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BNCC e Educação Infantil: conheça as principais mudanças Até os anos 1980, a Educação Infantil era tratada como uma fase anterior à escolarização, e até por isso era chamada de “pré-escola”. Foi a partir da Constituição de 1988 que essa condição começou a mudar, quando se tornou obrigatório ao Estado oferecer atendimento a crianças de 0 a 6 anos de idade. Mas por que a Educação Infantil é tão importante? Diversos especialistas apontam que as primeiras experiências que temos na vida moldam o nosso cérebro. Para o desenvolvimento pleno, é necessário enxergar a criança como um ser integral e considerar não só aspectos cognitivos, mas físicos, psíquicos, sociais e culturais. A Base Nacional Comum Curricular vem para consolidar a ideia de que a criança é um sujeito histórico e de e integrar a Educação Infantil à Educação Básica. Nesta apresentação, você conhecerá as principais mudanças trazidas pela BNCC na Educação Infantil. Direitos de aprendizagem No texto das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, são definidos os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Infantil. A partir desses eixos estruturantes, a BNCC define seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento servem para assegurar o acesso à aprendizagem pelas crianças na Educação Infantil. Confira a seguir quais são esses direitos de aprendizagem da Educação Infantil propostos pela BNCC: 1. Conviver Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas. 2. Brincar Significa estimular a participação e as transformações capazes de estimular o conhecimento, a imaginação e a criatividade das crianças. Envolve desde as experiências emocionais, sensoriais a cognitivas e sociais. 3. Participar Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando. 4. Explorar Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia. 5. Expressar Refere-se à expressão das próprias ideias, necessidades e sentimentos. As crianças devem aprender a colocar em palavras o que estão sentindo, seus questionamentos e desejos de diferentes maneiras em grupos distintos em que estejam inseridas. 6. Conhecer-se Envolve o conhecimento sobre a própria identidade cultural, pessoal e social. O aluno deve entender os grupos aos quais pertence e a diversidade de experiências contida em cada um deles. Campos de experiência Os campos de experiência da Educação Infantil constituem uma organização curricular que busca acolher as situações e experiências do dia a dia das crianças e seus saberes e integrá-los ao patrimônio cultural delas. Veja a seguir quais são os 5 campos de experiência da Educação Infantil propostos pela BNCC: 1. O eu, o outro e o nós Esse campo de experiência diz respeito à descoberta de outros modos de vida, pessoas e pontos de vista a partir da interação com os pares e os adultos, além da autonomia e cuidados pessoais. Com isso, as crianças são capazes de construir percepções e fazer questionamentos sobre si e os demais, o que é determinante para a identificação de si próprias como indivíduos. Envolve o conhecimento e o reconhecimento da centralidade do corpo na Educação Infantil, das sensações e funções do corpo e, com gestos e movimentos, identificar suas potencialidades e limites. Aqui, também são vinculadas diferentes linguagens corporais, como a dança, o teatro e as brincadeiras de faz de conta. 2. Corpo, gestos e movimentos 3. Traços, sons, cores e formas Refere-se a criar, compreender e conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas. Se expostas a essas formas de expressão desde pequenas, as crianças podem desenvolver um senso estético e crítico mais apurado, além de aprimorarem o conhecimento sobre si próprias e a realidade ao entorno delas ao criarem peças culturais inéditas. 4. Escuta, fala, pensamento e imaginação Esse campo de experiência está relacionado às experiências em que as crianças possam falar e ouvir, potencializando a sua participação na cultura oral. Isso se dá por meio do enriquecimento cada vez maior do vocabulário, a passagem da fala para a escrita e demais recursos de expressão e compreensão da criança, que devem ser potencializados pela escola. 5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações Envolve proporcionar experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno e também ampliar o próprio conhecimento a partir do espaço em que estão inseridas. Também inclui o contato com conceitos matemáticos relacionados ao espaço, como dimensões, medidas e o reconhecimento de formas geométricas, e a relação disso tudo com o cotidiano.
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