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aAtuação de Fisioterapia em UTI no Sistema Único de Saúde O que é UTI? UTI- Unidade de Terapia Intensiva Unidade que abriga um conjunto de elementos destinados a atender pacientes graves ou do risco com assistência médica e de enfermagem, laboratorial e radiológica ininterruptas e demais recursos humanos e tecnológicos específicos. Unidade específica dentro de um CTI. CTI- Centro de Terapia Intensiva Conjunto de UTI agrupada num mesmo local. · UTI adulto · UTI coronariana (UCO) · UTI infantil CTI · UTI neonatal · UTI queimados (UTQ) · UTI oncológica · Estudo em 460 UTIs de 17 países considerados desenvolvidos da Europa Em quase 100% das UTIs a função do fisioterapeuta é na mobilização do paciente e ajustes na função do ventilador mecânico. -12% têm papel ativo no ajuste da ventilação mecânica -25% na extubação -22% no desmame da ventilação mecânica -46% na execução da ventilação mecânica não-invasiva Resolução-RCD N°7, de 24 de fevereiro de 2010 -Art. 8° A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das rotinas dos procedimentos assistenciais e administrativos realizados na unidade, as quais devem ser: II- aprovadas e assinadas pelo Responsável Técnico e pelos coordenadores de enfermagem e de fisioterapia. -Art. 13 2° Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia deve ser especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal); -Art. 14 IV- Fisioterapeutas: no mínimo 1 para cada 10 leitos ou ração, nos turnos matutinos, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação. -Art. 15 Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem devem estar disponíveis em tempo integral para assistência aos pacientes internados na UTI, durante o horário em que estão escalados para atuação na UTI. -Art. 16 Todos os profissionais de UTI devem estar imunizados contra tétano, difteria, hepatite BB e outros imunobiológicos, de acordo com a NR 32. Fisioterapia Respiratória Em 1901, Willian Ewart descreveu o benefício da drenagem postural no tratamento da bronquiectasia. • Ambientes hospitalares • Unidade de Internação (apartamentos e enfermarias) • Unidade de Pronto-atendimento • Unidades de Terapia Intensiva • Ambulatórios No Brasil, embora os fisioterapeutas estejam cada vez mais envolvidos nas UTIs, sua atuação difere em cada instituição, não estando suas competências bem definidas. A inserção do fisioterapeuta em UTI começou no final da década de 70. O ingresso da FR na UTI · Estudos comprovam a diminuição nas taxas de incidência de pneumonias nosocomiais com a implementação do serviço de fisioterapia. · Incluem também redução no tempo de ventilação mecânica, prevenção de re-entubação e traqueostomia. · Prática profissional ampla · Ação em todas as faixas etárias · Atua no tratamento de distúrbios pulmonares agudos ou crônicos. · Fisioterapia Respiratória Clássica- Minimizar a retenção de secreção pulmonar, incrementar a oxigenação, garantir ventilação pulmonar normal e reexpandir áreas atelectasiadas. · Competência de equipe multiprofissional. · Indicar, escolher e aplicar condutas específicas da fisioterapia na resolução de casos complexos. + Modernização das técnicas de ventilação mecânica. · Já o FR em UTI atua nos distúrbios extrapulmonares. · Competência de equipe multiprofissional. · Indicar, escolher e aplicar condutas específicas da fisioterapia na resolução de casos complexos. + Modernização das técnicas de ventilação mecânica. · Ventilação com “pulmão de aço” na crise mundial da poliomielite. EPI • Máscara N95 • Luva estéril • Óculos de proteção • Touca • Propé • Capote descartável com manga SUS A cada ano, de 44.000 a 98.000 mortes resultam de erros médicos potencialmente evitáveis. 2009: Rede de Gestão no Cuidado ao Paciente Crítico nos Hospitais do SUS do Brasil. 9 Hospitais do SUS 27 outros Hospitais do SUS do Brasil selecionados pelo Ministério da Saúde. Papel do fisioterapeuta na UTI Varia consideravelmente de uma unidade a outra, dependendo do país, da instituição, do nível de treinamento e da situação do paciente. O fisioterapeuta tem a responsabilidade de avaliar todos os pacientes em UTIs. O fisioterapeuta precisa ter bom conhecimento em fisiologia, ventilação mecânica e técnicas fisioterapêuticas apropriadas para prevenção e tratamento de afecções no paciente grave tanto na área respiratória como motora. · Manobras de higiene brônquica · Cinesioterapia respiratória · Exercícios com aparelhos de incentivo inspiratório · Treinamento muscular · Técnicas ventilatórias associadas a VM · Ampla as modalidade terapêuticas Perfil técnico • Técnicas mais comuns usadas pela FR em UTIs • Posicionamento • Mobilização de articulações • Hiperinsuflação manual • Manobras convencionais de desobstrução brônquica e reexpansão pulmonar • Aspiração de vias aéreas • Tosse assistida e suas variações • Drenagem postural e padrões ventilatórios Equipes que durante o período diurno atendem aos pacientes de terapia intensiva, porém não exclusivamente. Nesse modelo, o grau de inserção dentro da unidade é menor e suas funções, em geral, estão restritas aos procedimentos fisioterápicos. Programa de Gestão de Cuidado do Paciente Crítico Desenvolver sistema, processos e condições que permitam a construção de uma linha de cuidado ao paciente crítico. Ferramentas da gestão da clínica e da melhoria permanentemente da segurança no cuidado. Apoiar as instituições hospitalares e os profissionais de saúde envolvidos a criarem uma cultura de: Avaliação do cuidado ao paciente crítico, de modo a subsidiar a tomada de decisão dos gestores e profissionais de saúde, segundo as melhores evidências. Objetivos Eficiência do tratamento e a segurança no cuidado ao paciente crítico Diminuir e eliminar as causas consideradas evitáveis Modelo de atenção e cuidado multidisciplinar; Anestesiologista, emergencistas, intensivistas, enfermagem, fisioterapeutas e gestores de risco. Fisioterapia Atua de forma ética para a integridade do cuidado, considerando as necessidades biopsicossociais dos pacientes. Fisioterapia respiratória, cardiovascular, neurológica e ortopédica, de forma multiprofissional e coerente com a dinâmica da Unidade Hospitalar. Raciocínio clínico nas situações de emergência, segundo evidências científicas, utilizando-se de protocolos de conduta e avaliação do cuidado em fisioterapia. Ações- chave e conteúdos da fisioterapia Avaliação Fisioterapêutica Realiza Anamnese: Conceito de comunicação empática. Capacidade de observação do comportamento do cliente frente a anamnese. Postura crítica, evitar comentários a respeito de condutas e/ou procedimentos realizados entre todos os profissionais envolvidos. Realiza Exame Físico: Avaliar considerando a - consciência do paciente; utilização de recursos invasivos (cateteres, tubos orotraqueais ou cânulas de traqueostomias, sondas nasogástricas e vesicais, drenos); avaliação da necessidade de cuidado e/ou intervenção imediata ou iminente; sinais vitais, pulso/ perfusão; estado geral do paciente. Realiza Exame Físico Específico Sistema Respiratório: Tosse/expectoração; cianose; dor torácica, ausculta pulmonar; padrão respiratório; trofismo da musculatura respiratória; palpação/percussão; ventilação mecânica- parâmetros e sua relação com o sistema respiratório normal e em situações patológicas; cicatrizes (traqueostomia, cirurgias torácicas). Sistema Osteomioarticular: Palpação; mobilidade/amplitude articular, deformidades; Sinais flogísticos nas articulações; ruídos articulares; força/elasticidade muscular; presença de próteses e/ou fixadores; trofismo; locomoção. Sistema Nervoso: Nível de consciência; fala; deglutição; padrão respiratório; Pupilas; sensibilidade; tônus e trofismo; movimentos (voluntários/involuntários); reflexos; coordenação motora; Analisa o prontuário de paciente Análise e seleção de informações e dados relevantes do prontuário do paciente, queestão relacionados ou repercutindo de informações de forma direta ou indireta no quadro clínico atual do paciente. Interpretação dos principais exames complementares (laboratoriais e de imagem) ao quadro do paciente. • Identificar problemas • Raciocínio crítico e clínico • Interpretação de exames de imagem e laboratoriais, relacionando-os á clínica do paciente. • Conceito de atuação em equipe multidisciplinar. • Prioriza problemas • Integração de informações com as necessidades do paciente. • Conceito de gravidade e urgência • Conceito de risco. • Capacidade de dimensionamento dos achados clínicos. Planejamento da Assistência fisioterapêutica • Identificar recursos tecnológicos para abordagem dos problemas • Técnicas e recursos terapêuticos de fisioterapia: seus mecanismos de ação, suas indicações e contraindicações, sua relação com a fisiopatologia do paciente. • Conceito de custo-benefício. • Percepção e abordagem da aderência do paciente ao tratamento. Elabora programa, aplicação de recursos. • Conceitos de eficiência e efetividade. • Visão geral da unidade e adequação das ações fisioterapêuticas à dinâmica do serviço em trabalho integrado à equipe. Realização da assistência fisioterapêutica Realiza assistência fisioterapêutica respiratória, neurológica, cardiovascular e músculos-esquelética. Realiza assistência em situações de emergência de modo integrado à equipe multidisciplinar. • Raciocínio crítico e clínico. • Interpretação de exames de imagem e laboratoriais, relacionados à clinica do paciente. • Conceito de atuação em equipe multidisciplinar. Aplicação Situação 1 Paciente, 20 anos, vítima de acidente automobilístico, consciente, relata não sentir braços e pernas. Encontra-se no meio da rua, aguardando socorro. 1. Quais políticas de saúde regem o seu atendimento? 2. Quais serviços e assistências devem garantidas? Situação 2 Paciente, 20 anos, vítima de acidente automobilístico, consciente, relata não sentir os braços e pernas. Após ser removido para a UPA e encaminhado a UTI-RH, encontrava-se com hipoxemia, taquipneia, hipoventilando e com aumento do trabalho respiratório. I. Quais as classificações funcionais segundo a CIF correspondem a este quadro clínico? Situação 3 Paciente, 20 anos, vítima de acidente automobilístico, consciente, relata não sentir os braços e pernas. Na UTI diante do quadro foi instalada ventilação não invasiva, sem sucesso, portanto intubado e mantido em ventilação mecânica. I. Considerando que este paciente avaliado pela fisioterapia, foi submetido a monitorização respiratória, com ventilometria, ajuste da pressão do balonete (cuff), instalação de NI, via aérea artificial e ajuste de parâmetros ventilatórios, com aspiração de secreções, qual o custo deste atendimento segundo o RNPF?
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