é composto pelo períneo e o diafragma pélvico. Períneo: FIBRAS TIPO I (70% do assoalho pélvico); Diafragma pélvico: FIBRAS TIPO II (30% do assoalho pélvico); Contração correta – Elevação para dentro e compressão em volta da uretra, da vagina e do reto, sem qualquer movimento visível da pelve ou das extremidades inferiores. [Contração rápida – 10 vezes] [Contração sustentada – 10/15 seg / 10 séries] Hipertrofia – depois de 6 a 8 semanas de treinamento. Exercícios realizados nas posições – Supino, Prono, Sentado, Em pé (maior dificuldade); Frequência do tratamento - 2 a 3 vezes por semana, Mínimo 3 meses, Tempo e intensidade não está padronizado, É preciso motivação do paciente; Pode ser realizado - Cinesioterapia pura com vestimenta (individual ou em grupo); Pode ser realizado - Posição ginecológica (Perina/ Sensu power/ Biofeedback) ∴ CONES VAGINAIS É um método de fortalecimento resistido e progressivo para os músculos do assoalho pélvico, fornece resistência e feedback sensorial dos músculos do AP ∴ FASE PASSIVA: introduz o cone de maior peso que consegue manter e caminha por 10 a 15 minutos duas vezes ao dia (não há contração voluntária) ESTIMULA FIBRA TIPO I ∴ FASE ATIVA: cone mais pesado que conseguir manter Realiza 30 contrações voluntárias 5:5 duas vezes ao dia. RECRUTA FIBRAS TIPO II INDICAÇÕES • IUE • Fraqueza assoalho pélvico • Pós parto • Disfunção sexual • Pós operatório • Pouca propriocepção CONTRA-INDICAÇÕES • ITU • Período menstrual • Diafragmas • Gravidez • retenção/obstrução urinária ∴ BIOFEEDBACK É um equipamento que fornece informações imediatas das contrações da musculatura do assoalho pélvico. • Permite o aprendizado da contração • Isola os músculos sinergistas e evita valsalva • Evita compensações Inicia o tratamento em supino e progride para atividades funcionais. Pode ser usado também como método de avaliação. ∴ ELETROESTIMULAÇÃO ENDOVAGINAL Consiste em exercícios passivos desencadeados por uma corrente elétrica; Diminui a atividade do detrusor e reforça a musculatura perineal; • ↑ pressão intra-uretral • ↑ fluxo sanguíneo • Restabelece as conexões neuromusculares • ↑ fibras musculares rápidas • ativação das fibras simpáticas • inibição central de eferentes motores (parassimpático) Frequência é um fator crucial Incontinência de Esforço – FREQUÊNCIA ALTA (20 a 50HZ) Incontinência de Urgência – FREQUÊNCIA BAIXA (5 a 10HZ) Sessões diárias ou de 2 a 3 vezes semanais com duração de 20 a 30 minutos. Efeitos colaterais: Dor, Irritação vaginal, ITU; INDICAÇÃO • IUEG leve ou moderada • IUU • Prolapsos com grau menor que II • I fecal • IU masculina (eletrodo anal) • Conscientização do Assoalho Pélvico • Fraqueza pura do AP CONTRA-INDICAÇÕES • Gravidez • Lesões vaginais • ITU • Câncer • Período menstrual • Marcapasso cardíaco ou implantes metálicos • ↓ função cognitiva ∴ TERAPIA MANUAL • Inibição dos pontos gatilhos • Liberação miofascial (isostreching) • Facilitação neuromuscular proprioceptiva Massagem perineal - É um tipo específico e delicado de massagem realizada na região genital feminina ou, mais especificamente, na região do períneo. No geral a manobra trabalha toda a pele e adjacências da entrada do canal vaginal mas tem enfoque na porção muscular (MAP), localizada há cerca de 2 centímetros para dentro da vagina. A massagem perineal promove um relaxamento e alongamento progressivo da MAP e dos tecidos da entrada vaginal, útil para os casos onde é necessária a facilitação na abertura do canal vaginal. Liberação miofascial - Músculo pubovaginal, Músculo obturador interno ∴ TERAPIA COMPORTAMENTAL Pacientes com IU podem ser educados sobre a patologia e podem desenvolver estratégias para amenizar ou eliminar a doença. [É mais indicado para pacientes com IUU] • Diário Miccional • Educação sobre o trato urinário • Entendimento da doença • Ingestão de líquidos • Ingestão de outros líquidos • Perda de peso • Hábito intestinal • Treinamento vesical • Cinesioterapia TREINAMENTO VESICAL • Visa aumentar os intervalos entre as micções, aumentando a capacidade vesical. • Muitas mulheres urinam mais vezes do que realmente precisam → medo • Retardar as micções • Intervalos fixos com aumento de 15 a 15 minutos até atingir um intervalo de 3 a 4 horas • Deve ser adaptado a rotina da paciente INIBIR A URGÊNCIA • Respiração profunda Relaxamento • Contração do assoalho pélvico Deitar → gravidade Diminuir o consumo das comidas ou bebidas que possam irritar a bexiga • Chocolate • Café • Chás • Vinagre • Bebidas alcoólicas • Frutas cítricas ∴ GINÁSTICA HIPOPRESSIVA É uma técnica de reabilitação miotática, que através da aspiração diafragmática provoca uma hipopressão abdominal, partindo de uma pressão convencionada como zero, a partir do estado de repouso. Causa uma queda significativa da pressão intra-abdominal e por via reflexa, uma contração dos músculos do assoalho pélvico e da cinta abdominal [99% dos casos de hipotonia do assoalho pélvico está associada a hipotonia da cinta abdominal]
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