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DIREITO CIVIL - CONTRATOS

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CONTINUAÇÃO (17/09/2020)
· CONTRATO ENTRE PRESENTES
O que é? 
CONCEITO- é aquele em que as partes pessoalmente ou por representantes manifestam seu consentimento mesmo que estejam distanciadas desde que proposta e aceitação aconteçam em ato continuo e sem intermediários. (ex: relação via telefone)
· FORMAÇÃO DE CONTRATOS: o mesmo se forma por aceitação imediata do oblato
· CONTRATO ENTRE AUSENTES (INTER ABSENTES): também conhecido como CONTRATOS EPISTOLARES- contratos viam cartas (correios), por e-mails. 
· CONCEITO: é aquele celebrado entre duas ou mais pessoas, propondo-se, aceitando-se e concluindo-se por meio de cartas, telegramas, e-mails e outros meios semelhantes.
· FORMAÇÃO DE CONTRATOS: 
O legislador infraconstitucional adotou a seguinte teoria: 
REGRA GERAL: TEORIA DA AGNIÇÃO OU DA DECLARAÇÃO NA MODALIDADE DA EXPEDIÇÃO- para a referida teoria não basta escrever a resposta favorável, mas é preciso remetê-la. Por tanto, podemos concluir que o vinculo contratual se torna obrigatório no momento da expedição da aceitação, SALVO algumas EXCEÇÕES previstas no próprio ordenamento jurídico. PREVISÃO NO ARTIGO 434, CC
EXCEÇÕES: 
Teoria da Recepção:
HIPÓTESES NOS TERMOS DO ARTIGO 434 NOS INCISOS I, II E III.
1. ARREPENNDIMENTO EFEICAS: se antes dela ou com ela chagar a retratação do aceitante. 
2. Se o proponente se houver comprometido a esperar resposta
3. Se ela não chegar no prazo convencionado.
· LUGAR DE CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
PREVISTA NO ARTIGO 435, CC: REPUTAR-SE-A CELEBRADO O CONTRATO NO LUGAR ONDE FOI PROPOSTO. 
Quanto ao local reputa-se celebrado o contrato no lugar em que foi proposto como regra no artigo 435. 
22/09/2020
QUESTÃO: LOCAL DE CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS ELETRÔNICOS? 
RESPOSTA: Há divergências quanto ao entendimento de qual o local de celebração de contrato eletrônico. Conforme dispõe a LICC sera o local de celebração do contrato o LUGAR ONDE ELE FOI PROPOSTO, LOGO O LOCAL DE CELEBRAÇÃO DO CONTRATO ELETRONICO SERA ONDE ESTÁ ONLINE O PROPONENTE. 
	Não possuindo, remetente e destinatário, estabelecimento, será considerado a residência habitual como sendo o local do contrato. O art. 435 do Código Civil harmoniza-se com o art. 9º, § 2º, da Lei de Introdução ao Código Civil, ao estabelecer que o contrato reputa-se celebrado no lugar em que foi proposto.
· VÍCIOS REDIBTÓRIOS.
CONCEITO- são defeitos ocultos que diminuem a qualidade ou quantidade de um BEM o tornando impróprio a uso a que é destinado ou diminuindo o seu valor. 
· REGRAMENTO JURÍDICO: arts. 441/446 CC.
· REQUISITOS: 
1. CONTRATO COMULTATIVO- marcado pela presença de prestações conhecidos e equivalentes, a serem prestadas pelos sujeitos envolvidos no negócio jurídico. APLICAÇÃO AS DOAÇÕES ONEROSAS.
2. VICIO/DEFEITO OCULTO- não seja conhecido pelo adquirente.
3. DIMINUAÇÃO DA QUALIDADE OU DA QUANTIDADE DO PRODUTO TORNANDO IMPRÓPRIO PARA O USO A QUE SE DESTINA OU DIMINUINDO O SEU VALOR – 
4. DIREITOS RESGUARDADOS PARA O ADQUIRENTE: rejeitar a coisa 
redibindo o contrato; as invés de redibir o contrato, ele poderá reclamar o abatimento no preço da coisa. (ARTIGO 441, 442)
OBSERVAÇÃO: COISA VENDIDAS CONJUNTAMENTE:
Nas coisas vendidas conjuntamente o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas (ARTIGO 553)
5. OBRIGAÇÃO DO ALIENANTE- Quando o alienante as do vício ou defeito da coisa, ele fará a restituição com perdas e danos.(ARTIGO 443 PARTE 1); Quando o alienante não sabe do vício somente restituirá o valor recebido mais as despesas do contrato.(ARTIGO 442, PARTE 2)
OBSERVAÇÃO: Perecimento da coisa por vício oculto em poder do alienatário.(artigo 444 da RESPONSABILIDADE DA ALIENANTE SUBSISTIRA SE já existente no tempo da tradição
6. PRAZOS PARA SE PLEITEAR A DEVOLUÇÃO AS CONSEQUENCIAS DECORRENTESDO VICIO DEBITORIO- trata-se de um prazo decadencial- EM RAZÃO DO BEM E DO TEMPO DA CONSTATAÇÃO DO DEFEITO
VICIO CONSTATÁVEL DESDE LOGO:
SE A COISA FOR MÓVEL- 30 DIAS
SE A COISA FOR IMÓVEL- 1 ANO (CONTANDO DA ENTREGA EFETIVA)
OBS: SE JÁ ESTAVA NA POSSE, O PRAZO CONTA-SE DA ALIENAÇÃO, REDUZIDO PELA METADE. 
· EM VICIO CONSTATAVEL SÓ MAIS TARDE (OCULTO)- PRAZO CONTADO DA CIENCIA DO DEFEITO(ARTIGO 445, PAR. 1°)
· BEM MÓVEL- 180 DIAS máximo
· BEM IMOVEL- DE UM ANO 
OBS: EM CASO DE VENDA DE ANIMAIS, OS PRAZOS POR VICIOS OCULTOS SERÃO ESTABELECIDOS EM LEI ESPECIAL
· EVICÇÃO DIA 29/09/2020
CONCEITO- é uma perda, que pode ser parcial ou total, de um bem por motivo de decisão judicial ou ato administrativo (art. 447 do Código Civil) que se relacione a causa preexistente ao contrato.
· Quando ocorre a evicção?
Ocorre a evicção quando o adquirente de um bem vem a perder, total ou parcialmente a sua posse e/ou propriedade, em razão de sentença/decisão judicial fundada em motivo jurídico anterior à aquisição da coisa.
· Quando o adquirente não pode demandar pela evicção?
Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
· O que é o direito de evicção?
Evicção é uma garantia legal ofertada ao adquirente, já que se ele vier a perder a propriedade, a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo, que reconheça tal direito à terceiro, possa ele recobrar de quem lhe transferiu esse domínio, ou que pagou pela coisa.
· Partes ou sujeitos da evicção:
· a) Alienante – aquele que transmite o bem ao adquirente (posse e propriedade), e, por tal motivo, responde pelos vícios da evicção, mesmo que tenha agido de boa fé, pois tem o dever de garantir a plenitude do uso e do gozo, protegendo o adquirente contra os defeitos jurídicos ocultos ao negócio jurídico.
· b) Evicto – (do latim evictus, subjugado, vencido), adquirente, que perdeu a coisa em face da evicção.
· c) Evictor – ou evencente, é o terceiro vencedor na ação em que ocorreu a evicção. É quem fica com o bem, após ocorrer a evicção.
· Requisitos da evicção:
A. onerosidade da aquisição do bem: o alienante só é responsável pela evicção nos contratos onerosos ou de doação modal, se dá, principalmente, nos contratos de compra e venda;
B. Anterioridade do direito do evictor: a perda da coisa pelo adquirente (evicto) deve se fundar em motivo preexistente ao contrato celebrado entre o alienante e o adquirente. Trata-se de vício jurídico anterior à alienação, em favor do terceiro que reivindica a coisa;
C. perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada.
D. ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa: o alienante só responde pela perda decorrente de causa já existente ao tempo da alienação. Se a conhecia a litigiosidade da coisa, presume-se ter assumido o risco de a decisão ser desfavorável ao alienante.
E. denunciação da lide ao alienante.
· CONSEQUENCIAS JURIDICAS DA EVICÇÃO
· DIREITOS DO EVICTO (ARTIGO 450)
F. Quanto à indenização, o art. 450 do Código Civil determina o que é devido ao evicto:
G. · indenização dos frutos que tiver sido a obrigado a restituir;
H. · indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
I. · custas judiciais e os honorários do advogado constituído pelo evicto;
J. · indenização pelas benfeitorias necessárias ou úteis não abonadas (art. 453);
K. · prejuízos causados diretamente pela evicção também serão indenizados.
L. Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se venceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial
· BENFEITORIAS NECESSÁRIAS OU ÚTEIS (ARTIGO 453
· BENFEITORIA DE FORMOZAMENTO DO BEM- o legislador infraconstitucional, não será obrigado o ressarcimento. 
· OBS: A CLAUSULA DE GARANTIA DA EVICÇÃO ESTÁ DE FORMA IMPLICITA NO BOJO DOS CONTRATOS ONEROSOS. CABE RESSALTAR QUE, AS PARTES, MEDIANTE AS CLAUSULAS EXPRESSAS PODERÁ REFORÇAR, DIMINUIR OU EXCLUIR A RESPONSABILIDADE PELA EVICÇÃO. (ARTIGO 448) 
· MESMO CONTANTO O AFASTAMENTO DA GARANTIA DA EVICÇÃO-INDENIZAÇÃO RESIDUAL CORRESPONDE AO LIMITE DO VALOR DA COISA. 
· OBS: O ADQUIRENTE NÃO PODERÁ DEMANDAR PELA EVICÇÃO, QUANDO CONHECIA A EXISTENCIA DO LITIGIO, QUANTO AO PROPRIETÁRIO ORIGINÁRIO DO BEM OU ATÉ MESMO QUANDO SABIA QUE A COISA PERTENCIA A PESSOA DISTINTA DO SEU ALIENANTE.

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