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ESTÁGIO III

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CURSO DE PEDAGOGIA
CAROLINA PARREIRA BEHNEN
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III
– GESTÃO
ÁGUA BOA 2019
15
CAROLINA PARREIRA BEHNEN
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III
– GESTÃO
Relatório de Estágio apresentado para a disciplina de Estágio Curricular Obrigatório – Gestão do curso de Pedagogia - UNOPAR.
Orientador: profª. Ma. Natalia Gomes dos Santos Tutor Eletrônico:  Silvana Maria Batista
Tutor de Sala: Janete Mara Pegoraro Scherer
ÁGUA BOA 
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO	6
DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO	9
ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ENTREVISTA COM O PEDAGOGO	15
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO	19
CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
REFERÊNCIAS	27
INTRODUÇÃO
O estudante de licenciatura precisa conhecer como pode ocorrer a junção de prática e teoria. Caso o futuro professor não consiga realizar essa atividade provavelmente terá dificuldade em sua vida profissional. Sobre isso: “não é só frequentando um curso de graduação que um indivíduo se torna profissional. É, sobretudo, comprometendo-se profundamente como construtor de uma práxis que o profissional se forma” (FÁVERO, 1992, p.65).
O decreto no 87.497, de 18 de agosto de 1982, que regulamenta a lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, dispõe sobre o estágio no artigo 2º:
Considera-se estágio curricular (...) As atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho de seu meio, sendo realizadas na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob responsabilidade e coordenação da instituição de ensino.
Em sendo assim, o estágio supervisionado na área de licenciatura plena reflete as situações cotidianas da Educação Brasileira. Essas situações mostram não só as questões de aprendizagem dos alunos, como também as questões culturais e sociais mostradas no interior do universo escolar. Por meio do estágio o futuro profissional percebe as relações de forças e como os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem agem nas situações determinantes e conflitantes. 
Nesse sentido este estágio supervisionado tentará mostrar para os futuros pedagogos como é viver o dia a dia escolar, como é estar realizando o fazer pedagógico tento como foco o trabalho do coordenador pedagógico. Pois é por meio do estágio que o professor de pedagogia estabelece relação entre a teoria e a pratica, bem como tem a oportunidade de conhecer e analisar a atuação do profissional, além de elaborar, executar e avaliar um projeto de intervenção pedagógica, que constitui significativamente para sua formação como futuro professor. 
Estar em contato com a realidade escolar é um momento fundamental para a formação profissional é nesse momento que o futuro professor percebe as angústias e alegrias do fazer pedagógico. Bem como verifica as situações profissionais e sociais que ele não terá meios para solucioná-las em sua prática, uma vez que essas são de responsabilidades superiores ou familiares, mas interferem diretamente em seu trabalho. 
Assim, além de atender às exigências legais, a realização do Estágio é uma necessidade pedagógica cuja finalidade é proporcionar aos alunos um conhecimento da realidade educacional, o qual envolve o fazer pedagógico e sua avaliação. O estágio compreende atividades de observação e trabalho partilhado, nas quais contextualiza e transversaliza as áreas de formação curricular, associando teoria e prática. A observação e intervenção permitem uma análise com um olhar mais criterioso, na procura de contribuições que seja essencial para desenvolver os diversos aspectos observados durante o Estágio. 
Em sendo assim o texto que se segue destina – se ao relato das observações realizadas na Escola Municipal de Educação Infantil Cantinho da Alegria referente ao Estágio Supervisionado em Gestão exigido no último semestre na disciplina Estágio Curricular Obrigatório III. Para tanto apresentará o relato do período de observação das atividades realizadas pelo coordenador pedagógico no desenvolvimento de suas funções. Apresentará uma reflexão sobre o Projeto Político Pedagógico da Escola, a partir da entrevista realizada com a coordenadora pedagógica. Bem como um plano de ação a ser apresentado a equipe escolar visando ajudar a fortificar as relações interpessoais. Ao final apresenta-se um texto com as experiências vivenciadas neste estágio a título de considerações finais.
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
O Estágio Obrigatório III foi realizado na Escola Municipal de Educação Infantil Cantinho da Alegria. A qual atende crianças do jardim ao pré dois, atuando nos dois períodos matutino e vespertino. Situada no bairro Operário a escola tem a comunidade composta de trabalhadores e micro empreendedores. Há no bairro três igrejas evangélicas e nenhuma católica. O grau de instrução dos pais dos alunos é a partir do ensino médio. A partir do ano de 2014 em virtude de uma reestruturação municipal a escola deixou de atender crianças para o berçário, conforme determinação da secretária da educação. 
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Nome da Instituição: Escola Municipal de Educação Infantil Cantinho da Alegria
Endereço: Rua 19 nº 486 – Bairro: Operário – Água Boa – MT. CEP: 78635 000
CNPJ: 03.155.799/0001-86
Entidade Mantenedora: Secretaria Municipal de Educação - SEMEC
Atos Legais: Criação: Lei Municipal nº. 324/93 de 22/06/1993.
Autorização: Resolução 168/93 – CEE/MT.
Reconhecimento: Portaria nº. 012/01 – CEE/MT, publicada no Diário Oficial do Estado, em 06/06/01, pág. 11.
Modalidades de Ensino: A Escola oferece a Educação Infantil. Atende nos períodos matutino e vespertino: o jardim, pré um e pré dois.
Diretor: 
Coordenadora Pedagógica: Roberta Daiane Behnen de Paula Silva
Secretária: 
	
ESCOLA E COMUNIDADE - CARACTERIZAÇÃO
A Escola Municipal de Educação Infantil Cantinho da Alegria leciona para turmas do jardim à pré escola do ensino fundamental de manhã 7:30h as 11:30 e a tarde das 13:30 as 17:30, com oitocentas horas aulas anuais em duzentos dias letivos. Esse ano a escola tem 2019 o total de trezentos e sessenta e três alunos. A escola pertence a uma comunidade com poder aquisitivo médio e o grau de instrução acima do nível médio em sua totalidade. 
RECURSOS FÍSICOS
A escola está instalada em um prédio sólido e conservado. Sua infraestrutura é composta por: 
· Água filtrada 
· Água da rede pública 
· Água de poço artesiano 
· Energia da rede pública
· Rede de esgoto
· Coleta de lixo periódica. 
Na estrutura física:
· 01 sala da diretoria e coordenação pedagógica
· 01 sala para os professores com banheiro
· 01 secretaria
· 09 salas de aula
· 01 sala de apoio com recursos multifuncional
· 01 sala de leitura
· 01 parque de diversão e áreas livres
· 01 enfermagem
· 01 cozinha
· 01 refeitório com 4 mesas
· 01 quadra de esportes coberta
· 01 quadra de esportes aberta
· 01 refeitório coberto
· 01 despensa
· 01 galpão
· 01 jardim externo
· 01 lavanderia
· 01 parquinho
· 03 banheiros femininos
· 03 masculinos infantil
· 01 banheiro para deficientes
· 03 banheiros com chuveiro femininos
· 03 masculinos com chuveiro 
· Local para estacionamento de bicicletas.
As salas de aula possuem a metragem orientada pelo MEC (48m2). As salas possuem ar condicionado. 
A escola conta com os recursos do Governo Federal (FNDE) e Prefeitura Municipal de Água Boa-MT (PDDEM), ambos destinados ao custeio e capital. 
RECURSOS TÉCNICOS E PEDAGÓGICOS
	A Escola Municipal de Educação Infantil Cantinho da Alegria está equipada com: 04 Televisores, 04 DVDs, 03 Impressoras, 01 Impressora multifuncional, 03 Aparelhos de som, 02 Projetores de multimídias (datashow), 02 Câmeras fotográficas, 06 Computadores, Internet, 03 Refeição para estudantes. Material pedagógico: painel para apresentação com fantoches, brinquedos educativos, jogos para Alfabetização Pacto, acervos bibliográficos,kit geométrico, DVDs de várias disciplinas e para os professores.
	
RECURSOS HUMANOS
A Escola possui em seu quadro de trabalho trinta e quatro colaboradores. Sendo que o secretário, a coordenadora e a diretora possuem funções gratificadas. O apoio Administrativo é composto por três apoio nutrição escolar que recebe da nutricionista municipal o cardápio; quatro colaboradores para a manutenção/infraestrutura e um vigilante.
DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO
A Coordenação Pedagógica de uma escola representa o principal elo de ligação de uma escola. Pois ela representa a função que deverá organizar de forma democrática todo o processo de ensino e aprendizagem da unidade escolar. Nesse processo, várias sub funções vão se formando. Essas atividades oferecem ao coordenador pedagógico os elementos necessários para desenvolver suas ações positivas no processo de ensino e aprendizagem na unidade escolar.
O relato que se segue refere-se a observação de vinte horas de estágio supervisionado na unidade escolar. A coordenadora que me oportunizou acompanhar sua rotina se chama Nilce Maria de Jesus. É graduada há treze anos em pedagogia e pós graduada em Educação. 
A observação ocorreu de segunda a sexta no período matutino sendo quatro horas diárias. Buscou-se nesse período verificar como ocorre a rotina da coordenadora e quais as ações que ela desenvolve. Nesse processo tentou-se perceber se a equipe de professores compreende e aceita a mediação da coordenadora.
SEGUNDA FEIRA
Nesse dia foi observado que a coordenadora chega a escola as sete horas para receber os alunos e vai embora as onze e trinta horas da manhã. Esse horário se deve porque é a diretora da escola que entrega os alunos aos pais no horário do almoço e a tarde a coordenadora entrega. No período vespertino o horário é das duas as seis horas até enquanto os pais buscarem todos os alunos no final da aula.
Então a coordenadora chegou e organizou os equipamentos de som para a realização da hora cívica e ficou esperando os alunos chegarem. Durante esse período ela cuida dos alunos para não machucarem enquanto brincam até o horário que o sino bate, pois tem criança que chega até 30 minutos antes de iniciar a aula.
Quando bateu o sino as crianças organizaram-se em filas e cantou-se o Hino Nacional. Após esse momento a parceira Solange da igreja Boa Semente realizou a celebração semanal. Durante a celebração foram cantadas três músicas; realizadas duas orações e mediado que mentir é algo muito grave.
Após esse momento professores e alunos foram para as salas e a coordenadora guardou os equipamentos e materiais. Em seguida acertou com a parceira Solange a data seguinte da próxima celebração. Sequenciando a coordenadora se dirigiu a secretária e verificou se a Secretaria de Educação havia passado alguma orientação para ela. Nesse dia nenhum e-mail foi enviado pela Secretaria de Educação. 
Então a coordenadora iniciou o processo de verificação nas salas perguntando se algum professor precisava de ajuda. Somente a professora do pré dois pediu a ela que fosse com os alunos na horta. Então a coordenadora buscou as sementes e fomos para a horta. Lá a professora e a coordenadora explicaram as crianças o processo de germinação das sementes. Depois as crianças plantaram as sementes de alface. Então a coordenadora deixou a professora lá e foi atender outra professora que queria o registro do trabalho com dobraduras realizado no pré um. No intervalo a coordenadora cuidou dos alunos com o professor de educação física. Após esse momento a coordenada foi confeccionar as lembrancinhas da noite da noite da família na escola. Ela ficou lá até acabar.
TERÇA FEIRA
Nesse dia foi observado que a coordenadora chegou a escola as sete horas para receber os alunos e organizou os equipamentos de som para a realização da hora cívica e quando bateu o sino as crianças organizaram-se em filas e cantou-se o Hino Nacional.
Após esse momento professores e alunos foram para as salas e a coordenadora se dirigiu a secretária e verificou se a Secretaria de Educação havia passado alguma orientação para ela. Nesse dia foi enviado a orientação do curso de Atendimento Educacional Especializado realizado na Universidade Aberta. O e-mail instruía os materiais deveriam levar para o curso. Então a coordenadora foi até as salas dos professores participantes orientando-os sobre o material e verificando quantos substitutos teria que organizar para substituir os professores no dia seguinte. Depois a coordenadora orientou que os professores deveriam deixar os planos de aula prontos para ela entregar a secretária da escola para passar para os substitutos. 
Após o recreio a coordenadora chamou os professores que estavam de hora atividades e delegou a eles a confecções das lembranças da noite na escola. Em seguida a coordenadora foi até a sala multifuncional e entregou para a professora quatro jogos de números e quantidades e dois jogos de material dourado. Então elas retornaram para a sala da orientação pedagógica e a coordenadora mostrou para a professora como organizar os jogos e como realizar a adição simples com o material dourado. Após esse momento a coordenadora conversou com a diretora sobre o material para os professores levarem para o curso. Nesse dia a coordenadora não foi requisitada por nenhum professor. 
QUARTA FEIRA
Nesse dia a coordenadora iria participar do curso de Atendimento Educacional Especializado a tarde na Universidade Aberta do Brasil. Em sendo assim a coordenadora chegou as sete horas e realizou as atividades de praxe. Após esse momento professores e alunos foram para as salas e a coordenadora se dirigiu a secretária e verificou se a Secretaria de Educação havia passado alguma orientação para ela. Nesse dia não foi enviado nenhum e-mail pela Secretaria de Educação. Tendo em vista que o curso seria a tarde a coordenadora organizou os materiais para os professores levarem e os avisou onde estavam os kits. 
Em seguida a coordenadora foi cuidar das crianças porque já estava no horário do recreio. Após o recreio coordenadora chamou os professores que iriam para o curso a tarde e recebeu os planos para os substitutos. De posse dos planos ela fez a relação de sala para os substitutos, pois quatro professores se ausentariam para o curso. Então ela orientou a secretária como proceder à tarde. 
Nesse dia a coordenadora não foi requisitada por nenhum professor. A coordenadora saiu da escola as onze horas e retornaria as dezessete e trinta para entregar os alunos aos pais.
QUINTA FEIRA
A coordenadora chegou as sete horas e ficou cuidando os alunos até quando bateu o sino e as crianças organizaram-se em filas. Após esse momento professores e alunos foram para as salas e a coordenadora tomou as atitudes de praxe. Nesse dia foi enviado por e-mail pela Secretaria de Educação a orientação sobre as palestras do PROERD – Programa de Prevenção e Combate as Drogas na Idade Escolar. Então a coordenadora foi até as salas dos professores participantes convocando-os para uma breve fala no horário do recreio. 
Depois do recreio uma aluna estava passando mal em sala e o outro foi porque três alunos do quinto ano não queriam fazer as atividades. Para o primeiro caso a coordenadora ligou para a família vir buscar. 
SEXTA FEIRA
A coordenadora chegou as sete horas e tomou as obrigações de praxe. Nesse dia foi enviado por e-mail pela Secretaria de Educação a orientação sobre a Escolha do livro didático para o triênio 2019 a 2021. A Secretaria de Educação orientou que falasse com os professores que esse material seria escolhido na formação continuada realizada pela equipe municipal de formadores, mesmo a escola sendo de educação infantil, a escola também participa da escolha porque os professores são em sua maioria contratados e no ano seguinte elas podem estar no ensino fundamental. No final do processo os livros de mostruários seriam encaminhados para as escolas. Então a coordenadora foi até as salas dos professores convocando-os para uma breve fala no horário do recreio. 
No horáriodo recreio a coordenadora reuniu-se com os professores e explicou como seria a formação da semana seguinte sobre os livros didáticos. Disse que o município acolheria a indicação dos dois mais votados. Pediu a eles que olhassem os livros com calma e verificasse qual se adaptava a realidade da escola. Após esse momento a coordenadora foi para o pátio cuidar dos alunos. Sequenciando o recreio a coordenadora continuou trabalhando nas lembranças da noite da família na escola. 
ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ENTREVISTA COM O PEDAGOGO
Em conversa com a coordenadora ela explicou que o Projeto Político Pedagógico da Escola foi revisado no início do ano letivo pela equipe de professores e gestores, mas não foi um projeto realizado com toda a comunidade escolar, ou seja, Pais, Conselho Deliberativo, Equipe de Apoio e Vigias não participaram da revisão do projeto. 
Segundo a coordenadora a revisão foi realizada em quatro formações continuadas. Durante a revisão foram apenas assinaladas as alterações e não foi realizado as mudanças no corpo do texto. Esse trabalho ainda não foi realizado e devolvido para a equipe de professores. 
O Projeto Político da escola traz a filosofia:
Proporcionar às crianças o cuidar/educar e situações prazerosas de descobertas e aprendizagens, com atenção ao desenvolvimento integral, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social para contribuir na formação de pessoas cidadãs, conscientes de seus direitos e deveres. Suas ações se pautarão na importância do brincar que é um componente de suma importância na formação do cidadão de direitos.
 Para atender essa filosofia a escola traçou o objetivo geral “Mediar pelo viés do Projeto Político Pedagógico um processo de ensino-aprendizagem que se fundamenta numa relação rica e ampla nos aspectos da realidade do contexto conjuntural na qual a comunidade escolar está inserida.” Contudo, a escola não desenvolve nenhum projeto coletivo voltado para a comunidade Vila Nova, bairro onde a escola está inserida.
A escola conta no Projeto Político Pedagógico com os projetos: Projeto de Leitura; Projeto da Horta Escolar; Projeto de Reforço Escolar; Projeto de Jogos Inter classes; Projeto de Hora Cívica; Projeto a Arte de Cantar e Contar Histórias; Projeto de Datas Comemorativas; Projeto de Dança; Projeto de Jogos Matemáticos; Projeto Futsal em parceira com o Rotary e prefeitura; Projeto dos 5º anos “Noite da Saudade”; Projeto Festa Junina Interna. Apesar do PPP contar com todos esses projetos no ano de 2018 nem todos foram desenvolvidos. Somente a horta escolar com ação de dois educadores, Projeto Futsal ação do vigia, Projeto jogos matemáticos ação de um professor e hora cívica restrita somente a cantar o Hino Nacional foram desenvolvidos esse ano. Como observado os projetos são ações isoladas. Não há na unidade nenhum projeto de autoria da coordenação pedagógica para ser desenvolvido de forma coletiva, ou algum projeto que houvesse a articulação para todos participarem na execução. 
 A escola desenvolve com parcerias os projetos: Escovação Bucal, Combate ao Mosquito da Dengue, Alimentação Saudável e Cuidados com o Corpo - Secretária de Saúde; PROERD atuando nos segundos e quintos anos - Polícia Militar; Cristo é amor - Igreja Boa Semente; Trânsito Consciente e Natal Solidário - Anjos do Asfalto.
Segundo a coordenadora o projeto de Reforço Escolar não é desenvolvido no horário extra classe. Se o professor achar que deve aplicar o reforço de algum conteúdo ele realiza no horário de sala de aula com todos os alunos. A escola conta com a sala multifuncional contudo essa não trabalha os alunos de inclusão. Os alunos são assistidos pela Pestalozzi e o professor regente em sala. A sala multifuncional atende aos alunos que são encaminhados pelos professores regentes. A professora não realiza a triagem. Apenas vê a folha de encaminhamento dos professores. A sala multifuncional da escola conta com jogos pedagógicos e dois computadores. Mas não possui as provas piagetianas para triagem. A professora que atua na sala multifuncional é pós graduada em psicopedagogia, mas não se sente capaz em realizar avaliações de ingresso. O projeto de atendimento individual não é realizado pela professora AERE. Ela faz os planos de aula organizando os alunos em grupo de dois a três alunos conforme a semelhanças de dificuldades. Todas as decisões em relação a sala Multifuncional em relação ao aluno não são tomadas de forma coletiva. Quando a professor julga necessário procura a professora regente e trocam informações. Caso contrário tudo é realizado de forma individual.
Quanto ao conselho de classe no Projeto Político Pedagógico não conta com nada específico. A escola não realiza um conselho coletivo. Tão pouco uma conversa entre os professores da mesma classe para realizarem as fichas descritivas dos alunos. A coordenadora esclareceu que ela conversa com os professores sobre como os alunos estão e cada professor realiza sua ficha. Não há troca de informações ou diálogos de registro oficial sobre o rendimento dos alunos. Somente os resultados do IDEB.
Quanto aos índices de reprovação e evasão escolar não há como discorrer nada, pois eles são zero. Por ter sua organização em ciclos e atender somente alunos da segunda faze da primeira fase da Educação Básica a escolar não reprova alunos. Em relação a evasão escolar a secretária é orientada a ligar ao Conselho Tutelar sempre que uma criança falta cinco dias consecutivos. Então logo é organizado a situação da criança, ou seja descobre-se os motivos das faltas e organiza-se a situação.
Na unidade escolar não há formações pedagógicas. Somente conversas pedagógicas, quando necessário, e reuniões administrativas. As formações pedagógicas ficam a cargo da equipe formadora municipal. Outro ponto que merece destaque nesse bojo de informações é que não há uma discussão prévia sobre planejamentos. Cada professor realiza seu planejamento individual. E se julgar necessário conversa com o coordenador ou outro professor. Não há articulação ou troca de ideias. A coordenadora pedagógica não se sente responsável nesse processo. Segundo seu entendimento cada professor sabe como está sua sala. Se ele a solicitar ela o ajudará senão ele não se manifesta.
A escola realiza somente três reuniões anuais com os pais. No início quando apresenta os professores, no meio e no final do ano. Sempre a iniciativa é do pai em procurar a escola. A escola não possui somente a festa junina interna e a comemoração do dia das mães para realizar a integração escola comunidade. Os pais não participam nas tomadas de decisões sobre o fazer pedagógico dos filhos tão pouco da escola. Nesse sentido testifica-se que o objetivo geral do Projeto político pedagógico não possui nenhum projeto para tratar das questões sociais da escola tão pouco da comunidade. Mesmo com o índice de indisciplina baixo a escola possui muitos arranjos familiares e alguns relatos de violência doméstica por uso de álcool e drogas ilícitas. Mas a coordenadora diz que a escola não quer atuar nesse campo.
Ao chegar nessa etapa verifica-se que há uma enorme distância entre o descrito no Projeto Político Pedagógico da escola as ações realizadas na unidade escolar. O Projeto Político Pedagógico conta com vinte e três objetivos específicos mas somente nove ações são planejadas. A escola traçou nove metas para serem atingidas no biênio 2018/2019, mas nenhuma delas têm valores quantitativos ou há a possibilidade de mensura-los. Uma das metas é envolver os docentes com a prática pedagógica, normas regimentais e disciplinares. Mas a escola não promove a integração entre os docentes. 
A coordenadora relata que está nessa função por pedido da diretora em reconhecimento aos anos que ela se dedicou a unidade escolar. A coordenadora se aposentará ano que vem. Diante dos relatos apresenta-se a seguir uma sugestão de Plano de Ação para a coordenadora para maximizar as relações interpessoais da equipe escolar.
 
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO
Compete a todo coordenador escolar planejar e coordenaros princípios norteadores do desenvolvimento de habilidades para o trabalho coletivo de sua equipe. Para tanto faz-se necessário que ele conheça as diversidades existentes na equipe que o circunda. Nesse sentido ele deve realizar atividades que o permita coletar dados para traçar objetivos e metas possíveis de serem atingidos por sua equipe. Em sendo assim, a proposta que se segue sugere ações a serem desenvolvidas pelo coordenador escolar nas quais ele possa coletar de sua equipe. Para abstrair o que de melhor cada um tem para contribuir no trabalho coletivo.
· Identificação da escola
Escola Municipal Vila Nova
· Carga Horária 
Vinte Horas
· Quem se torna responsável em aplicar o plano de ação do pedagogo 
Nilce Maria de Jesus
· Temática 
Relacionamento Interpessoal
· Introdução 
É na escola que todas as diversidades se encontram. Por isso compete a ela munir os sujeitos de conhecimentos para conviver com esta diversidade. Assim todos desenvolvem suas habilidades e conquistam competências que favorecerá a si e ao coletivo. Assim trabalhar o relacionamento interpessoal é fundamental em uma escola. Pois esse permite que cada um se expresse e mostre sua personalidade. Nesse sentido conflitos são evitados e o processo de ensino e aprendizagem na escola ocorre de forma tranquila e prazerosa. Sobre isso Maturana (2004) fala: 
As emoções não são sentimentos, são disposições corporais dinâmicas que definem as diferentes ações que são desencadeadas no cotidiano das convivências. São próprias do reino animal e pertencem ao domínio do biológico. Quando as emoções são modificadas, as ações decorrentes delas também se alteram. Para um mesmo estímulo, dependendo do estado emocional do indivíduo, haverá a manifestação de uma ação diferente. (MATURANA, 2004,p. 39)
Neste sentido esta proposta sugeri ações que promovam as relações interpessoais no ambiente escolar como possibilidade para promover um ambiente sadio e favorável para aprendizagens significativas.
· Justificativa 
Tudo o que acontece na escola está associado às relações interpessoais. Pois os resultados das relações familiares, sociais e institucionais refletem nos processos de aprendizagem quer seja de forma positiva ou negativa. Uma vez que em sala de aula estas acontecem diariamente entre professores e alunos, alunos e alunos, alunos e equipe de apoio, professor e professor, gestão e professor, gestão e aluno, bem como escola e comunidade. Todos esses vínculos estão imbricados com o processo de construção de aprendizagem. Desse modo a gestão educacional não pode abrir mão da reflexão sobre o fazer pedagógico com base no saber dialogar, o respeito pelo saber do educador e o reconhecimento da identidade cultural e emocional do outro.
· Objetivo Geral 
Criar a cultura de troca de experiência e informações sobre os alunos entre os professores.
· Objetivos Específicos 
Oportunizar situações nas quais os professores possam expressar seus sentimentos e se conhecerem.
Favorecer momentos de estudos coletivos sobre temas educacionais atuais.
Implantar o conselho de classe de forma coletiva.
 
· Fundamentação Teórica
A gestão escolar estar permeada de fatores que a caracterizam com dimensões administrativas e pedagógicas. Essas dimensões possuem em comum a necessidade de participação coletiva, a democratização da escola, o currículo, a proposta pedagógica que fundamentam a prática escolar. Essas movimentam-se todo o tempo para dar conta da efervescência de uma escola. Nesse sentido há a necessidade de interação de ideias para a organização escolar atender todas essas demandas. Nesse processo, conflitos de ideias são naturais surgirem. O importante para um bom gestor é saber como lidar com esses conflitos. Sobre isso Libâneo:
A organização escolar entendida como comunidade democrática de aprendizagem transforma a escola em um lugar de compartilhamento de valores e práticas, por meio do trabalho, problemas e soluções relacionados à aprendizagem dos alunos e ao funcionamento da instituição. Para tanto, esta precisa introduzir formas de participação real de seus membros nas decisões, como reuniões, elaboração do projeto pedagógico curricular, atribuição de responsabilidade, definição de modos de agir coletivos e de formas de avaliação, acompanhamento do projeto e das atividades da escola e da sala de aula, (LIBÂNEO, 2003, p.308).
Sendo assim é necessário exercitar a cooperação que apesar de ser proclamada em todas as escolas não é bem assim que acontece no cotidiano escolar. Infelizmente Às vezes ocorre guerras de poder por espaços e notoriedade e nem sempre o espírito de compartilhar prevalece.
Dessa forma, Ferreira esclarece:
Porque a escola é um espaço por excelência de socialização, é à escola que compete à formação de um cidadão que, por estar bem inserido no seu meio, pode sem perda de identidade abrir-se a outros meios, ao diálogo que essa abertura comporta e ao respeito das identidades e de outras formas de estar no mundo. Tornar a escola um espaço dialógico de construção de identidades implica, como tem sido repetidamente notado, que a escola se torne numa organização democrática e participativa, aberta ao meio e dotada de um sentido de comunidade e da sua relação com a comunidade. (FERREIRA, 2006, p. 57).
Diante do exposto compreende-se que as relações interpessoais devem ser o principal meio de ação da gestão escolar. Tendo em vista que compete aos professores a mediação de conhecimento e valores que processam a tolerância e a convivência harmônica entre as diferenças. Em sendo assim cabe ao coordenador pedagógico criar condições para que os professores dialoguem, troquem experiência e informações. Exerçam e pratiquem a coletividade. Isso significa saber ouvir e saber falar. Muitas vezes há a necessidade de abrir mão de valores individuais em favor do grupo. Esse processo exige um enorme exercício de personalidade. Pois o sujeito precisa abdicar-se de verdades absolutas para si em virtude do coletivo. Todo esse processo é doloso e compete ao coordenador pedagógico mediar. Conforme os ensinamentos:
A personalidade não é o eu enquanto diferente dos outros eus e refratário à socialização, mas, é o indivíduo se submetendo voluntariamente às normas de reciprocidade e de universalidade. Como tal, longe de estar à margem da sociedade, a personalidade constitui o produto mais refinado da socialização. Com efeito, é na medida em que o eu renuncia a si mesmo para inserir seu próprio ponto de vista entre os outros e se curvar, assim, às regras, da reciprocidade que o indivíduo torna-se personalidade. (PIAGET, 1973 apud LA TAYLLE, 1992, p.16).
Acredita-se que esse seja o principal desafio do gestor pedagógico lidar com as diversas personalidades diferentes de uma equipe e conduzi-los ao trabalho coletivo de forma harmônica.
Em sendo assim é necessário que o coordenador pedagógico entenda dinâmica que envolve todo o processo de convivência de seu grupo. Não há como não discutir as relações interpessoais, pois só há progresso quando há reflexão sobre como nos relacionamos. Dani (1999) fala:
Em relações fundamentadas na cooperação, as regras são resultado da partilha de ideias e sentimentos entre companheiros. Elas brotam do interior da pessoa e conduzem à formação da moral autônoma. Isto significa que a criança deverá transformar estruturas anteriores que a capacitarão a não mais acreditar no caráter absoluto das normas morais, mas, sim respeitá-las pelo seu conteúdo e não porque foram provenientes de alguma autoridade. (DANI, 1999,p.96)
Em sendo assim a gestão pedagógica deve ser pautada na coletividade e só se é possível trabalhar em conjunto quando se permite enxergar-se no outro quer seja nos alunos, nos colegas, nos funcionários da escola, nos pais dos alunos e na própria comunidade escolar.
Quando enxergar-se no outro vê-se os próprios pontos positivos e negativos, bem como os do outro. Nesse sentido verifica-se o que precisa ser mudado para uma convivência pacífica sem abrir mão da personalidade própria. Muitas vezes nesse processo precisa-seda ajuda de um terceiro e é nesse momento que o coordenador pedagógico atua.
 
· Metodologia 
Realizar quinzenalmente uma reunião com professores com dinâmicas que oportunizem a reflexão sobre si e sobre o grupo; 
Criar o quadro do desabafo na sala dos professores; 
Desenvolver na escola uma formação continuada semanal investigativa, ou seja visitas em web sites educativos afim de promover rodas de conversas sobre as novas tendências didáticas e metodológicas.
Conversar com a equipe e explicar os pontos positivos de se realizar o conselho de classe de forma coletiva. 
· Cronograma de Atividades 
De 01/10/18 a 30/11/2018 
· Critérios de Avaliação 
De satisfação por meio de registro em caderno de bordo nas reuniões.
· Referências Bibliográficas 
DANI, Lúcia Salete Celich. Et al., Cenas e cenários: reflexões sobre a educação. Santa Maria: Pallotti , 1999.
LA TAILLE, Yves de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
LIBÂNEO.	José	Carlos,	(Org.)	Educação	Escolar:	políticas, 	estrutura	e organização. SP: Cortez,2003.
MATURANA, Humberto R, ZÖLLER, Gerda Verden, Amar e Brincar: Fundamento esquecidos do humano. São Paulo, Palas Athena.2004.
RELATO DA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO REALIZADA NA ESCOLA
A proposta de atuação foi apresentada primeiro para a coordenadora e essa concordou que realmente há um distanciamento entre os professores e poucos momentos para diálogos entre eles. Então ela me autorizou apresentar o plano de ação para os demais membros da escola. A apresentação ocorreu na segunda feira depois das 17.30 da tarde. Horário em que ocorre a reunião quinzenal. Organizei a sala com cartazes de boas-vindas e com um lanche de suco de laranja e pasteizinhos. 
Iniciei a apresentação com a dinâmica do navio afundando. Se consistem em um pedaço grande de papel no chão, no qual todos da unidade escolar deve subir no navio e navegar sem rasgar o pedaço de papel porque senão o navio afunda. 
O objetivo desta dinâmica é mostrar a fragilidade da comunicação escolar. Pois se todos não seguirem na mesma direção não há processo de ensino e aprendizagem significativo para as crianças na escola. Depois desse momento perguntei a eles o que acharam do momento. Todos acharam o momento prazeroso. Então servi o lanche e realizei minha apresentação. 
A equipe foi bem receptiva ao projeto e entendem que ele poderá fortalecer os laços entre eles e melhorar a comunicação entre os professores. Contudo relataram que para dar certo o projeto precisa realmente ser desenvolvido pela coordenadora. Diante dessa fala entendi que nem sempre os projetos iniciados são sequenciados. Eles não sentem segura que a coordenadora irá colocá-lo em prática.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As experiências vividas durante esse estágio oportunizou-me verificar in loco o jogo de forças entre os atores envolvidos nos processos de gestão escolar. Percebi um distanciamento entre o constato no Projeto Político Pedagógico escolar e a prática da escola.
Outro ponto que não compreendi foi a coordenadora pedagógica não possuir um projeto de unidade escolar para desenvolver. Pois compete ao coordenador a articulação entre o corpo docente e demais membros da escola. Nesse sentido eu compreendo que todo coordenador pedagógico deve ter um projeto claro e objetivo com metas a serem atingíveis para si e sua equipe.
O fato das reuniões na escola ser sempre para tratar de assuntos administrativos ou passar recados também me causou estranheza pois os professores não dialogam sobre os alunos de forma significativa. Há somente trocas rápidas em corredores ou antes de iniciar a aula ou no horário do recreio. Assim não se tem um registro claro das dificuldades dos alunos. Haja vistas que a coordenadora realiza a avaliação de leitura e escrita das crianças pautadas somente em uma única triagem anual. Não se tem uma planilha de evolução das crianças. 
Um ponto positivo que encontrei durante minha observação é o fato de somente um pai procurar a unidade escolar para questionar uma didática de professores. Em contra partida isso também pode ser o reflexo do distanciamento que há entre comunidade e escola. 
Não presenciei durante o período de observação os professores consultando o coordenador para ajuda pedagógica. Também não presenciei nenhuma conversa entre diretor e coordenador sobre qualquer assunto relacionado ao processo de ensino e aprendizagem. 
Esse Estágio Supervisionado me mostrou que nem sempre a coordenação pedagógica é por interesse, pois essa coordenadora foi por reconhecimento da equipe pelos anos de serviços prestados na Unidade Escolar. Esse reconhecimento é bom, mas nem sempre reflete o real fazer pedagógico na escola.
Como mencionado na introdução o foco desse estágio foi o coordenador pedagógico, mas não me furtei de conhecer a rotina dos outros seguimentos da escola. Dos quais destaco a atuação da diretora junto a equipe de apoio e vigia. Nesses campos a gestora possuí um ótimo dialogo com esses segmentos. Todos a compreendem como boa gestora. Em relação aos professores percebe-se uma certa animosidade entre alguns professores e a diretora. Por isso escolhi desenvolver o projeto de intervenção para trabalhar as relações interpessoais. Quanto a secretária escolar ela relata que prefere ficar neutra transita em todos os seguimentos com facilidade e boa comunicação. 
Enfim foi muito proveitoso esses dias de observação, pois pude compreender que o processo de ensino e aprendizagem vai além das salas de aulas e que tudo isso reflete fundamentalmente no aluno.
 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Decreto o CNE/CP Nº87.497, de 18 de Agosto de 1982
DANI, Lúcia Salete Celich. Et al., Cenas e cenários: reflexões sobre a educação. Santa Maria: Pallotti, 1999.
FÁVERO, Maria Lourdes de Albuquerque. Universidade Estágio Curricular, subsídios para discussão. In ALVES, Nilda. (Org.) Formação de professores pensar e fazer. São Paulo, Cortez, 1992
LA TAILLE, Yves de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
LIBÂNEO.	José	Carlos, 	(Org.)	Educação	Escolar:	políticas, 	estrutura	e organização. SP: Cortez,2003.
MATURANA, Humberto R, ZÖLLER, Gerda Verden, Amar e Brincar: Fundamento esquecidos do humano. São Paulo, Palas Athena.2004.

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