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NEGÓCIOS JURÍDICOS SLIDE


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NEGÓCIOS JURÍDICOS
Prof. Dr. André Luiz dos Santos Nakamura
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 Negócio jurídico: ato lícito, com a finalidade de adquirir,
conservar, modificar ou extinguir direitos, onde as partes
escolhem as normas que irão reger uma determinada
relação jurídica
 Finalidade negocial do ato que o distingue do ato jurídico
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 AQUISIÇÃO DE DIREITO
 Aquisição originária
 Aquisição derivada
 Aquisição gratuita
 Aquisição onerosa
 Aquisição a título singular
 Aquisição a título universal
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 AQUISIÇÃO DE DIREITOS
 Direito adquirido – já incorporado ao patrimônio jurídico do seu 
titular
 Direito futuro – ainda não se constituiu: 
- i) deferido: depende apenas do arbítrio do adquirente – ex: registro 
da escritura de compra e venda; 
- ii) não deferido: depende de um fato incerto: ex: compra da safra 
futura
 Expectativa de direito: o direito se forma a partir do cumprimento 
de determinado requisito previsto em lei que se forma 
gradativamente
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 AQUISIÇÃO DE DIREITOS
 Direito eventual: depende da existência de um 
acontecimento para ser exercido. 
- Ex: Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao 
comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que 
aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use 
de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.
 Direito condicional: sujeito à ocorrência de evento futuro e 
incerto – ex: doação de imóvel para o filho de determinado 
casal
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 CONSERVAÇÃO DE DIREITOS
 Medidas: i) preventivas; i) repressivas
 Medidas preventivas: i) extrajudiciais; ii) judiciais
 Medidas repressivas: em regra, apenas judiciais, tendo em
vista a vedação da autotutela
 Autotutela privada: exceção
 Previsão de autotutela: i) legítima defesa e exercício regular
de direito (art. 188, I e II); ii) desforço imediato (art. 1.210, §
1º).
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 MODIFICAÇÃO DE DIREITOS
 Mutação: i) objetiva; ii) subjetiva
 Mutação objetiva: i) qualitativa; ii) quantitativa
 Modificação subjetiva: i) inter vivos; ii) causa mortis
 Direitos personalíssimos não admitem modificação subjetiva
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 EXTINÇÃO DE DIREITOS
 Ato previsto em lei que ocasiona o fim de uma relação
jurídica
 Ex: prescrição, decadência, abandono, renúncia,
desapropriação
 Perda do direito: o direito se destaca de um titular e passa a
subsistir com outro sujeito
 Extinção do direito: o direito desaparece e não pode ser
exercido por mais ninguém
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 CLASSIFICAÇÃO
 Unilaterais: uma única manifestação de vontade
 Unilaterais receptícios: necessário que o destinatário da
manifestação dela tome conhecimento para que possa
produzir efeitos. Ex: denúncia de um contrato
 unilaterais não receptícios: não depende da ciência do
destinatário para que os efeitos da declaração se iniciem. Ex:
testamento
 Bilaterais: manifestação de duas partes da relação jurídica
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 CLASSIFICAÇÃO
 Bilaterais simples ou gratuitos: apenas uma das partes aufere
vantagens
 Bilaterais sinalagmáticos ou onerosos: ambas as partes têm
ônus e bônus equivalentes.
 Parte: não é sinônimo da quantidade de pessoas. Um
contrato de compra e venda com 4 vendedores e 3
compradores tem apenas duas partes
 Plurilaterais: mais de duas partes e as manifestações não
precisam ser ne mesma direção e a vontade será apurada
pela maioria. Ex: deliberações de sócios
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 CLASSIFICAÇÃO
 Comutativos: prestações certas e determinadas
 Aleatório: depende de fato futuro e incerto para que se
realizem
- Contrato de seguro: comutativo para o contratante e
aleatório para o segurador
 Neutros: tratam de mera destinação de bens, sem que exista
uma vantagem imediata do ato. Ex: instituição de bem de
família
 Bifrontes: podem ser onerosos ou gratuitos, a depender da
vontade das partes. Ex: depósito, mandato
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 CLASSIFICAÇÃO
 Inter vivos: destinam-se a produzir efeitos imediatos,
enquanto as partes estão vivas
 Mortis causa: destinam-se a produzir efeitos somente após a
morte da parte. Ex: testamento
- seguro de vida: negócio inter vivos
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 CLASSIFICAÇÃO
 Principais: tem existência própria
 acessórios: dependem da existência de um negócio jurídico
principal. Ex: fiança
 O acessório segue a sorte do principal
 Negócios derivados ou subcontratos: têm por objeto direitos
estabelecidos em outro contrato
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 CLASSIFICAÇÃO
 Solenes: devem atender a determinada forma prescrita em
lei
 Solene ad solemnitatem ou ad substantiam: a forma é a
própria substância do ato: ex: art. 108 do CC
 Solene ad probationem tantum: o resultado do negócio
pode ser obtido de outra forma que não a estabelecida em
lei. Ex: Art. 1.536.
 Regra: não solenidade dos negócios jurídicos – art. 107.
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 CLASSIFICAÇÃO
 Simples: se constituem por ato único
 Complexos: fusão de vários atos, cada qual sem eficácia
independente
 Complexidade objetiva: vários atos praticados pelo mesmo
sujeito
 Complexidade subjetiva: vários atos praticados por sujeitos
diferentes
 Negócio: compõe-se de vários negócios, independentes,
porém direcionados para uma mesma finalidade. Ex: posto
de gasolina – aluguel de bombas, comodato da área do
restaurante, fornecimento de combustíveis
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 CLASSIFICAÇÃO
 Dispositivos: transferem a propriedade de determinado bem
 Obrigacionais: geram o dever de transferir a propriedade
 Fiduciário (latim: fidúcia = confiança, garantia): o bem é
transferido para que outra finalidade seja cumprida. Ex:
alienação fiduciária em garantia
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 INTERPRETAÇÃO
 Negócio jurídico e vontade das partes
 Interpretar: buscar o sentido e alcance do negócio jurídico
 Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à
intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da
linguagem.
 Teoria da vontade
 Teoria da declaração
 Adoção da teoria da declaração, mas com temperamentos
da teoria da vontade
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 INTERPRETAÇÃO
 Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados 
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
 A melhor maneira de interpretar a intenção dos contratantes 
é verificar a forma como vinham cumprindo o negócio 
jurídico
 Deve-se interpretar da maneira menos onerosa ao devedor
 As cláusulas devem ser interpretadas no conjunto do 
negócio jurídico e não isoladamente
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 INTERPRETAÇÃO
 Qualquer obscuridade deve ser interpretada contra quem 
redigiu a cláusula (podia ser claro, mas não o foi)
 Se a cláusula tiver dois significados, deve-se dar preferência 
ao que for exequível
 § 2º do art. 113 As partes poderão livremente pactuar regras 
de interpretação, de preenchimento de lacunas e de 
integração dos negócios jurídicos diversas daquelas previstas 
em lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia 
interpretam-se estritamente. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7
NEGÓCIOS JURÍDICOS ELEMENTOS
 Elementos essenciais: indispensáveis à existência do ato
 Elementos naturais: consequência ou efeitos que decorrem
da própria natureza do negócio
 Elementos acidentais: estipulações acessórias que as partes
podem facultativamente adicionar ao negócio jurídico
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 ESCADA PONTEANA (PONTES DE MIRANDA) – existência →
validade → eficácia
 Existência: se faltar um elemento de existência, temos um
nada jurídico. Ex: contrato assinado por um macaco
(inexistência de agente)
 Validade: se faltar um requisito, o ato tem um defeito que o
torna nulo ou anulável. Ex: contrato assinado por uma pessoa
incapaz (menor que 16 anos)
 Eficácia: capacidade de gerar efeitos. Ex: não vencimento
do prazo para pagamento da dívida
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 REQUISITOS DE EXISTÊNCIA
 Manifestação de vontade
 Finalidade negocial
 Idoneidade do objeto
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 DECLARAÇÃO DE VONTADE
 A vontade deve ser manifestada
 Manifestação expressa
 Manifestação tácita: revelada pelo comportamento do
agente. Ex: art. 1.805
 Manifestação presumida: não declarada, mas a lei a
presume, em certas circunstâncias. Ex: art. 539
 Tácita- decorre dos atos do agente
 Presumida: decorre de expressa previsão legal
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 DECLARAÇÃO DE VONTADE
 Silêncio: Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as 
circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária 
a declaração de vontade expressa. 
 Não se aplica ao direito o provérbio: quem cala consente
 Hipótese de silêncio qualificado pela vontade das partes: 
- Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume
a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado,
reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a
recusa.
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 DECLARAÇÃO DE VONTADE
 Reserva mental: Art. 110. A manifestação de vontade subsiste
ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não
querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha
conhecimento.
 Se a reserva era desconhecida pela outra parte, é
irrelevante
 Se era conhecida da outra parte, não há manifestação de
vontade e o negócio jurídico é inexistente
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 FINALIDADE NEGOCIAL
 Propósito de adquirir, modificar ou extinguir direitos
 Vontade qualificada – escolha da categoria jurídica a que
vai se submeter o negócio jurídico
 IDONEIDADE DO OBJETO
 Objeto compatível com a natureza do negócio jurídico
 Ex: para o mútuo, exige-se um bem móvel fungível
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 REQUISITOS DE VALIDADE
 Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
- I - agente capaz;
- II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
- III - forma prescrita ou não defesa em lei.
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 AGENTE CAPAZ
 Capacidade de direito
 Capacidade de fato
 Absolutamente incapazes – art. 3º - menores de 16 anos –
negócio jurídico nulo
 Relativamente incapazes – art. 4º - a) os maiores de dezesseis
e menores de dezoito anos; b) os ébrios habituais e os
viciados em tóxico; c) aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade; d) os
pródigos.
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 AGENTE CAPAZ
 Incapazes podem celebrar negócios jurídicos, desde que
representados (absolutamente incapaz) ou assistidos
 Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não
pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem
aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso,
for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 OBJETO
 Objeto imediato: conduta humana de fazer, não fazer ou 
dar
 Objeto mediato: bens sobre os quais incide a relação jurídica
 Objeto ilícito: contrário à lei, moral ou bons costumes
 Objeto possível
 Impossibilidade física: i) absoluta; ii) relativa
 Impossibilidade jurídica
 Objeto deve ser determinado ou determinável
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NEGÓCIOS JURÍDICOS
 FORMA
 Meio de revelação da vontade
 Regra no Direito Brasileiro: forma livre – art. 107.
 Forma especial ou solene – exigida como requisito de
validade de determinados negócios jurídicos – ex: art. 108
 Forma múltipla – a lei estabelece ais de uma forma para a
pratica do ato. Ex: art. 1.609
 Forma contratual: pactuada pelas partes. Ex: art. 109.
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