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Medula espinal I- MEDRESUMOS

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Prévia do material em texto

HELEN MARCONDES – T5 
1 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
MEDULA ESPINAL I 
Em neuroanatomia, por questões didáticas, 
inicia-se com o estudo da medula espinal, pois 
geralmente a maior parte das vias inicia-se por ela. 
Portanto, quando se parte das vias ascendentes, essas 
terão início na medula espinal. Grande parte da região 
final das vias eferentes são também na medula espinal, 
sendo esta uma grande via de entrada e uma grande via 
de saída, sendo de um aspecto morfológico a mais 
simples e por esse motivo inicia-se o estudo da 
neuroanatomia pela medula espinal. 
 
INTRODUÇÃO 
A medula espinal é a extensão de uma região no 
prosencéfalo chamada de bulbo. A imagem a seguir é 
uma representação do neuroeixo. Neste neuroeixo 
temos em cinza o prosencéfalo e suas estruturas – 
telencéfalo e diencéfalo, e o tronco encefálico – 
mesencéfalo, ponto e bulbo, bem como também temos 
a representação do cerebelo. 
Logo abaixo, percebe-se que o limite mais 
ventral do bulbo – na altura do forame magno. 
Analisando a imagem, percebe-se que a medula espinal 
é uma extensão do bulbo, como se este continuasse em 
forma de medula espinal. Portanto, do forame magno 
para baixo temos a medula espinal, que se encaminha 
até a região mais superior da primeira vértebra lombar, 
podendo em algumas ocasiões se estender um pouco 
mais quase próximo a segundo vértebra, porém sempre 
ficando entre L1 e L2. Portanto, L2 é o limite caudal mais 
seguro ao que diz respeito a se fazer infusões de 
anestésicos ou coleta do liquido cefalorraquidiano. 
A medula espinal possui uma relação de 
intimidade com o canal vertebral, que é formado por 
vértebras, tendo as mesmas divisões que estas – porção 
cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Por mais 
que a medula não se encaminhe até o cóccix é 
importante ter em mente que existem nervos que se 
iniciam no segmento coccígeo, apesar da medula não 
estar de fato até a altura do cóccix. 
 
 
A imagem a seguir é uma representação de uma 
secção transversal da medula espinal, estando em 
estágio de formação – 3ª a 5ª semana. A região mais 
central é quem dará origem ao canal central. Há uma 
região chamada de placa alar na medula espinal e 
Ventralmente encontra-se a placa basal, sendo 
agregados de susbtancia cinzenta quem for essas duas 
placas. A linha que se encontra ao redor dessas placas é 
quem dará origem a substância branca. 
A figura apresenta muitos elementos, como as 
vértebras, arcos vertebrais, corpos vertebrais, bem 
como faz a representação de um neurônio 
pseudounipolar presente no gânglio da raiz dorsal 
(gânglio da raiz posterior). Perceba que esse gânglio 
possui uma projeção periférica, a qual pega uma 
‘’carona’’ com a estrutura em azul, a qual formará um 
dermátomo. Da mesma forma em que possui uma 
projeção central, chamada de raiz posterior. Portanto, 
esse mesmo neurônio encontrado no gânglio da raiz 
dorsal apresenta uma projeção periférica que está, por 
exemplo, indo para a pele e também tem uma projeção 
 
HELEN MARCONDES – T5 
2 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
central que se encaminha para a raiz posterior que entra 
na medula espinal. 
 
 
Desta mesma forma, na placa basal há um 
aglomerado de grandes neurônios, que darão origem 
aos motoneurônios, e esses saem da medula espinal, 
como demonstrado na figura, por meio de uma raiz 
anterior/raiz ventral e se une ao prolongamento 
periférico do neurônio do gânglio da raiz dorsal, 
formando então o nervo espinal, a qual possui dois 
componentes, um componente sensitivo e um 
componente motor. O componente sensitivo 
encaminha-se para a víscera. 
Portanto, a imagem nos mostra a medula 
espinal em formação. Posteriormente a placa alar torna-
se o corno posterior e a basal o corno anterior. Bem 
como ocorre uma segmentação lógica, onde as vias 
sensitivas – grande parte dos terminais sensitivos, 
acabam fazendo sinapse nos neurônios da coluna 
posterior. E na coluna anterior, um aglomerado de 
neurônios motores. 
 
MORFOLOGIA EXTERNA DA MEDULA ESPINAL 
É uma passa cilindroide de aproximadamente 
45cmno homem adulto. Seu limite superior é o forame 
magno e o inferior é até no máximo a segundo vertebra 
lombar. 
Em seu limite inferior há uma dilatação 
chamada de cone medular, e deste sai o ultimo 
filamento, chamado de filamento terminal. 
 
 
 
A figura a seguir do Netter, tem-se a 
representação da relação topográfica entre a medula 
espinal e o canal vertebral da medula, assim como os 
nervos que formarão o sistema nervoso periférico, 
como os nervos torácicos, plexo braquial, e o plexo 
lombo sacral. A imagem foi inserida mais para que se 
observe o limite, que é por volta de L2. 
 
 
Em uma secção transversal torácica da medula, 
nota-se que esta está localizada no centro da vértebra – 
canal vertebral, que é formado pelos forames 
intervertebrais. 
No canal vertebral, antes de chegar a medula 
espinal propriamente dita, há as meninges e dentro 
 
HELEN MARCONDES – T5 
3 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
destas meninges está a medula espinal. Vê-se um 
aglomerado de substância branca, bem como um de 
substância cinzenta. Nota-se também o gânglio da raiz 
dorsal e a raiz posterior entrando na região posterior da 
medula espinal, bem como a raiz anterior. Percebe-se 
que a medula é achatada no sentido anteroposterior, e 
em sua extensão possui duas dilatações, não 
apresentando um panorama uniforme. Essas dilatações 
nos mostram que a medula espinal não é uniforme, e 
que muda de característica/morfologia dependendo do 
local a qual estou observando. 
 
 
 
Já em uma outra figura do Sobotta, há a 
representação da medula espinal e o prosencéfalo. 
Percebe-se que na região cervical a medula é mais 
dilatada que na região torácica, o que tem o nome de 
intumescência cervical, bem como a dilatação lombar é 
chamada de intumescência lombar. 
 
Em um outro esquema da medula espinal, onde 
se demonstra a extensão que a medula espinal tem, 
suas respectivas divisões, segmentos, bem como no 
esquema a direita a representação da medula espinal e 
os filamentos que formam as suas raízes – raiz anterior, 
posterior e ainda é possível se verificar o gânglio da raiz 
dorsal e meninges que se encontram ao redor da 
medula espinal fazendo a proteção da mesma. 
 
 
Conforme se observa a característica interna da 
medula espinal a partir de secções transversais 
consegue-se observar o porquê a medula espinal muda 
sua morfologia de acordo com o local em que se está 
observando. Ela muda porque a quantidade de células 
internas e da disposição de substância branca também 
mudam. 
 
No primeiro quadrinho temos a secção 
transversal da medula espinal na região cervical alta, 
no segundo a secção transversal da medula espinal na 
região cervical baixa, seguidos de quadrinhos com 
secção torácica, lombar e sacral. 
Nos dois primeiros dois quadrinhos, apesar de 
ambos serem segmentos cervicais, há maior depósito 
de substancia cinzenta na cervical baixa, do que na 
cervical alta, isso pode ser notado pelo fato de que na 
 
HELEN MARCONDES – T5 
4 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
cervical baixa há muito mais neurônios, é mais larga e 
mais robusta assim como em sua região posterior. 
Isso nos quer dizer que provavelmente há 
muito mais informação sensitiva entrando e muito 
mais informação motora saindo, isso indica que se trata 
de uma região de formação e saída de grandes nervos. 
Essa região da medula corresponde a região do plexo 
braquial, e este para inervar os membros superiores 
demanda muita entrada de informação sensitiva e a 
saída de muita informação motora. 
Como não se tem membros na região do 
pescoço, ou até mesmo pelo fato de no pescoço haver 
pouca musculatura, não sendo tão robusta quanto nos 
membros superiores, e consequentemente não há 
muitos neurônios na cervical alta. 
 O mesmo ocorre em região torácica – no 
terceiro quadrinho, ondenão há membros na altura 
desta região e consequentemente não há uma 
disposição tão grande de neurônios nessa região. 
Já na região lombar e sacral isso muda bastante, 
pois há muita entrada de informação sensitiva, sendo 
bem mais larga a disposição neuronal na região 
posterior da medula, e mais larga ainda essa disposição 
na região anterior da medula espinal, visto que essa 
região se comunica com o plexo lombossacral. 
É importante relembrar o que são o plexo 
cervical e o plexo lombossacral. 
 
SEGMENTOS MEDULARES 
O que é um segmento medular? 
A medula espinal não tem divisão clara, ela 
não pula de cervical para torácica de uma forma 
abrupta. Ela só a muda a quantidade de células que se 
encontra nessas colunas. Por exemplo, sobre a 
morfologia interna da medula espinal, há a coluna 
ventral e uma coluna posterior, é uma coluna e 
encontra-se em toda a medula espinal. Onde há 
medula espinal, há essa coluna interna – que é a 
região mais corada, que forma o H medular. 
Na secção transversal da medula na imagem 
que segue, observa-se uma disposição da substância 
cinzenta, encontrada também em toda medula espinal. 
Porém, a diferença que ocorrerá é a de quantidade de 
células, ora menos ora mais, e isso diz a respeito do 
aspecto funcional da medula. O que não quer dizer que 
os segmentos mudam de forma abrupta de cervical para 
lombar, por exemplo. Trata-se, portanto, de uma coluna 
só, tanto para a disposição da substância branca, quanto 
na da substância cinzenta. No que se refere a disposição 
da substância branca, há algumas diferenças 
principalmente quanto as vias sensitivas, porém isso 
não será detalhado no momento. 
 
Mas então, o que é um segmento medular. 
ANATOMICAMENTE, divide-se os nervos espinais em 
segmentos. Uma vez que se tem esses filamentos 
radiculares (mostrados na figura acima), estes estão 
presentes na região anterior da medula espinal – que 
forma a raiz anterior da medula espinal e é uma raiz 
especificamente motora. Bem como se tem o aspecto 
de filamentos radiculares nos axônios que estão indo 
em direção a coluna posterior. 
Uma vez que se tem uma porção final de um 
filamento motor, e a porção final de um filamento 
sensitivo, tem-se então um segmento medular. 
A imagem que segue delimita por uma linha o 
que é um segmento medular. Havendo dois segmentos 
demonstrados na imagem, um mais acima e outro 
embaixo. 
 
Ou seja, um segmento medular é a região que 
forma um nervo espinal, pois se observarmos, todos 
esses filamentos radiculares ventrais se unem com as 
projeções periféricas do neurônio que está no gânglio 
da raiz dorsal e formará um nervo espinal. Da mesma 
forma que as projeções centrais dos neurônios que 
formarão os filamentos radiculares, e a raiz posterior, 
esses também participam da formação deste mesmo 
nervo, então consequentemente participam da 
formação do mesmo segmento. Onde se tem um 
 
HELEN MARCONDES – T5 
5 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
segmento medular, tem-se a formação de um nervo 
espinal. 
 A figura que segue trata-se de uma 
representação transversal da medula espinal, nela 
consegue observar novamente a coluna posterior da 
medula espinal, a coluna anterior, e como é uma região 
torácica, também é possível identificar uma coluna 
lateral. 
Nota-se que na coluna posterior tem-se a 
chegada de fibras da raiz posterior, dos filamentos 
radiculares posteriores, bem como essa raiz posterior é 
formada pelos prolongamentos centrais do neurônio do 
gânglio que se encontra na raiz dorsal. 
A raiz anterior/ventral é formada por axônios 
motores, nota-se que do grande neurônio motor 
presente nesta região sai um axônio que forma a raiz 
anterior, bem como sai axônio de neurônio motor do 
sistema nervoso autônomo (axônio em verde 
localizado na porção lateral do H medular). 
 
A raiz anterior unida com os prolongamentos 
periféricos do neurônio que se encontra no gânglio gera 
a formação de um nervo espinal. A imagem a seguir foi 
recortada para demonstrar a região a qual forma o 
nervo espinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, a conexão com os nervos marca a 
segmentação da medula espinal. Temo 31 pares de 
nervos espinais, sendo 8 segmentos cervicais, 12 
segmentos torácicos, 5 segmentos lombares, 5 
segmentos sacrais e 1 segmento coccígeo. 
 
 
É importante notar que a medula 
espinal não ocupa todo o canal vertebral. 
Nos estágios de formação, por exemplo, 
na imagem que segue, temos a 
representação da coluna vertebral (são os 
bloquinhos), da medula espinal (cone 
grande ao meio) e a representação do que 
seriam os nervos espinais – que estão em 
linhas transversais. Em um determinado 
período de formação, a medula espinal 
para crescer, porém as estruturas ósseas 
não. 
 
 Essas estruturas ósseas continuaram 
crescendo. Anteriormente a esse crescimento, o nervo 
espinal saia no mesmo segmento. Mas conforme as 
estruturas ósseas passam a crescer, o nervo é esticado, 
demonstrando que em um crescimento de ritmos 
diferentes entre coluna vertebral e coluna espinal, os 
segmentos medulares não batam na mesma altura com 
a sua origem. Portanto, pode-se ter um nervo coccígeo 
a qual não está na mesma altura da origem do seu 
 
HELEN MARCONDES – T5 
6 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
segmento, estando ele bem abaixo. Isso pode ser 
melhor visualizado na imagem que segue, um exemplo 
é apontado pelo professor com o cursor do mouse. 
A imagem também nos mostra a diferença entre 
o crescimento da coluna vertebral e a medular 
conforme o desenvolvimento/crescimento. Neste 
sentido, podemos dizer que os nervos emergem bem 
abaixo da sua altura de origem. 
 
 
No entanto, existem alguns nervos que estão 
muito próximos de sua origem, como por exemplo, os 
nervos cervicais, aos quais estão praticamente na 
mesma altura que a origem do seu segmento. Mas, 
conforme as vértebras vão aumentando de tamanho, os 
nervos vão se tornando distantes de sua origem, não 
batendo o mesmo corpo vertebral com a origem do 
segmento medular. 
 
 
Por esse motivo, tem-se a formação anatômica 
chamada de cauda equina. Quando o cone medular 
ficou estático as vértebras foram crescendo e esticando 
os nervos que ficam logo abaixo dele, formando a 
estrutura anatômica chamada de cauda equina. 
 
 
 
 
 
No esquema acima temos em ‘’A’’ o nervo 
emergindo na mesma altura que o seu segmento. 
Porém em ‘’B’’ nota-se que o seu segmento vai se 
tornando distante da emergência do nervo. Em ‘’C’’ é 
possível observar a origem do nervo L5 que está muito 
acima de seu local de emergência. 
 
Por esse motivo existem algumas formas/regras 
para que se possa classificar o nervo e qual a sua origem. 
Quando se faz uma investigação visual/anamnese, não 
se consegue observar o corpo vertebral, mas sim 
geralmente apalpa-se o processo espinhoso – sendo a 
única porção da coluna vertebral a qual se consegue 
observar de forma nítida. O fato de ter o processo 
espinho de uma vertebra, nos permite saber de qual 
vertebra se está falando, e sabe-se então ainda dizer 
qual o segmento está passando naquela região. 
Teoricamente o único nervo que está na 
mesma origem do seu segmento é o 1º nervo cervical 
– C1, pois este passa acima do corpo da vértebra 
estando, portanto, no mesmo nível de sua origem. 
Todos os outros nervos passam abaixo do nível de sua 
origem. O processo espinhoso não corresponde ao 
segmento medular, o segmento medular sempre estará 
abaixo dele. 
 
HELEN MARCONDES – T5 
7 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
 
Para isso se tem uma regra 
Na região cervical, pega-se o processo e soma-
se +1. Por exemplo na região cervical, em C2 soma-se 
+1 = C3, portanto, encontra-se o segmento C3 tendo 
origem ali. Se olharmos na imagem a seguir, veremos 
que o segmento C3 tem origem em C2. 
 
 
 
Já na região torácica alta, pega-se o processo 
espinhoso e também se acrescenta +1. Por exemplo,T4+1 = segmento de T5. Se olharmos na imagem 
anterior, veremos que o nervo T5 está na altura de T4. 
Portanto, ao acrescentar +1, corresponde-se ao nervo 
espinal. Não é uma afirmativa 100%, mas auxilia em 
uma boa lógica. 
Na região torácica baixa, entre T11 e T12, deve-
se acrescentar +2, sendo então o processo espinhoso + 
2. Como por exemplo, T10 +2 = segmento T11 e T12. 
Então, T11 e T12 estarão na altura do processo 
espinhoso da vértebra T10. 
Do nível de L1 para baixo há todos os segmentos 
sacrais. Na frente de L1 há 5 segmentos sacrais. 
 
DERMÁTOMOS 
Essas questões que envolvem a variação de 
posição dos nervos e a origem dos seus segmentos, 
possuem uma relação grande com os dermátomos e 
miótomos. 
Por exemplo, o dermátomos dos nervos 
cervicais, pelo menos os cervicais mais altos, batem 
bastante com os segmentos, depois alguns dermátomos 
vão para o membro superior para participar do plexo 
braquial. Mas mesmo assim, estão muito próximos de 
sua origem. 
Os dermátomos na região do tórax também 
apresenta demarcações sugerindo que o nervo se 
encontra muito próximo da altura de sua origem com 
uma pequena diferença. Já de T10 para baixo, nota-se 
que ele começa a aumentar essa distância do seu local 
de origem. Até T9 se pegar o processo espinhoso e 
somarmos +1, saberemos o segmento em que se está. 
A partir de T10 começa-se a esticar. Os lombares são 
bem mais esticados, e somas com +1, por exemplo, não 
auxiliarão na identificação de qual segmento se está. 
 
 
 
 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA 
A medula espinal possui uma série de tecidos de 
revestimento, a qual são chamados de meninges. O 
esquema que segue é um esquema do Netter, e vê-se 
que há uma estrutura que reveste as meninges e a 
medula espinal por completo. Nela o autor faz uma 
dissecção e deixa praticamente as 3 lâminas de 
proteção expostas. 
A meninge mais externa tem o nome de dura-
máter, trata-se de uma paquimeninge, formada por 
fibras colágenas. Forma uma estrutura que reveste o 
canal vertebral formando um saco, chamado de saco 
dural. Dentro do saco dural há as outras meninges mais 
a medula espinal. O saco dural reveste TODO o canal 
vertebral, diferente da medula que tem seu ponto de 
parada, como já vimos. O saco dural também é contínuo 
com a dura-máter craniana, como se fosse uma coisa só. 
Este também possui um fundo de saco a nível de S2, 
quando se chega nesta porção, o saco dural acaba-se. 
Ele também é contínuo com o epineuro. 
A aracnoide é uma leptomeninge. Esses nomes 
mudam porque são de origem diferente, visto que a 
 
HELEN MARCONDES – T5 
8 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
dura-máter tem origem mesodérmica (paquimeninge), 
enquanto que a aracnoide e a pia-máter tem origem no 
tubo neural – ectoderma diferenciado (leptomeninge). 
A aracnoide é um emaranhado de trabéculas e 
fibras que praticamente não se vê. 
A pia-máter é uma leptomeninge também. 
Trata-se da estrutura mais intima ao tecido nervoso, é 
nesta em que se encontram vasos sanguíneos. 
Ocupa/se prende uma região chamada de fissura 
mediana anterior (não mostrada na figura, pois 
encontra-se no plano anterior da medula), forma uma 
estrutura chamada de ligamento denticulado (está 
indicado na figura que segue pelo cursor do mouse), 
está presente entre um segmento medular e outro, ele 
demarca/divide um segmento medular do outro – 
inclusive é uma forma de se saber o ligamento a qual 
deseja-se identificar, principalmente em cirurgias. 
 
 
O filamento terminal é o ligamento que se 
encontra ao final do cone medular. Trata-se de um 
filamento com uma cor diferente a da causa equina, 
tendo essa um aspecto mais dourado e o ligamento um 
aspecto mais cinza. O filamento terminar é uma 
estrutura de pia-máter com células da glia, também é 
chamado de ligamento pio-glial, pois possui células da 
glia. 
 
 
 
ESPAÇOS ENTRE AS MENINGES 
Entre as meninges existem espaços, a cavidade 
óssea a qual ela reveste existem espaços. A cavidade em 
cima da dura-máter, por exemplo, localizada entre a 
dura-máter e o canal vertebral que é ocupado por 
tecido adiposo e vasos sanguíneos não é a mesma 
cavidade encontrada no crânio. 
 
No crânio o espaço epidural é quase inexistente, 
sendo a dura-máter bem fixa aos ossos do crânio e 
praticamente não se forma esse espaço, tampouco se 
tem essa gordura entre elas. 
Portanto, o espaço epidural encontra-se entre a 
dura-máter e o periósteo, possui tecido adiposo e plexo 
venoso vertebral. Esse plexo venoso recebe veias da 
pelve, abdômen e tórax, sendo também uma via de 
disseminação de tumores. 
O espaço subdural encontra-se abaixo da dura-
máter. Está entre a dura-máter e a aracnoide. Neste 
espaço existe um líquido que serve para evitar a 
aderência entre esses dois tecidos, mas não é o liquido 
cefalorraquidiano. 
 
HELEN MARCONDES – T5 
9 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
O espaço subaracnóideo é ocupado pelo líquido 
cérebroespinal. Trata-se de um espaço em potencial, 
visto que a distância entre a aracnoide e a pia-máter só 
existem por conta deste liquido. Se este for retirado, os 
dois tecidos se unem. Peças com formol não 
possibilitam ver essas camadas, visto que aracnoide e 
pia-máter se unem. Em peças frescas – logo após a 
morte, é possível observar esse espaço. Portanto, esse 
espaço só existe por conta do liquido cefalorraquidiano. 
Na imagem que segue temos um esquema de 
histologia a qual nos mostra a estrutura da dura-máter, 
sua relação com o periósteo. De uma análise mais 
externa para interna, tem-se o periósteo, dura-máter, 
uma continuação da dura-máter chamada de células da 
borda dural, e abaixo se tem a aracnoide, espaço 
subaracnoide e pia-máter que se encontra aderida ao 
tecido nervoso. 
No espaço subaracnoide há o LCR, as trabéculas 
aracnoideas e células que fazem contato com vasos 
sanguíneos. 
 
 
 
 
MORFOLOGIA INTERNA DA MEDULA ESPINAL 
Em uma secção transversal típica da medula, 
nota-se que a disposição da substancia cinzenta na 
medula espinal formam duas colunas, ou também são 
chamadas de corno. Há uma coluna posterior (CP), uma 
coluna anterior e mais larga (CA). A CP vai até a borda 
da medula, onde há um sulco que é chamado de sulco 
lateral posterior (SLP). Aparentemente a CA parece não 
avançar muito para as bordas, porém também há um 
sulco lateral anterior (SLA). Na região anterior da 
medula espinal há uma fissura, chamada de fissura 
mediana anterior (FMA), e na região posterior da 
medula tem-se um sulco, chamado de sulco mediano 
posterior (SMP). 
 
 
A disposição da substância branca ao redor da 
medula espinal se dá em forma de funículos. Havendo o 
funículo posterior, lateral e anterior. Entre o funículo 
anterior e o lateral não há uma divisão brusca. Só há 
uma divisão notável entre o lateral e o posterior. Sendo 
que o funículo anterior se localiza na borda da coluna 
anterior. 
Na disposição da substancia branca na região do 
funículo posterior há um sulco, chamado de sulco 
intermédio posterior (SIP), ele divide dois funículos, dos 
quais são chamados de funículo grácil e cuneiforme. 
O esquema a seguir é do livro do Ângelo 
Machado. Entre o sulco mediano posterior e o sulco 
lateral posterior há o funículo posterior. O funículo 
posterior possui dois grandes fascículos, chamados de 
fascículo grácil e fascículo cuneiforme. O fascículo 
grácil ocupa a disposição mais medial do funículo 
posterior e mais lateralmente encontra-se o fascículo 
cuneiforme. 
Nas adjacências laterais da medula espinal 
encontra-se o funículo lateral e mais anteriormente o 
anterior. A disposição da substancia cinzenta da medula 
espinal ficará disposta em forma de colunas, havendo 
uma coluna posterior, uma anterior e uma lateral, pois 
trata-se de uma secção na região torácica e nestas 
ocasiões é comum se ter coluna lateral. É na coluna 
lateral da região torácica que se encontra o neurôniopré-ganglionar da divisão simpática. 
Sobre a disposição destes fascículos, eles não 
existem na medula espinal toda. O fascículo grácil pode 
ser encontrado em toda a medula espinal, porém o 
 
HELEN MARCONDES – T5 
10 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
fascículo cuneiforme não, e isso será compreendido 
posteriormente. 
 
 
A seguir, há cortes transversais para demonstrar 
como a medula espinal vai alterando a sua morfologia. 
 Corte transversal da medula espinal torácica – T4 
 
 
 
 Corte transversal da medula espinal cervical – 
C7 
 
 Corte transversal da medula espinal lombar– 
L4 
 
 
VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA ESPINAL 
A medula espinal é irrigada basicamente por 
dois conjuntos de artérias, sendo a artéria espinal 
anterior – encontrada na fissura mediana 
anterior. 
 
 
Na vista anterior da medula espinal a artéria 
espinal anterior ocupa a região da fissura mediana 
anterior, é uma artéria única e possui braços que vão 
para a coluna anterior, funículo anterior, lateral. Essa 
artéria possui um ‘’braço’’ chamado de artéria 
vasocoronal, que faz uma volta na medula espinal como 
se fosse uma coroa e se anastomosa com os ramos da 
artéria espinal posterior. Das artérias vertebrais sai a 
artéria cerebelar inferior posterior e destas saem as 
artérias espinais posteriores – são duplas, uma de cada 
lado, bem próximas as adjacências da coluna posterior, 
e ocupam o sulco lateral posterior. Essa artéria irriga o 
funículo posterior, uma parte da coluna posterior, e 
também possui um vaso coronal que se anastomosa 
com os ramos da artéria espinal anterior. 
 
 
HELEN MARCONDES – T5 
11 BBPM IV – PROFº. ANDRÉ 
 
 
 
 
 
Já as veias drenam de regiões mais centrais para 
mais periféricas, sendo muito comum o sangue que é 
comum o sangue que é drenado da medula espinal, 
meninges e regiões periféricas se anastomosar com 
plexos venosos externos. 
 
 
Um detalhe interessante é que se tem a artéria 
espinal posterior em toda a medula espinal. Porém, 
como a medula espinal acaba em L2, quem irriga as 
meninges que estão abaixo são vasos sanguíneos que 
saem das artérias torácicas, estas lançam pequenos 
braços para irrigar o canal vertebral. 
Mas as artérias torácicas só existem a partir do 
tórax, o que quer dizer que tudo que há na região 
cervical e adjacentes serão irrigadas pelas artérias que 
estão presentes na própria região. Enquanto que do 
tórax para baixo, principalmente das estruturas 
externas, como o canal vertebral e meninges, são 
irrigadas por ramos centrais das artérias intercostais 
posteriores. 
 
O professor orienta antes de ouvir seus áudios ler o 
capítulo correspondente no livro Ângelo Machado, bem 
como acompanhar a aula com o livro.

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