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 UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE 
 FACULDADE DE CIÊNCIAS 
 DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
 CADEIRA: Geomorfologia Costeira 
 
 Tema: Pântanos Costeiros e lagunas 
 
 
 
 
 
 Discente: Docente: 
Parreirão ,António Artur Prof. Doutor Elidio Massunganhe 
 
 
 
 
 
 
 
 Maputo, Abril de 2020 
 
 
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Indices 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 3 
2. Objetivos....................................................................................................................................................... 3 
2.1 Objetivos geral ........................................................................................................................................... 3 
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................................................. 3 
3 Lagunas ......................................................................................................................................................... 4 
4 Formação das lagunas ................................................................................................................................... 4 
5 Dinâmica sedimentar das lagunas ................................................................................................................ 4 
6 Pântanos Costeiros ........................................................................................................................................ 6 
7 Formação de pântanos costeiros ................................................................................................................... 7 
8 Zonas Pantanosas ......................................................................................................................................... 8 
9 Composição dos Pântanos ............................................................................................................................. 9 
10 Dinâmica sedimentar dos pântanos ............................................................................................................ 9 
11 Conclusão .................................................................................................................................................. 10 
12 Bibliografia ................................................................................................................................................ 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
A geomorfologia costeira lida com o estudo das formas das paisagens costeiras e de perceber a dinâmica da 
litosfera com a atmosfera e hidrosfera. 
Uma paisagem costeira representa a natureza, tipo ou a característica de uma serra muito inclinada à beira-
mar (Costa). Estas paisagens podem estar relacionadas aos processos erosionais e deposicionais que ocorrem 
na zona costeira. 
 
No presente trabalho caracterizar-se-á algumas paisagens costeiras relacionadas a processos deposicionais 
como pântanos costeiros e lagunas . 
Pretende-se caracterizar essencialmente as que foram originadas ao longo da zona costeira, e evidenciar quais 
o dinamismo da zona costeira, bem como, identificar os principais processos como costeiros e fluviais 
actuantes na sua formação. 
A área costeira de Moçambique estende-se por 2300km da margem continental leste Africano. Duas maiores 
bacias são identificadas – a Bacia de Moçambique e a Bacia do Rovuma. Os sedimentos preenchidos no interior 
das bacias estão relacionadas com a fragmentação do Gondwana, formação do Oceano Indiano e a 
movimentação do Madagáscar em relação a Africa. 
2. Objetivos 
2.1 Objetivos geral 
- Dar a compreender sobre pântanos costeiros e lagunas . 
 
2.2 Objetivos Específicos 
-Descrever as feições ; 
-Identificar principais processos de formação ; 
-Caracterizar a sua sedimentologia e estratigrafia. 
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3 Lagunas 
As lagunas são corpos de agua e salobras ou salgadas ,situados em planície costeiras (coastal plains), que em 
geral mantem uma comunicação restrita com o mar (Suguio 1998 ). São ambientes caracterizados por 
habitualmente caracterizados por uma fonte de produtividade biológica vinculada a abundancia de nutrientes 
de origem oceânica e continental , e a profundidade reduzida das aguas , o que comprova o seu múltiplo de 
significado ecológico e económico . 
 
Figura 1 Laguna de Veneza 
4 Formação das lagunas 
A formação das lagunas ocorre quando uma porção da costa continental é separada do oceano por uma 
barreira (ilhas de barreira ,restinga ) que fecha a laguna vai dificultar a exportação dos sedimentos que para 
ela seja arrastados pelos cursos de água, pelo mar, ou pelo vento. Este processo ocorre em regiões onde as 
ondas são dominadas e o abastecimento de sedimentos é maior. 
5 Dinâmica sedimentar das lagunas 
As lagunas e lagoas litorais têm uma tendência geral à colmatação. As condições sedimentares dentro da 
laguna e a disponibilidade de sedimentos na área são os principais fatores que controlam os tipos de 
sedimentos os tipos de sedimentos e as respetivas estruturas sedimentares em depósitos lagunares .Os 
sedimentos podem provir da também de erosão das margens da laguna, principalmente por atividades de 
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correntes e Ondas. A existência de marés fortes pode ajudar à limpeza desses sedimentos. Porém, para que 
isso aconteça, é necessário que as passagens existentes nas lagunas e que fazem a comunicação com o mar 
estejam desimpedidas. 
 
 
Figura 2 Dinâmica sedimentar das lagunas 
No caso de uma subida do nível do mar podem acontecer duas situações. Se a subida for suficientemente 
lenta para poder ser acompanhada por uma deslocação do cordão litoral, ele vai-se deslocando na plataforma 
continental e acaba por reconstituir-se a um nível mais alto, preservando-se, assim, quer a laguna quer o 
cordão litoral que a separa do mar. Neste caso, poderemos encontrar antigos sedimentos lagunares 
sobrepostos por praias ou dunas. Este fenómeno pode, aliás, acontecer mesmo que as variações do nível do 
mar sejam muito pequenas, desde que uma modificação na dinâmica litoral ou seu balanço sedimentar 
produza um recuo do sistema praia-duna que o obrigue a invadir uma laguna situada na sua retaguarda. 
 
Figura 3- Deslocamento da ilha barreira com uma subida lenta do nível do mar 
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Porém, se a transgressão for muito rápida, o cordão litoral fica submerso e a laguna desaparece (fig. 4). As 
lagunas costeiras geralmente possuem uma idade de 6000 anos, sendo formadas onde as planícies foram 
submersas pelo mar durante o estágio posterior das transgressões marinhas globais do Holocénico. 
 
 
Fig. 4- Deslocamento da ilha barreira com uma subida rápida do nível do mar 
No geral, sedimentos lagunares tendem a ser grosseiros próximos aos inlets e barreiras, sedimentos de grão 
fino acumulam-se em baías protegidas. 
 
 
Figura 5 Evolução por segmentação de laguna 
6 Pântanos Costeiros 
Pântanos costeiros são áreas húmidas com uma forte influência marítima. estes são criados quando água doce 
e salgada se misturam em áreas bem protegidas de ondulação. os pântanos costeiros estão naturalmente sujeitos 
a acreções sedimentares. Atualmente, é raro estarem cheios de água salgada,devido à ação humana de 
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delimitação e reenchimento. Estes podem ser muito benéficos, uma vez que podem travar inundações fluviais 
e marítimas e reter muitos sedimentos. Possuem três partes distintas. a mais elevada é enchida com água apenas 
na eventualidade de marés vivas fortes e possui muita vegetação (principalmente, herbácea), que é capaz de 
mitigar correntes, reter partículas sedimentares suspensas e fixá-las no fundo. a zona entre maré consiste em 
áreas planas com uma forte sedimentação de areias, silte e tangue, composição calcária e restos de conchas 
partidas de moluscos. 
7 Formação de pântanos costeiros 
Pântanos costeiros formam-se em zonas planas durante a maré alta que se estende ate a superfície fora da 
linha de costa e quando maré baixa que vai abaixo da linha da costa em direção ao mar .São também 
influenciados pelas ondas ,correntes e mudanças climáticas 
 
Figura 6 Evolução de pântanos 
Devido ao derretimento do gelo do mar Ártico e expansão térmica dos oceanos, como resultado do 
aquecimento global, o nível do mar começa a subir. Tal como acontece com todas as linhas costeiras, este 
aumento dos níveis de água estão previstas para afetar negativamente ou positivamente os pântanos assim 
como pode ampliando , inundando ou corroendo-os. O aumento do nível do mar provoca zonas de água mais 
aberto dentro do pântanos . Estas zonas podem causar erosão ao longo das suas bordas, minando ainda mais a 
pântano em água aberto até todo o pântano desintegrar-se .A diminuição do nível do mar pode resultar no 
avanço do pântano em direção ao mar. 
https://pt.qwe.wiki/wiki/Arctic_sea_ice_decline
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8 Zonas Pantanosas 
Os pântanos da zona temperada compreendem duas partes. Uma inferior, de vasa nua, denominada slikke e 
uma superior, em que a vasa está colonizada por vegetação geralmente designada schorre. Os termos em 
questão são de origem holandesa e parecem-nos preferíveis a outras designações de origem anglo-saxónica 
quiçá menos expressivas e menos esclarecedoras. 
O slikke é a parte mais baixa de um espraiado pelítico inundada em todas as preiamares mortas e descoberta 
nas baixa-mares (Moreira, 1984). Trata-se de uma plataforma com muito pouco declive constituída, na parte 
inferior por vasa mole e na parte superior por uma vasa mais consistente que estabelece a passagem, através 
de um degrau nítido, para o schorre (fig. 7). 
O schorre (Moreira, 1984) corresponde a uma plataforma de vasa consolidada, revestida por um solo halo-
hidromorfo e colonizada, nas zonas extratropicais, por vegetação herbácea (sapal). Nos climas tropicais a 
colonização é feita por vegetação arbustiva/arbórea e designa-se como mangal (fig. 7). O schorre só é 
coberto nas preiamares vivas e nas tempestades. É recortado por canais de maré (fig. 8), onde apenas aflora a 
vasa nua. 
 
Figura 7 Morfologia Schorre e slikke 
 
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 Slikke Schorre 
 
Figura 8 Aspeto do mangal junto à restinga da Praia dos Pescadores (Maputo, Moçambique) 
9 Composição dos Pântanos 
-Vegetação herbácea 
-Areia, argila , silte e tangue 
- Calcários e conchas de moluscos 
10 Dinâmica sedimentar dos pântanos 
Seus sedimentos são derivados de rios, falésias e margens erodidas e fontes do fundo do mar influenciados 
por ação das ondas e variação de marés , e geralmente contêm proporções de matéria orgânica provinda dos 
conchas dos moluscos . 
 
 
 
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11 Conclusão 
Os pântanos costeiros e as lagunas são paisagens deposicionais que resultam de processos de ação das 
ondas , marés , variações climáticas que contribuem na subida ou descida do nível do mar mais se diferem 
na sua composição ,morfologia , salinidade , dinâmica dos sedimentos . 
 
 
 
 
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12 Bibliografia 
CARTER, R.W.G. - (1989) - Coastal Environments - An Introduction to the Physical, Ecological and Cultural 
Systems of Coastlines, Academic Press Limited, London, 5ª Impressão, 617 p. 
CARVALHO, A., R. M., (1988) – Localização do paleovale do rio Douro, Anais do Instituto Hidrográfico, nº 9, 
p. 77 – 82. 
CARVALHO, L. G., (1908) – Memória descritiva (Notícia circunstanciada do plano e processo dos efectivos 
trabalhos hidráulicos empregados na abertura da barra de Aveiro, segundo as ordens do Príncipe regente, 
Nosso Senhor), com um “Resumo histórico da barra de Aveiro”, Col. de Reimpressões do “Arquivo do 
Distrito de Aveiro”, sep. do vol. XIII do Arquivo do Distrito de Aveiro. 
DAVEAU, S., (1988) - A história do Haff-delta de Aveiro ou...as fraquezas do nosso ensino da 
Geografia», Finisterra, XXIII (46), Lisboa, p. 327-335. 
DAWSON, A. G., (1992) - Ice Age Earth - Late Quaternary Geology and Climate - Routlege physical 
environmental series, ed. por Keith Richards, Routledge ed., Londres, 293 p. 
MARTINS, A. F., (1947) - A configuração do litoral Português no último quartel do século XIV; apostila a um 
mapa, "Biblos", Coimbra, Vol. XXII, p. 1-35. 
MARTINS, A. F., (1949) - Le centre litoral e le massif calcaire d'Estremadura", livret guide du congrès de 
Géographie de Lisbonne. CEG, Lisboa. 
MOREIRA, M.E.S.A., (1984) - Glossário de Termos Usados em Geomorfologia Litoral, Estudos de 
Geografia das Regiões Tropicais, Nº 15) - C. E. G., Lisboa, 167 
	1 INTRODUÇÃO
	2. Objetivos
	2.1 Objetivos geral
	2.2 Objetivos Específicos
	3 Lagunas
	4 Formação das lagunas
	5 Dinâmica sedimentar das lagunas
	6 Pântanos Costeiros
	7 Formação de pântanos costeiros
	8 Zonas Pantanosas
	9 Composição dos Pântanos
	10 Dinâmica sedimentar dos pântanos
	11 Conclusão
	12 Bibliografia