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A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO COMBATENDO O FRACASSO ESCOLAR

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A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO 
COMBATENDO O FRACASSO ESCOLAR 
 
 
Aline Gomes Guimaraes dos Santos 1 
Clério Cezar Batista Sena2 
 
 
RESUMO 
E este estudo tem o objetivo de analisar a contribuição da neurociência para a melhoria do 
insucesso escolar. Para alcançar os propósitos do presente estudo, foram destacados os 
seguintes objetivos específicos: Identificar a influência e a contribuição das Neurociências 
tanto na formação como na prática do neuropsicopedagogo. Investigar o embasamento 
teórico-prático que o neuropsicopedagogo utiliza para o combate no fracasso escolar. Pata 
isso foi realizado uma revisão de literatura, obedecendo à natureza da pesquisa qualitativa de 
cunho exploratório. A referida pesquisa teve como fundamentação teórica os seguintes 
autores: Rita Russo (2018), Mojen (1999), Lima (2002), Gomez Terán (2010) Mantovanini 
(2001), Bossa (2002), Cordié (1996), Melchior (2004), Beauclair (2014), dentre outros. Os 
resultados da pesquisa mostram que o fracasso escolar apresenta inúmeros fatores que 
influenciam de forma insatisfatória na aprendizagem. Este referencial nos mostra a 
importância de uma relação harmoniosa entre escola, família, alunos, neuropsicopedagogo e 
o sistema educacional para superar os obstáculos na vivência escolar. 
 
Palavras-Chaves: Neurociências. Neuroaprendizes. Aprendizagem. Fracasso Escolar. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho busca compreender a trajetória dos alunos frente ao fracasso escolar e os 
motivos que contribuíram para a formação dos mesmos frente as inquietações vividas na 
infância e adolescência destes estudantes atrelando a formação da neuropsicopedagogia 
institucional. 
Na trajetória escolar sempre se fez presente alunos com dificuldades escolares, muitas 
das vezes considerados como crianças problemáticas pois não se adequam ao currículo, não 
 
1 Especialista em Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Especial e Inclusiva. Faculdade CENSUPEG. 
E-mail: 
2 MESTRE EM EDUCAÇÃO: Psicologia da Educação, PUC-SP / Neuropsicopedagogia e Educação Especial 
Inclusiva / Neuropsicopedagogia Clínica - CENSUPEG / MBA: Gestão Empreendedora Educação, UFF/SESI / 
Especialista em Gestão da Escola – FE/USP / Psicopedagogo Institucional e Clinico / Especialista em Educação 
Infantil e Pedagogo. E-mail: cezar.sena@hotmail.com 
mailto:cezar.sena@hotmail.com
2 
 
prestam atenção nas aulas, ou são totalmente indisciplinados. As expressões proferidas pelos 
professores são por exemplo: Você não aprende nada, porque vem a escola, ou, vocês não 
querem nada com a vida? 
Fica evidente o atraso dos alunos em relação aos conteúdos ministrados e as dificuldades 
na convivência escolar. Por isso, a partir dessa realidade, é que surgiu a proposta de se investigar 
a seguinte problemática: de que forma as Neurociências pode contribuir ou interferir na 
formação e no exercício da prática neuropsicopedagógica, ou seja, de que forma as 
Neurociências pode influenciar no desempenho efetivo do neuropsicopedagogo ao lidar com os 
obstáculos e desafios enfrentados pelos alunos durante o processo de aprendizagem e, em 
especial, os provenientes de uma trajetória marcada pelo insucesso escolar. 
Compreender os motivos que levam a não aprendizagem é o primeiro passo. No entanto 
há um consenso, que um dos motivos do fracasso escolar é provocado pelos transtornos ou 
distúrbios de aprendizagem. 
 
Um transtorno neurobiológico pelo qual o cérebro humano funciona ou é estruturado 
de maneira diferente que interferem na capacidade de pensar e recordar. Os 
transtornos de aprendizagem podem afetar a habilidade da pessoa para falar, escutar, 
ler, escrever, soletrar, raciocinar, recordar, organizar a informação ou aprender 
matemática (GOMEZ, TERÁN, 2010, p.93). 
 
Segundo Moojen (1999), os problemas na aprendizagem podem ser divididos em duas 
categorias: os transtornos específicos na aprendizagem (decorrentes de problemas 
neurofuncionais) e as dificuldades escolares, que podem ser secundárias a outras patológicas 
clínicas (transtorno bipolar, entre outros) e a problemas ambientais e de método de ensino. 
Sabe-se que a escola precisa refletir sobre suas práticas, porque pode estigmatizar as 
crianças, prejudicando sua autoestima e dificultando, com isso, seu envolvimento com as 
situações de aprendizagem. Pois o Fracasso escolar transforma o ser humano em sua totalidade, 
acarretando sérios problemas futuros, e o neuropsicopedagogo preocupado com sua instituição 
e com desempenho dos seus alunos não pode aquietar-se e deixar passar uma realidade que o 
desafia e instiga a procurar meios e métodos afim de realizar um excelente trabalho e 
desmitificar os conceitos já formados sobre estas crianças que ainda podem contribuir com 
nossa sociedade de forma positiva, por isso a missão seria a de reduzir os altos índices elevados 
de repetência escolar através de um ensino inclusivo, atrelando os conhecimentos da 
neuropsicopedagogia frente a um desafio que precisa ser superado. 
Portanto, este artigo visa esclarecer a contribuição das Neurociências na formação e na 
prática do neuropsicopedagogo ao lidar com alunos com trajetória de insucesso escolar. 
3 
 
 O desenvolvimento do presente trabalho tem como fundamentação teórica os seguintes 
autores: Rita Russo (2018), Moojen (1999), Mantovanini (2001), Lima (2002), Melchior 
(2004), Beauclair (2014), dentre outros que vem contribuir para que esta pesquisa possa servir 
de norte aos profissionais da neurociências assim os alunos. 
Para discutir a presença do fracasso escolar a pesquisa buscou, ainda, retratar os fatores 
que influenciam no sucesso e no fracasso escolar, diante de tantas circunstâncias ocorridas no 
contexto escolar e social. Vale mencionar que a escolha por referenciais teóricos distintos em 
torno da problemática em questão deve-se ao fato de que, ao discutir sobre fracasso escolar, 
Neurociências e Neuropsicopedagogia, estamos tratando de um fenômeno complexo, tanto pela 
sua constituição quanto pelas suas causas e consequências devido à multiplicidade de relações 
e dimensões no contexto escolar (visão micro) e na sociedade (visão macro). 
 
 
2. CONTRIBUIÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO 
ESCOLAR 
 
 
O neuropsicopedagogo Institucional, juntamente com a equipe técnica e com 
professores, faz o levantamento dos alunos com baixo desempenho escolar, consulta o 
prontuário do aluno e analisa, caso a caso, resgatando, se há diagnóstico de transtornos e 
síndromes ou dificuldades de origem escolar, como reprova e /ou muitas mudanças de escola. 
Inicia o processo de observação global, tendo como embasamento as ações do 2º, artigo 30, 
itens a b, c, do Código de Ética da SBNPp. 
São várias as estratégias que o neuropsicopedagogo Institucional pode utilizar para 
trabalhar alunos com baixo desempenho escolar e, entre elas, destacamos os Projetos de 
Trabalho e as Oficinas Temáticas. 
Os projetos de trabalho, de natureza coletiva, podem ser desenvolvidos por meio de 
Oficinas temáticas, desde a Educação Infantil, até o Ensino médio. O ponto de partida para a 
definição do projeto de trabalho são os resultados da observação global, do baixo desempenho 
escolar e da sondagem oral e escrita feita pelo Neuropsicopedagogo institucional. 
É importante ressaltar que o indivíduo aprende, por meio de modificações funcionais do 
Sistema Nervoso Central (SNC), ocorrendo principalmente nas áreas da linguagem, da atenção 
e da memória, dentre outras áreas. Cabe mencionar que para que o processo de aprendizagem 
4 
 
se estabeleça de forma harmoniosa, é necessário que o sujeito aprendiz possa interagir com o 
objeto do conhecimento e que suas conexões neurais possam realizar sinapses cada vez mais 
produtivas e com qualidade de captação, seleção, memorização, armazenamento, retenção, 
evocação e, posteriormente, a transmissãode dados e informações para construir 
conhecimentos como um ser capaz de produzir e refletir numa relação dialógica com o objeto 
apreendido. Para iniciar o diálogo, é necessário que ter em mente o termo Neurociências estuda 
“Os neurônios e suas moléculas constituintes, os órgãos do sistema nervoso e suas funções 
específicas, e também as funções cognitivas e o comportamento que são resultantes da atividade 
dessas estruturas” (CONZENZA; GUERRA, 2011, p. 142). 
Outra denominação de Neurociências que merece destaque nos diz que o termo 
representa uma grande “congregação multidisciplinar e sistêmica de conhecimentos, onde os 
avanços da Neurologia, da Psicologia e da Biologia - referentes aos estudos do cérebro - nos 
elucidam sobre os aspectos fisiológicos e bioquímicos relacionados ao seu funcionamento” 
(BEAUCLAIR, 2014, p.24). 
Com base na afirmação acima, podemos inferir que o neuropsicopedagogo precisa 
analisar, estudar, avaliar, diagnosticar e pesquisar as particularidades do cérebro e seus 
funcionamentos. Pois a neurociência ainda é uma área jovem que precisar ir mais a fundo com 
seus estudos e ainda é uma práxis, o que significa que a mesma é uma prática que tem como 
aporte teórico de estudo os referenciais teóricos, não se constituindo por natureza, como ciência 
de fato. Apesar de não se constituir ainda como ciência, é importante declarar que a 
Neuropsicopedagogia é: 
“Um novo campo de intervenção e especialização, onde o conhecimento ultrapassa 
fronteiras e cria, com isso, novas possibilidades de aprender sobre o aprender, ampliando 
olhares e oportunizando novas formas de interrelacionar informações, conhecimentos e 
saberes.” (BEAUCLAIR, 2014, p. 28). 
É preciso também estudar a historicidade Brasileira, os aspectos físicos e econômicos 
dos indivíduos estudados, porque qualquer fator pode influenciar neurologicamente uma 
criança ou adulto, pois o tipo de abordagem deve ser minuciosa e precisa. 
O neuropsicopedagogia deve se apropriar de todo conhecimento crítico e reflexivo, como 
também as funções cognitivas, tais como: atenção, memória, tátil-cinestésica, funções motoras, 
orientações verbais e funções superiores (linguagem, planejamento, julgamento, etc.). Este 
profissional deve estar em constante busca de conhecimentos de sua área e de áreas afins por 
conta sua natureza interdisciplinar e transdisciplinar, o mesmo deve ser um eterno aprendiz. 
5 
 
De posse dos conhecimentos neurocientíficos, o neuropsicopedagogo traz à sociedade 
uma contribuição mais efetiva e consistente sobre as Neurociências, porque o mesmo é capaz 
de pesquisar, compreender, transmitir e propagar, de forma mais sistemática, os conhecimentos 
e os mistérios sobre a complexidade do cérebro humano. Para entender melhor as várias 
atuações do neuropsicopedagogo, vale pontuar que as responsabilidades deste profissional é 
justamente ter que: Compreender o papel do cérebro nas relações complexas, Obter teoria e 
prática frente as questões educacionais, ampliar as capacidades de intervir na afirmação de 
novos procedimentos sobre questões escolares, Conhecer, analisar e compreender amplamente 
os paradigmas focados na educação especial inclusiva dando ênfase as possíveis dificuldades 
escolares (RUSSO, 2015). 
Através da aplicação da avaliação, diagnóstico e intervenção, tanto na forma preventiva 
como terapêutica, pode-se realizar um trabalho preciso e conciso nas instituições escolares, 
como também em espaços clínicos aplicando os mesmos métodos, com as informações precisas 
do nascimento, espaço escolar, vivência familiar, e convívio cultural, como também transtornos 
psicológicos ou psiquiátricos da criança ou adolescente (RUSSO, 2018). 
O neuropsicopedagogo deve, acima de tudo, atuar na linha de frente para a implantação 
da Educação Especial Inclusiva mais humanizadora, como também ressignificar as práticas 
educativas de forma que possa estabelecer e promover práticas pedagógicas significativas, mais 
transformadoras e emancipatórias, levando em consideração como o cérebro aprende, através 
de novos significados e novas aprendizagens. 
 
O cérebro possui diversas funcionalidades, e durante a evolução humana pode fazer 
várias modificações significativas, e este fenômeno retrata que “O cérebro é moldável 
pelos estímulos advindos do próprio organismo, da programação genética além de 
coordenar suas funções internas. A porção externa do cérebro é constituída por uma 
camada de substância cinzenta conhecida como córtex cerebral. Este recebe conexões 
relacionadas com as diferentes modalidades sensoriais (RUSSO, 2015, p. 48). 
 
 Com base nessa reflexão, este profissional terá que agir pautado em questionamentos, 
dúvidas, e acima de tudo, na reflexão centrada no processo de aprendizagem do aluno tentando 
adaptar o ambiente escolar e a família no neuroaprendiz partindo das seguintes indagações: O 
fracasso é da escola, do aluno, do professor, da família ou do sistema educacional? A escola 
promove em suas relações a pedagogia do oprimido ou da pedagogia da autonomia, ou seja, a 
escola cultiva em sala de aula a metodologia do fracasso ou do sucesso? 
Sabe-se que a escola é uma instituição provida de regras, normas, valores e função 
social, e que nesta relação dialética, o neuropsicopedagogo deverá se conscientizar de sua 
6 
 
própria identidade profissional e de sua práxis, para que possa assim delimitar até onde vai a 
sua atuação e a de outro profissional, realizando quando for necessário o devido 
encaminhamento a outro especialista. Ao realizar sua atuação, em espaços coletivos, o 
neuropsicopedagogo com hipóteses diagnósticas construídas, esgotadas todas as possibilidades 
de trabalho no contexto escolar, encaminhará seus alunos a outros profissionais a fim de que 
seja auxiliado no processo de aprendizagem global. 
Sendo assim, cabe a seguinte reflexão: de que forma o fracasso escolar deve ser visto 
pelos professores, a escola, pela família e, em especial, o neuropsicopedagogo. Cabe mencionar 
que este impasse deve ser visto como um obstáculo a ser superado, pois, se o aluno fracassar 
nos estudos estará implicando que todos, também, fracassaram na atribuição de educá-lo. Nesse 
sentido, todos devem agir de forma consciente, lembrando-se que é responsabilidade de todos 
darem suporte, carinho, estímulos e motivação para que o aluno possa manifestar seu desejo de 
aprender ao longo de sua trajetória escolar (RELVAS, 2007). 
 
Toda criança pode aprender a ler e a escrever, mas não em qualquer situação. Mas 
está claro, também que não é em qualquer situação para todas as crianças. As 
condições para que ocorra aprendizagem vão variar de acordo com seu período de 
formação, pois todo processo de aprendizagem deve estar articulado com a história de 
cada indivíduo (LIMA, 2002, p.15). 
 
Para que a aprendizagem possa ser consolidada é necessário que o profissional possa 
identificar o potencial acima de tudo e logo após as suas dificuldades e não promover barreiras 
para a realização de seu trabalho, para que possa ver o sujeito como um ser pensante e 
realizador, com desejos e realizações, é a partir daí que o neuropsicpedagogo poderá ter uma 
postura investigativa durante todo o processo avaliativo e fazer as intervenções 
neuropsicopedagógicas necessárias. 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Um dos papéis do neuropsicopedagogo é trabalhar com estratégias de aprendizagem 
variadas, definindo atividades ou operações mentais que o sujeito pode executar e melhorar sua 
aprendizagem. 
Além de atuar de forma investigativa, o profissional deve ter a prática crítico-reflexiva, 
para que o mesmo possa usufruir dessa abordagem e procurar desenvolver sua capacidade de 
7 
 
atenção e percepção através de uma observação minuciosa dos fatos e acontecimentos que o 
rodeiam, ou melhor explicando, o neuropsicopedagogo deve ainda analisar a realidade vivida 
pelo aluno, não de forma isoladamais como um produto resultante de inúmeros fatores. 
Superar as dificuldades impostas pelo fracasso escolar não têm sido nada fácil, e isso 
justifica as expectativas colocadas em seu desempenho profissional que reflete no rendimento 
escolar do aluno que se encontra em processo de tratamento. Pois em uma situação de 
emergência, devido a inúmeras pressões de todos, não se pode esquecer que o 
neuropsicopedagogo não traz consigo em sua prática profissional “O bastão mágico do Harry 
Potter”, ou até mesmo um “elixir dos milagres”. 
Contudo para mudar a realidade do cotidiano escolar, cabe ao professor e a escola adotar 
uma postura crítico-reflexiva ao lidar com os alunos e, em especial, os educandos com uma 
trajetória marcada pelo fracasso escolar. Quanto a esse aspecto, concordamos com Weisz (2001, 
p. 60) ao mencionar que “não é o processo de aprendizagem que deve se adaptar ao de ensino, 
mas o processo de ensino é que tem de se adaptar ao de aprendizagem”. 
Adotando essas medidas, a mudança do estado de fracasso para sucesso escolar poderá 
ser uma realidade alcançável através da conscientização de todos os envolvidos através de uma 
parceria que deve ser estabelecida pela escola, família e neuropsicopedagogo, que se torna 
indispensável ao enfrentamento do fracasso escolar. 
Contudo estas barreiras poderão ser alcançáveis se primeiramente acreditarmos em 
nossos alunos, e que o fracasso escolar pode ser uma realidade atingível, pois a 
neuropsicopedagogia atua justamente nos fatores que contribuem para o baixo rendimento, 
focando, portanto nos pedagógicos, socioeconômicos, culturais e de convivência em diferentes 
grupos sociais. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BEAUCLAIR, J. Neuropsicopedagogia: inserções no presente, utopias e desejos futuros. Rio 
de Janeiro: Essence All, 2014. 
 
CONSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociências e Educação: como o cérebro aprende. 
Porto Alegre: Artmed, 2011. 
8 
 
 
GÓMEZ, A. M. S. TÉRAN, N. E. Dificuldades de aprendizagem: detecção e estratégias de 
ajuda. São Paulo: Grupo Cultural, 2010. 
 
LIMA, E. S. Desenvolvimento e aprendizagem na Escola: aspectos culturais, neurológicos e 
psicólogos. São Paulo: Sobradinho, 2002. 
 
MOOJEN, S. et. al. CONFIAS Consciência fonológica: Instrumento de avaliação sequencial. 
São Paulo: Casa psicólogo, 2003. 
 
RUSSO, RITA. Neuropsicopedagogia Clínica: Introdução, conceitos, teoria e prática. Curitiba: 
Juruá, 2015. 
 
RUSSO, RITA. Neuropsicopedagogia Institucional, Curitiba: Juruá, 2018. 
 
RELVAS, M. P. Fundamentos biológicos da Educação: despertando inteligências e afetividade 
no processo de aprendizagem. Rio de Janeiro: WAK, 2007. 
 
______. Sob o comando do cérebro: entenda como a Neurociência está no seu dia a dia. Rio de 
Janeiro: WAK, 2014. 
 
WEISZ, T.; SANCHEZ, A.. O Diálogo Entre o Ensino e a Aprendizagem. São Paulo: Ática, 
2001.

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