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CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO/ UNISEB CURSO DE SERVIÇO SOCIAL CENTRO ESPÍRITA AMOR E CARIDADE CEAC FASE DE ESTÁGIO I ALUNA: CLEONICE DA SILVA ORIENTADORA DE CAMPO: MARIA VAGNA DOS SANTOS OLIVEIRA CRESS:45 852 ORIENTADORA ACADÊMICA: MARIA APARECIDA FERREIRA CRESS: 31 650 BAURU- SP 2016 OBJETIVOS Relatório referente à Fase I de Estágio Supervisionado em Serviço Social tem por objetivo observar as atividades desenvolvidas e as técnicas operativas utilizadas pelo Assistente Social demonstrando a teoria e a prática por ações que visa a entender a realidade dos usuários. A matéria de Estágio é de grande valia para o graduando pois é o momento onde são estudados e conhecidos a prática da profissão, visto que é um momento de observação da atuação do profissional com a Política Social, seus usuários e suas demandas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Programa de Inclusão Produtiva 1ª Fase – Preparação para o Trabalho e Renda faz parte da rede de programas de capacitação profissional que buscam incluir cidadãos no mundo do trabalho.Tem como objetivo principal o acesso da população em especial a de extrema situação de vulnerabilidade social com os seguintes objetivos: · Proporcionar aos usuários a autonomia para sobreviver com dignidade · Capacitar os usuários em diferentes áreas, contribuindo para o acesso ao emprego, renda e auto-sustentação · Conceder auxílio (material de consumo e/ou equipamento) para o início da produção para contribuir com o trabalho e a geração de renda · Promover a gestão da produção,visando o acesso ao mundo do trabalho A política de geração de trabalho e renda para pessoas de baixa renda apresenta limites claros portanto não possui por si só capacidade de enfrentar a pobreza. Ela deve ser vista como uma alternativa necessária e não como uma estratégia de desenvolvimento econômico de trabalho e renda é um dos elementos componentes de uma política ampla de trabalho. Pessoas de baixa renda não se apresentam apenas como pessoas que estão nos níveis mais baixos da pirâmide de distribuição de renda, mas também como pessoas que apresentam desvantagens e vulnerabilidades que normalmente acompanham a situação de renda baixa, como: ter baixa escolaridade, ter problemas psicológicos relevantes, ser mãe solteira, estar sujeito à discriminação racial ou de gênero, ter dificuldades de acesso aos serviços públicos, etc Esta primeira fase do programa é desenvolvida pela rede sócio assistencial do município e é prioritário a população beneficiária dos programas de transferência de renda, encaminhada pelo CRAS – Centro de Referência da Assistência Social. São realizados os cursos de Elétrica Básica e Manicure com aulas teóricas e práticas proporcionando diferentes ações e vivências, percebendo e descobrindo suas habilidades, potencialidades e interesses a socialização e a convivência comunitária.São contemplados nesses cursos cerca de 80 usuários com idades entre 16 e 60 anos com rendimentos insuficiente tendo a necessidade de complementação de renda. O projeto Preparação para o Trabalho e Renda além dessa 1ª fase, Programa de Inclusão Produtiva possui outras duas fases que são: Gestão da Produção e Auxilio Produção que serão vivenciadas e descritas em outras fases de estágio do acadêmico. CARACTERIZAÇÃO O CEAC - Centro Espírita Amor e Caridade Projeto Crianças em Ação é uma associação civil sem fins lucrativos, seus serviços são direcionados ao atendimento, orientação e assistência à maternidade, infância, adolescência, e a família, visando principalmente a promoção da pessoa humana através de um núcleo destinado à sua formação profissional e integração na sociedade, sem distinção de sexo, raça, cor, credo político, religioso e de nacionalidade. Possui um Termo de Colaboração com a Secretaria do Bem Estar Social da Prefeitura Municipal de Bauru.São encaminhados pelo CRAS – Centro de Assis-tência Social e CREAS – Centro Especializado de Assistência Social. O CEAC Crianças em Ação esta situado na Rua Padre Donizete Tavares de Lima nº3-31 Jd. Ferraz há vinte e sete anos, localização de fácil acesso para seus usuários. Atualmente conta com capacidade de atendimento à 140 crianças do Programa Crianças em Ação e atendimento à 80 adultos do programa de Inclusão Produtiva. Sua infraestrutura possui 12 salas para desenvolver atendimento individual e geral como;sala para aula de informática,artesanato,06 painéis para aulas de eletricista instalador, 01 almoxarifado, 01 sala para bazar de roupas e outros objetos,09 banheiros,refeitório com 10 mesas e 20 bancos, cozinha, dispensa e outras. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ASSSISTENTE SOCIAL NA ENTIDADE ASSISTENCIAL CEAC PROJETO CRIANÇAS EM AÇÃO - PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO E RENDA Realizou – se acolhimento e análise social. Realizou – se entrega de vale transporte a usuários que necessitam de transporte público para se deslocarem e realizar o curso. Realizou- se visita social. Realizou – se cotação de preços de produtos para a implantação de uma biblioteca na entidade. Realizou – se aplicação de módulos com o temas: - Empregabilidade x Economia Doméstica - Humanização x Economia Doméstica - Informações e Incentivos a Formalização do Empreendimento - Associativismo x Cooperativismo - Políticas Públicas x Participação - Noções sobre Economia Solidaria REFERÊNCIAS - Lei nº 8662 de 07 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social - LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social Lei nº8742 de 7 de Dezembro De 1993 - Lei 1178 de 25 de Setembro de 2008 Estágio do Estudante - Resolução 533 CFESS Conselho Federal de Serviços - Código de Ética do Assistente Social Lei 866/1993 - Tipificação Nacional da Assistência Social Resolução CNAS Nº13, De 13 de Maio de 2014 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO/UNISEB CURSO DE SERVIÇO SOCIAL CENTRO ESPÍRITA AMOR E CARIDADE CEAC FASE DE ESTÁGIO II ALUNA: CLEONICE DA SILVA ORIENTADORA DE CAMPO: MARIA VAGNA DOS SANTOS OLIVEEIRA CRESS: 45 852 ORIENTADORA ACADÊMICO: MARIA APARECIDA FERREIRA CRESS: 31 650 BAURU – SP 2016 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO 1.1 – SUAS ......................................................................................................... 1.2 – CNAS ........................................................................................................ 1.3 - ACESSUAS/TRABALHO .................................................... ................... 2– DESENVOLVIMENTO 2.1- PROGRAMA DE INCLUSÃO PRODUTIVA...................................... . . 2.2 – 2ª FASE – GESTÃO DA PRODUÇÃO ................................................... 2.3 – RESULTADOS ESPERADOS ............................................................... 2.4 – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS .............................. 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 1- INTRODUÇÃO 1.1 – SUAS : O Sistema Único de Assistência Social; Modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar as ações de assistência social. A assistência social é parte do Sistema de Seguridade Social, apresentado pela Constituição Federal de 1988. O SUAS é responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e está previsto e regulamentado na Lei Federal nº 8.742 de Dezembro de 1993, a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). O Suas tem como eixos estruturantes a matricialidade sócio-familiar; descentralização político-administrativa e territorialização estabelecendo novas bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil;monitoramento e a avaliação das política de recursos humanos próprio. Estabelecendo ainda a organização da assistência em dois níveis de proteção; proteção social básica e proteção social especial de média e alta complexidade. 1.2 – CNAS: Conselho Nacional de Assistência Social – foi instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei 8742, de 07 de dezembro de 1993), como órgão superior de deliberação colegiada, vinculado a Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social. No âmbito da União, é o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) que está à frente do processo de viabilização do controle social do Sistema Único de Assistência Social, tendo como principais competências aprovar a política pública de assistência social, normatizar e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada, zelar pela efetivação do SUAS, apreciar e aprovar propostas orçamentárias, entre outras. Já o Distrito Federal, os Estados e os Municípios instituíram seus próprios conselhos, leis, políticas e ações de Assistência Social, almejando efetivamente articular o controle social pleno sobre a gestão da assistência social brasileira, em seu modelo descentralizado e participativo, consolidado no SUAS. 1.3 ACESSUAS/TRABALHO: Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho tem por finalidade promover o acesso dos usuários da Assistência Social ao mundo do trabalho. A iniciativa se consolida um conjunto de ações e articulações de políticas públicas de trabalho, emprego, renda, mobilização e encaminhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade e/ou risco social para o acesso à oportunidades às políticas para trabalho e emprego. Instituído pelo Conselho Nacional de Assistência Social/CNAS (Resolução nº 18 de 24 de maio de 2012). Programa é implementado em parceria com as Secretarias de Assistência Social dos Municípios e as mesmas se responsabilizam pela mobilização, encaminhamento e acompanhamento dos usuários em situação de vulnerabilidade ou risco social. Para ações de inclusão produtiva o programa conta com apoio das Secretarias Estaduais de Assistência Social estas auxiliam tecnicamente na oferta de políticas de inclusão no mundo do trabalho, direcionadas aos usuários da Assistência Social. O acesso ao mundo do trabalho não é responsabilidade exclusiva da Assistência Social. É o resultado de uma intervenção intersetorial da articulação de políticas comprometidas com a qualificação técnico-profissional, a intermediação pública de mão de obra, a economia solidária o micro crédito produtivo e orientado, o acesso a direitos sociais entre outras. O acesso a esses serviços incluem educação, saúde, assistência social, garantia de renda;inclusão produtiva. Esse último tem como finalidade propiciar o acesso da população em extrema pobreza a oportunidades de ocupação e renda e apresentar estratégias diferenciadas para o meio urbano e o rural. O ACESSUAS/TRABALHO integra especificamente na sua vertente urbana e representa uma das principais estratégias para melhorar a inserção dos usuários da Assistência Social no mundo do trabalho. 2 - DESENVOLVIMENTO 2.1- Programa de Inclusão Produtiva CEAC; A atuação da sociedade na Política de Assistente Social ocorre por meio das organizações e entidades de assistência social sem fins lucrativos, que desenvolvem, de forma permanente, continuada e planejada as atividades de atendimento, assessoramento e defesa e garantia de direitos.As entidades privadas de assistência social são parceiras estratégicas e corresponsáveis na luta pela garantia de direitos sociais (PNAS, 2004). IMPORTANTE; Ações pontuais, de caráter exclusivamente caritativo e/ou religioso, com atendimentos esporádicos e não continuados, como o auxílio a famílias carentes por meio de arrecadação de doações (cestas básicas, refeições, vestuários, material de construção, móveis, entre outros) e sua distribuição, não se caracterizam como entidades de assistência social, uma vez que a prestação desses serviços não é realizada de forma permanente e planejada, nos termos da Política de Assistência Social. O Programa de Inclusão Produtiva 2ª fase; Gestão e Produção tem como foco proporcionar aos usuários a autonomia para sobreviver com dignidade sustentável por meio de competências técnicas humanas e gerenciais e são realizado através de cursos, palestras motivacional que proporcionam capacitação aos participantes em diferentes áreas, contribuindo para o acesso ao emprego e autossustentação. Com objetivo de desenvolver e formar indivíduos com capacidade de analisar, planejar, organizar e construir processos administrativos com foco na gestão de produção. 2.2 – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS: Realizou-se atendimento com entrega de vale transporte a usuários que necessitam se locomover até a instituição e facilitar seu acesso. Realizou-se curso online de Empreendedorismo com a finalidade de despertar nas usuárias um constante aprendizado identificando e buscando soluções para que seu negócio seja lucrativo e satisfatório. Realizou-se acolhimento preenchendo ficha de matrícula e questionário para a inserção do usuário nos cursos oferecidos pela instituição. Realizou-se aplicação de módulos com assuntos distintos e relacionados à geração de renda como: - Informações e incentivo à participação na 2ª fase – Gestão da Produção - Informações e incentivo à formalização do empreendimento - Noções sobre Economia Solidária, Associativismo X Cooperativismo - Introdução sobre Trabalho X Desemprego 3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Como política pública, a geração de trabalho e renda é parte de um conjunto maior denominado de Política de Trabalho (ações públicas que afetam o mercado de trabalho). A geração de trabalho e renda é um tipo componente da política de trabalho, já que atua aumentando a demanda de trabalho, elevando o nível de ocupação. Ela pode também melhorar a qualidade da oferta de trabalho, ao permitir que os trabalhadores desenvolvam capacidades laborais durante sua experiência no empreendimento produtivo. As pessoas beneficiárias de projetos de geração de trabalho e renda, baseados ou não em trabalho cooperado, devem ser consideradas auto empregadas (ou auto-ocupadas). Nessa situação estão os pequenos empregadores e os trabalhadores por conta própria, além dos membros de cooperativas e outros pequenos produtores que trabalham de forma associada. O auto emprego ou a auto ocupação é uma situação na qual o trabalhador fornece a si próprio seu equipamento, participa diretamente da atividade produtiva, sua renda não é previamente definida, seu objetivo primordial é prover seu próprio trabalho (meio de subsistência) e não valorizar seu capital (acumulação de capital). É uma forma de produzir não tipicamente capitalista (não está baseada no assalariamento e na taxa de lucro). É uma situação de trabalho na qual o trabalhador independente controla seu processo de trabalho. Pamplona (2001). A política de geração de trabalho e renda para pessoas de baixa renda apresenta limites claros, portanto, não possui, por si só, capacidade de enfrentar a pobreza. Ela deve ser vista como uma alternativa necessáriae não como uma estratégia de desenvolvimento econômico. Pessoas de baixa renda não se apresentam só como pessoas que estão nos níveis mais baixos da pirâmide de distribuição de renda, mas também como pessoas que apresentam baixa escolaridade, problemas psicológicos relevantes, mãe solteira, estar sujeito à discriminação racial ou de gênero, ter dificuldades de acesso aos serviços públicos. Quando os projetos fazem parte de programas estruturados que consideram as particularidades do seu segmento social, às diretrizes e estratégias de um mesmo programa tende a gerar ganhos de eficiência, minimizando o desafio que é gerar trabalho e renda na dimensão que o Brasil necessita. 4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIA SUAS :http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_sistema# ACESSUAS/TRABALHO:http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Acessuas.pdf CNAS:http://www.emater.tche.br/site/social/arquivos/controle/Orienta%C3%A7%C3%A3o%20Acerca%20dos%20Conselhos.pdf CNAS: http://www.mds.gov.br/cnas GUIA DE GERAÇÃO TRABALHO E RENDA: http://www.sesc.com.br/mesabrasil/doc/Guia-de-A%C3%A7%C3%B5es.pdf