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ARTE E MUSICALIZAÇÃO APLICADAS À EDUCAÇÃO
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e para outros momentos em que necessi- tarmos retomar e revisar a nossa conduta em sala de aula ou na coordenação. Caro(a) aluno(a), desejo uma ótima corrida pelo universo do conhecimento, que este livro contribua para sua formação de forma significativa na sua prática como pedago- go(a). Bons estudos! Professor Me. João Carlos. APRESENTAÇÃO ARTE E MUSICALIZAÇÃO APLICADAS À EDUCAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I ARTE: O QUE É? 15 Introdução 16 Definindo o que é arte 20 Arte Versus Arte 23 Arte na Escola e o Plano Curricular Nacional 28 A Historiografia do Ensino de Arte na Escola Brasileira 32 Considerações Finais 39 Referências 41 Gabarito UNIDADE II ARTE: UM PANORAMA HISTÓRICO 45 Introdução 46 Arte na Pré-História 48 Arte Egípicia 51 Arte Grega 56 Arte Romana, Bizantina e Gótica 60 Arte do Oriente 61 Arte e Inovação 64 Arte Barroca 66 Arte no Brasil SUMÁRIO 10 76 Considerações Finais 83 Referências 84 Gabarito UNIDADE III MUSICALIZAÇÃO: UM PANORAMA HISTÓRICO 87 Introdução 88 Música e o Ser Humano 89 Música na Pré-História 92 Música no Oriente 99 Música no Brasil 109 Cantigas e Brincadeiras de Roda 112 Considerações Finais 119 Referências 120 Gabarito UNIDADE IV METODOLOGIA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA DE ARTE 123 Introdução 124 Ensino de Arte na Escola 126 Metodologia SUMÁRIO 11 129 Planejamento da Aula de Arte 132 Avaliação 134 Arte e Fruição na Escola 137 Considerações Finais 144 Referências 145 Gabarito UNIDADE V PROPOSTAS DE ENSINO DE ARTE NA PRÁTICA 149 Introdução 150 Concepção de Ensino de Arte 152 Artes Visuais 156 Teatro 161 Música 166 Dança 169 Considerações Finais 177 Referências 178 Gabarito 179 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professor Me. João Carlos Dias Furtado ARTE: O QUE É? Objetivos de Aprendizagem ■ Conceituar arte. ■ Refletir sobre as produções artísticas. ■ Entender a importância da arte para o plano escolar. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Definindo o que é arte ■ Arte versus Arte ■ Arte na escola e o Plano Curricular Nacional ■ A historiografia do ensino de Arte na escola brasileira INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), iniciamos a nossa jornada rumo ao universo do conhecimento refletindo um pouco sobre o nosso cotidiano e o senso comum, pois o nosso dia a dia é repleto de acontecimentos e fatos corriqueiros que nem sempre damos a atenção necessária. Vamos pensar nos momentos em que ligamos a televisão e ouvimos notícias como “nova exposição de Arte Moderna chega ao Brasil”, “os brasileiros são mes- tres na Arte de sobreviver às crises”. Desliga a TV, liga o rádio e ouve propagandas “desenvolva sua Arte no atelier X”, “seja um verdadeiro Artista da gastronomia”, “faça o verdadeiro curso de culinária”. Depois, abre o notebook em um site qual- quer e vê a propaganda de uma montadora de carro que diz “carro X é uma Arte contemporânea, compre e viva essa nova tendência”. Nesse mesmo momento, seu filho passa fazendo aquela bagunça, e você logo diz “filho, que Arte é essa? Pare logo com essa bagunça!”. Veja como usamos a palavra ARTE em diversos contextos comunicativos e com os mais variados sentidos. Toda essa possibilidade que a língua nos permite faz com que, muitas vezes, deixemos de lado um aprofundamento dos conceitos e significados que as palavras e expressões têm. Evidentemente isso não ocorre só com a palavra ARTE, mas com muitas palavras e sua polissemia, porém, para nós, estudantes da disciplina Arte e Musicalização aplicadas à Educação, é neces- sário adentrarmos em uma discussão mais profunda sobre o conceito, função, aplicabilidade e importância na escola da Arte. O objetivo desta primeira unidade é que você entenda o conceito de arte e suas diferentes manifestações, refletindo sobre a pluralidade e importância da arte na escola, na formação do aluno e como foi trabalhada ao longo dos anos no sistema educacional brasileiro. Por isso, caro(a) aluno(a), aperte o cinto, acomode-se bem em seu assento e vamos acelerar nesta estrada do conhecimento e neste universo artístico para explorar suas particularidades fundamentais e utilizar o conceito da palavra Arte adequadamente nos contextos em que ela aparece, especialmente no âmbito escolar. Bons estudos! Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 © sh ut te rs to ck ARTE: O QUE É? Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 DEFININDO O QUE É ARTE Definir Arte não é uma tarefa fácil, ou melhor: não há uma resposta que satis- faça todas as nuances que a Arte possibilita. Por isso, a nossa primeira intenção é verificar como ela foi entendida e como é possível trazer uma definição para a escola, pensando na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Princípios filosóficos, estéticos e estruturais foram apresentados nos últimos cinco séculos para abarcar uma definição completa, todavia nenhuma conse- guiu alcançar esse objetivo. Muitos teóricos e artistas, como Weitz, Carroll, Danto, Dickie, Levinson, no fim do século passado, postularam suas ideias sobre Arte, no entanto, com uma visão funcionalista. Davies (1991) propôs uma abordagem baseada em dois parâmetros: funcional e procedimental. De acordo com o autor, a Arte tem um caráter funcional, ou seja, a Arte tem uma função de satisfazer ou executar algo, uma capacidade cognitiva, sensorial, definição real; e o caráter procedimental é Definindo o que é arte Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 o que permite identificar o objeto como arte, valores adquiridos que têm o esta- tuto de arte, definição semântica. Evidentemente essa visão não consegue atender a todas as necessidades do universo artístico, mesmo estendendo as definições no campo estético, institu- cional e histórico. Pois é difícil conseguir teorizar todas as produções artísticas realizadas e as que ainda serão feitas, porque a distinção entre identificar o que é arte e a natureza da arte são coisas diferentes. Afirmar que a arte é de caráter nominal indica uma concepção procedimen- tal, e definir a natureza da arte é buscar a realidade artística, caráter funcional, segundo o conceito de Davies (1991). Como classificar uma obra clássica do Império Romano e utilizar os mes- mos critérios de avaliação para uma arte pertencente às Vanguardas Europeias do início do século XX. Isso é possível? Será possível utilizar os mesmos crité- rios para uma obra barroca de Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho e uma obra modernista de Tarsila do Amaral? Olhe o quadro do pintor renascentista italiano Leonardo da Vinci “Madona do Cravo”: Figura 1 - Madona do Cravo ARTE: O QUE É? Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 E a pintura impressionista do pintor holandês Vincent Van Gogh “Woman Winding Yarn”: Figura 2 - Woman Winding Yarn Fonte: Van Gogh (1985)3. As propostas, as técnicas e os conceitos artísticos são diferentes, todavia isso não quer dizer que um retrato é uma obra de arte e o outro não. Evidencia-se, com isso, que o conceito de arte está ligado a um contexto social, histórico e esté- tico, assim, para a escola, há uma necessidade de entendermos a arte como uma forma de expressão artística humana que traduz um gosto, uma tendência, uma técnica que envolve um comportamento e/ou uma prática cultural. Em todas as suas formas de desenvolvimento, na dignidade e na comi- cidade, na persuasão e na exageração, na significação e no absurdo, na fantasia e na realidade, a arte tem sempre um pouco a ver com a magia (FISCHER, 1981, p. 20). Definindo o que é