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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
LUIZ AUGUSTO, já qualificado nos autos do Processo em epígrafe, não se conformando, data máxima vênia, com a r. decisão de fls. XX, que inadmitiu o Recurso Especial, vem, por seu advogado que o presente subscreve, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, interpor o presente:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
Em face de decisão de fls. xxxxx, que negou segmento ao Recurso Especial pelos seguintes fundamentos no Art.1042, par. 2º do Código de Processo Civil e 253 do regimento interno do E.STJ e 892 do Regimento Interno dessa N. Corte, pelas razões de fato e direito a seguir aduzidas.
Outrossim, requer seu singular recebimento e processamento para posterior remessa dos autos ao A. Superior Tribunal de Justiça.
Finalmente, em cumprimento ao art. 544, par. 1º do CPC, requer a juntada da cópia integral do Processo nº XXXXXXX, eis que necessária à instrução do presente recurso, declarada autêntica pelo seu patrono.
Nesses termos pede e espera deferimento.
_____________, ___ de _______ de ____
Nome do advogado
OAB/__________
Tribunal “a quo”: E. Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
I – DO RECURSO ESPECIAL
Inobstante o conhecimento jurídico dos ilustres integrantes da C. 4º Câmara de Direito Público do Égrégio Tribunal do Estado de São Paulo, a Agravante, inconformada com o v. acórdão de fls., interpôs Recurso Especial, com fulcro nas alíneas a, b e c do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, onde logrou demonstrar os motivos pelos quais não merece prevalecer o v. acórdão prolatado pelo E. Tribunal de Justiça.
Todavia, o Exmo. Desembargador Presidente da Seção de Direito Público do E. Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu não admitir o Recurso Especial, entendendo, em síntese, que:
“(...), os argumentos expendidos não são suficientes para infirmar a conclusão do v. aresto combatido que contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo. Tampouco restou evidenciado qualquer maltrato a normas legais ou divergências jurisprudenciais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das alíneas a, b e c do permissivo constitucional. ”
Com a devida vênia, em que pese os argumentos expostos na r. decisão monocrática acima descrita, a mesma não merece prosperar, devendo o Recurso Especial ser conhecido para julgamento perante este A. Superior Tribunal de Justiça.
II – DOS FATOS 
LUIZ AUGUSTO, comerciante e cidadão de São Caetano-PE, ficou inconformado com uma decisão do prefeito de sua cidade, que por meio de Decreto Municipal nº 01/2019, transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominada “Zona Azul”, sem a devida licitação (modalidade imposta aos entes públicos para realizar a concessão de serviços públicos), para uma associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral.
LUIZ AUGUSTO, procurou amparo em meios jurídicos, com a finalidade de propor uma ação que anulasse a transferência indevida do serviço público para essa associação, em razão do descumprimento de mandamentos constitucionais que exigem a realização de licitação para a concessão de serviços públicos e da imoralidade da medida de beneficiar os seus conhecidos.
Promovida a Ação Popular, a qual foi julgada improcedente pelo juízo de primeiro grau, e julgada procedente em sede de apelação. Contudo, o Tribunal anulou o Decreto nº 01/2019, como foi pedido, mas nada foi dito a respeito da devolução do dinheiro pago à associação durante a época em que explorou ilegalmente o serviço público de “Zona Azul” no município.
Após ter opostos Embargos de Declaração da decisão do Tribunal de Justiça, os desembargadores acolheram o recurso e complementaram a decisão.
No entanto, eles julgaram ser impossível a devolução dos valores recebidos irregularmente pela associação ré, em razão de a Lei da Ação Popular prever apenas a anulação do ato ilegal realizado, não a reparação dos danos decorrentes deste ato. 
No Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça pela não aplicação da Lei da Ação Popular, em especial, do seu art. 11.
Entretanto, o Presidente do TJPE negou o seguimento do REsp sob o fundamento de que “nego o seguimento do REsp pois a Lei federal apenas prevê a desconstituição do ato administrativo combatido pela Ação Popular, não cabendo o pedido de devolução de dinheiro público pelos serviços prestados, estando correta a aplicação da lei federal”.
Foi de forma equivocada de aplicação do art.11 , da Lei da Ação Popular, que ensejou a interposição do Recurso Especial, vez que foi negado o pedido de devolução dos valores recebidos indevidamente em razão da ilegal concessão do serviço de “Zona Azul” à Associação de Comerciantes de São Caetano, pelo Decreto nº 01/2019, sem a realização de licitação prévia.
II.I – DO CABIMENTO
Primeiramente, cumpre esclarecer que, julgando o mérito do Recurso Especial, a r. decisão agravada entendeu que “ os argumentos expendidos não são suficientes para infirmar a conclusão do v. aresto combatido que contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo”.
Ocorre que, com a devida vênia, tal julgamento é relativo ao mérito recursal e somente poderia ter sido analisado por esta C. Corte, sob pena de usurpação de competência da instância superior.
Com efeito, o juízo de admissibilidade realizado pelo Tribunal a quo deve limitar-se à análise dos requisitos formais do Recurso, quais sejam: comprovação de violação à lei federal, da divergência jurisprudencial, o cotejo analítico do assíduo jurisprudencial, a tempestividade do Recurso, o recolhimento de custas, o prequestionamento, dentre outros.
Ao adentrar ao mérito do Recurso, o E. Tribunal de Justiça extrapolou o âmbito do juízo de admissibilidade e impediu indevidamente o acesso da Agravante à Superior Instancia, em total desrespeito ao princípio constitucional da ampla defesa previsto no art 5º, inciso LV, da CF.
	Assim o Recurso Especial, com a devida vênia, jamais poderia ter seu segmento negado, sob alegação de que o v. acórdão “contem fundamentação adequada para lhe dar respaldo”.
	Por outro lado, a afirmação da r. decisão agravada de que não haveria restado “evidenciado qualquer maltrato a normas legais ou divergência jurisprudencial” , também, não merece prevalecer.
	A constituição Federal, em seu artigo 105, inciso III, prevê o cabimento do Recurso Espacial quando a decisão recorrida:
a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) Der a lei interpretação divergente da que lhe seja atribuído outro tribunal.
O Recurso Especial, ora em debate, teve cabimento pela alínea do permissivo constitucional, uma vez que o v. acordão de fls., ao rejeitar os Embargos de Declaração opostos pela ora agravante, violou os artigos 165, 458 e 535, inciso II, do CPC, bem como, ao entender que o contribuinte deve sujeitar-se às normas estaduais que disciplinam a matéria ora debatida, o v. acordão violou o artigo 10 da lei complementar nº 87/96.
Primeiramente frise-se que o v. acordão de fls. não se manifestou expressamente quanto a violação da isonomia, e também quanto ao verdadeiro objeto do mandamus, qual seja o respeito ao par 7º, do art 150, da CF e do artigo 10 da LC 87/96.
 Em razão da omissão, a agravante opôs Embargos de Declaração, a fim de viabilizar o indispensável prequestionamento autorizador do acesso a essa C. Corte.
Entretanto o Presidente do TJPE negou o seguimento do REsp sob o fundamento de que “nego o seguimento do REsp pois a Lei federal apenas prevê a desconstituição do ato administrativo combatido pela Ação Popular, não cabendo o pedido de devolução de dinheiro público pelos serviços prestados, estando correta a aplicação da lei federal”
Foi de forma equivocada de aplicação do art.11, da Lei da Ação Popular, que ensejou a interposição do Recurso Especial, vez que foi negado opedido de devolução dos valores recebidos indevidamente em razão da ilegal concessão do serviço de “Zona Azul” à Associação de Comerciantes de São Caetano, pelo Decreto nº 01/2019, sem a realização de licitação prévia, conforme mencionado abaixo:
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
II.II – DA TEMPESTIVIDADE
	É coerente mencionar que o presente agravo é tempestivo, conforme art. 229 e 1.003, par 5º do CPC/2015 conforme mencionado abaixo:
Nos termos dos arts. 2019 e 1.003, par. 5º do CPC, o prazo para interposição do agravo em recurso especial é de 15 dias úteis.
III – DO DIREITO
Da anulação do v. acórdão recorrido – violação aos artigos 165, 458 e 535, II do CPC. Conforme já relatado, o v. acórdão não se manifestou expressamente quanto à violação do princípio da isonomia, e também quanto ao verdadeiro objeto do mandamus, qual seja a respeito ao par 7º, do art 150, da CF e do artigo 10 da LC 87/96.
Em razão da omissão, a agravante opôs Embargos de Declaração, a fim de viabilizar o indispensável prequestionamento autorizador do acesso a essa C. Corte.
	No entanto, o E. Tribunal “a quo” REJEITOU OS Embargos de Declaração opostos pela agravante, sob argumento de que a agravante pretenderia infringir o julgado.
	Sob pena de negativa da prestação jurisdicional (por se recusar ao prequestionamento autorizador do acesso as instancias especial e extraordinária, quando a agravante se desincumbiu de todos os ônus que lhe competiam), deveria o E. Tribunal “a quo” declinar os motivos pelos quais entendia que esses preceitos legais e constitucionais não teriam sido violados.
	Não tendo assim precedido, incorreu em verdadeira negativa de prestação jurisdicional, violando frontalmente os artigos 165, 458 e 535, II do CPC, porque se recusou o E. Tribunal “ a quo “ a suprir omissão apontada no v. acórdão quando opostos os Embargos de Declaração. Nesse sentido, inclusive, é a jurisprudência desta E. Corte.
	Portanto, estando patente a violação aos dispositivos legais citados, requer-se a anulação do v. acórdão proferido no julgamento dos Embargos de Declaração pelo Tribunal “a quo”, para que outro julgamento seja efetuado, analisando-se os argumentos trazidos pela agravante.
	Caso assim não se entenda, a agravante passa a demonstrar as razões de méritos pelas quais o v. acórdão de fls. merece ser reformado.
	Primeiramente, cumpre destacar que a matéria em questão se encontra pendente de julgamento pelo E. Supremo Tribunal Federal, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº XXXXX/XX, cujos autos foram remetidos ao I. XXXXXXXXXXX, em XX/XX/XXXX, para o voto desempate.
Importante ressaltar que, diferentemente do que entendeu o v. acórdão recorrido, o que está em questão não é a sistemática da substituição tributária, mas sim que ela só poderá existir se for respeitado o disposto no art 10, da LC 87/96, que assegura ao contribuinte substituído a restituição dos valores recolhidos a maior pelo contribuinte substituto.
Conclui-se, portanto, que ao aplicar essa diretriz ao caso em tela, não se observa um mecanismo eficiente de restituição preferencial e imediata, pelo contrário, a Fazenda Estadual inviabiliza o direito a restituição no caso concreto através de expedientes internos, ato imoral e inaceitável, em direto confronto com a Lei Complementar 87/96.
IV – DO PEDIDO
Diante do exposto requer-se:
a) Seja recebido e conhecido o presente Agravo em Recurso Especial, a intimação dos agravados, a remessa dos autos ao Tribunal Superior de Justiça, a fim de reformar a decisão que inadmitiu o Recurso Especial com base no artigo 1.042, par 4º, CPC/15.
b) Requer-se a reforma do acórdão do TJ de Pernambuco.
c) Requer-se a condenação para que os réus sejam condenados à devolução dos valores indevidamente recebidos aos cofres municipais, em decorrência do serviço ilegalmente concedido a associação ré.
Nesses termos pede e espera deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/ XX XXXXXX

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