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TERAPIA-NUTRICIONAL-E-ALIMENTOS-FUNCIONAIS-APLICADOS-AO-EMAGRECIMENTO-1

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2 
 
 
 
 
 
 
1 SUMÁRIO 
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
3 O QUE É TERAPIA NUTRICIONAL (TN)? ................................................. 4 
4 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE) ............................................... 5 
5 TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) ........................................ 6 
6 NUTRIÇÃO FUNCIONAL ............................................................................ 7 
6.1 Princípios da nutrição funcional ............................................................ 8 
7 ALIMENTOS FUNCIONAIS: DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E 
IMPORTÂNCIA ......................................................................................................... 14 
8 LEGISLAÇÃO ........................................................................................... 17 
9.1 Ácidos graxos: EPA e DHA ................................................................ 20 
9.2 Carotenoides ...................................................................................... 22 
9.3 Fibras alimentares .............................................................................. 25 
9.4 Fitoesteróis ......................................................................................... 33 
9.5 Polióis (Manitol / Xilitol / Sorbitol) ....................................................... 33 
9.6 Probióticos .......................................................................................... 34 
9.7 Proteína de soja ................................................................................. 35 
10 ALIMENTOS FUNCIONAIS E OBESIDADE .......................................... 36 
11 PRINCIPAIS ALIMENTOS ESTUDADOS E SUAS ALEGAÇÕES DE 
PROPRIEDADES FUNCIONAIS ............................................................................... 40 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 45 
13 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ....................................................... 55 
 
3 
 
 
 
 
 
 
2 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
3 O QUE É TERAPIA NUTRICIONAL (TN)? 
 
Fonte: sbcbm.org.br 
A terapia nutricional é a oferta de nutrientes pelas vias oral, enteral e/ou 
parenteral, de acordo com o as condições clínicas de cada paciente, tendo em vista 
à oferta terapêutica de proteínas, energia, minerais, vitaminas e água, adequadas 
aos pacientes, que, por algum motivo, não possam receber suas necessidades pela 
via oral, convencional. 
A terapia nutricional tem como principais objetivos prevenir e tratar a desnutrição, 
preparar o paciente para o procedimento cirúrgico e clínico, melhorar a resposta 
imunológica e cicatricial, modular a resposta orgânica ao tratamento clínico e cirúrgico, 
prevenir e tratar as complicações infecciosas e não infecciosas decorrentes do 
tratamento e da doença, melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzir o tempo 
de internação hospitalar, reduzir a mortalidade e, consequentemente, reduzir custos 
hospitalares. 
Todos os pacientes em TN devem ser monitorizados rotineiramente a fim de 
garantir melhores desfechos clínicos e menores custos de internação 
(Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2011, apud 
HAMMES, 2019) 
Os passos para Terapia Nutricional são: 
 
5 
 
 
 
 
• Triagem nutricional; 
• Avaliação nutricional dos pacientes em risco nutricional ou desnutridos; 
• Cálculo das necessidades nutricionais; 
• Indicação da Terapia Nutricional a ser instituída; 
• Monitoramento/acompanhamento nutricional; 
• Aplicação dos indicadores de qualidade na Terapia Nutricional. 
4 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE) 
 
Fonte: youtube.com 
A nutrição enteral pode ser definida como um alimento para fins especiais, com 
ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição 
definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou 
via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou 
complementar a alimentação oral em usuário desnutrido ou não, conforme suas 
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a 
síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 
Alterações da motilidade gastrintestinal são comuns em pacientes 
hospitalizados em uso de NE e, podem variar dependendo de sua condição 
clínica e seu estado nutricional (BTAICHE et al., 2010, apud SCHODER et al 
2019). 
 
6 
 
 
 
 
É indicada para indivíduos impossibilitados de ingerir alimentos pela via oral, 
seja por patologias do trato gastrointestinal alto, por intubação orotraqueal, por 
distúrbios neurológicos com comprometimento do nível de consciência ou dos 
movimentos mastigatórios. Também é indicada para pacientes com baixa ingesta via 
oral e anorexia de diversas causas. A administração de nutrição por sonda enteral não 
contraindica a alimentação oral, se esta não implicar em riscos para o paciente 
(pacientes com nível de consciência rebaixado ou disfágicos). 
A nutrição enteral, ao contrário da parenteral, ajuda a preservar e recuperar a 
estrutura e a função do trato gastrointestinal, além de ser economicamente mais 
viável. 
A regra é: se o trato gastrointestinal funciona, mesmo que parcialmente, use-o. 
Uma TN enteral (TNE) precoce e adequada pode reduzir consideravelmente 
a incidência de infecções e o tempo de permanência hospitalar 
(CARTOLANO et al 2009, apud ALVES 2019). 
5 TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) 
 
Fonte: nutriente.com.br 
A nutrição parenteral (NP) é a infusão intravenosa de nutrientes diretamente na 
circulação sistêmica, ultrapassando o trato gastrointestinal (TGI). É recomendada 
 
7 
 
 
 
 
quando há uma alteração parcial ou total do trato gastrointestinal, sendo indicada 
também em outros casos como o pré-operatório ou subnutrição, além disso, pode ser 
utilizada como complemento quando a dieta enteral ou oral não alcançarem as 
necessidades nutricionais do paciente. 
Os primeiros estudos bem sucedidos de infusão de uma alimentação artificial 
parenteral foram desenvolvidos por Dudrick e colaboradores, somente na década de 
1960, o que demonstra o quanto esta prática tem se desenvolvido e se aperfeiçoada, 
nos últimos tempos. 
A decisão sobre qual paciente será submetido a NP envolve aspectos 
relacionados com a doença de base e a experiência clínica da equipe de suporte 
nutricional sendo a primeira etapa considerar se o processo mórbido em si vai ser 
influenciado pelo suporte nutricional parenteral, se a doença ou o tratamento vai piorar 
o apetite, alterar a digestão/absorção e qual sua duração. 
A composição básica da solução de NPT deve visar fornecer todos os 
nutrientes necessários à demanda nutricional do paciente, bem como deve 
estar de 10 acordo com a capacidade metabólica, distúrbios metabólicos, 
deficiências ou sobrecargas(TEIXEIRA NETO, 2003, apud CONY, 2019). 
6 NUTRIÇÃO FUNCIONAL 
 
Fonte: pixabay.com 
 
8 
 
 
 
 
A Nutrição Funcional – atuante no Brasil há mais de 10 anos – conta com o 
respaldo científico do The Institute For Functional Medicine (IFM – EUA) e do Instituto 
Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF) fundado no ano de 2004. 
A Nutrição Clínica Funcional possui cinco princípios básicos: a individualidade 
bioquímica, o tratamento centrado no paciente, o equilíbrio nutricional e a 
biodisponibilidade de nutrientes, a saúde como vitalidade positiva e as interconexões 
em teia de processos bioquímicos que englobam: os desequilíbrios nutricionais, 
estruturais e hormonais, o estresse oxidativo, a ecologia gastrintestinal, a 
detoxificação do organismo, as alterações imunológicas e a interação corpo-mente. 
O conceito de alimentação muda conforme o conhecimento da população 
sobre a alimentos saudáveis e seus benefícios. A busca por uma vida 
saudável leva as pessoas a buscarem novas formas de alimentação tendo 
em vista sua funcionalidade e sustentabilidade, nesse sentido, podemos 
perceber em vários setores mudanças profundas, que vieram crescendo nas 
últimas décadas e levam ao indivíduo o retorno a vida natural (COSTA, 2012 
apud DA SILVA LIBERATO 2019). 
6.1 Princípios da nutrição funcional 
As condutas da nutrição funcional são norteadas pelos seguintes princípios 
básicos: 
1- Individualidade bioquímica: princípio base para a terapia nutricional 
funcional, caracterizado por um conjunto de fatores genéticos, fisiológicos e 
bioquímicos individuais que orquestra o funcionamento do organismo e as 
necessidades nutricionais, as quais interagem com fatores ambientais 
(incluindo hábitos alimentares, toxinas, poluentes, stress mental e atividade 
física). Assim, cada indivíduo apresenta uma necessidade ou deficiência 
nutricional específica, que podem ser determinadas pela avaliação de sinais 
e sintomas que o mesmo apresenta ou pelo meio ambiente ao qual está 
exposto. 
2- Tratamento centrado no paciente: o foco do tratamento nutricional 
funcional é centrado no indivíduo e não na doença, uma vez que é 
considerada a inter-relação entre os sistemas orgânicos e a influência 
 
9 
 
 
 
 
sofrida por fatores ambientais, socioeconômicos, emocionais, culturais, 
alimentares, bem como antecedentes individuais e familiares, utilização de 
medicamentos e prática de atividade física, indicando a individualidade dos 
sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Neste ponto, utiliza-se, 
conjuntamente, o sistema ATMs (Antecedentes, Triggers, and Mediators- 
Antecedentes, Gatilhos e Mediadores) para a identificação dos 
desequilíbrios nutricionais e funcionais e subsequente obtenção do 
diagnóstico nutricional. Nesse sistema, os antecedentes incluem o histórico 
de vida e familiar (genético) do paciente; os gatilhos envolvem fatores que 
podem ser originários de stress físico, mental e oxidativo, traumas, radiação, 
lipopolissacarídeos bacterianos (LPS) e microrganismos; os mediadores 
são componentes que podem estar associados a disfunções do organismo, 
nominados como mediadores químicos (hormonas, neurotransmissores, 
citocinas, radicais livres), subatômicas (íons), cognitivos ou emocionais 
(crença em relação à doença, sentimento de medo, ansiedade), sociais e 
culturais (relações interpessoais profissionais e familiares). 
3- Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes: a absorção e 
a ação dos nutrientes em âmbito celular são dependentes não apenas da 
adequação da ingestão, mas também da razão de equilíbrio entre estes 
componentes- os quais agem em sinergia dentro do organismo, da origem 
do alimento e sua forma de conservação e preparo, da forma química em 
suplementações, e por fim, da condição absortiva e/ou patológica e da 
necessidade nutricional individual. 
4- Saúde como vitalidade positiva: segundo a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), saúde se refere ao perfeito estado de bem-estar físico, 
mental e social. O indivíduo deve ser avaliado de forma integral e tratado 
com o objetivo de modular os desequilíbrios existentes para restabelecer a 
relação positiva entre os sistemas, atingindo a saúde de forma plena, ou 
seja, com vitalidade positiva. 
 
10 
 
 
 
 
5- Inter-relações pela teia de interconexões metabólicas: as interconexões 
metabólicas caracterizam um modo que permite elencar as inter-relações 
entre todos os processos bioquímicos do organismo e entre o sistema 
ATMs, permitindo a identificação dos desequilíbrios metabólicos associados 
às condições clínicas apresentadas pelo paciente, favorecendo o 
desmembramento das bases funcionais destes distúrbios para o tratamento 
de suas causas. 
O consumo de alimentos está intimamente ligado aos nossos pertencimentos 
sociais, culturais e tradicionais, o que remete a um processo complexo de 
tomada de decisão na escolha do alimento (LANDSTRÖM et al. 2007 apud 
FILBIDO 2019). 
- Passo a passo da Teia de interconexões metabólicas: 
 
Fonte: facebook.com 
 
Teia de interconexões metabólicas da nutrição funcional é utilizada para avaliar 
o indivíduo de maneira completa e considerando sua individualidade bioquímica. 
Permite identificar pontos positivos e negativos do paciente para direcionar a melhor 
conduta nutricional para suas queixas e necessidades. No texto que segue, será 
explicado de forma simples como o nutricionista poderá utilizar a teia da nutrição 
funcional como ferramenta para o atendimento clínico: 
 
11 
 
 
 
 
Inicialmente, é importante que o nutricionista considere no indivíduo os fatores 
envolvidos com antecedentes (fatores que ocorreram ao longo da vida do paciente, 
desde o nascimento até o momento atual: qualidade da alimentação durante a 
gestação, como foi a amamentação e a introdução alimentar, quais as doenças que 
ocorreram ao longo da vida desse paciente que podem influenciar seu estado atual), 
gatilhos (fatores alimentares e ambientais que estão envolvidos no aparecimento dos 
sintomas apresentados pelo paciente e que vão desencadear então os mediadores) e 
mediadores (são as substâncias químicas avaliadas pelo nutricionista clínico por meio 
dos exames laboratoriais e que vão efetivamente mostrar as alterações apresentadas 
pelo indivíduo). 
Com relação à teia, o primeiro ponto a ser avaliado pelo nutricionista e de 
extrema importância para a nutrição funcional é a ASSIMILAÇÃO (ponto que envolve 
o sistema gastrointestinal, isto é, a saúde intestinal do paciente). Nessa etapa é 
importante abordar com o paciente algumas questões como funcionamento do 
intestino, hábito intestinal, presença de flatulências, má digestão, distensão abdominal 
e tentar identificar quais outros pontos da teia que podem estar alterados e culminar 
com esses sintomas gastrointestinais, como por exemplo o estresse, que é um fator 
importante que pode levar a alterações do sistema gastrointestinal. 
O próximo ponto da teia é a INTEGRIDADE ESTRUTURAL que aborda como 
está a saúde das membranas celulares que são essenciais para a comunicação entre 
as células, possibilitando que as mesmas recebam os nutrientes e possam 
efetivamente desempenhar sua função. Dentro da integridade estrutural podemos 
fazer uma relação com, por exemplo, a ingestão de ácidos graxos ômega 3 que são 
essenciais para manter a estrutura dessas membranas. 
Outro ponto importante é o ponto da COMUNICAÇÃO que diz respeito aos 
hormônios e aos neurotransmissores que atuam no organismo. Nesse sentido, pode-
se ter alterações nos níveis de hormônios como os hormônios sexuais e os hormônios 
tireoidianos que podem comprometer o funcionamento de outros sistemas do corpo 
como por exemplo: alterações nos neurotransmissores, sendo o mais conhecido deles 
a serotonina que está diretamente relacionada com as sensações de prazer e bem-
 
12 
 
 
 
 
estar. Alterações nos níveis de serotonina podem comprometer o sistemade 
assimilação já que a mesma está diretamente associada com a saúde intestinal. 
Já o ponto de TRANSPORTE é responsável pelos meios como os hormônios 
e os nutrientes vão chegar nas células onde efetivamente conseguem desenvolver 
sua atividade biológica. Então o nutricionista deve estar atento para possíveis 
alterações nesses transportadores que vão comprometer a atividade biológica de 
outras substâncias importantes. 
A BIOTRANSFORMAÇÃO é relevante pois o fígado é um órgão importante e 
essencial para manutenção da saúde e também para o funcionamento do organismo 
já que muitos nutrientes precisam passar pelo metabolismo hepático antes de 
efetivamente realizar suas atividades biológicas. Além disso, o fígado é responsável 
por filtrar e eliminar as substâncias tóxicas as quais estamos expostos diariamente 
(poluentes ambientais, substâncias químicas derivadas de produtos usados na 
higiene da casa, perfumes, maquiagens, agrotóxicos e substâncias químicas 
encontradas nos alimentos) que precisam ser eliminados do nosso organismo já que 
não fazem parte da nossa função biológica. 
Além disso, tem-se o SISTEMA DE DEFESA E REPARO que é o sistema que 
inclui o sistema imunológico, essencial para a manutenção da saúde já que sem ele 
estaríamos constantemente doentes e não teríamos condições de nos 
desenvolvermos e viver com plena saúde. O sistema imunológico pode sofrer 
alterações provenientes de outros sistemas, como por exemplo, do próprio 
comprometimento do funcionamento hepático. Na presença de alterações e 
comprometimento do funcionamento hepático por exemplo, nós podemos ter um 
estado pró-inflamatório de maior intensidade que vai prejudicar nosso sistema 
imunológico e isso pode aumentar o risco de desenvolvimento de diversas doenças 
como alergias e hipersensibilidade alimentar por exemplo. 
Por último, existe o ponto da ENERGIA, ponto associado com a produção 
efetivamente de energia (ATP) no nosso organismo. A pergunta a se fazer aqui é: 
como está nossa energia para que possamos desenvolver nossas atividades no dia a 
dia? Esse ponto inclui também a presença do estresse oxidativo que deverá ser 
 
13 
 
 
 
 
avaliado pelo nutricionista, e pode ser acarretado tanto por uma deficiência de 
antioxidantes (vitaminas E, C e A, selênio, etc.) como também pelo estresse emocional 
(é muito comum o paciente ter uma vida estressante e consequentemente estar 
sempre cansado, fadigado e com falta de energia para realizar suas atividades 
cotidianas, às vezes as mais simples atividades). 
No centro da teia nós temos os FATORES EMOCIONAIS, ESPIRITUAIS E 
MENTAIS. Hoje em dia esses fatores são considerados os mais importantes, porque 
é sabido que sem o controle desses fatores, podemos ter um desequilíbrio de todos 
os outros fatores envolvidos no funcionamento do nosso organismo. Fatores 
emocionais influenciam diretamente a saúde e a doença. Não é à toa que esses 
fatores se encontram no cento da teia: eles devem ser considerados durante o 
atendimento clínico. 
Nesse sentido, é importante que durante a elaboração do plano alimentar do 
cliente/paciente o profissional nutricionista inclua alimentos e nutrientes que deem 
sustentação para que esse indivíduo possa lidar com as adversidades do dia a dia, 
com o próprio estresse e com os fatores emocionais, ao mesmo tempo em que a 
nutrição vai conseguir contribuir com que os sinais e sintomas sejam menos 
prejudiciais para o organismo de uma forma geral. 
O termo funcional está sendo aplicado a alimentos com uma característica 
diferente, ou seja, de proporcionar um benefício fisiológico adicional, além 
das qualidades nutricionais básicas encontradas (MAYER, 2007 apud PADIA 
2019). 
 
14 
 
 
 
 
7 ALIMENTOS FUNCIONAIS: DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E IMPORTÂNCIA 
 
Fonte: einstein.br 
A expressão “alimentos funcionais” foi originada primeiramente no Japão em 
meados dos anos 80, também denominados alimentos para uso específico de saúde 
(FOSHU, do inglês Foods for Specified Health Use). Foi resultado de um programa 
financiado pelas autoridades japonesas com o objetivo de reduzir os recursos 
financeiros dispensados com a saúde pública, contendo os avanços das doenças 
crônicas. Não existe uma definição aceita internacionalmente, para o termo “alimentos 
funcionais” e a maioria dos países não possuem uma definição oficial. Tal fato reflete 
em diversos conceitos de “alimentos funcionais” encontrados na literatura, que podem 
englobar os alimentos que sofreram algum tipo de processamento e/ou alimentos in 
natura como frutas, legumes, cereais. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não define alimento 
funcional mas, sim, define alegação de propriedade funcional e estabelece as 
diretrizes para sua utilização e as condições de registro para alimentos com 
alegação de propriedade funcional (COSTA; ROSA, 2016, apud DA SILVA et 
al 2019). 
Desde que sejam avaliadas pela Gerência Geral de Alimentos (GGALI) da 
ANVISA e comprovada sua segurança de uso e eficácia, o alimento detentor da 
 
15 
 
 
 
 
alegação pode ser disponibilizado no mercado para consumo. As alegações podem 
ser veiculadas em alimentos e ingredientes para consumo humano, em rótulos e 
propagandas de produtos elaborados, embalados e prontos para a comercialização e 
oferta ao consumidor. 
Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o mesmo 
pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no organismo, além de possuir 
os adequados efeitos nutricionais, de maneira que seja tanto relevante para o bem-
estar e a saúde quanto para a redução do risco de uma doença. 
Os alimentos funcionais são alimentos que provêm a oportunidade de combinar 
produtos comestíveis de alta flexibilidade com moléculas biologicamente ativas, como 
estratégia para corrigir de forma eficaz os distúrbios metabólicos, resultando em 
redução dos riscos de doenças e manutenção da saúde do indivíduo. Os alimentos 
funcionais se caracterizam por oferecer vários benefícios à saúde, além do valor 
nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar um papel 
potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônico degenerativas. 
Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser classificados de dois modos: 
quanto à fonte, de origem vegetal ou animal, ou quanto aos benefícios que oferecem, 
atuando em seis áreas do organismo: 
1- no sistema gastrointestinal; 
2- no sistema cardiovascular; 
3- no metabolismo de substratos; 
4- no crescimento; 
5- no desenvolvimento e diferenciação celular; 
6- no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes. 
Por meio da alimentação tem se procurado, além de satisfazer as atividades 
nutricionais básicas, promover saúde e reduzir o risco de doença. Em meio 
ao cenário do século XXI, os alimentos funcionais passaram a ser vistos como 
uma estratégia importante para deter o avanço das DCNTs (ROBERFROID 
M. 2002, apud SILVA et al 2016, p. 134). 
Uma grande variedade de produtos tem sido caracterizada como alimentos 
funcionais, incluindo componentes que podem afetar inúmeras funções corpóreas, 
 
16 
 
 
 
 
relevantes tanto para o estado de bem-estar e saúde como para a redução do risco 
de doenças. Esta classe de compostos pertence à nutrição e não à farmacologia, 
merecendo uma categoria própria, que não inclua suplementos alimentares, mas o 
seu papel em relação às doenças estará, na maioria dos casos, concentrado mais na 
redução dos riscos do que na prevenção. 
Os alimentos funcionais apresentam as seguintes características: 
a) devem ser alimentos convencionais e serem consumidos na dieta 
normal/usual; 
b) devem ser compostos por componentes naturais, algumas vezes, em 
elevada concentração ou presentes em alimentos que normalmente não os supririam; 
c) devem ter efeitos positivos além do valor básico nutricional, que pode 
aumentar o bem-estar e a saúde e/ou reduzir orisco de ocorrência de doenças, 
promovendo benefícios à saúde além de aumentar a qualidade de vida, incluindo os 
desempenhos físico, psicológico e comportamental; 
d) a alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico; 
e) pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha 
sido removido; 
f) pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha 
sido modificada; 
g) pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes 
tenha sido modificada. 
O Japão foi o primeiro país a elaborar um processo de regulamentação 
específica para os alimentos considerados funcionais, onde os define como 
qualquer alimento que atue positivamente na saúde, no desempenho físico 
ou no estado mental de um indivíduo em virtude de suas funções nutricionais. 
No Japão, os alimentos funcionais precisam possuir um selo de aprovação 
do Ministério de Saúde e Bem-estar japonês (STRINGHETA, 2007 apud 
HENRIQUE et al 2018). 
 
17 
 
 
 
 
8 LEGISLAÇÃO 
 
Fonte: vilavelha.es.gov.br 
No Brasil, o Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA), regulamentou os Alimentos Funcionais através das seguintes 
resoluções: ANVISA/MS 16/99; ANVISA/MS 17/99; ANVISA/MS 18/99; ANVISA/MS 
19/99, cuja essência é: 
a) Resolução da ANVISA/MS 16/99 - trata de Procedimentos para Registro de 
Alimentos e/ou Novos Ingredientes, cuja característica é de não necessitar de um 
Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) para registrar um alimento, além de permitir 
o registro de novos produtos sem histórico de consumo no país e também novas 
formas de comercialização para produtos já consumidos (BRASIL, 1999a); 
b) Resolução da ANVISA/MS 17/99 - Aprova o Regulamento Técnico que 
estabelece as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança de Alimentos 
que prova, baseado em estudos e evidências científicas, se o produto é seguro sob o 
ponto de risco à saúde ou não (BRASIL, 1999b); 
c) Resolução ANVISA/MS 18/99 - Aprova o Regulamento Técnico que 
estabelece as Diretrizes Básicas para a Análise e Comprovação de Propriedades 
Funcionais e/ou de Saúde, alegadas em rotulagem de alimentos. 
 
18 
 
 
 
 
d) Resolução ANVISA/MS 19/99 - Aprova o Regulamento Técnico de 
Procedimentos para Registro de Alimentos com Alegação de Propriedades Funcionais 
e/ou de Saúde em sua Rotulagem (BRASIL, 1999d). 
Além de garantir a segurança do alimento, essas resoluções determinam que 
as alegações sejam cientificamente comprovadas e não induzam o 
consumidor ao erro (ANVISA, 2016, apud HENRIQUE et al 2018). 
As diretrizes para a utilização da alegação de propriedades funcionais ou de 
saúde, segundo a ANVISA são: 
a) A alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde é permitida em caráter 
opcional; 
b) O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde 
pode, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzirem 
efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser 
seguro para consumo sem supervisão médica; 
c) São permitidas alegações de função ou conteúdo para nutrientes e não 
nutrientes, podendo ser aceitas aquelas que descrevem o papel fisiológico do 
nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento e funções normais do 
organismo, mediante demonstração da eficácia. Para os nutrientes com funções 
plenamente reconhecidas pela comunidade científica não será necessária a 
demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem; 
d) No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de 
comprovação científica da alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde e da 
segurança de uso, segundo as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e 
Segurança dos Alimentos; 
e) as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao 
papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e à redução de risco de doenças. Não 
são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de 
doenças. 
O registro de um alimento funcional só pode ser realizado após comprovada a 
alegação de propriedades funcionais ou de saúde com base no consumo previsto ou 
 
19 
 
 
 
 
recomendado pelo fabricante, na finalidade, condições de uso e valor nutricional, 
quando for o caso ou na(s) evidência(s) científica(s): composição química ou 
caracterização molecular, quando for o caso, e ou formulação do produto; ensaios 
bioquímicos; ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de 
experimentação; estudos epidemiológicos; ensaios clínicos; evidências abrangentes 
da literatura científica, organismos internacionais de saúde e legislação 
internacionalmente reconhecidas sob propriedades e características do produto e 
comprovação de uso tradicional, observado na população, sem associação de danos 
à saúde. 
Pesquisas vêm sendo realizadas visando desvendar os efeitos metabólicos e 
fisiológicos dos alimentos funcionais, principalmente em enfermidades como 
câncer, hipertensão, diabetes, Alzheimer, doenças cardiovasculares, 
intestinais, ósseas e inflamatórias (STRINGHETA, 2007; VIDAL et al., 2012, 
apud HENRIQUE et al 2018). 
9 NUTRIENTES E NÃO NUTRIENTES COM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADES 
FUNCIONAIS E DE SAÚDE 
 
Fonte: revistanews.com.br 
Representações que afirmem ou sugiram a existência de uma relação entre o 
consumo de determinado alimento ou seu constituinte e a saúde podem ser 
 
20 
 
 
 
 
veiculadas quando forem atendidas as diretrizes básicas para comprovação de 
propriedades funcionais ou de saúde estabelecidas na Resolução nº 18, de 30 de abril 
de 1999 da ANVISA. 
Além da segurança do alimento, essas diretrizes visam que as alegações sejam 
comprovadas cientificamente e não induzam o consumidor ao engano. As alegações 
podem descrever o papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no crescimento, 
desenvolvimento e nas funções normais do organismo. As alegações podem, ainda, 
fazer referência à manutenção geral da saúde e à redução do risco de doenças. 
A preocupação com uma alimentação saudável, que nutra e promova a 
saúde, aumenta a preferência dos consumidores por alimentos ricos em 
nutrientes que possam fortalecer o organismo, prevenir e combater doenças. 
Assim, o desenvolvimento desses alimentos tem contribuído para a inserção 
de novas indústrias no mercado de alimentos (BERTÉ et al., 2011 apud DA 
SILVA et al, 2019). 
9.1 Ácidos graxos: EPA e DHA 
- Alegação padronizada: “O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na 
manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma 
alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Os ácidos graxos eicosapentaenoico (EPA) e docosaexaenoico (DHA) são 
ácidos graxos poli-insaturados da família ômega 3 que podem ser encontrados 
naturalmente em diversas espécies marinhas ou produzidos a partir de micro-
organismos específicos. 
• Até o momento, a alegação padronizada está autorizada somente para uso em 
suplementos contendo óleos de peixes, óleo de krill ou óleo da microalga 
Schizochytriumsp., fontes de EPA e DHA já aprovados pela Agência quanto à 
segurança de uso e eficácia dos efeitos. 
• O relatório técnico-científico deve conter informações detalhadas sobre o 
processo de fabricação desses ingredientes e as especificações e laudos 
analíticos do fabricante, a fim de demonstrar o atendimento aos requisitos de 
 
21 
 
 
 
 
qualidade estabelecidos em referências oficiais reconhecidas: Farmacopeia 
Brasileira e outras farmacopeias oficiais reconhecidas (ex. U.S. Pharmacopeia, 
European Pharmacopoeia), Codex Alimentarius, Joint FAO/WHO Expert 
Committee on Food Additives (JECFA), Food Chemical Codex (FCC) ou 
Dietary Supplement Compendium (DSC). 
• Para produtos que utilizem como fonte de EPA e DHA ingredientes não 
aprovados pela ANVISA, devem serencaminhadas, junto ao pedido de 
avaliação de eficácia de alegação, as informações para demonstração de 
segurança de uso do ingrediente de acordo com a Resolução nº 17/1999 e com 
o Guia para Avaliação de Alimentos e Ingredientes. 
• A ANVISA reavaliou evidências científicas sobre as propriedades funcionais 
dos ácidos graxos tipo EPA e DHA provenientes da ingestão de alimentos e 
suplementos. Concluiu-se que as quantidades mínimas anteriormente exigidas 
de 100 mg de EPA e DHA não são suficientes para produção dos efeitos 
benéficos relacionados aos níveis de triglicerídeos. Portanto, os pedidos de 
avaliação de eficácia de alimentos e suplementos com alegações para os 
ácidos graxos EPA e DHA serão avaliados caso a caso. Para maiores 
informações consultar o Informe Técnico n.63/2014, que traz esclarecimentos 
sobre a adição de ingredientes fonte de EPA e DHA em alimentos e bebidas. 
• Assim, o relatório técnico-científico deve conter estudos científicos que 
demonstrem a eficácia das quantidades fornecidas de EPA e DHA. Esses 
estudos devem ser conduzidos com produtos equivalentes ao produto objeto 
da avaliação, especialmente no tocante à fonte de EPA e DHA, teores de ácidos 
graxos e matriz alimentar. 
• Não serão autorizadas alegações para produtos contendo combinação de 
fitoesteróis e ingredientes fontes de EPA e DHA. Para maiores informações, 
consultar o Informe Técnico nº 56/2014. 
• Na tabela de informação nutricional, deve ser declarada a quantidade de 
gorduras totais (g), saturadas (g), trans (g), monoinsaturadas (g), poli-
 
22 
 
 
 
 
insaturadas (g) e colesterol (mg), conforme item 3.4.6 da RDC nº 360, de 23 de 
dezembro de 2003. 
• Adicionalmente, o conteúdo de EPA e DHA presente no produto deve ser 
declarado abaixo da quantidade de gorduras polinsaturadas em miligramas 
(mg). 
• Até o fim do prazo para adequação ao disposto na RDC nº 26, de 2 de julho de 
2015, devem ser incluídas as advertências sobre a presença de alergênicos ou 
derivados, conforme o caso. Para mais informações, consultar o documento de 
Perguntas e Respostas sobre a Rotulagem de Alimentos Alergênicos. 
• Adicionalmente, deve ser declarada no rótulo do produto a seguinte advertência 
em destaque e em negrito: “Pessoas que apresentem doenças ou 
alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando deverão 
consultar o médico antes de usar o produto”. 
Com base em todas as evidências, muitas recomendações para a ingestão 
de EPA e DHA para uma dieta humana saudável foram produzidas por um 
grande número de agências e associações de saúde globais e nacionais e 
por órgãos do governo (ARANCETA et al 2012, apud TOCHER et al 2019). 
9.2 Carotenoides 
1- Licopeno: 
 
- Alegação: “O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os 
radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Até o momento, a alegação padronizada está autorizada somente para uso em 
suplementos contendo licopeno extraído do tomate ou licopeno sintético, fontes 
já aprovadas pela Agência quanto à segurança de uso. 
• O relatório técnico-científico deve conter informações detalhadas sobre o 
processo de fabricação desses ingredientes e as especificações e laudos 
 
23 
 
 
 
 
analíticos do fabricante, a fim de demonstrar o atendimento aos requisitos de 
qualidade estabelecidos em referências oficiais reconhecidas: Farmacopeia 
Brasileira e outras farmacopeias oficiais reconhecidas (ex. U. S. Pharmacopeia, 
European Pharmacopoeia), Codex Alimentarius, Joint FAO/WHO Expert 
Committee on Food Additives (JECFA), Food Chemical Codex (FCC) ou 
Dietary Supplement Compendium (DSC). 
• Para produtos que utilizem como fonte de licopeno ingredientes não aprovados 
pela ANVISA, podem ser encaminhadas, junto ao pedido de avaliação de 
eficácia de alegação, as informações para demonstração de segurança de uso 
do ingrediente de acordo com a Resolução nº 17/1999 e com o Guia para 
Avaliação de Alimentos e Ingredientes. 
• A quantidade de licopeno contida na recomendação diária do produto pronto 
para consumo de acordo com indicação do fabricante deve ser declarada no 
rótulo próximo à alegação. 
O interesse em dietas ricas em licopeno e em suplementos para a prevenção 
ou a terapia de câncer de próstata aumentou extremamente nos últimos anos. 
Os produtos de licopeno são bem tolerados e cumprem os requisitos da US 
Food and Drug Administration (USFDA, na sigla em inglês) para a designação 
de geralmente reconhecida como segura (GRAS, na sigla em inglês). No 
entanto, ainda é questionável se existe uma evidência definitiva para 
recomendá-lo aos pacientes (SILVA et al 2017, apud BÔTO et al 2019). 
2- Luteína: 
 
- Alegação: “A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais 
livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos 
de vida saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• O relatório técnico-científico deve conter informações detalhadas sobre o 
processo de fabricação desses ingredientes e as especificações e laudos 
analíticos do fabricante, a fim de demonstrar o atendimento aos requisitos de 
qualidade estabelecidos em referências oficiais reconhecidas: Farmacopeia 
Brasileira e outras farmacopeias oficiais reconhecidas (ex. U.S. Pharmacopeia, 
 
24 
 
 
 
 
European Pharmacopoeia), Codex Alimentarius, Joint FAO/WHO Expert 
Committee on Food Additives (JECFA), Food Chemical Codex (FCC) ou 
Dietary Supplement Compendium (DSC). 
• Para produtos que utilizem como fonte de luteína ingredientes não aprovados 
pela ANVISA, podem ser encaminhadas, junto ao pedido de avaliação de 
eficácia de alegação, as informações para demonstração de segurança de uso 
do ingrediente de acordo com a Resolução nº 17/1999 e com o Guia para 
Avaliação de Alimentos e Ingredientes. 
• A quantidade de luteína contida na porção do produto pronto para consumo 
deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. 
Os estudos epidemiológicos têm sugerido que o carotenoide luteína pode agir 
como antimutagênico, podendo diminuir a incidência das principais doenças 
crônico-degenerativas tais como câncer, doenças cardiovasculares, 
degeneração macular relacionada com a idade e doenças de pele causadas 
pela radiação ultravioleta (ASTNER et al., 2007, apud BIAZI et al 2018). 
 
3- Zeaxantina: 
 
- Alegação: “A zeaxantina tem ação antioxidante que protege as células contra os 
radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e 
hábitos de vida saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• O relatório técnico-científico deve conter informações detalhadas sobre o 
processo de fabricação desses ingredientes e as especificações e laudos 
analíticos do fabricante, a fim de demonstrar o atendimento aos requisitos de 
qualidade estabelecidos em referências oficiais reconhecidas: Farmacopeia 
Brasileira e outras farmacopeias oficiais reconhecidas (ex. U. S. Pharmacopeia, 
European Pharmacopoeia), Codex Alimentarius, Joint FAO/WHO Expert 
Committee on Food Additives (JECFA), Food Chemical Codex (FCC) ou 
Dietary Supplement Compendium (DSC). 
 
25 
 
 
 
 
• Para produtos que utilizem como fonte de zeaxantina ingredientes não 
aprovados pela ANVISA, devem ser encaminhadas, junto ao pedido de 
avaliação de eficácia de alegação, as informações para demonstração de 
segurança de uso do ingrediente de acordo com a Resolução nº 17/1999 e com 
o Guia para Avaliação de Alimentos e Ingredientes. 
• A quantidade de zeaxantina, contida na porção do produto pronto para 
consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. 
A zeaxantina, que apresenta importante papel protetor contra a degeneração 
macular e catarata, está presente em poucos alimentos e quando presente 
encontra-se em teores reduzidos (RODRIGUEZ-AMAYA et al., 2008, apud 
BORGUINI et al 2018). 
9.3 Fibrasalimentares 
1- Fibras alimentares: 
 
- Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para 
consumo forneça no mínimo 2,5 g de fibras, sem considerar a contribuição dos 
ingredientes utilizados na sua preparação. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de fibras 
alimentares. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do 
produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no 
 
26 
 
 
 
 
rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da 
ingestão de líquidos”. 
Tanto as fibras solúveis quanto as insolúveis, podem representar efeito 
positivo para a saúde, contribuindo na redução da circunferência abdominal 
(CA) e no emagrecimento, podendo ser utilizadas pela população em geral, 
sem que estas tragam efeitos negativos e colaterais, ao contrário do uso de 
drogas sintéticas usadas no tratamento de obesidade (BERNAUD; 
RODRIGUES, 2013, apud TEOSSI et al 2019). 
2- Beta glucana (em farelo de aveia, aveia em flocos e farinha de aveia): 
 
- Alegação: “Este alimento contém beta glucana (fibra alimentar) que pode auxiliar na 
redução do colesterol. Seu consumo deve estar associado à uma alimentação 
equilibrada e baixa em gorduras saturadas e a hábitos de vida saudáveis.” 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser aprovada para aveia em flocos, farelo e farinha de 
aveia. A utilização da alegação em outros produtos/alimentos está 
condicionada à comprovação científica de eficácia. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de beta 
glucana abaixo de fibras alimentares. 
• Além disso, deve constar a seguinte frase de advertência em destaque e 
negrito no rótulo dos produtos: “Pessoas com níveis elevados de colesterol 
devem procurar orientação médica.” 
Um alimento reconhecido pela ciência devido ao seu alto teor de fibras 
alimentares é a aveia (Avena sativa L.), possuindo propriedades que são 
responsáveis por reduzir o colesterol, prevenindo principalmente as doenças 
cardíacas. Este cereal possui em sua composição aminoácidos, ácidos 
graxos, fibras alimentares, vitaminas e sais minerais. Por conter uma grande 
taxa de betaglucana e polissacarídeo, a aveia é reconhecida como sendo um 
alimento funcional, sendo classificada como sendo uma fibra solúvel 
(TEIXEIRA et al, 2007 apud MARTINES, et al 2018). 
3- Dextrina resistente: 
- Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
 
27 
 
 
 
 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para 
consumo forneça no mínimo 2,5 g de dextrina resistente. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, o requisito acima deve ser atendido na recomendação diária do 
produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. 
• O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do 
produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de 
dextrina resistente abaixo de fibras alimentares. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no 
rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da 
ingestão de líquidos”. 
Produto da dextrinização do amido, a Dextrina Resistente é um polímero de 
glicose de cadeia curta que exerce forte resistência à ação hidrolítica das 
enzimas digestivas do organismo humano, o componente apresenta 
propriedades semelhantes ao amido resistente e não possui sabor adocicado. 
Estudos a apontam como componente com ação de fibra solúvel e de 
prebiótico, ou seja, além de promover redução da resposta glicêmica, ao ser 
ingerido na quantidade adequada, estimula a colonização de uma microbiota 
benéfica ao organismo humano. O amido a ser dextrinizado pode ser 
originário, mais comumente, da batata, do milho ou do trigo (LEFRANC-
MILLOT, 2012; ŚLIZEUSKA et al., 2012 apud FREITAS 2014). 
4- Frutooligossacarídeo – FOS: 
 
- Alegação: “Os frutooligossacarídeos – FOS (prebiótico) contribuem para o equilíbrio 
da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada 
e hábitos de vida saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a recomendação de consumo 
diário do produto pronto para consumo forneça no mínimo 5 g de FOS. A porção 
deve fornecer no mínimo 2,5 g de FOS. 
 
28 
 
 
 
 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de 
“frutooligossacarídeos (FOS)”, abaixo de fibras alimentares. 
• O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do 
produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, deve constar no rótulo do produto a seguinte informação, em 
destaque e em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado 
da ingestão de líquidos”. 
Os frutooligossacarídeos (FOS) são açúcares não convencionais, não 
metabolizados pelo organismo humano e não calóricos. São considerados 
prebióticos, uma vez que promovem seletivamente o crescimento de 
probióticos como Acidophillus, Bifidus e Faecium, aumentando a proliferação 
dessas bactérias no trato gastrointestinal. Essa característica faz com que os 
FOS promovam uma série de benefícios à saúde humana, desde a redução 
dos triglicerídeos séricos e do colesterol total, até o auxílio na prevenção de 
alguns tipos de câncer (PASSOS; PARK, 2003 apud REIS et al 2018). 
5- Goma guar parcialmente hidrolisada: 
 
- Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para 
consumo forneça no mínimo 2,5 g de goma guar parcialmente hidrolisada. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do 
produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Esta alegação só está autorizada para a goma guar parcialmente hidrolisada 
cujas especificações atendam aos parâmetros definidos pelo JECFA. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de goma 
guar parcialmente hidrolisada abaixo de fibras alimentares. 
 
29 
 
 
 
 
• Caso o produto seja comercializado na forma isolada, em sachê ou pó, por 
exemplo, a empresa deve informar no rótulo a quantidade mínima de líquido 
em que o produto deve ser dissolvido. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, deve constar no rótulo do produto a seguinte informação, em 
destaque e em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado 
da ingestão de líquidos”. 
A goma guar também pode ser empregada em bebidas como estabilizante 
ou, ainda, em sorvetes, molhos, misturas para bolo, como espessante 
(MUDGIL et al., 2014, apud SILVA et al 2018). 
6- Inulina: 
 
- Alegação: “A inulina (prebiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos:• Esta alegação pode ser utilizada desde que a recomendação de consumo 
diário do produto pronto para consumo forneça no mínimo 5g de inulina. A 
porção deve fornecer no mínimo 2,5 g de inulina. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, a recomendação diária do produto deve fornecer, no mínimo, 5g de 
inulina. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de inulina, 
abaixo de fibras alimentares. 
• O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do 
produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, deve constar no rótulo do produto a seguinte informação, em 
destaque e em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado 
da ingestão de líquidos”. 
 
30 
 
 
 
 
A inulina é um tipo de fibra solúvel considerada prebiótica que vem sendo 
empregada visando o melhoramento do perfil nutricional em diferentes tipos 
de alimentos (REBEQUI et al., 2016 apud DOS SANTOS et al 2018). 
7- Lactulose: 
 
- Alegação: “A lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve 
estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para 
consumo forneça no mínimo 3g de lactulose. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do 
produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de 
lactulose abaixo de fibras alimentares. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, deve constar no rótulo do produto a seguinte informação, em 
destaque e em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado 
da ingestão de líquidos”. 
Como a lactulose não pode ser absorvida durante a passagem pelo intestino 
delgado do hospedeiro, ela atinge o intestino grosso, onde enriquece o pool 
de nutrientes disponíveis para a microbiota intestinal. Após a chegada, a 
lactulose é fermentada por certos membros da microbiota intestinal, 
resultando na produção de ácidos graxos de cadeia curta (SCFA), hidrogênio 
(H 2) e metano (MAO et al 2014, apud WOTZKA 2018). 
8- Polidextrose: 
 
- Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
 
31 
 
 
 
 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para 
consumo forneça no mínimo 2,5 g de Polidextrose. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do 
produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de 
polidextrose, abaixo de fibras alimentares. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, deve constar no rótulo do produto a seguinte informação, em 
destaque e em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado 
da ingestão de líquidos”. 
 
9- Psillium ou psyllium: 
 
- Alegação: “O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. 
Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção diária do produto pronto 
para consumo forneça no mínimo 3g de psillium. 
 
10- Quitosana: 
 
- Alegação: “A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para 
consumo forneça no mínimo 3g de quitosana. 
 
32 
 
 
 
 
• Para fins de uso da alegação, considera-se como quitosana o polissacarídeo 
linear formado a partir da desacetilação da quitina obtida do exoesqueleto de 
crustáceos utilizados como alimento pelo homem. 
• No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e 
similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do 
produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. 
• Os ingredientes fonte de quitosana devem atender às especificações 
estabelecidas para “Chitosan” no “USP Dietary Supplements Compendium 
2012” ou suas atualizações. Produtos com especificações distintas devem 
apresentar a referência utilizada para definição daquelas e comprovação de 
ausência de risco à saúde. 
• Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de 
quitosana abaixo de fibras alimentares. 
• Quanto à advertência estabelecida anteriormente: "Pessoas alérgicas a 
peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto". 
• Esclarecemos que até o fim do prazo para adequação ao disposto na RDC nº 
26, de 2 de julho de 2015, devem ser incluídas as advertências sobre a 
presença de alergênicos ou derivados, conforme o caso. Para maiores 
informações, consultar o documento de Perguntas e Respostas sobre a 
Rotulagem de Alimentos Alergênicos. 
• Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e 
similares, deve constar no rótulo do produto a seguinte informação, em 
destaque e em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado 
da ingestão de líquidos”. 
A quitosana é comercialmente obtida da N-deacetilação da quitina (β-1,4 N-
acetilglucosamina) encontrada no exoesqueleto de crustáceos, insetos e 
parede celular de fungos (OLIVEIRA et al., 2014, apud BARRETO et al 2016). 
 
33 
 
 
 
 
9.4 Fitoesteróis 
- Alegação: “Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu 
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida 
saudáveis”. 
- Requisitos específicos: 
• A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8g de 
fitoesteróis livres. Quantidades inferiores poderão ser utilizadas desde que a 
eficácia seja comprovada para o alimento. 
Os fitoesteróis auxiliam na diminuição da absorção de colesterol por competir 
pelo mesmo sítio de absorção, com consequente aumento da excreção fecal 
de colesterol. Desse modo, uma dieta rica em fitosteróis reduz a 
hipercolesterolemia, auxiliando na prevenção e no tratamento das doenças 
cardiovasculares. Além de possuírem propriedades antinflamatórias e 
anticancerígenas se consumidos regularmente (COSTA & JORGE, 2011 
apud HENRIQUE, 2018). 
9.5 Polióis (Manitol / Xilitol / Sorbitol) 
- Alegação: “Manitol / Xilitol / Sorbitol não produz ácidos que danificam os dentes. O 
consumo do produto não substitui hábitos adequados de higiene bucal e de 
alimentação.” 
- Requisitos específicos: 
• Alegação aprovada somente para gomas de mascar sem açúcar. 
O xilitol é um importante açúcar que além de ser utilizado como substituto da 
sacarose para diabéticos, devido a sua independência de insulina para aderir 
às vias glicogenolíticas, apresenta alto poder anticariogênico, controla o mau 
hálito e previne infecções de otite aguda em crianças. Os principais ramos de 
uso do xilitol são a produção de alimentos, produtos de perfumaria, 
farmacêutica e química (MARTÍNEZ et al., 2015, apud MACHADO 2018). 
 
34 
 
 
 
 
9.6 Probióticos 
- Alegação: A alegação de propriedade funcional ou de saúde deve ser proposta pela 
empresa e será avaliada, caso a caso, com base nas definições e princípios 
estabelecidos na Resolução nº 18/1999. 
- Requisitos específicos: Para comprovação da segurança e eficácia do produto 
devem ser apresentadas, no mínimo, as seguintes informações. 
1. Caracterização do micro-organismo:• Identificação do gênero, da espécie e da cepa. A nomenclatura deve estar de acordo 
com o Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias. 
• Informação sobre o depósito da cepa do micro-organismo em banco de cultura 
internacionalmente reconhecido. 
• Origem e forma de obtenção, incluindo a informação se o microorganismo é 
geneticamente modificado (OGM). 
• Produção de toxinas e bacteriocinas. 
2. Perfil de resistência a antimicrobianos e informações sobre a base genética 
da resistência antimicrobiana, conforme metodologia descrita pela European 
Food Safety Authority (EFSA). 
3. Determinação da atividade hemolítica para espécies com potencial 
hemolítico. 
4. Estudos disponíveis na literatura que descrevam efeitos adversos 
observados com a cepa em questão (ex. relatos de casos). 
5. Demonstração de eficácia: A comprovação de eficácia para efeitos funcionais 
deve ser estar baseada em evidências científicas robustas, construídas por meio de 
estudos clínicos, randomizados, duplo-cego e placebo controlados cujos desfechos 
demonstrem a relação proposta na alegação entre o consumo do produto objeto da 
petição, ou produto com matriz equivalente, e o efeito funcional. A identificação e 
mensuração do efeito devem estar claramente definidas. No caso em que o efeito não 
puder ser mensurado diretamente, devem ser identificados os biomarcadores 
validados que estão relacionados ao efeito alegado. É fundamental a identificação da 
cepa e das quantidades testadas nos estudos utilizados como referências. O tamanho 
 
35 
 
 
 
 
da amostra deve estar devidamente justificado e a população participante 
corresponder àquela para a qual o produto se destina. As alegações de saúde devem 
estar baseadas em estudos epidemiológicos. No caso de produtos com mais de um 
micro-organismo ou de produtos que misturem fibras pré-bióticas com micro-
organismos, a comprovação do efeito probiótico deve ser feita para a combinação. 
6. Viabilidade: Deve ser apresentado laudo de análise que comprove a quantidade 
mínima viável do micro-organismo para exercer a propriedade funcional no final do 
prazo de validade do produto e nas condições de uso, armazenamento e distribuição. 
A não apresentação de alguma das informações indicadas acima deve ser 
adequadamente justificada para avaliação da Anvisa. Informações adicionais podem 
ser solicitadas caso a Agência julgue necessário. 
O Kefir é um alimento simbiótico (pré e probiótico), que auxilia na prevenção 
e tratamento de disbiose intestinal. Trata-se de uma bebida de leite 
fermentado que tem sua origem nas montanhas do Cáucaso da Rússia. 
Sendo este preparado por inoculação de leite com Grãos de Kefir que são 
uma combinação de bactérias e leveduras, numa matriz simbiótica 
(DESENTHUM; JOHN, 2015 apud DOS SANTOS MORAES, 2018). 
9.7 Proteína de soja 
- Alegação: “O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a 
reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação 
equilibrada e hábitos de vida saudáveis". 
- Requisitos específicos: 
• Para uso desta alegação o produto deve atender, no mínimo, aos requisitos 
estabelecidos para o atributo “fonte” definidos na Resolução sobre Informação 
Nutricional Complementar (INC). 
Dentre os alimentos considerados funcionais destaca-se a soja que 
apresenta em sua composição fitoquímicos como a isoflavona e a proteína 
de soja que auxilia respectivamente na redução dos sintomas da menopausa, 
além de ser considerada anticancerígena e atuar na redução dos níveis de 
colesterol (MATA et al., 2017, apud HENRIQUE et al, 2018). 
 
36 
 
 
 
 
10 ALIMENTOS FUNCIONAIS E OBESIDADE 
 
Fonte: mdsaude.com 
A obesidade pode ser caracterizada por um excesso de lipídios no tecido adiposo, 
que resulta do desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético. Além disso, 
evidências científicas relacionam a obesidade com o aumento do estresse oxidativo e 
redução dos mecanismos de defesa antioxidante, os quais conduzem a um processo 
inflamatório crônico de baixo grau, em razão do aumento de citocinas pró-
inflamatórias. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de dois milhões de 
pessoas acima de 15 anos de idade apresentam excesso de peso, e, dentre essas, 
há mais de 400 milhões obesos. Além disso, as projeções para o ano de 2025 indicam 
que haverá um aumento mundial de três bilhões e 700 milhões no número de pessoas 
adultas com excesso de peso e obesidade, respectivamente. 
Nas últimas décadas, devido às mudanças na alimentação tradicional e 
adoção de dieta do tipo Ocidental, a incidência de obesidade, síndrome 
metabólica e câncer vem aumentando na população brasileira (Schmidt e 
colaboradores, 2011, apud WADI et al 2017). 
A obesidade é uma doença crônica de caráter multifatorial e, ao mesmo tempo, 
representa um fator de risco para várias outras doenças crônicas. Além da 
 
37 
 
 
 
 
susceptibilidade genética, fatores ambientais, caracterizados por um estilo de vida 
sedentário e hábitos alimentares inadequados representam expressivo papel na 
gênese da obesidade da vida moderna e urbana. 
A alimentação é um dos fatores relacionados à obesidade que merece destaque. 
O maior consumo de alimentos com alta densidade energética, de lipídios saturados 
e açúcar, aliado ao menor consumo de frutas e verduras está diretamente associado 
com o aumento dos números de sobrepeso e obesidade. 
No Brasil não há alimentos ou compostos funcionais aprovados pela ANVISA que 
possuem relação direta com a redução do risco de obesidade. Porém, existem 
alegações de funcionalidades aprovadas que se correlacionam com alguns fatores de 
rico relacionados à obesidade. 
Algumas destas alegações de funcionalidade são: auxílio na manutenção de 
níveis saudáveis de triglicerídeos (ácidos graxos ômega 3), auxílio na redução da 
absorção de colesterol (betaglucana, psyllium, quitosana, fitosteróis), ação 
antioxidante que protege as células contra radicais livres (licopeno, luteína e 
zeaxantina). 
Diante do fato da obesidade ser uma doença de difícil controle, por estarem 
envolvidos fatores psicológicos, comportamentais, fisiológicos e genéticos, o consumo 
de nenhum alimento ou substância específica presente nos alimentos seria capaz de 
solucionar o problema da obesidade, sendo necessária uma mudança do estilo de 
vida de uma forma geral. 
Porém, alguns estudos mostram que determinados compostos e/ou alimentos 
funcionais podem indiretamente auxiliar a perda de peso, influenciando o balanço 
energético por meio do controle da ingestão ou do gasto energético. 
Na Nutrição Funcional, a obesidade é tratada como uma patologia complexa, 
com envolvimento de muitos fatores além do desequilíbrio entre a ingestão e a 
utilização de calorias. 
A obesidade aumenta o risco de doenças mortais como diabetes, do coração 
e pelo menos 13 tipos de câncer, de acordo com o Instituto Nacional de 
Câncer (INCA 2018, apud MARTINS 2018). 
 
38 
 
 
 
 
A Nutrição Funcional tem demonstrado clinicamente ser uma intervenção de 
sucesso para a redução de peso corporal, pois faz uma interação entre todos os 
sistemas do corpo, enfatizando as relações que existem entre a bioquímica, a 
fisiologia e os aspectos emocionais e cognitivos do organismo. Ainda levam em 
consideração como os genes respondem a essas intervenções dietéticas e preconiza 
condutas nutricionais de acordo com a base genética de cada indivíduo. Assim, 
personaliza e individualiza as intervenções nutricionais, independentemente do 
estado fisiopatológico do paciente. 
A Nutrição Funcional parte do princípio que cinco causas ambientais podem 
desequilibrar os sistemas orgânicos e causar a obesidade: toxinas, substâncias 
alergênicas, microrganismos, estresse e má nutrição. 
Esses cinco fatores interagem com nossos genes, causam desequilíbrios 
nutricionais e comprometem o funcionamento de sistemas fisiológicos, causando 
alterações: imunológicas(que desencadeiam um processo inflamatório crônico), no 
metabolismo energético e no sistema oxidante-antioxidante, gastrointestinais (que 
afetam a digestão e absorção de nutrientes), estruturais de membrana celular do 
músculo esquelético, na destoxificação e biotransformação das toxinas, 
neuroendócrinas e hormonais. Além da interação corpo e mente. 
A programação nutricional para a perda de peso deve adotar condutas que 
bloqueiem os gatilhos e por nutrientes que modulem os mediadores, restabelecendo 
o equilíbrio funcional de cada sistema. A perda de peso virá como consequência do 
restabelecimento da funcionalidade do organismo. 
As intervenções de mudança de estilo de vida, aliando uma alimentação mais 
saudável (rica em alimentos integrais, fitoquímicos e baixa carga glicêmica), à prática 
de exercícios físicos e ao controle do estresse, compõem uma das condutas mais 
adotadas para a redução de peso corporal. Porém não são raros os pacientes que 
não respondem satisfatoriamente a tudo isso. Assim, tem-se sugerido que a 
resistência na redução da gordura corporal pode ser consequência não só do estilo 
de vida, mas também da crônica exposição a certas toxinas ambientais que alteram 
os mecanismos chaves do controle de peso. 
 
39 
 
 
 
 
Supõe-se que essas toxinas enviam falsas mensagens, alterando a ação dos 
hormônios, principalmente aqueles envolvidos com o controle energético, hormônios 
tireoidianos, estrogênio, testosterona, cortisol, insulina, hormônio do crescimento e 
leptina. Com isso pode haver alteração na ação dos neurotransmissores que 
controlam a saciedade e o metabolismo energético ou até mesmo ocasionar danos na 
função muscular, alterando o metabolismo mitocondrial na oxidação dos lipídeos. 
Aperfeiçoar os sistemas de destoxificação no organismo humano é uma nova 
e importante estratégia para o sucesso na redução de peso corporal. É através desse 
sistema que se consegue eliminar as toxinas acumuladas no organismo. 
Considerando-se todas as alterações metabólicas ocorridas na obesidade, é 
importante se adotar condutas capazes de modular o desequilíbrio funcional e o 
quadro inflamatório sistêmico. Assim, alimentos funcionais devem fazer parte do plano 
alimentar diário, já que modulam a inflamação, melhoram os níveis de glicemia e 
neutralizam as espécies reativas de oxigênio (radicais livres). 
Os alimentos funcionais apresentam a capacidade de reduzir o risco de 
doenças crônicas, além da sua propriedade básica de nutrir. Esses alimentos 
apresentam papel metabólico e fisiológico no desenvolvimento e na manutenção das 
funções do organismo humano. 
Conforme a Organização Pan Americana da Saúde, os fatores de risco 
relativos às DCNT são semelhantes em todos os países. Atualmente o 
tabagismo, os alimentos com altas concentrações de gorduras trans e 
saturadas, o sal e o açúcar em excesso, especialmente em bebidas 
adoçadas, o sedentarismo, bem como o consumo excessivo de álcool, 
causam mais de dois terços de todos os novos casos de DCNT e aumentam 
o risco de complicações em pessoas que já sofrem dessas doenças 
(GOULART 2011 apud ROMAN et al 2018). 
 
 
 
40 
 
 
 
 
11 PRINCIPAIS ALIMENTOS ESTUDADOS E SUAS ALEGAÇÕES DE 
PROPRIEDADES FUNCIONAIS 
 
Fonte: ciclovivo.com.br 
Os principais alimentos estudados na nutrição funcional, com seus respectivos 
compostos ativos e propriedades funcionais, são: 
Alimentos Componentes ativos Propriedades funcionais 
Soja e derivados Isoflavonas Ação estrogênica (reduz 
sintomas da menopausa) 
e pode levar à prevenção 
de alguns tipos de câncer) 
Soja e derivados Proteína da soja Redução dos níveis de 
colesterol 
Peixes como sardinha, 
salmão, atum, anchova, 
truta e arenque 
Ácidos graxos ômega-3 Redução do LDL-
colesterol e ação anti-
inflamatória 
Óleos de linhaça, soja, 
nozes, amêndoas, 
Ácido graxo poli-
insaturado – (linoleico) 
Estimula o sistema 
imunológico, tem ação 
 
41 
 
 
 
 
castanhas e azeite de 
oliva 
anti-inflamatória e pode 
reduzir o risco de doença 
cardiovascular 
Azeite, óleo de canola, 
azeitonas, abacate e 
frutas oleaginosas 
(castanhas, nozes, 
amêndoas) 
Ácido graxo 
monoinsaturado (oleico) 
Ação antiaterogênica, 
anticancerígena, 
imunológica, hipotensora 
Chá verde, cerejas, 
amoras, framboesas, uva 
roxa, mirtilo e vinho tinto 
Catequinas e resveratrol Podem prevenir certos 
tipos de câncer, inibem a 
agregação plaquetária, 
reduzem o colesterol e 
estimulam o 
funcionamento do sistema 
imunológico 
Tomate e derivados 
(molho de tomate, suco de 
tomate), goiaba vermelha, 
pimentão vermelho e 
melancia (frutas 
avermelhadas) 
Licopeno Ação antioxidante, reduz 
níveis de colesterol e 
podem prevenir o risco de 
certos tipos de câncer, 
principalmente o de 
próstata 
Folhas verdes em geral e 
milho 
Luteína e zeaxantina Ação antioxidante, 
protegem contra 
degeneração macular 
(alterações na visão) 
Cenoura, manga, 
abóbora, pimentão 
vermelho e amarelo, 
acerola e pêssego (frutas 
alaranjadas) 
Betacaroteno Precursor da vitamina A. 
Ação hipotensiva 
 
42 
 
 
 
 
Couve-flor, repolho, 
brócolis, couve de 
bruxelas, rabanete e 
mostarda 
Indóis e isotiocianatos Indutores de enzimas 
protetoras que podem 
proteger contra alguns 
tipos de câncer, 
principalmente o de mama 
Soja, frutas cítricas, 
tomate, pimentão, 
alcachofra, cereja e salsa 
Flavonoides Podem prevenir o risco de 
certos tipos de câncer. 
Ação vasodilatadora, anti-
inflamatória e antioxidante 
Aveia, centeio, cevada, 
leguminosas (feijões, 
ervilha, lentilha), frutas 
com casca 
Fibras solúveis e fibras 
insolúveis 
Podem auxiliar na 
redução do risco para 
câncer de cólon e o bom 
funcionamento intestinal. 
Auxiliam no controle da 
glicemia (fibras solúveis) 
Podem aumentar a 
sensação de saciedade 
Alho e cebola Sulfetos alílicos (alil 
sulfetos) 
Podem auxiliar na 
redução de colesterol, 
pressão sanguínea, do 
risco para câncer gástrico 
e auxiliar os processos do 
sistema imunológico 
Linhaça, noz-moscada Ligninas Podem auxiliar na inibição 
da formação de alguns 
tipos de tumores 
Maçã, manjericão, 
manjerona, sálvia, uva, 
caju, soja 
Taninos Ação antioxidante, 
antisséptica e 
vasoconstritora 
 
43 
 
 
 
 
Óleos vegetais Esteróis vegetais, 
estanóis 
Podem auxiliar na 
redução de doenças 
cardiovasculares 
Leites fermentados, 
iogurtes e outros produtos 
lácteos fermentados 
Probióticos – 
bifidobactérias e 
lactobacilos 
Favorecem funções 
gastrointestinais, com 
redução de obstipação e 
podem auxiliar na 
prevenção do câncer de 
cólon 
Vegetais como chicória, 
alcachofra 
Prebióticos – 
frutooligossacarídeos e 
inulina 
Ativação da microflora 
intestinal, favorecendo o 
bom funcionamento do 
intestino 
Fonte: Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais 
Dicas para se beneficiar das propriedades funcionais de uma forma mais prática: 
• Azeite de oliva extravirgem (acidez < 1%): utilize diariamente uma colher de 
sopa sobre a salada no almoço e no jantar. 
• Linhaça, aveia e gérmen de trigo: utilize uma colher de sopa pela manhã e/ou 
à tarde sobre uma fruta ou iogurte. 
• Chá verde: utilize pelo menos três xícaras (200 ml) ao dia. Evite utilizar à noite. 
• Frutas: coma frutas pelo menos três vezes por dia e procure utilizar frutas de 
coloração variada (ex. maçã, mamão e ameixa). Frutas secas também são uma 
boa opção. 
• Alimentos integrais: se houver opção, sempre escolha massas, panificações 
e cereais integrais. 
• Soja: caso tolere bem este alimento, procure utilizá-lo como alternativa 
alimentar. Existem leites, iogurtes, queijos e preparações muito saborosas. 
• Legumes: assim como as frutas, coma pelo menos três vezes por dia. Prefira 
variar o máximo possível sua coloração. 
 
44 
 
 
 
 
• Castanhas e nozes: apesar de bem calóricas, são muito saudáveis. Coma 
quatro acinco unidades, uma vez ao dia como opção. 
• Leites fermentados e probióticos: caso tolere bem, procure consumir 
diariamente iogurtes e leites que contenham lactobacilos. Estes auxiliam na 
regulação intestinal e contribuem para o bom funcionamento orgânico. 
• Peixes: caso tolere bem, procure consumir pelo menos duas vezes por 
semana, dando preferência às preparações grelhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
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