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Petição Inicial

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AO JUIZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO CAETANO/PE
 
 
 
 
 
LUIZ AUGUSTO, brasileiro, com título de eleitor sob o nº 123456 (título eleitoral anexo), comerciante, carteira de identidade n.° , CPF: , residente e domiciliado na cidade de São Caetano, estado de Pernambuco, na Avenida  , n.° , bairro , vem, por seu advogado, à presença de V. Ex.a, com base no artigo 5.°. Inciso LXXTII da Constituição de 1988 e na Lei Federal 4.717/65, propor a presente
 
AÇÃO POPULAR
 
em face do município de SÃO CAETANO-PE, pessoa jurídica de Direito Público interno, representado pelo prefeito municipal e que poderá ser citado na Praça das Flores, Centro; JACINTO JACARÉ , brasileiro, prefeito municipal do de SÃO CAETANO  , carteira de identidade n.° , CPF: , residente e domiciliado nesta cidade, na Rua _, n.° _, bairro _, pelos fundamentos seguintes:
 
 
1)        DOS FATOS
 
O autor, cidadão residente nessa cidade, tomou conhecimento de que o Prefeito Municipal de São Caetano transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, para uma associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral.
 
Após protocolar requerimento junto à repartição competente da prefeitura, o autor obteve cópia do referido instrumento (doc. anexo) e constatou que o mesmo foi firmado sem a realização de prévia licitação.
 
 
2) DO DIREITO
 
A ação popular é meio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos ilegais e lesivos ao patrimônio público, à moralidade pública e outros bens jurídicos indicados no texto constitucional.
 
No caso em apreço, os atos ora impugnados praticados pelo prefeito e pela associação de comerciantes locais (ACSC-PE) violaram uma série de dispositivos legais, bem como princípios norteadores da atividade administrativa.
Com efeito, conforme se verifica da prova documental anexada aos presentes autos, o contrato de prestação de serviços de cobrança de estacionamento foi firmado sem a realização de prévia licitação, violando, pois, o disposto nos artigos 37, inciso XXI da Constituição de 1988 e 2.° da Lei 8.666/93.
Além de ilegais, os atos praticados pelos réus são extremamente lesivos ao patrimônio público, bem como à moralidade pública. De fato. a promoção pessoal realizada pelo prefeito municipal está sendo paga com dinheiro público e os benefícios por ele auferidos importam em prejuízos ao restante da coletividade.
 
Além do prejuízo econômico, a moralidade pública encontra-se seriamente abalada, bem como o direito subjetivo dos cidadãos de São Caetano de possuírem um governo honesto.
 
Logo, comprovada a prática de atos ilegais e lesivos à coletividade de São Caetano, toma-se imprescindível a intervenção do Poder Judiciário para proceder a anulação desses atos e condenação dos responsáveis pelas perdas e danos sofridos pelo Município.
  
 
3) DO PEDIDO DE LIMINAR
 
A prova produzida junto com a petição inicial, bem como os argumentos nela contidos demonstram a plausibilidade do direito invocado, visto que a autoridade pública ré violou uma série de normas legais e princípios reguladores da administração.
 
Além disso, apesar de já ter ocorrido lesão ao patrimônio público pelo pagamento do valor do contrato, a cobrança desse estacionamento resultará em dano irreparável à moralidade pública.
 
Mister se faz, portanto, o deferimento de uma liminar, nos termos do artigo 5.°. §4.° da Lei 4.717/65, determinando-se que o Prefeito se abstenha suspender imediatamente o contrato firmado entre a associação de comerciantes locais (ACSC-PE) e a Prefeitura. 
 
 
4) CONCLUSÃO
 
Por todo o exposto, requer:
 
1) Seja deferida medida liminar ora requerida, determinando-se que o prefeito municipal de São Caetano se abstenha suspender imediatamente o contrato firmado entre a associação de comerciantes locais (ACSC-PE) e a Prefeitura. 
 
2) Seja ordenada a citação dos réus para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia;
 
3) A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do artigo 6.°, §4.° da Lei 4.717/65, para acompanhar todos os atos e termos da presente ação;
 
4) Sejam, ao final, julgados procedentes os pedidos formulados na petição inicial, decretando-se a nulidade do contrato administrativo de prestação de serviços de cobrança de estacionamento firmado entre o Município e a terceira ré e a condenação do prefeito e da empresa a ressarcir ao município todos os prejuízos advindos dos atos praticados;
5) A condenação dos responsáveis e beneficiários nas custas processuais e honorários advocatícios;
 
6) Para provar o alegado, requerer a produção de todos os meios de prova em Direito admitidas, principalmente a documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal dos réus, pena de confissão.
 
Dá-se à causa o valor de (..........).
Termos em que,
Pede deferimento.
 
São Caetano-PE, dia de mês de ano.
 
Advogado
OAB

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