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Profa. Leticia Santos Rezende São aqueles que visam tratar as neoplasias sistêmicas localizadas, as metástases e aliviar os sintomas das síndromes paraneoplásicas. Quimioterapia e imunoterapia: método no qual consiste em tratar doenças neoplásicas localizadas. Linfossarcoma em cães e gatos, tumor venéreo transmissível, mastocitomas e mieloma múltiplo. Para qualquer tratamento de uma neoplasia, é necessário realizar uma avaliação completa do paciente portador do câncer, inicialmente deve-se proceder a um diagnostico confiável do tipo de neoplasia associados a outros métodos. As neoplasias podem ser malignas ou benignas, suas características são de acordo com a velocidade de crescimento, grau de diferenciação e de anaplasia, invasão dos tecidos adjacentes e gênese de matástases. As malignas: crescimento mais rápido, menos diferenciadas, mais anaplásicas, invadem tecidos adjacentes adentrando a corrente sanguínea ou linfática disseminando-se gerando metástases. As benignas: crescimento lento, menos anaplasicas, não invadem tecidos adjacentes nem sofrem metástases. Uma neoplasia formada é ocasionada através de agentes etiológicos incidindo sobre células normais, causando alterações genômicas. Proto-oncogenes(oncogenes) e genes supressores: genes quando alterados provocam a formação de tumores. Recomenda-se quando o diagnóstico de uma neoplasia maligna tenha sido confirmado por exame hitopatólogico, são utilizados em lifomas, mieloma múltiplo, tumor venéreo transmissível, dentre outros. De maneira geral os medicamentos utilizados, interferem com a síntese de DNA, RNA ou com a replicação celular, levando a cessão da divisão ou da morte celular. Ocasiona efeitos tóxicos: alopecia, alterações gastrointestinais, mielosupressão e supressão da resposta imune e necrose tecidual. Os medicamentos antineoplásicos mais utilizados para quimioterapia estão incluídos nos seguintes grupos: Alquilantes Antimetabólitos Antimicrotúbulos Antibióticos Hormônios Outros Agentes (derivados de platina, enzimas, etc. ). São fármacos que atuam independentemente da fase do ciclo celular e que contêm grupos alquil que se combinam prontamente com outras moléculas. Ação dirigida ao DNA, portanto não tem ação seletiva sobre as células neoplásicas. Divididos nas seguintes classes: Mostardas nitrogenadas (ciclofosfamida, isofosfamida, clorambucil e melfalano). Aziridinas (tiotepa e mitomicina C). Alquilsulfonatos (busulfan). Nitrosúreias (carmustina e lomustina). Derivados hidrazínicos (procarbazina e dacarbazina). Alquilante mais frequente utilizado, indicado para o tratamento de neoplásias linfóides, sarcomas de tecidos moles e TVT(tumor venéreo transmissível). Fármaco inativo, é biotransformado no fígado pelas enzimas do citocromo P-450 a metabólitos ativos. Aldofosfamida, composto produzido que elimina espontaneamente a acroleína, originando a fosforamida (composto ativo). 70% eliminada na urina sob a forma de metabólitos inativos. É utilizada para o tratamento de linfomas, leucemias linfocíticas crônicas e mastocitoma. Rapidamente biotransformada à sua forma ativa, em seguida eliminado na forma de metabólitos inativos na urina e fezes. Efeitos tóxicos mínimos (mielossupressão e vômitos ocasionais) Substituto da ciclofosfamida em animais com cistite hemorrágica. Tem característica a lipossolubilidade e sua manutenção na forma essencialmente não ionizada em pH fisiológico. Indicada em tumores cerebrais (gliomas e astrocitomas), metástases cerebrais, linfomas e mastocitomas. Agente moderadamente tóxico Não deve ser administrada com fenobarbital, pois aumenta a depuração e diminui seus efeitos terapêuticos Mecanismo de ação similiar à carmustina. Indicada em tumores cerebrais, mastocitomas, linfomas. São fármacos que atuam na dependência da fase do ciclo celular, sua ação geralmente fase-específica, ou seja, no período de síntese de DNA (fase S do ciclo celular). Interferem na biossíntese do componentes essencias do DNA e RNA. Os comumente utilizados são os análogos do ácido fólico, pirimidinas ou purinas. Inibe a enzima diidrofolato redutase, impedindo a formação de tetraidrofolato, que é necessário para síntese de timina e de certos aminoácidos. Agente entra na c.tumoral por transporte ativo utilizado pelo folato reduzido. Eliminação por excreção renal, tal fármaco é filtrado pelos glomérulos e secretado ativamente nos TCP. Na Medicina Veterinária usados frequentemente em doses baixas. Seus efeitos tóxicos: mielosupressão e toxicidade gastrointestinal, alopecia, febre e lesões em mucosas orais. É inativo e depende de ativação intracelular para exercer os efeitos citotóxicos. Sua forma ativa é a fluoroudina trifosfato, que é incorporada ao RNA nuclear e citoplasmático e, por fim, ao DNA resultando em alterações de síntese e funções. Indicado ao tratamento de carcinoma e sarcomas. Efeitos tóxicos ocorrem na médula óssea e trato gastrointestinal, dependendo da dose e via de administração IMPORTANTE É NEUROTÓXICO PARA GATOS A citarabina entra na célula usando os receptores de nucleosídeos, sendo biotransformada, formando ara-citidina trifosfasto, que quando incorporada ao DNA se torna um potente inibidor da DNA polimerase, interferindo com o alongamento da cadeia de DNA. Aplicação IM ou SC, atingindo níveis terapêuticos no liquor, e sua eliminação se da por via renal, em altas doses promove toxicidade neurológica. Efeitos tóxicos: mielosupressão, toxicidade gatintestinal, neurológicas e reações anafiláticas. São fármacos que interrompem a divisão celular na mitose (metáfase), interferindo com os microtúbulos que formam os fusos, responsáveis pela mobilização dos cromossomos. Divididos em três classes: Alcalóides da vinca ( vincristina, vimblastina, vindesina e vinorelbina) Taxanos (docetaxel e placlitaxel) Derivados de epipodofilotoxina (etoposide e tenoposide) Sua ação é ligar-se a proteínas e a outros elementos sanguíneos, como plaquetas, o que impede que ocorra a passagem pela barreira hematoencefálica. Biotransformada pelas enzimas do citocromo P-450 e excretada pelas vias biliares. Efeitos tóxicos: alopecia, alterações gastintestinais (constipação e dor abdominal), diarréias, náuseas e vômitos. Fármaco atuante sobre os megacariócitos aumentando a fragmentação citoplasmática e elevando o número de plaquetas circulantes. Famacologia similiar à vincristina, biotransformada pelo fígado e excretada nas fezes. Pode induzir uma neutropenia mais grave. É indicada no tratamento de mastocitomas e linfomas. Substitui a vincristina em animais com neuropatia periférica. Não muito utilizado, eles bloqueiam a formação do fuso mitótico e tem atividade antiangiogênica. Indicados em carcinomas Em cães e gatos pode levar a reações de hipersensibilidade passíveis de serem graves, com quadros neurológicos e cardiovasculares. Os utilizados como agentes antineoplásicos, são produtos da fermentação natural de várias espécies do gênero Streptomyces. Tem atuação citocidas e citostáticos. São divididos em: Antraciclinas (doxorrubicina, daunorrubicina, epirrubicina e idarrubicina) Actinomicina D Mitoxantrone Bleomicina Fármacos que atuam independentemente da fase do ciclo celular. Apresentam anel de antraciclina em sua estrutura e intercalam- se entre pares de nucleotídeos da dupla fita do DNA, tendo interferência com a transcrição e replicação da mólecula. Produzem radicais livres altamentereativos, capazes de lesar menbranas celulares e o DNA. Ligam-se a proteínas plasmáticas e entram por difusão passiva. Biotranformação hepático e excreção biliar, renal muito baixa. Primeiro antibiótico isolado das espécies de Streptomyces. Atua formando complexos estáveis com o DNA, intercalando- se entre bases adjacentes de guanina e citosina, em consequência há interferência com a transcrição do DNA. Age especificamente nas fases G1 e S do ciclo celular. Fármaco produzido com o intuito de ser similiar as antraciclinas, porém sem a potencial cardiotoxicidade. Seu efeito colateral é a mielotoxicidade,mas, embora seja menos toxicas que a doxorrubicina, o aspecto antitumoral se torna mas limitado. Liga-se ao DNA, resultando na quebra de uma ou ambas as fitas desta mólecula, com consequência ocorrência de fragmentação cromossômica, deleções e fendas. Atua nas fases G2 e M do ciclo celular. Eliminação por via renal. Tem a vantagem de não ser tóxica a medula óssea. Os hormônios podem produzir remissão de certas neoplasias, aliviando as sindromes paraneoplásicas consequentes a elas. Esteroidais, incluindo os glicocorticóides são os mais utilizados, mostrando bons resultados no tratamento de neoplasia hematopoiéticas, linfóides e mastocitomas. Ligam-se a receptores citoplasmáticos e inibem a síntese de DNA. Biotransformada no fígado, gerando seu metabólito ativo, a prednisolona. Não devem ser associados com antiinflamatórios não- esteroidais. Consiste no uso de agentes que modificam a relação entre o hospedeiro e a neoplasia, com os resultantes efeitos terapêuticos. Células NK, células T citotóxicas e macrófagos. Imunonoestimuladores e Imunossupressores (podem existir normalmente no organismo animal). Substâncias capazes de aumentar a resposta imune tanto no homem quanto nos animais. Ativos específicos, ativos inespecíficos e passivos Interferons e indutores de interferon, interleucinas, bacilo de Calmet-Guérin (BCG) e seus derivados, Propionibacterium acnes (ou Corynebacterium parvum) e o levamisol. Vacinas constituídas de antígenos tumorais. Interesse também em tratar doenças não-neoplásica, como doenças auto-imunes e reações de hipersensibilidade. Glicocorticóides (naturais ou sintéticos): efeito antiinflamatório como imunomodulador, atuando sobre as funções de linfócitos, monócitos, macrófagos e neutrófilos. SPINOSA, Helenice de Souza; GÓRNIAK, Silvana Lima; BERNARDI, Maria Martha. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 897 p. ISBN 9788527711807 http://www.odnavaiaescola.com.br/cancer2.html
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