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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO CURSO DE GESTÃO DE EMPRESAS TRABALHO DE CAMPO DE CONTABILIDADE DE GESTÃO I TEMA TERMINOLOGIA DOS CUSTOS 2º ano Discente: Nelson José Muchare Tutor: Trindade Luís Fenias Moiane Beira 2020 1 ĺndice 1. Introdução .............................................................................................................................. 2 2. Objectivos .............................................................................................................................. 3 2.1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 3 2.2. Objectivo Especifico ........................................................................................................... 4 3. Conceito ................................................................................................................................. 4 4. Terminologia de Custo ........................................................................................................... 7 4.1. Gasto ................................................................................................................................... 8 4.2. Investimento ........................................................................................................................ 8 4.3. Custo ................................................................................................................................... 8 4.3.1 Custos da Produção/custo industrial ................................................................................. 8 4.3.2. Despesas ........................................................................................................................... 9 4.4. Desembolso ......................................................................................................................... 9 4.5. Perda ................................................................................................................................... 9 4.6. Ganho ................................................................................................................................ 10 4.7. Lucro ou Prejuizo .............................................................................................................. 10 4.8. Desperdicios ...................................................................................................................... 10 4.9. Receita............................................................................................................................... 10 4.10. Recebimentos .................................................................................................................. 10 4.11. Rendimentos ................................................................................................................... 10 5. Conclusão ............................................................................................................................. 11 6. Referência Bibliográfica ...................................................................................................... 12 2 1. Introdução Define-se Custos como sendo essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos. Razões para existência da contabilidade de custos, determinação do lucro, empregando dados originários dos registros convencionais contábeis ou processando-os de maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração. Controle das operações e demais recursos produtivos como os estoques, com a manutenção de padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado. Tomada de decisões, o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar); formações de preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada. E importante estudar os custos, para melhor atender as necessidades gerenciais de três tipos, as informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da entidade; o auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações, e as informações para a tomada de decisões. A correta diferenciação entre os custos, gastos, despesas, investimentos, perdas e desperdícios de uma empresa se faz extremamente necessária para o bom andamento de um negócio. Inicialmente, para uma pessoa com pouco conhecimento no assunto, os seis itens podem parecer a mesma coisa, porém não é essa a verdade, cada um desses itens representa uma modalidade diferente nos balanços de uma empresa, com as próprias normas contábeis os classificando de maneira distinta. Com isso, ao se entender melhor e realizar uma apuração correta entre todos eles, é possível analisar, por exemplo, como é composto o valor daquilo que a empresa oferece como produto. É esse tipo de análise que nos dirá se um produto vale a pena ou não ser produzido, se tal modelo de negócio funcionará ou não e quais são os itens que precisam ser melhorados para que a empresa opere de forma mais eficiente. 3 2. Objectivos 2.1. Objectivo Geral O objetivo da contabilidade de custos, de forma geral, é responder a questões essenciais sobre qualquer tipo de negócio, dando suporte à decisão gerencial com relação à fixação do preço de venda e estimar o custo real de produção. As informações sobre esses questionamentos são conseguidas por meio da coleta, classificação e registro de dados operacionais das várias atividades da companhia, chamados de dados internos. Eventualmente ocorre também a coleta e organização de dados externos. Nesse levantamento são considerados dados operacionais as horas de trabalho, unidades produzidas, quantidade de ordens de produção e de requisições, por exemplo. Quando o objetivo da contabilidade de custos se ramifica, abrange os seguintes processos: • Estimar custos de produção por período. Para que uma empresa tome decisões importantes como a definição do preço de venda de um produto, ela precisa ter conhecimento sobre o que o custo operacional representa no orçamento. • A análise de informações contábeis do processo produtivo ao longo de um ano, por exemplo, pode ajudar a identificar períodos de maior ou menor gasto. De posse dessa informação, a empresa promoverá os ajustes e cortes necessários. Outro exemplo: a análise de dados mostra que a margem de lucro está pequena ou quase nula no mês vigente. A empresa então focará em aumentar o preço de venda, colocar em andamento alguma estratégia de contenção de despesas ou qualquer outra ação possível. Quando o objetivo for encontrar custo de produção por período (CPP), há três elementos a serem considerados: • Os materiais diretos: é tudo que se aplica ao produto, que está diretamente ligado e que é componente dele, como embalagens, matéria-prima etc. • Mão de obra direta (MOD): trata-se do custo que se teve com material humano durante a produção, como encargos, salários etc. • Custo indireto de fabricação (CIF): é todo gasto que interfere de forma indireta no processo de produção - esses são os mais difíceis de calcular. Exemplos: energia, aluguel, depreciação de máquinas e equipamentos etc. 4 2.2. Objectivo Especifico Os objetivos específicos visam capacitar a: • Entender a empresa como um sistema aberto, interagindo com o meio ambiente. • Entender a contabilidade de custos como um sistema de informação. • Entender e aplicar a contabilidade de custos como ferramenta para avaliação de estoques. • Entender e aplicar a contabilidade de custos como ferramenta de auxílio à tomada de decisões. 3. Conceito Conhecer e dominar a terminologia de custos é o caminho para que os profissionais consigam mensurar de forma eficaz os elementos contábeisnos relatórios. Dessa forma, conseguem contribuir com melhorias nos processos de registro e, principalmente, na gestão. Os termos indicam como o valor do que a empresa oferece como produto é composto. A partir disso, uma análise irá definir se vale ou não a pena produzir determinado produto, ou se um modelo de negócio funcionará e ainda o que precisa ser melhorado (quais itens) para que a empresa se torne mais eficiente.Os Gastos, Custos, Despesas são três palavras que parecem dizer respeito a conceitos similares. Nalgumas vezes confundem-se com Desembolso e, o Investimento também parace ter alguma similaridade com eles. Esse facto, normalmente faz com que um principiante se veja perdido, e às vezes o experiente, embaraçado. Abaixo segue alguns conceitos relativos a Contabilidade de Gestão que podem aparecer nos relatórios. Analise Vertical de Custos - consiste em determinar quanto cada custo individual representa percentualmente sobre o total dos custos de um período pre-determinado. Analise Horizontal de Custos - esse tipo de analise avalia a evolução estabelecida e controladas por um Gestor que é responsável pelo cumprimento das metas e diretrizes estipuladas pelo modelo de gestão, com reflexo no resultado consolidado. Capacidade Comercial – capacidade da pessoa para exercer a mercancia (comprar e vender). 5 Ciclo Econômico – período em que uma entidade requer para concluir o processo de intervenção na função econômica designada. ECR (Efficient Consumer Response) - resposta eficiente ao consumidor, é a estratégia onde o varejista, o produtor e o fornecedor trabalham próximos para eliminação de custos excedentes na cadeia de suprimentos e beneficiar o consumidor. Evento Econômico - ocorrência que modifica a estrutura patrimonial de uma empresa, levando em consideração o aspecto econômico. Gestão Econômica – é o processo de tomada de decisões considerando-se o aspecto econômico das atividades. Informação - conjunto de dados estruturados que permitem análise critica de desempenhos em momentos pré-determinados e formam base para tomada de decisões. Vendor - instrumento financeiro para venda financiada. Centro de Custos - é um centro de responsabilidade no qual o gestor não tem controle sobre as receitas, mas é capaz de controlar os gastos. Centro de Investimento - é o ultimo estagio na descentralização do processo de tomada de decisão; utiliza-se do ROI (Retorno sobre o Capital Investido) para determinar seu desempenho financeiro. Centro de Receitas - é o centro onde se delega responsabilidade exclusivamente sobre a geração de vendas. Centro de Lucros - são centros responsáveis pelo controle do desempenho divisionais, com a melhora na lucratividade da corporação. Centro de Resultado - centro onde a medida de desempenho é o resultado econômico. 6 Contribuição Alvo - margem de contribuição objetivada para determinado produto calculada no processo de apreçamento de mark-up para obtenção da margem desejada. Custeio por Absorção Integral - é o método de apuração de custos usados pela contabilidade de custos para apuração do resultado contábil. Custeio Direto ou Variavel - método de custo que considera somene os gastos variáveis (custos ou Despesas) como custos dos produtos vendidos. Custeio RKW - sistema de custos que surgiu na Alemanha, no inicio do século XX e é uma variação do sistema de custeio por absorção integral já que também as despesas são apropriadas ao custo dos produtos. Custeio ABC (Activity Based Costing) Custo baseado em atividades - é uma metodologia de apuração de custos desenvolvida na década de 80 e se caracteriza principalmente por uma alocação mais precisa dos custos indiretos de uma organização entre os produtos e serviços, com a utilização das diversas atividades necessárias a produção como base para alocação desses custos indiretos. Custo – gasto relativo aos bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Custo Fixo - são custos que permanecem constante dentre de determinada capacidade instalada, não se alterando com as modificações na quantidade produzida. Custo Padrão – custo padrão ou standard é aquele determinado como sendo o custo normal de um produto. É elaborado considerando um cenário de bom desempenho operacional, porem levando em conta eventuais deficiências existentes nos materiais e insumos de produção. Custo variável - São custos que acompanham o crescimento do volume de produção na mesma proporção. 7 Margem de Contribuição - é a contribuição unitária do produto para pagar o montante da despesas fixa da empresa e o lucro da atividade. Mark-up – é o índice que se utiliza para cálculo do preço de venda do produto. Receitas – valor monetário dos produtos e serços gerados pela atividades da empresa. Resultado Econômico – expressão da variação do patrimônio da empresa num determinado intervalo de tempo. 4. Terminologia de Custo No processo de Gestão de Custos, algumas terminologias são utilizadas, para diferenciar, algumas formas terminológicas utilizadas com custos. Os Gastos, Custos, Despesas são três palavras que parecem dizer respeito a conceitos similares. Nalgumas vezes confundem-se com Desembolso e, o Investimento também parace ter alguma similaridade com eles. Esse facto, normalmente faz com que um principiante se veja perdido, e às vezes o experiente, embaraçado; por isso, utiliza-se a seguinte nomenclatura: Fiigura 1 – Nomenclatura dos custos (Fonte: SILVA, 2000) 8 4.1. Gasto A compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Só existe gasto no ato da passagem para propriedade da empresa do bem ou serviço, ou seja, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. Não se inclui, neste caso o custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega de ativos. São valores pagos ou assumidos pela empresa para obter um produto ou um serviço, independentemente da sua finalidade. Considera ainda os gastos, como toda e qualquer aquisição feita pela empresa, independente do pagamento feito ou a realizar pela empresa numa data futura. 4.2. Investimento São Gastos incorridos na obtenção de bens – ou activos – para uso nas actividades da empresa seja elas na fábrica (máquinas, equipamentos ou outros), na área administrativas (computadores, móveis, equipamentos ou outros) Podemos citar também como investimentos, as aplicações no mercado financeiro as aplicações de caráter de especulações, como por exemplo, compra de um terreno por um preço baixo para em outra oportunidade vendê-lo com maior valor. 4.3. Custo Custo é um gasto relativo a bem utilizado na produção de outros bens. É o somatório do esforço físico ou monetário despendido na produção de um bem ou serviço, são os gastos incorridos no processo de produção da empresa. São os gastos relativo a bem ou serviço Utilizados na produção de outros bens e serviços. 4.3.1 Custos da Produção/custo industrial É a soma dos gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos ou utilizados na produção de outros bens/serviços, ou seja, todos os gastos incorridos no processo produtivo para a elaboração de um produto. Ex: - Matéria-prima consumida; 9 - Materiais auxiliares; - Materiais de embalagens; - Mão-de-obra directa; - Materiais de embalagens - Custos gerais de fabricação (depreciação, energia elétrica, água etc..) 4.3.2. Despesas Despesas são bens consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas. São itens que reduzem o Patrimônio Líquido eque têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Ao contratio dos custos, as despesas são os gastos ocorridos fora da área de produção de bem ou serviço da empresa. São todos os gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas, porem consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Exemplo: Salarios e encargos do pessoal de vendas Salarios do pessoal da administração Energia Eletrica da administração Gastos com combustível Aluguel e Seguro do Prédio da Administração. 4.4. Desembolso Desembolso é o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Representa o pagamento resultante da aquisição de bens e serviços, no ato da compra ou numa data futura. É a saída efectiva de dinheiro ou das contas bancárias das empresas, ou seja, entrega a terceiros de parte dos numerários da empresa. Os desembolsos ocorrem em virtude do pagamento de compras efetuadas à vista ou de uma obrigação assumida anteriormente. Exemplo: Pagamento pela compra de bilhete de Passagem para revenda 4.5. Perda Perda é considerada para Elizeu Martins, como o bem consumido de forma anormal e involuntária. São itens que vão diretamente a conta de resultado, mas não representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das atividades destinadas à receita. É 10 um gasto não intencional decorrente de fatores externos a empresa ou ainda da atividade produtiva normal. Exemplo: perda por incêndio Perda por enchentes Perdas por Furacão. 4.6. Ganho É o resultado líquido favorável resultante de transações ou eventos não relacionados às operações normais da entidade. 4.7. Lucro ou Prejuizo É a diferença positiva/negativa entre receitas e despesas. 4.8. Desperdicios São gastos incorridos no processo produtivo ou de geração de receitas e que possam ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas gerados. Actualmente, o desperdício está sendo classificado como custo ou despesas e sua identificação e eliminação é factor determinante do sucesso ou fracasso de um negócio. 4.9. Receita É a expressão financeira do fluxo real de saída, ou seja, o direito financeiro resultante da venda de um bem ou prestação de um serviço. 4.10. Recebimentos São fluxos de entrada (influxos) de meios líquidos de pagamento. 4.11. Rendimentos São aumentos nos benefícios económicos, decorrentes da produção de bens ou prestação de serviços. 11 5. Conclusão Neste trabalho de campo foi possível identificar se os futuros profissionais de ciências contábeis atribuem às informações da contabilidade de custos o mesmo significado e eventuais dificuldades sobre os elementos significativos que devem ser considerados no uso da terminologia de custos, buscando-se eliminar as distorções das informações contábeis em função de problemas semânticos desde o momento em que são produzidas. Este fato ocorre, devido a má interpretação dos eventos econômicos que são comunicados pelos contadores, produtores da informação, ou ainda quando os mesmos possuem níveis de compreensão diferenciados em relação a determinados conceitos, princípios e normas que orientam a prática contábil. Neste trabalho também tratou-se fundamentalmente da distinção dalguns elementos de óptica financeira e de óptica económica de modo que se comprenda que elementos integram o custo de um determinado bem ou serviço. O objetivo de aferir a compreensão de alguns códigos linguísticos atualmente utilizados pela contabilidade de custo, a saber: gastos, despesas, custos, custos fixos, custos variáveis, custos diretos, custos indiretos e custos mistos foi concretizado de forma clara e objectiva. 12 6. Referência Bibliográfica ISCED, MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA - Disciplina: CONTABILIDADE DE GESTÃO I, 2º Ano, sd, Beira, Mocambique. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2000. ELDENBURG, Leslie G. WOLCOTT, Susan K., Gestão de Custos: como medir, monitorar e motivar o desempenho, São Paulo. LTC. 2009. MAGANINI, Natalia Diniz, Contabilidade de Custos, sd, Sao Paulo, Brasil. LEONE, George S. G., Curso de contabilidade de custos, São Paulo: Atlas, 1997. Internet: EDUCAMUNDO, Terminologia de custos: a importância de conhecer as classificações, https://www.educamundo.com.br/blog/terminologia-contabilidade-custos, Acesso em: 10 de Abril de 2020. https://www.educamundo.com.br/blog/terminologia-contabilidade-custos
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