Carta brasileira do profissional de ed. fisica

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CARTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
DO PROFISSIONAL BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
1. A categoria dos Profissionais de Educação Física no Brasil deve ser identificada 
como a força de trabalho qualificada e registrada no sistema CONFEF/CREFs, 
responsável pelo exercício profissional na área de Educação Física e que, nesse 
sentido, utiliza e investiga, respectivamente, com fins educativos e científicos, as 
possíveis formas de expressão de atividade física; 
2. Os Profissionais de Educação Física devem possuir uma formação 
acadêmica sólida, estar organizados nos Conselhos Regionais de 
Educação Física e, permanentemente, envolver-se em programas de 
aprimoramento técnico-científico e cultural; 
 
DO OBJETO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL 
 
3. A Educação Física no Brasil, que, invariavelmente, deve constituir- se numa 
Educação Física de Qualidade, sem distinção de qualquer condição humana e 
sem perder de vista a formação integral das pessoas, sejam crianças, jovens, 
adultos ou idosos, terá que ser conduzida pelos Profissionais de Educação Física 
como um caminho de desenvolvimento de estilos de vida ativos nos brasileiros, 
para que possa contribuir para a Qualidade de Vida da população. 
 
Observe, no item destacado, que a atualização profissional, aliada a uma boa 
formação acadêmica, são aspectos fundamentais para que haja desenvolvimento 
da profissão no País. 
 
REFERÊNCIAS PARA UMA EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE NO PAÍS 
 
4. Para uma Educação Física no Brasil que possa ser adjetivada pela Qualidade, 
e que possa contribuir para a melhoria da nossa sociedade, existem algumas 
referências, pelas quais deve: 
a) Ser entendida como direito fundamental e não como obrigação dos 
brasileiros; 
b) Prover os seus beneficiários com o desenvolvimento de habilidades 
motoras, atitudes, valores e conhecimentos, procurando levá-los a uma 
participação ativa e voluntária em atividades físicas e esportivas ao 
longo de suas vidas; 
c) Envolver práticas formais e não formais para atingir seus objetivos; 
(....) 
 
Esses três primeiros tópicos (no total, no item 4, são 13 tópicos) apontam para 
a importância das atividades físicas não apenas na escola (prática formal), como 
também ao longo da vida dos indivíduos (práticas não formais), como um direito 
que todos têm, já que estão relacionadas à promoção da saúde e à qualidade de 
vida. 
 
No item 5, fala-se sobre a preparação de profissionais para que a Educação Física 
seja de qualidade, indicando a necessidade de revisão dos currículos para que 
sempre estejam atualizados e acompanhando as tendências para intervenção 
profissional, avanços técnicos e pesquisas científicas. 
 
A formação dos profissionais do País deve ser comparada a de outros países 
vizinhos para que, na formação dos blocos socioeconômicos, essa prática seja de 
igual qualidade. Finalmente, enfatizamos a importância de uma formação 
continuada, que não se completa com a graduação, mas que deve ser 
enriquecida em cursos, estágios e eventos. 
 
A seguir, o assunto é a necessidade de uma educação física de qualidade nas 
escolas (item 6), ressaltando que essa prática deve estar presente em todos os 
segmentos da Educação Básica. E precisa incluir atividades diversificadas, 
desvinculadas do esporte de alto rendimento, possibilitando a participação ampla 
que resulte na adoção de um estilo de vida ativo. Além disso, sugere-se que os 
locais de prática e os equipamentos sejam adequados. 
Nos espaços diversos onde há a prática de atividades físicas (item 7), a Carta 
reforça que os profissionais envolvidos devem ter boa formação, que as práticas 
devem ser democráticas e favoreçam o interesse na sua manutenção pelos 
indivíduos participantes, respeitando-se princípios éticos. 
 
No item 8, o assunto é “As responsabilidades dos Governos para o fomento de 
Educação Física de qualidade”. Fica claro que as três esferas (Municipal, Estadual 
e Federal) devem valorizar a Educação Física e seus profissionais, entendendo-a 
como um poderoso meio para a promoção da saúde, implantando campanhas e 
programas que possibilitem a prática de atividades físicas em todas as idades. 
 
A Carta é finalizada no item 9, que reafirma a importância do sistema CONFEF-
CREF’s na organização da categoria profissional, como exposto a seguir: 
 
DAS RESPONSABILIDADES DO CONFEF/ CREFs 
 
9. O CONFEF e os CREFs, pelas suas atribuições em lei e comprometimento diante 
da Educação Física no Brasil, atuarão fundamentalmente no compromisso de uma 
EDUCAÇÃO FÍSICA DE QUALIDADE. Para isso, deverão intervir por uma melhoria 
e uma valorização dos seus profissionais, inclusive quanto ao cumprimento do 
Código de Ética estabelecido, complementando a sua intervenção com ações 
vigorosas e consistentes, como a elaboração e a difusão desta CARTA 
BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, para que a Educação Física possa, de fato, 
alcançar a QUALIDADE objetivada e assim contribuir para uma sociedade cada 
vez melhor.