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1 FACULDADE FUTURA CONTEÚDO E METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS NATURAIS VOTUPORANGA – SP 2 1 ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Para Mathias (2009), todos que se inserem no contexto da educação, como pais, professores, alunos e a escola como um todo, devem sempre estar atentos ao comportamento dos alunos em sala de aula e, além disso, oferecer metodologias e estratégias didáticas diferenciadas para auxiliar no aprendizado destes alunos. A autora discute a respeito de metodologias para o ensino de ciências aplicadas para alunos com necessidades especiais. Fonte:www.inclusaoemedacacao.blogspot.com As dificuldades são muitas, pois não existem recursos necessários e, ainda hoje, a exclusão ainda está muito presente dentro das escolas, exclusão esta que não ocorre somente com algum aluno com necessidade educacional especial, e sim pode ocorrer com qualquer aluno pelo simples fato de apresentar alguma dificuldade de aprendizado. Mathias (2009) fundamentou seu trabalho a partir de experiências práticas vivenciadas dentro de sala de aula no decorrer do curso de Ciências Biológicas, apresentando experiências com alunos dos Ensinos Fundamental, Médio e Especial, relatando qual a peculiaridade encontrada em cada estágio. Durante a realização dos estágios curriculares de licenciatura, a autora inseriu metodologias de ensino diferentes do que a professora normalmente desenvolvia com seus alunos de inclusão e regulares. Mathias (2009) utilizou em suas aulas, metodologias diferenciadas como palavras-cruzadas, atividades teórico práticas, jogos, experiências, aulas ilustrativas e projetos com os alunos relacionados a assuntos cotidianos. 3 Todas essas práticas trouxeram resultados positivos no aproveitamento dos alunos. Para o Ensino Fundamental e Médio, com alunos que não apresentavam necessidades educacionais especiais, o conteúdo foi assimilado muito bem. Para o estágio no ensino especial, a mesma autora escolheu uma instituição de educação especial que recebia diferentes tipos de alunos com necessidades especiais, como surdez, síndromes diversas, esquizofrenia, entre outros. A faixa etária dos alunos recebidos era de 18 a 57 anos. Em sua discussão, Mathias (2009) afirma que percebeu na escola preocupação em integrar esses alunos à sociedade. Participou de projetos relacionados à saúde e à higiene, juntamente com a oficina de culinária. Durante os afazeres sobre culinária, técnicas de higiene e saúde eram ministradas na teoria e na prática para que eles associassem melhor o tema. Os alunos tiveram acesso a receitas, foram levados ao supermercado para comprar os ingredientes necessários para o prato do dia e durante todo o processo, eles tinham que descrever o nome do alimento que estavam comprando, como lavá-lo, qual seu benefício para a saúde, temperatura do alimento, embalagem, ou seja, tudo que era importante saber ao adquirir tal alimento. Perceberam-se dificuldades no que diz respeito à compreensão de determinados alunos e por esse motivo não foi possível a aplicação de um método de ensino de Ciências tradicional. Mas em função disso, foram desenvolvidas metodologias que integraram estes alunos na turma, trazendo-os para dentro do contexto de sala de aula, ajudando-o a construir uma linha de raciocínio a respeito de determinado tema na prática. Os resultados obtidos pela autora foram satisfatórios porque os alunos com necessidades especiais demonstravam ter assimilado muito do conteúdo. Vários alunos são incluídos no cenário relatado por Mathias (2009), como, deficientes visuais, surdos e mudos, deficientes físicos, deficientes mentais e superdotados, e, independente de cada um ter sua necessidade especial, estes podem ter alguma facilidade em um determinado tema ou estratégia didática, o que pode acrescentar e muito os estudos para os demais alunos. As técnicas apresentadas por Mathias (2009) para se incluir um aluno com necessidades educacionais dentro das escolas são bastante aplicadas no ensino regular, o que é de fato importante, é perceber como estas metodologias diferenciadas trazem um resultado positivo para alunos com necessidades educacionais especiais. Muito do que foi explorado pela autora já está inserido dentro de uma sala de aula de 4 Ciências, sabemos que é complicado inserir um aluno com necessidades educacionais especiais o tempo todo, pois são muitas as necessidades especiais. Mas a rotina diária pode ajudar muito na compreensão de cada necessidade especial e qual o tempo de cada um para determinada tarefa ou assunto tratado dentro de sala de aula. Ribeiro (2004) discute a respeito da inclusão relatando as práticas adotadas no Museu de Ciências Morfológicas situado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Vários projetos estão sendo realizados neste Museu e se enquadram no cenário da inclusão social e consequentemente, educação inclusiva. Dentre eles está o projeto “A célula ao alcance da mão” que contempla a inclusão de deficientes visuais para conhecer a estrutura e funcionamento do corpo humano. A autora descreve o processo de implantação deste projeto, que se inicia na percepção das dificuldades de alunos com necessidades especiais, como portadores de deficiência visual, em disciplinas de cursos das áreas Biológicas e da Saúde. Mecanismos diferentes são necessários para que tal aluno conheça todas as particularidades do corpo humano, qual a forma dos órgãos, o que isso interfere em sua função, enfim, fazê-lo conhecer o ‘todo’ que os demais colegas de turma aprendem através de figuras, atlas, microscópios ópticos, manipulação de órgãos e estruturas reais, entre outros. O projeto acima foca nesta dificuldade de o aluno aprender sem conseguir ‘ver’ e tentar minimizar os problemas de aprendizado. Vários modelos didáticos foram confeccionados para que os alunos possam compreender um pouco mais sobre cada estrutura do corpo humano apresentado e isso pode também beneficiar alunos com déficit de atenção. Segundo a autora ainda é uma dificuldade encontrar recursos didáticos, professores especializados e fazer com que o acesso desses cidadãos seja amplo e completo. Tal projeto, do Museu de Ciências Morfológicas, está em fase experimental em escolas de Ensino Fundamental e Médio, e a realidade ainda é um pouco distante de todos os planos e práticas que o projeto propõe. Mas nesta fase do projeto os resultados têm sido os melhores possíveis como, por exemplo, em turmas onde há alunos com diversas deficiências, a limitação de um compensa a limitação do outro e assim todos aprendem de forma dinâmica. Viveiros e Camargo (2006) discutem como metodologias diferenciadas podem acrescentar no ensino de Ciências e como isto pode interferir no ensino dentro de uma 5 aula inclusiva. Vários métodos de ensino são propostos, dentre eles métodos de ensino para deficientes visuais, acompanhado de recursos didáticos e sugestões de metodologias de ensino. Os autores acreditam que em se tratando de um deficiente visual, o diálogo deve sempre estar presente dentro e fora de sala de aula, acompanhado de um tom de voz calmo, normal, sem parecer um esforço ou algo feito sem naturalidade e firmeza. Indicam que os professores devem solicitar ajuda aos demais alunos quanto às orientações em determinadas atividades e temas apresentados em sala de aula. Apontam que o posicionamento dos alunos com necessidades educacionais especiais em sala de aula também é importante para que este aluno apresente um bom desempenho. A formação dos professores de Ciências (e das demais áreas) deve ser completa e o ensino no âmbito da inclusão deve ser vivenciado na prática, para que tudo que diz respeito às novas metodologias de ensino possam ser aplicadas e aproveitadas em benefíciodos alunos. Segundo Viveiros e Camargo (2006) o professor deve assumir uma postura de responsabilidade buscando todos os mecanismos, estratégias e condições, visando um ensino de qualidade para todos. No Ensino de Ciências o cuidado deve ser enorme, pois muitos temas são de difícil compreensão e isso cobra do professor um cuidado maior. Alguns assuntos tratados em Ciências exigem um olhar crítico, alguns conteúdos necessitam ser vivenciadas na prática, outros necessitam de um olhar microscópico, ou seja, muitas atividades dentro de sala de aula de Ciências são complexas se forem tratadas somente na teoria. Como propor um trabalho de campo a um aluno que apresenta deficiência física? Como apresentar um microscópio a um aluno deficiente visual? Tudo isto deve ser trabalhado de forma diferenciada ao se ministrar aulas no ensino inclusivo. O Ensino de Ciências, assim como todos os outros, pode ser ministrado com diversos trabalhos dinâmicos, metodologias diferenciadas, inovadoras e criativas e podem fazer com que se trate de um assunto interessante, e a partir do qual alunos podem fazer paralelos e trazer muito do que é visto dentro de sala de aula para o cotidiano. Não podemos esquecer que o Ensino de Ciências também apresenta temas complexos, que muitas vezes não são compreendidos a princípio pelos alunos e, por mais este motivo, deve ter a atenção/cuidados necessários para ser ministrado da 6 melhor forma possível, e para que este ensino e todos os outros não desconsiderem os alunos com necessidades educacionais especiais.1 2 ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS E A QUESTÃO DAS DROGAS No ensino de ciências os temas relacionados ao contexto sociocultural estão adquirindo maior destaque. Dentre estes, pode-se destacar o tema drogas, o qual é muito Didática e Prática de Ensino na relação com a Formação de Professores comentado nos meios de comunicação em virtude do enorme impacto social causado pelo consumo indevido destas. O segundo Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil constatou, por exemplo, que o consumo de álcool ocorre em faixas etárias cada vez mais precoces, sugerindo a necessidade de revisão das medidas de controle, prevenção e tratamento (CARLINI ET. AL, 2005). Em relação a tal problemática, é necessária a abordagem desse tema cada vez mais cedo pela escola visando à prevenção ao uso indevido de drogas. Fonte:www.vivamelhoronline.com 2.1 A Abordagem Sobre Drogas Sob Uma Perspectiva Preventiva No Contexto Escolar As primeiras experiências com drogas ocorrem frequentemente na adolescência. Nessa fase, o indivíduo é particularmente vulnerável do ponto de vista psicológico e social (SOLDERA ET AL., 2004). Por isso, Baus, Kukep e Pires (2002) destacam a relevância da abordagem sobre drogas na escola, uma vez que o uso de drogas na idade escolar é uma das maiores preocupações de saúde pública. O 1 Texto extraído de file:///C:/Users/Colaborador/Downloads/402-1212-1-PB.pdf 7 assunto drogas é sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para ser abordado no Ensino Fundamental como um tema interdisciplinar, mas o que muitas vezes acontece é que por diversos fatores (ser um tema polêmico, falta ou pouca formação profissional do docente para a abordagem sobre o tema) este assunto acaba por não ser abordado ou abordado de modo exclusivamente expositivo como, por exemplo, através de palestras. Nesta perspectiva Krasilchick (2004) afirma que no ensino fundamental são apresentados e cobrados conhecimentos pautados somente nos fatos, mas que não são compreendidos e/ou interpretados. Conhecimentos por vezes irrelevantes e desconectados em relação às outras áreas da disciplina Ciências e às demais disciplinas presentes no currículo. A escola deve superar esta abordagem particularizada e Didática e Prática de Ensino na relação com a Formação de Professores fragmentada do conhecimento, inclusive no que se refere à abordagem sobre drogas, uma vez que o conhecimento científico sobre esse assunto, especificamente aquele advindo das Ciências Naturais, é necessário, porém não é suficiente para uma abordagem que pretenda ter um caráter preventivo. Nesta perspectiva, é que o tema precisa assumir um caráter interdisciplinar e, assim, constituir um eixo que não apenas integra diferentes componentes curriculares, mas que também busca uma ação conjunta dos pais, professores, orientação educacional e funcionários.2 3 AS CIÊNCIAS NATURAIS E A SEXUALIDADE A educação sexual no currículo escolar tem sido discutida desde o século XX, despertando o interesse entre médicos, professores e outros. A abordagem dispõe-se de sua importância junto às crianças, adolescentes e jovens, para prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis, gravidez indesejada, defendendo uma educação sexual para higiene dos jovens, preparando sujeitos saudáveis e responsáveis (CÉSAR, 2009). Em meados do ano de 1928, foi discutida a aprovação do Programa de Educação Sexual no Congresso Nacional para Educadores, para se trabalhar com crianças acima de onze anos, sendo alvo central nos Projetos de educação sexual (AQUINO e MARTELLI, 2012, p. 02). Somente a partir do ano de 2 Texto Extraído de http://www.uece.br/endipe2014/ebooks/livro2/ESTRAT%C3%89GIAS%20DID%C3%81TICAS%20PARA%20ABOR DAGEM%20SOBRE%20DROGAS%20NO%20ENSINO%20DE%20CI%C3%8ANCIAS%20NATURAIS.pdf 8 1930, que o colégio Batista do Rio de Janeiro, apresentou em seu currículo o ensino de evolução das espécies e Educação Sexual, tendo como caráter inicial a reprodução feminina e a partir do ano de 1935 que foram incluídas discussões e análises da reprodução masculina, tendo como idealizador o professor Stawiarski, que foi processado, resultando na sua demissão (GUIMARÃES, 1995). Já nos anos de 40 e 50 não se tem conhecimentos de trabalhos realizados a educação sexual, sendo que nessa época a Igreja Católica repreendia assuntos em questão, possuindo total domínio ao sistema educacional, mas mesmo assim foram publicados livros referentes à educação sexual, mas dentro da moral católica enfatizando uma educação de responsabilidade paternal, mas também com intuito de responder questões de caráter biológico e reprodutiva, fomenta (GUIMARÃES, 1995). Fonte:www.rogeriocher.com.br Segundo Guimarães (1995), na década de 60 ainda surgiram várias tentativas para implantação de Educação Sexual nas escolas públicas e particulares, mas devido às mudanças políticas geradas pelo golpe militar de 64, esses programas tiveram que ser interrompidos, devido à repressão do moralismo vigente, isso porque a Igreja Católica ainda possuía domínio ao Sistema Educacional. Guimarães (1995) nos afirma que entre 63 a 68 ocorreram várias tentativas de implantação da Educação Sexual nos currículos das escolas do estado de São Paulo, sendo criados programas experimentais, com intuito de prevenção e informação, programas estes que tiveram duração de três meses, havendo rejeição dos pais, mas mesmo assim, algumas escolas do Rio de Janeiro, adotaram a Educação Sexual em todas as séries, isso a partir de 1964, já outras escolas implantaram o ensino em 1968, mas causando fortes 9 consequências, tais como exoneração da direção, suspensão de alguns professores e expulsão de alguns alunos. De acordo com César (2009), somente a partir dos anos finais da década de 70 e anos 80 que a sociedade brasileira convive a reabertura política, havendo grandes mudanças políticas e sociais, como também no campo da sexualidade, constituindo novas maneiras de compreender a Educação Sexual. Os Congressos Nacionais sobre Educação Sexual nas escolas de iniciativa privada ocorreram entre 1978 e 1979, podendo perceber o grande interesse dos profissionaisda educação sobre o tema. Assim, as argumentações referentes à inclusão da orientação sexual no currículo das escolas se intensificaram massivamente, influenciados pelo risco de infecção do vírus HIV e o aumento de casos de gravidez não planejada entre as adolescentes (BRASIL, 2001). Tal interesse é notado ao observarmos que no ano de 1983, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia realizou o 1º Encontro Nacional de Sexologia, tendo como objetivo o controle preventivo de Doenças Sexualmente Transmissíveis e a gravidez indesejada entre adolescentes e jovens (GUIMARÃES, 1995). Apesar de a discussão ter iniciado na década de 20 do século passado e intensificado na década de 80, foi somente a partir dos anos 90 que houve efetivamente a inserção da Orientação Sexual como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN’s (BRASIL, 2001). A discussão sobre educação sexual no ambiente escolar se avivou com a elaboração dos PCN’s em 1996, com destaque em seu volume 10, reservado à Orientação Sexual (BRASIL, 2001). A sexualidade no espaço escolar não se inscreve apenas em portas de banheiros, muros e paredes. Ela “invade” a escola por meio das atitudes dos alunos em sala de aula e da convivência social entre eles. Com a inclusão da Orientação Sexual nas escolas, a discussão de questões convivência social entre eles. Com a inclusão da Orientação Sexual nas escolas, a discussão de questões polêmicas e delicadas, como masturbação, iniciação sexual, o “ficar” e o namoro, homossexualidade, aborto, disfunções sexuais, prostituição e pornografia, dentro de uma perspectiva democrática e pluralista, em muito contribui para o bem-estar das crianças, dos adolescentes e dos jovens na vivência de sua sexualidade atual e futura (BRASIL, 1997, p. 292 e 3). A inserção dessas diretrizes dos PCN’s não objetivou a introdução de regras imutáveis para serem seguidas pelos docentes; mas ao contrário, apresentaram orientações gerais aos docentes sobre a forma como esses assuntos devem ser trabalhados. Assim, não apresenta nenhuma especificação com relação às abordagens, estratégias e recursos de ensino. Dessa forma, propõe uma educação sexual em que nas salas de aula sejam problematizadas e repensadas as “verdades” 10 que são instituídas como válidas e normais pelos currículos oficiais. Cabe ao docente agora trabalhar em sala de aula as questões relacionadas à sexualidade envolvendo metodologias e técnicas que melhorem o processo de aprendizagem, moralidade e ética, ligando a escola aos demais espaços da vida do estudante (JOCA, 2009). Em discussão histórica da Educação Sexual, percebe-se que ocorreram momentos de conquistas e recuos, sendo suas concepções influenciadas pelo tempo, ou seja, pelas pessoas, espaço e pelo movimento da sociedade. Apesar de atualmente se falar muito de sexo, ele continua sendo muito delicado até nos dias de hoje. 3.1 Educação Sexual nas Escolas: A necessidade de superar tabus De acordo com Beraldo (2003), falar de educação sexual nas escolas ainda gera grandes polêmicas, que se associam inconvenientes e impróprias, pois a comunicação sobre esses assuntos ainda continua sendo um grande tabu, até porque no convívio familiar, muitos pais sentem-se desconfortáveis para falar abertamente com seus filhos e dar-lhes uma orientação adequada. Muitos jovens descrevem que não falam com os pais sobre sexualidade por vergonha e medo que os pais possam vir a desconfiar de uma suposta vida sexual precoce (Gaspar, 2006). Esse fato leva a outra pesquisa que descreve que alguns adolescentes preferem falar com professores ou profissionais da saúde sobre dúvidas relacionadas a doenças sexualmente transmissíveis (BARROSO, 2008) Portanto, a escola quer queira ou não possui um papel muito importante para diminuir as consequências da falta de informação sobre educação sexual, pois as manifestações estão presentes, cabe ao Professor (a) problematizá-las, ou seja, questionar, dialogar elementos a sexualidade, contribuindo para o desenvolvimento humano (AQUINO e MARTELLI, 2012). De acordo com Braga (2006), é necessário que haja um diálogo no ambiente escolar em que se desperte a curiosidade e principalmente o interesse dos alunos, em se conhecer, sem preconceitos, pois esses assuntos são trazidos para dentro da escola junto com cada indivíduo e é necessário o desenvolvimento de uma ação reflexiva e educativa ao se tratar do assunto em questão. Aquino e Martelli (2012) nos afirmam que na escola, a convivência entre crianças possibilita diferentes aprendizagens, favorecendo socialização de crenças, comportamentos e culturas, dentre eles a sexualidade. Diante desta abertura de interpretações sobre como se 11 trabalhar o tema Quirino (2013) descreve que o professor precisa estar ciente que as questões referentes ao tema podem surgir em diferentes momentos para cada aluno ou grupo, e mesmo que o professor já tenha discutido o assunto em sala de aula, pode ser necessária sua retomada. Fonte:www.tvmundomaior.com.br Sabemos que a escola não muda a sociedade, mas pode partilhar com segmentos sociais, democráticos, constituindo um espaço de reprodução e transformação de conhecimentos sendo necessário que se busque formas de se trabalhar as questões da sexualidade junto aos adolescentes (PCN’s, 2001). Para Gaspar et alli (2006) é necessário o envolvimento da família e da escola no processo de educação sexual dos adolescentes, propondo esclarecimentos para que os jovens desfrutem a sua sexualidade de maneira saudável e com responsabilidade. A escola sozinha não resolve a questão descreve Paula e Santos (2012), sendo necessário que a família faça sua parte, mostrando à criança as questões de valores morais que cabe somente a ela. Diante de todas essas questões, pode-se observar que, apesar de atualmente se falar muito de sexo, principalmente nos meios de comunicação, ele continua sendo um tema delicado para se trabalhar em sala de aula, mas é necessário evitar os tabus e preconceitos que envolvem a vida sexual humana. É necessário que o Professor aborde esses assuntos em sala de aula e em qualquer momento que precisar, para atender as necessidades dos alunos, não se tornando um desafio a ser traçado. O professor de Ciências deve enriquecer seu 12 planejamento com aulas diferenciadas, tornando-as prazerosas, despertando a curiosidade e interação dos alunos. É necessário também que toda equipe de professores contribua nesse processo de evolução dos adolescentes, não passando a responsabilidade somente para o professor da área de Ciências, sendo que em todas as disciplinas se podem falar e orientar os alunos quanto a sua sexualidade. O professor também pode trabalhar o tema em parceria com a Unidade de Saúde, que por sua vez irá auxiliar nos quesitos de informativos referentes à saúde.3 3 Texto extraído de file:///C:/Users/Colaborador/Downloads/20432-96019-2-PB.pdf
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