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Estudo de Caso - Seminários Avançados em Psicologia

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Nome: – Mat 
QUESTÃO 1:
Uma mulher casada de 35 anos veio para o tratamento em uma tentativa de dar fim à sua infidelidade compulsiva. Sempre que seu marido viajava, o que a profissão dele frequentemente exigia, ela escolhia para seu amante um homem que fosse tímido, deprimido e impotente. Então se deliciava com sua capacidade para seduzi-lo a tornar-se audaz, feliz e potente. Ela geralmente realizava seu triunfo ―terapêutico‖ pouco antes do retorno do marido, quando rompia o relacionamento extraconjugal. Naturalmente, o casamento tinha suas dificuldades, mas era, apesar disso, estável. O terapeuta apenas gradualmente ficou sabendo de alguns de seus aspectos perturbados, à medida que a própria paciente tornou-se capaz de tolerar o conhecimento do terapeuta sobre eles.
Após aproximadamente um ano e meio de tratamento e um ano em que não teve casos, ela passou a se posicionar mais claramente, por exemplo, insistindo com o marido que seu filho de 8 anos era muito jovem para ter o rifle que ele lhe havia dado, após o menino ter atirado em sua própria mão com a arma. Um dia ela relatou ter ido ao banheiro onde sua filha de 3 anos estava tomando banho com o marido, uma prática costumeira que ela não havia contado a seu terapeuta. A paciente nunca antes havia ido ver o que acontecia no banheiro, mas agora relatava que ficara atônita e paralisada ao ver que sua filha estava brincando com o pênis ereto de seu marido enquanto ele ficava sentado calmamente lendo o jornal na banheira. Ela saiu sem dizer uma palavra. Nesse ponto a sessão de sexta-feira chegou ao fim.
Na segunda-feira, a paciente estava bastante deprimida, sentindo-se desanimada e abandonada por seu terapeuta. Desesperada para sentir-se melhor, ela começara a imaginar como poderia arrumar outro caso, e com quem. O terapeuta disse-lhe que seus sentimentos pareciam ligados com o momento em que ele terminara a sessão de sexta-feira, um comentário que resultou em um acesso de depreciação sarcástica por parte da paciente, em um tom em que ele nunca havia ouvido dela antes.
Apenas após vários dias, sua fúria diminuiu suficientemente para ela considerar o que havia ocorrido. Ela e o terapeuta apenas gradualmente puderam dar-se conta de que havia sido, de fato, uma revivência de sentimentos da infância e uma representação na qual o terapeuta, um homem, tinha desempenhado o papel de sua mãe, que muitas vezes a havia deixado brincando com um ou outro dos pensionistas da sua casa, muitos dos quais tinham abusado sexualmente dela.
Caso extraído do livro “Psicoterapia de Orientação Analítica: Fundamentos teóricos e clínicos” – ELZIRIK C.L.; AGUIAR, R. W.; SCHESTATSKY S. S. e cols. 2ª ed – Capítulo 22.
De acordo com os estudos psicanalíticos, Freud criou e sistematizou uma teoria da técnica analítica. Assim permitindo a compreensão e a articulação de fenômenos clínicos suscitados pelo tratamento. No caso acima mencionado que fenômeno clinico podemos descrever. Fundamente.
Resposta: 
Contratransferência
Freud descreve esse fenômeno com o:
Resposta emocional do analista aos estímulos que provêm do paciente, como resultado da influência do analisando sobre os sentimentos inconscientes do médico.
Destaca principalmente sua influência negativa sobre o tratamento;
- Resistências internas do médico - necessidade de autoanálise;
- Pontos cegos do terapeuta - obstáculo ao tratamento;
A contratransferência começa a ganhar destaque com os trabalhos de Heimann (1950) e Racker (1953), que passam a considerá-la um:
- Fenômeno normal dentro do processo terapêutico;
- São reações que o analista experimenta diante de seu paciente;
- Pode ser considerada com o:
- Um obstáculo;
- Um instrumento para melhor compreensão do paciente;
- Um campo em que o paciente pode adquirir uma experiência diferente da que teve originalmente.
Contratransferência
Contra:
- Ao que se opõe (contra-ataque);
- o que faz balanço em busca do equilíbrio (contraponto);
Contratransferência é diferente (≠) de transferência do analista em relação ao paciente;
Transferência do terapeuta: sentimentos, ideias e comportamentos que são
dirigidos ao paciente a partir da história pessoal do terapeuta ou de situações de sua vida atual, transferidos sobre ou para dentro do paciente A, mas também para B e não provocados por estes.
Contratransferência: quando se é possível identificar que parte do self do
paciente ou de suas fantasias está sendo colocada dentro da mente do
terapeuta e está lhe provocando um a reação, ideia ou comportamentos.
- A contratransferência deve ser inicialmente tolerada e elaborada, bem como seus sentimentos em relação ao paciente.
QUESTÃO 2:
Uma paciente apresenta se em uma clínica de atendimento particular, declarando ter medo de viajar de avião e buscando um tratamento psicológico que fosse mais rápido e solucionasse seu problema de imediato. Tem 32 anos, sexo feminino, separada (em processo de divórcio), e com um filho de um ano e meio, terceiro grau completo (pedagoga), nível socioeconômico médioalto. É a filha mais velha de família com três filhos.
Mantém um bom relacionamento com a família, visitando frequentemente pais e irmão.
No trabalho, apresenta um bom desempenho, tendo sido promovida recentemente a gerente de recursos humanos. Não usa drogas ou medicamentos e bebe socialmente.
Relatou que, devido à sua recente promoção, está tendo que realizar viagens de avião a São Paulo. Tal promoção não a deixou satisfeita, pois não era o que ela desejava. Diz que sente medo ao viajar de avião, se sente ansiosa, passa mal, uma vez chorou ao embarcar. Disse preocupar se mais quando o avião balança, quando tem turbulência. O grau de ansiedade/mal estar na decolagem ou no momento de turbulência é maior.
Nota o coração bater mais forte, suor nas mãos, suor frio. O início dos sintomas ocorreu há mais ou menos dois anos, quando se separou.
Suas maiores preocupações atualmente são: o seu filho e sua educação, deixar de aproveitar a vida, perder o controle, ter que se sujeitar aos outros.
De acordo com uma das abordagens psicoterapêuticas, psicanálise, comportamental, cognitivo, Gestalt, ou fenomenológica, responda às seguintes questões:
A) Qual a hipótese diagnóstica inicial para este caso? 
B) Qual o objetivo terapêutico, de acordo com a orientação teórica de sua escolha?
A) Dado o caso clínico, podemos inferir que a paciente possui transtorno de ansiedade com fobia específica e presença de sintomas físicos.
B) De acordo com a abordagem cognitiva, é necessário questionar sobre as crenças distorcidas que a paciente possui, reavaliando-as e promovendo a alteração do pensamento disfuncional, dessensibilização sistemática em imaginação, realização de tarefas comportamentais, assim como investigar evidências que auxiliem em sua reestruturação cognitiva.
A abordagem cognitiva do pensamento, proposta por Jean-François Richard apud Fialho, permite entendimento processual das atividades mentais que geram a resposta criadora.
Para a psicologia cognitiva, a cognição é entendida como um processo disparado por uma situação, compreendida pelos mecanismos perceptivos do cérebro. Tal situação é uma perturbação interna ao indivíduo, possivelmente fruto de uma ressonância causada por algum fator externo. 
Para auxiliar o processo de avaliação pode-se utilizar os seguintes instrumentos: Inventário de Depressão de Beck (BDI): avalia a gravidade da depressão. E Inventário de Ansiedade de Beck (BAI): avalia a intensidade da ansiedade clínica (auto-informada). 
Outras ferramentas importantes são a potencialização dos recursos de enfrentamento existentes e a procura por algum modelo comportamental que ajude na mudança de percepção sobre a situação especificada. Além de técnicas de relaxamento e/ou hipnose.

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