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Resenha Crítica de Caso Anne Riley: Dispensada

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 
 
 
Resenha Crítica de Caso Anne Riley: Dispensada 
Ana Lucia de Oliveira 
 
 
 
Trabalho da disciplina Visão Estratégica no Gerenciamento de Pessoas 
 Tutor: 
 
 
Rio de Janeiro, RJ 
2020 
 
 
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ANNE RILEY: DISPENSADA 
 
 
Referências: SUCHER, Sandrs J; ANDREWS, Phillip. Anne Riley: Dispensada. Harvard 
Business Scholl, n .9 -612-008, p .1-6. 15 setembro 2011 
 
 
O estudo de caso relata o desafio profissional encarado por Anne Riley, uma jovem em início 
de carreira e com um futuro promissor. Anne Riley havia traçado um planejamento de 
carreira metódico onde sofreu ameaças por situações não previstas. 
Anne Riley começou a trabalhar aos 15 anos e foi criada pela mãe em Nova York, sendo a 
primeira pessoa da família a fazer faculdade. Formou-se em 2005 e obteve o diploma de 
Bacharel e Ciências em contabilidade com foco em finanças em uma universidade de alto 
nível. Foi contratada por um dos maiores bancos de investimentos do mundo como analista, 
indo trabalhar na filial na cidade de Nova York. 
A jovem havia traçado um objetivo de fazer um MBA e dedicar a sua carreira em uma grande 
empresa de Private Equity (PE). 
Em janeiro de 2011, aos 28 anos Anne Riley, no primeiro ano de MBA esperava pela 
recrutadora da Goldman Schs Private Equipe Group. Era um trabalho de verão que esperava 
resultar em uma oferta para um trabalho permanente após a formação, estava confiante em 
suas habilidades que a empresa procurava em um Associado sênior de PE. Sua recrutadora 
comentou sobrea experiência dela na Storrow por algum tempo e disse também havia 
trabalhado numa empresa de PE parecida antes do seu MBA. Riley estava preocupada que 
o foco da entrevista se tornasse sua experiência na Storrow. 
Antes de participar da entrevista para a Goldman Schs, Riley após três anos trabalhando em 
um dos maiores bancos de investimentos, recebeu uma oferta para o cargo de analista na 
empresa Storrow, onde seguiu por um extenso e desgastante processo de entrevista. Em 
julho de 2008, ela foi para a sede da empresa em Chicago, Illinois. 
A Storrow, foi fundada em 1989 e tinha mais de R$50 bilhões em ativos sob sua 
administração desde 2010, era uma empresa com muita segurança financeira. Riley recebeu 
várias ofertas de emprego, porém decidiu se manter na Storrow por conta de seu prestígio e 
 
 
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das “boas pessoas” em que conheceu na empresa. Riley fazia parte do grupo de aquisição, 
onde trabalhou nos investimentos de fabricação da empresa. Ela havia escolhido concentrar 
seu trabalho no setor de fabricação porque era considerado o melhor grupo da Storrow e o 
setor onde a empresa se iniciou. Riley havia feito um planejamento para ficar por mais dois 
anos na companhia, antes de fazer o MBA. 
A equipe de analistas de 2008 no qual Riley fazia parte, entrou na Storrow no mesmo 
momento em que a economia global estava entrando em recessão e desemprego, 
ameaçando sua promissora carreira. Riley não havia cogitado que sua carreira estaria 
ameaçada, pois acreditava que o setor financeiro seria o último setor a ser afetado pela crise 
e que sua função era considerada mão de obra barata, e até porque, em dois anos estaria 
saindo da Storrow para a escola de negócios. 
Diante da crise, s Storrow se viu forçada a cortar custos para reduzir taxar de administração, 
desligando de cada grupo de setor um dos dois analistas contratados, cinco meses antes do 
término do contrato. 
Riley permaneceu confiante, por mais que os rumores sobre as dispensas estivessem 
circulando pela empresa. No fim da tarde, Riley recebeu um e-mail de seu chefe de grupo 
solicitando que assim que ela estivesse disponível, passar em seu escritório. Mesmo após 
receber o e-mail, Riley permaneceu confiante, pois acreditava que pelo “tom” do e-mail, as 
chances de seu chefe dar uma má notícia eram pequenas. Porém, quando Riley entrou no 
escritório de seu chefe, suas esperanças desapareceram, pois a notícia de sua dispensa, era 
real. 
Apreensiva, sem saber qual seria a próxima etapa do seu desenvolvimento profissional, Riley 
sentiu preocupação, raiva e ansiedade. Seu chefe tentou tornar o processo de dispensa 
menos doloroso, porém Riley se sentiu traída, sabotada e desvalorizada ao saber que seu 
colega de setor permaneceria, mesmo acreditando que ele não era tão competente quanto 
ela. Isso a fez se autoquestionar, pensando se deixou de dar a devida atenção à rede de 
relacionamentos daquele ambiente ou se deixou de manifestar sua competência. 
Mesmo se sentido traída, Riley não havia tomado nenhuma atitude precipitada que lhe 
pudesse trazer prejuízos futuros. Riley estava preocupada com seu futuro e não conseguia 
parar de pensar no que motivou à sua dispensa, vários motivos possíveis encheram a sua 
cabeça e ela buscava respostas. Ela pensava que teria dificuldade em conseguir um novo 
 
 
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emprego, pois não tinha grandes negócios para apresentar em entrevistas, e também 
possuía experiência limitada em negociação, pois ficou por apenas cinco meses na Storrow. 
Riley entendeu a importância do networking que a Storrow o havia proporcionado e percebeu 
que não precisava estar no escritório para fazê-lo, pois podia ter reuniões de networking na 
Starbucks ou por telefone. 
Como consequência de suas reuniões na Storrow, Riley viria a trabalhar como o braço direito 
do diretor executivo da Memorial Automotive Technologies (MAT), empresa de fabricação 
que se concentrava em peças para automóveis. Seria uma oportunidade vantajosa para ela, 
já que era perto de Chicago e por ter sido gerenciada por seu grupo na Storrow. 
Porém, Riley sofreria outro golpe: o cargo que estava destinado para ela foi ocupado por um 
ex colega que possuía MBA de uma escola de alto nível, fazendo com que ela ficasse ainda 
mais baixo na hierarquia, trabalhando como diretora do financeiro. Isso aumentou a 
frustração e a raiava de Riley. 
Ainda assim, mesmo fazendo algo que não gostava, ela tentou fazer o máximo que podia. 
Quando não estava ocupada, Riley se encontrava com pessoas de diversas áreas para 
atualizar seu networking, e com isso, ela tinha a oportunidade de aprender e de crescer 
profissionalmente. Mostrou-se disponível e flexível, no modo de desenvolver diversas 
atividades e projetos, mantendo sua motivação. Os dezoito meses que passou na MAT, 
representaram para Riley, crescimento e aprendizado significativo. 
Em agosto de 2010, Riley se matriculou no MBA da HBS. O novo ambiente a ajudou a 
esquecer parte da raiva que havia vivido em experiências anteriores. Ela conheceu alunos 
que também haviam passado pela mesma situação que ela, e encontrou conforto na troca de 
experiência. Alguns alunos comentaram que sempre há uma escolha nas dispensas, isso 
aumentou a sua dúvida em relação ao porquê de ter sido dispensada. 
No outono, Riley decidiu que tinha energia o suficiente para enfrentar um novo processo de 
entrevistas para PE. No início, ela imaginou que a frustração que temia teria alguma verdade 
e se valeria a pena o processo. Porém, assim que começou a receber convites para 
entrevistas, percebeu que não tinha nada a perder. 
Riley fez um planejamento bem estruturado e metódico de sua carreira, porém o 
planejamento precisou ser reajustado devido aos fatores econômicos turbulentos que 
ocorriam no ano de 2008. Pega desprevenida ao ser demitida, Riley agiu com ética e 
 
 
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prudência, concentrou suas energias em ir atrás de novos desafios que a proporcionasse 
novos conhecimentos e experiências. 
Podemos perceber que por mais que tenhamos um planejamento de carreira bem 
estruturado, devemos considerar fatores que estão além do nosso controle e saber contornar 
a situação da melhor maneira possível, assim como fez Riley. Também se percebe que faltouPlanejamento Estratégico na empresa Storrow, pois a empresa tinha uma boa solidez 
financeira, e com um bom estudo de cenário externo e interno, poderia ter evitado os 
desligamentos dos analistas podendo-se assim reter seus talentos. Também, houve falta de 
Feedback por parte do líder do grupo para com Riley, quando foi feito o desligamento, pois 
não foi informado com clareza o porquê do desligamento, onde fez com que Riley ficasse em 
dúvidas sobre sua capacidade como profissional. Na empresa MAT, houve falta de ética e 
transparência, pois ao oferecer o cargo para Riley e logo em seguida, outra pessoa ocupar 
este cargo, gerando dúvidas sobre a ética e valores da empresa. Uma empresa precisa de 
transparência para com o funcionário, pois a falta de transparência faz com que o mesmo se 
sinta desmotivado, trabalhando sem confiar nos princípios da organização e não entregando 
resultados satisfatórios.

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