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Conceito doutrinário -direito de ação penal o direito público subjetivo de pedir ao Estado-juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto, objetivando a satisfação de pretensão punitiva. Espécies Condição São os requisitos que subordinam o exercício do direito de ação. Para poder exigir a prestação jurisdicional, é necessário o preenchimento das condições de ação. Além destas condições, a doutrina atribuiu condições específicas, conhecidas com “condições específicas de procedibilidade”. • Possibilidade jurídica do pedido • Interesse de agir • Legitimação para agir • Justa causa Legitimação para agir A legitimidade ad causam, refere-se a legitimidade para ocupar o polo ativo da relação processual (exercida pelo MP{art.127/129 CP} e pelo ofendido, arts. 24,29 e 30 do CPP), quanto o polo passivo pelo provável autor do fato. Já a legitimidade ad processum é a capacidade para estar no polo ativo, em nome próprio e em defesa do interesse próprio (arts. 33 e 34 do CPP) Interesse de agir Refere-se ao trinômio necessidade – utilidade do uso das vias jurisdicionais para a defesa do interesse material pretendido – adequação (à causa, do procedimento e do provimento) para possibilitar a atuação da vontade concreta da lei segundo o devido processo legal. Características • direito autônomo: não se confunde com o direito material que se pretende tutelar; • Direito abstrato:independe do resultado final do processo; • Direito subjetivo: o titular pode exigir do Estado-juiz a prestação jurisdicional; • Direito público: a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza pública. Justa causa ——>”fumus commissi delicti” Sempre admitimos a existência da justa causa como condição da ação, seja como quarta condição (da ação), inserida no contexto da demonstração do interesse (utilidade) de agir, seja enquanto lastro mínimo de prova, a demonstrar a viabilidade da pretensão deduzida. -Art.395, III, CPP. Ação penal pública Incondicional (APPI) Titularidade • A CF de 1998 em seu art 129, I, atribuiu exclusivamente no MP a propositura da ação penal pública (incondicionada ou condicionada) Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; • Há também, previsão legal no CPP: Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público Princípios • Obrigatoriedade: É necessária a existência da prova da materialidade do crime, combinada com indícios razoáveis de autoria ou participação, e assim, o MP é obrigado a oferecer a ação. • Indisponibilidade: quando se oferece a ação penal, há sempre a necessidade de o MP permanecer na relação processual. (Art 42, CPP) • Oficialidade: a existência deste princípio se dá pelo fato de a ação ser da titularidade de um órgão do Estado, caso o MP. • Autoridade: se dá por conta do MP, que se constitui numa autoridade capaz de dar início à ação. • Oficiosidade: os encarregados da persecução penal devem agir de oficio, independente da provocação, salvo nas hipóteses da ação penal publica condicionada. • Indivisibilidade: e[ obrigatório que se impute os fatos a todos que cometeram a infração. • Intranscendência: a ação penal só poderá ser proposta contra a pessoa a quem se imputa a prática do delito, conforme o art.5º, XLV da CF de 1988: 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; Ação penal pública condicionada (APPC) Conceito A ação cujo exercício está subordinado a uma condição, sendo a manifestação da vontade do ofendido ou de seu representante legal, podendo ser também a requisição do MJ. ü Os crimes sujeitos a representação ou requisição encontram-se explícitos em lei. • APPC à representação: O MP só poderá dar início se a vítima o representante legal autorizar por meio de manifestação de vontade. • Natureza jurídica de representação: Trata—se de condição objetiva de procedibilidade. A representação é a manifestação de vontade do ofendido ou do seu representante legal no sentido de autorizar o desencadeamento da persecução penal. • Titular do direito de representação: Se o ofendido contar com menos de 18 anos ou for mentalmente enfermo, o Direito a representação cabe a quem tem qualidade para representá-lo. • Prazo (6 meses): Trata-se de prazo decadencial, não tendo possibilidade de suspensão e nem prorrogação. Sendo iniciada a partir do conhecimento da autoria da infração (art. 38 do CPP) Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Ø Ao completar 18 anos, o ofendido adquire capacidade plena para ofertar a representação, deixando de existir a figura do representante legal (salvo em exceções previstas em lei). Também poderá ser exercido por procurador com poderes especiais. (Art 39, caput do CPP). Ø Porém, para o menor de 18 anos ou para o maior possuidor de doença mental, o prazo não fluíra enquanto a incapacidade não for cessada. Mas o prazo fluíra para seu representante desde que conheça o autor do ilícito penal. • Forma: A representação não possui forma específica, porém o CPP dispõem alguns preceitos (art. 39, caput e §§ 1º e 2º do CPP). • Destinatário: Poderá ser dirigida ao juiz, ao representante do Ministério Público ou à autoridade policial (art. 39, caput do CPP). • Irretratabilidade: É irretratável após o oferecimento da denúncia (art. 25 do CPP e art. 102 do CP). • Não vinculação: A representação não obriga o Ministério Público a oferecer a denúncia. • Prazo para o oferecimento da requisição: O ministro da justiça poderá oferecê-la a qualquer tempo, enquanto não estiver extinta a punibilidade do agente. • Retratação da requisição: Não deverá ser admitida, pois não há previsão legal expressa, dessa forma,a requisição é irretratável. • Vinculação da requisição: Não obriga o Ministério Público a oferecer a denúncia. • Conteúdo da requisição: Deve ter a qualidade da vítima, a qualificação e se possível o autor da infração penal e a exposição do fato. • Destinatário da requisição: Será o Ministério Público. • Novas hipóteses de ação penal pública condicionada à representação: Nos termos das alterações do art. 2º da Lei nº 13.964/2019: Parágrafo 5º do Artigo 171 do CP: crimes de estelionato (incluído) Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.” (NR) A exlusivid S porem na a p incondicionada e na a p agira como legitimação extraordinária