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AULA 4 -Complicações da Terapia Nutricional

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Complicações da Terapia 
Nutricional 
Docente responsável: Msc. Gabriella 
Belfort 
Complicações da Nutrição Enteral (NE) 
Complicações 
Gastrointestinais 
Metabólicas 
Respiratórias 
Mecânicas 
Complicações da Nutrição Enteral (NE) 
 
• Em geral, pacientes cardíacos e neurológicos 
Maior risco para vômitos Maior risco para diarreia 
Aspiração 
pulmonar 
*Atingem de 10-25% dos pacientes que recebem NE 
Anormalidades Gastrointestinais 
Náuseas e vômitos (causa multifatorial) 
Estase gástrica –Interrupção total ou parcial 
do esvaziamento gástrico (50% ou mais do 
volume de dieta infundido após 2 horas de 
infusão) 
RGE 
Distensão abdominal, cólicas, sensação de 
plenitude gástrica, flatulência 
Diarreia/constipação 
Anormalidades Gastrointestinais 
Possíveis causas de náuseas e vômitos 
 
 
Intolerância à 
lactose 
Excesso de 
gordura 
Infusão rápida 
Solução 
hiperosmolar 
Estase 
gástrica e RGE 
Anormalidades Gastrointestinais 
 Sinais da Síndrome da má 
– absorção: 
 
• Perda de peso 
• Esteatorréia/diarréia 
crônica 
• Anemia 
• Edema 
• Glossite, neuropatia, 
dermatite 
 
 
Diarreia – Causas relacionadas a dieta 
Diarreia 
Infusão 
rápida/posição 
em jejuno 
Contaminação 
Dieta sem fibra 
Solução 
hiperosmolar 
Dieta muito 
fria 
Diarreia – Causas relacionadas ao 
paciente 
Diarreia 
Hipoalbumin
emia 
Intolerância à 
lactose 
Antibióticos Antiácidos 
Má- absorção 
de gorduras 
Diarreia – Medidas de Controle 
relacionadas a dieta 
Etiologia Controle 
1. Infusão rápida Reduzir volume de infusão e 
progredir lentamente (infusão 
contínua) 
2. Dieta muito fria Suspender dieta e aquecer até 
atingir temperatura ambiente 
3. Dieta sem fibras Substituir por fórmulas com fibras 
solúveis 
4. Solução hiperosmolar Substituir por fórmulas isotônicas 
ou diminuir velocidade de infusão 
da dieta 
5. Diarreia rebelde e intensa Suspender a dieta por 12 h e 
tentar reiniciar com dieta por 
gotejamento e com baixo volume 
de infusão (infusão contínua) 
Complicações metabólicas 
• Hiperhidratação/desidratação 
• Hiperglicemia/hipoglicemia 
• Distúrbio de eletrólitos 
• Alterações hepáticas 
*Menos frequentes do que na Nutrição 
Parenteral 
Complicações metabólicas 
Hiperglicemia 
 
Causas: 
 - Deficiência de 
insulina (trauma, sepse, 
corticóides) 
Tratamento: 
 
- Administrar insulina 
e/ou hipoglicemiante 
oral. 
- Dietas isentas de 
sacarose 
- Monitoração da 
glicemia diariamente 
 
Hipoglicemia 
 
• Causas: 
 
 - Suspensão súbita 
da dieta em pacientes 
com estado 
hiperglicêmico 
 - Excesso de 
administração de insulina 
 
Tratamento: 
 
- Administração de 20 ml 
de glicose à 50%. 
 
-Repetir a glicemia e 
observar 
Complicações metabólicas 
Complicações Mecânicas 
Complicações Respiratórias 
• Aspiração pulmonar 
Pneumonia Aspirativa 
Conteúdo excessivo de dieta; 
Retardo no esvaziamento gástrico 
Íleo paralítico 
Inclinação a 
30-45 graus; 
 
Aspiração da 
de resíduo 
gástrico antes 
de cada dieta* 
 
Marcador azul-
metilieno* 
 
*em casos de 
maior risco 
Complicações Metabólicas na Nutrição 
Parenteral 
• Diabetes Mellitus 
• Trauma 
• Choque 
• Algumas cirurgias 
 
Diminuição da utilização tecidual 
de glicose 
Hipoglicemia 
 
• Causas 
 - Descontinuação súbita da 
NPT ou de medicamentos 
diabetogênicos. 
- Resolução do estresse 
metabólico 
-Sepse, nefropatias, 
hepatites graves 
• Ideal é fazer um 
desmame da NPT 
Complicações metabólicas 
Redução do gotejamento em 12 
horas para metade do volume e 
depois, administração de glicose a 
10% nas 12 horas seguintes 
Hiperglicemia 
 
 - Causa multifatorial 
 
- Pode causar desidratação 
- Coma hiperosmolar não 
cetótico 
 
 
• Início da NPT com até 50% 
nas necessidades do 
paciente 
 
• Velocidade de infusão da 
glicose: 4 a 5 mg/Kg/min 
 
• Controle da glicemia capilar 
e caso necessário – 
correção com insulina 
• Níveis de glicemia entre 80-
110mg/dl 
* Em pacientes críticos a meta 
é entre 140-
180mg/dl(BRASPEN, 2018). 
Complicações metabólicas 
• Síndrome de 
Realimentação 
• Após a introdução da 
Terapia nutricional não 
balanceada (até 4 dias) 
Complicações metabólicas 
Pacientes Denutridos graves 
Períodos prolongados de 
inanição (7-10 dias) Alterações hidroeletrolíticas 
associadas a anormalidades 
metabólicas 
Sd. Realimentação 
Sobrecarga na ingestão calórica diante da reduzida capacidade 
cardiovascular 
Arritimia, falência 
cardíaca 
Hipofosfatemia ( < 
2,7 mg/dl): 
 
- Insuficiência 
respiratória e 
cardíaca, morte 
súbita 
- Disfagia/anorexia 
- Disfunção 
hematológica 
- Alterações 
neurológicas 
(confusão 
mental, 
vertigem..) 
Hipomagnesemi
a (< 1,8 mg/dL) 
 
-Arritmia 
-Anorexia 
-Alterações 
neuromusculares 
-Intolerância a 
carboidratos 
Hiperinsulinemia 
Hipocalemia ( < 
3,0 meq/L) 
 
-Arritimia 
cardíaca, parada 
cardíaca 
-Paralisia 
muscular, 
fraqueza 
-Hipomotilidade 
intestinal 
-Rabdomiólise 
*intolerância a glicose também pode ocorrer 
A vitamina B1 é co-enzima essencial para o metabolismo 
de aminoácidos e hidratos de carbono, dessa forma, a 
reintrodução desses a um organismo em depleção de 
vitamina B1 poderá trazer uma série de consequências 
como Encefalopatia de Wernicke (anormalidades 
oculares, ataxia, que é a falta de coordenação dos 
movimentos do corpo, confusão mental, hipotermia, 
coma) e Síndrome de Korsakoff (amnésia anterógrada, 
retrógrada e confabulação). 
Prevenção da Sind. Realimentação 
 Aumentar o 
aporte calórico 
lentamente. 
 Administrar 
vitaminas e 
minerais 
diariamente. 
 Controle 
cuidadoso de 
eletrólitos. 
Para pacientes críticos  
Iniciar com 15 a 20 
Kcal/Kg/dia e progredir para 
25-30 Kcal/kg/dia após 4 dias 
 
Proteínas 1,2 a 1,5 g/kg/dia 
ou 1,5g-2g/kg (BRASPEN, 
2018) 
*peso atual.

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